Angels of darkness escrita por Eve


Capítulo 3
Finalmente...


Notas iniciais do capítulo

Olá
primeiramente, desculpem a extrema demora pra postar, mas eu entrava em seguida e sempre via que não havia comentários e tal. Bom, se não há comentários, não há ninguém lendo, certo? Então por isso não postei a história durante este tempo. Resolvi voltar a postar mesmo sem comentários e tal.. Se estiverem lendo, favor, comentar. Gracias.



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Lilith abriu a boca para responder mas a porta do terraço se abriu e uma figura passou por ela.
– O que estão fazendo aqui? - perguntou um garoto parado que as observava.

Por um breve momento Belle esteve hipnotizada com tamanha beleza: olhos cor de mel, labios bem vermelhos, pele branca e cabelos dourados.
– Só estamosapreciando a vista - respondeu Lilith - e você, o que faz aqui?
– Venho aqui quando quero relaxar - disse o garoto indo na direção delas tirando o que pareceu ser um cigarro, do bolso - Querem?
– Não obrigada. Não fumo. - recusou Belle.
– Mas não é cigarro - explicou Lilith pegando da mão do garoto - é melhor que cigarro.
Só pelo cheiro Belle pôde notar que realmente não era cigarro e sim maconha. Ela já havia fumado algumas vezes, mas parou antes que virasse vicio.
– Olha com quem fui me envolver. - brincou
– Algum problema garota? - o garoto estava espelindo aquela fumaça pela boca enquanto bufava aquelas palavras a centímetros do rosto de Belle - Posso atirar você daqui de cima se quiser!
– Pare com isso Pierre. - ordenou Lilith - Todos sabemos que você não mata nem uma mosca.

O garoto deu alguns passos para trás e começou a rir.
– Desculpe, mas não pude evitar de pegar a novata. Precisava ver sua cara. - disse à Belle.

Depois de se acalmar, o garoto acendeu seu cigarro de maconha e Belle atreveu-se a perguntar:

– Então, porque está aqui?
– Necessidade.. Proteção.. Nem todos que estão aqui, estão condenados. Alguns apenas procuram um lugar seguro longe dos Ar-
– Cale a boca Pierre. - ordenou Lilith - Quanto menos você souber, melhor.
– E mais tempo vivierá. - finalizou Pierre.
– Estou mais confusa ainda. - admitiu Belle.
– Não fique. Nada demais. Deixa pra lá. Mudando de assunto, darei uma festa hoje aqui no bloco 10. Vocês estão convidadas. - disse Pierre.
– Achei que festas fossem proibídas. - Belle replicou.
– E são. Por isso as nossas são as mais incríveis. Espero vocês. - disse por fim ao sair.

Belle não ia a uma festa a um longo tempo. Nem sabia o que se vestia, ainda mais num lugar daqueles. Seria obrigada a usar jean e converse. Estaria ridícula, pensou.
– O que se veste em uma festa aqui? - perguntou num tom que suplicava ajuda.
Lilith apenas riu.

A aula de história seguiu mas Belle não conseguiu prestar atenção em nada. Não sabia se era por estar ansiosa para a tal festa ou por Gabbe estar sentado na carteira do lado. Talvez fossem as duas coisas. Talvez não, eram as duas coisas. Ele tinha sua total atenção desde que pisara na instituição, mas Belle não fazia ideia do porque.

– O que sabem sobre anjos? - perguntou sr Kolerman, o professor. Como ninguém respondeu, ele foi mais direto - Senhorita Stonem, o que sabe sobre anjos?
Belle acordou do transe de olhar para Gabbe e assentiu antes de responder:
– Minha família é atéia. Não acreditamos em Deus ou em qualquer coisa 'Divina'. - fez aspas com as mãos.
– Entendo. E onde acredita estarem seus pais agora? - indagou o professor
– No cemitério se decompondo.
– E suas almas?
– Prefiro não pensar nisso. - respondeu tentando dar um fim no interrogatório.
– Aqui em Healing the Ills temos o costume de estudar sobre Anjos e os mandamentos de Deus. Rezamos missas e todos os alunos são obrigados a ir. Acreditamos que assim, podemos ajudar com que vocês se redimam mais rapidamente e procurem encontrar o perdão Divino. - como Belle não ousou responder, sr Kolerman prosseguiu. - Sr Cooper?
– Anjos são criaturas espirituais, conservos de Deus como os homens, que servem como ajudantes ou mensageiros de Deus. Os Anjos também podem ser considerados escravos porque não recebem nenhuma remuneração por seu trabalho e estão a mercê da vontade Divina, podendo Deus dispor, a Seu critério, do Anjo, sem que ele possa exercer qualquer direito e objeção pessoal ou legal. Ou seja, Anjos são obrigados a fazer qualquer coisa que Deus queira. - Gabbe respondeu, mas a ultima frase com um tom mais zangado ou debochado.
– Cetríssimo. Mas eu não diria que Deus tem total poder sobre eles. Alguns, por acharem que não deveriam seguir as ordens do Criador, se rebelaram e foram expulsos do céu, tornando-se assim, o que chamamos de Caídos. - explicou o professor.

