Fome por Aventuras escrita por bogrinha


Capítulo 1
Capítulo 1




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Meu nome é Ulina e moro em Payon, a cidade da floresta, ou também conhecida como cidade dos arqueiros. Tenho olhos azuis e cabelos castanhos compridos. Sempre tive vontade de sair por aí e me aventurar. Aqui na cidade existem vários monstros, mas quase todos são muitos pacíficos. Os porings, fabres e salgueiros vivem entrando na cidade e convivem muito bem com os habitantes. Há muitos viajantes também e é claro... arqueiros. Meu pai trabalha produzindo armas para os arqueiros e caçadores daqui, mas eu num quero essa vida pra mim. Apesar de ele não saber o que eu quero fazer, ele percebe que fazer armas não é comigo. Minha mãe? Não a conheci, ela faleceu quando eu era bem pequena. E ela era linda, sempre tenho uma foto dela comigo.

Para quem quer se aventurar por Rune Midgard, há várias profissões para se seguir. Arqueiro é uma delas, mas... meu...! Chega de arqueiros! Bem... antes de mais nada eu preciso virar uma aprendiz e ir pro campo de treinamento. Lá também é que posso obter mais informações sobre as profissões e outras coisas.

Eu estava andando um pouco pela floresta, tomando cuidado para não ir muito longe. Mais ao sul da floresta haviam muitos salgueiros anciões e insetos voadores gigantes chamados Lavadeira, e eram todos agressivos com pessoas. Poderiam matar um viajante iniciante facilmente. Mas para minha sorte e por morar por lá, eu conhecia bem aquela floresta.

Os lunáticos são tão fofinhos, parecem coelhinhos brancos! Eu simplesmente estava cercada por uns cinco destes monstrinhos simpáticos. Até que vi um que tinha um laço na cabeça. Resolvi seguí-lo, ele pulava bem rápido, não sabia se fugia de mim ou estava atrás de alguma coisa.

- Olá... talvez você possa nos ajudar – escutei uma voz masculina.

Logo que vi percebi que o garoto que falava comigo era o dono do lunático. Ele tinha cabelos castanhos e olhos cor de mel. Aqueles olhos caíam bem pra ele.

- Você gostou dele? Na verdade é de uma amiga minha, estou cuidando dele enquanto ela não pode. – disse novamente o rapaz percebendo que eu vinha atrás do monstrinho branco.

- Sim! Eu adoro lunáticos! E eles também são fáceis de se domesticar. – eu respondi.

- Sim e são fácies de se cuidar também. Qual seu nome?- perguntou ele.

- Ulina e você? – perguntei.

- Roger! Sou um espadachim! – Disse mostrando a roupa e a espada.

- Nossa! Que legal! Você parece bem forte. Como é ser um espadachim? – Perguntei curiosa sobre a profissão. – Você viaja bastante?

- Tirando mercadores, que geralmente montam sua loja e permanecem no mesmo lugar por um tempo, todos os outros aventureiros de todas as profissões viajam muito.

- Você perguntou como faz para chegarmos em Prontera?- Perguntou um outro garoto, que apareceu de repente carregando um monte de coisas. – Pelo jeito não... você se distrai muito Roger!

Ele se voltou pra mim, tinha os cabelos loiros e não era tão bonito como Roger, mas tinha uma maturidade maior.

- Ele tá te enchendo o saco? Num liga não, ele tem mania de conversar bastante e ir com o assunto meio longe. Mas é um cara legal, eu me chamo William. Prazer! – O segundo falou.

- Imagina, eu também gosto de conversar. E Prazer William, eu sou Ulina.- Apertei a mão que ele me estendeu.

- E ele, por exemplo, é um mercador, e quer ir para Prontera armar a sua loja. Eu vou com ele aproveitar e comprar algumas coisas de outros mercadores. Dessa forma é bem mais barato. – Falou Roger ignorando completamente a bronca do amigo.

- Então... por acaso você sabe como se faz para chegar até Prontera? – Perguntou William.

- Não é muito difícil não. Se vocês seguirem para o oeste de Payon, passando pelos castelos, você chega numa parte da floresta que tem lobos, mas não se preocupem, é só não mexer com eles que fica tudo bem. Vocês então seguem para o Norte até que encontrem uma passagem para o deserto de Sograt...

- Acho que num é tão fácil assim... – Interrompeu William.

- Pior é se nós não encontrarmos ninguém mais por esse caminho e nos perdemos...  e com lobos ainda...! – Falou Roger meio assustado.

- Bom... acho que posso fazer uma coisinha... – estava com olhos brilhando de alegria e mistério.

Os meninos olhavam curiosos pra mim tentando entender.

- Me acompanhem um pouquinho até em casa, que já revolvo isso!- Falei para eles.

Era minha chance de começar uma pequena aventura, mesmo sem uma profissão. Apesar de saber onde ficava Prontera fazia tempo que não ai pra lá. A última vez foi com papai, quando era pequena e ele queria comprar alguns materiais para fazer suas armas. Enquanto pensava nessas coisas que me traziam boas lembranças percebi que William cochichara algo para Roger que não pude ouvir, Roger me olhou de um jeito estranho e ficou meio vermelho, em seguida desviou o olhar de mim e deu um tapa de leve na cabeça de William, que sorriu. Comecei a voltar pra casa e eles me seguindo. O que eles falaram?

 


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