Belle manteve seus olhos em Gabbe não se importando se ele repararia ou não. O garoto colocou os dedos em forma de V entre a boca e balançou a lingua*. Ela virou-se imediatamente envergonhada com aquilo.
– Belle Stonem. - salientou o professor - Explique-nos sobre o que eu estava falando.
– Desculpe senhor. - sentiu-se envergonhada e constrangida com aquilo.
– Continuando: No início dos tempos, um anjo apaixonou-se por uma mortal, traçando assim uma maldição sobre todos os que ousassem fazer o mesmo - o sinal tocou. - Tragam-me uma pequisa sobre o assunto na próxima aula.
– Covardia pedir esse trabalho. Conheço uma penca de alunos que irão tirar A. - resmungou Lilith
– Porque? Eu vou me ferrar. Sou atéia.
– Por nada. Só pensei alto. Na biblioteca tem uma seção de livros sobre o assunto. Acho que dá pra tirar um B ou C+.
– Obrigada. Vou pra lá agora. Nos vemos depois. - disse Belle antes de sumir na multidão de alunos.

– Malditas placas. - resmungou ao perceber que estava perdida.
Virou um corredor tentando 'se achar' e viu um garoto perto da janela. Se aproximou e percebeu ser o garotinho dos seus sonhos. Ele era real ou ela ainda estava sonhando?
– Ei, quem é você? Como se chama? - Perguntou docemente aproximando-se do garotinho que subiu no parapeito da janela e quando Belle chegou perto o bastante para ver seu rosto, ele se atirou. Belle gritou apavorada, então, ao chegar perto viu que a janela tinha grade. Não era possível que ele se atirasse. Ficou analisando a janela e tentando entender se estava louca ou estava louca... Viu um homem parado perto da floresta observando-a. Apertou os olhos tentando ver o rosto do sujeito mas o mesmo discipou-se no ar. Tinha concluído: Estava louca.

Após percorrer o prédio inteiro, finalmente havia encontrado a biblioteca. Perguntou a bibliotecária onde ficava a seção sobre Anjos, e a mesma lhe indicou que seguisse o corredor P até o final e virasse a esquerda. Belle seguiu as coordenadas e começou a procurar.

– Achei que seria impossível ela me encontrar, mas estava enganado. - ouviu uma voz dizer do outro lado da estante. Belle espiou e viu Gabbe ao telefone. - Não posso fugir. Sinto que Azrael está por perto. Está se tornando difícil evitá-la. Não creio qu tenha me reconhecido, isso seria impossível, mas inconscientemente ela sabe. - houve uma pausa - Está se tornando impossível. Precisa tirá-la daqui. - desligou.

A conversa encerrou e Belle tentou agir como se nada tivesse acontecido. Começou a procurar seu livro, mas não conseguia se concentrar.
– O professor passou o trabalho a uma hora e você já está pesquisando. Ótima aluna você. - Gabbe surgiu atrás dela sem fazer um barulinho sequer.
– Me assustou. - riu - Não gosto de deixar as coisas pra última hora, se tenho tempo agora, porque não fazer?
– Continua a mesma. - um sorriso bobo surgiu nos lábios de Gabbe
Belle fingiu não ter entendido, mas no fundo, sem saber como ou porque, ela entendia.
– Você podia me ajudar. Pareceu saber muito sobre o assunto.
– Porque eu faria isso? - Gabbe respondeu rispido. Onde estava o garoto com um sorriso bobo de dois segundos atrás?
– Está tudo bem?
– Ficará se você se manter longe de mim. - resmungou e saiu.
Oquei. Ele ela bipolar, Belle tinha concluido isso.
Continuou sua pesquisa sozinha por mais três horas. Estava se dedicando mesmo àquele trabalho.

Saiu da biblioteca por volta das oito, a festa só começaria dali uma hora. Teria tempo de voltar para o quarto e se arrumar, ou apenas tomar um banho. A biblioteca ficava do outro lado do pátio, teria que cruzá-lo inteiro sozinha e já estava escuro e passava da hora do toque de recolher, que era as sete e meia. Se fosse pega fora do dormitório, estaria muito encrencada.
A brisa fria estava acompanhada da escuridão das árvores que cercavam a escola. Começou a cantar para espantar o medo, mas parou ao ouvir que alguém lhe chamava.
– Belle. - seu nome foi sussurrado por uma voz fina. Procurou mas não encontrou ninguém ali. - Ajude-me Belle. - ouviu novamente, mas dessa vez ao virar-se deparou com um garoto. Aproximou-se e viu que era o garotinho dos seus sonhos, o mesmo que ela vira se atirar da janela algumas horas atrás - Me ajude. Ele está atrás de mim.
– Quem? - perguntou aproximando-se mais rápido que deveria. - Como se chama?
– V-você esqueceu de mim? - sua voz estava trêmula - S-sou Gabriel. Como pôde esquecer de mim?

Num segundo o nome lhe pareceu familiar, mas como já vira o garoto em seus sonhos, talvez fosse dali também. Gabriel saiu correndo adentrando a floresta que envolvia a escola.
– Espere. - Belle o seguiu.

Correu sem se importar com mais nada e adentrou a floresta.
– Gabriel. Onde você está? Quem está atrás de você? Por favor, volte. - disse por fim ao ver que estava sozinha, perdida no meio do nada envolvida por um breu que parecia não ter fim.
– Finalmente, Isabelle. - soou uma voz, mas dessa vez não era a voz doce do garoto e sim uma voz amarga e rude - Tão bom vê-la novamente.


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Notas finais do capítulo

Aí está. Espero que gostem.

xx Eve



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