Uma escolha escrita por hollandttinson


Capítulo 28
Constelação.


Notas iniciais do capítulo

Não me julguem pela demora! A minha internet estava horrível esse tempo todo, mas finalmente eu estou de volta! Enfim, vamos de capítulo.



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POV: ASTORIA.

Desaparatamos na portaria do St. Mungs. Minhas mãos estavam trêmulas e Draco respirou fundo várias vezes antes de começar á andar, me arrastando junto. Estava um pouco arrependida por não ter comprado nada para o bebê, mas eu teria tempo, não teria? Depois que eu soubesse o sexo, nós podíamos comprar tudo.

– Astoria!- Thamyris acenou para mim quando me viu, parecia aliviada. Ela me abraçou com força e sorriu para a minha barriga que já tinha crescido bastante, o que nos deu um pouco de esperança á mim e Draco. Ele podia estar saudável lá dentro, eu sabia.

– Olá, Thamyris.- Eu disse sorrindo sinceramente. Ela olhou para Draco e o abraçou também.- O meu médico já chegou?- Perguntei e ela concordou com a cabeça.

– Sim e ele me perguntou sobre você. A sua barriga está tão linda!- Ela disse, colocando a mão sobre ela. Eu sorri um pouco.

– Eu vivo dizendo isso pra ela.- Disse Draco, me abraçando pelos ombros. Thamyris concordou com a cabeça e suspirou.

– Eu tenho que ir, acabou o meu plantão. Tenho que buscar a Cecília na casa do Blásio.- Disse Thamyris, sorrindo. Jogou a bolsa sobre o ombro e colocou uma mão no ombro que Draco não cobriu.- Vai dar tudo certo.

– Claro que vai.- Tentei parecer otimista. Ela sorriu e acenou, indo embora. Eu e Draco andamos á passos curtos para a sala do meu médico, eu estava apavorada e podia sentir o pavor na respiração de Draco também.

– Bom dia! Pensei que não viriam mais, já estava preocupado.- Disse o médico com um sorriso enorme aberto para mim, porque ele ficava tentando me fazer ficar melhor e depois me dizia coisas ruins? Estava começando á odiá-lo e ele nem sabia.

– É claro que nós viríamos. Quero saber se eu vou ter um garoto ou uma garota.- Draco era mais talentoso na arte de fingir entusiasmo, senti inveja dele por isso.

– Mas uma coisa você pode ter certeza: Ele está muito saudável. Olha só o tamanho dessa barriga! Parece que você está mesmo se alimentando como eu mandei, fico feliz. Isso é bom, isso é muito bom.- Fui capaz de acreditar em tudo o que ele disse até porque aquele brilho dos olhos dele não podiam enganar, ele estava falando sério. Isso era bom.

– Então eu estou fazendo a coisa certa?- Perguntei enquanto ele me guiava para uma maca organizada para mim. Eu me sentei ali enquanto Draco segurava a minha bolsa e se sentava em uma cadeira que estava do lado.

– Claro que está! Sempre soube que você faria a coisa certa.- Disse o médico sorrindo.- Você quer trocar de roupa?

– Precisa?- Perguntei já deitando na maca. Que sono que me deu depois que deitei aqui, eu hein. Ele negou com a cabeça.

– Não, mas ia ficar mais confortável.- Disse o doutor.

– Acho que ela já está bastante confortável, amor não dorme.- Disse Draco com um sorriso na voz. Eu já estava com vontade de dormir, mesmo. O médico balançou a cabeça e me entregou uma caneca com poção.

– Isso aqui é pra o seu bebê ficar numa parte da sua barriga em que a gente possa ver ele.- Ele disse e eu bebi, tinha um gostinho bom.- Eu vou buscar as outras poções, só um segundo.

– Certo.- Eu disse enquanto via ele saindo da sala. Me virei para Draco.- O que acha que é?

– Não faço a menor idéia, tudo é maravilhoso pra mim.- Ele disse, sorrindo. Eu sorri de volta e passei a mão na minha barriga. Meu bebê chutou e eu rezei para que a poção já tivesse feito efeito e que ele já estivesse pronto para ser descoberto.

– Prontinho.- O médico realmente voltou rápido. Me mandou tomar mais umas 4 poções de uma vez só e passou a mão na minha barriga.- Acho que já está pronto.- Disse ele, sorrindo. Draco se levantou e veio para o meu lado, segurar a minha mão e sorriu um pouco para mim e depois olhou para o médico.

– O que o senhor acha que é?- Perguntou Draco.

– Bom, não dá pra saber assim tão rápido, vamos precisar que a Astoria levante-se um pouco.- Disse o médico, sorrindo para mim. Draco me ajudou á sentar e eu fiquei de pé.- Certo, agora você precisa ir no banheiro pra tirar um pouco da poção que está dentro de você.

– Eu não estou com vontade de ir no banheiro.- Eu fiz uma careta. Eu pensei que isso ia ser rápido, mas que demora! Ele sorriu para mim.

– Vai sentir.- Ele disse, me guiando até o banheiro. E eu senti mesmo. Voltei alguns segundos depois e ele sorriu para mim. Me ajudaram a subir na maca de novo, alguém explica que eu ainda consigo andar e me mexer sozinha? Obrigada.

– E agora?- Draco perguntou depois que eu estava deitada e confortável, quase dormindo. O doutor sorriu e despejou uma poção sobre a minha barriga descoberta. A poção era pastosa e fria, me fez sentir um pouco de calafrios na espinha e um pouco de cócegas.

– Agora, nós vamos esperar para ver a cor que a poção vai ficar.- Ele disse, olhando para a minha barriga. Mas que palhaçada, eu não consigo ver!

– Eu não consigo ver.- Eu reclamei. Draco deu uma risadinha.

– Não precisa, amor. O que importa é a gente, saber... Quais cores podem ficar?- Perguntou Draco, pegando a minha mão.

– Rosa e azul.- O médico disse.

– Tá demorando, será que a poção fez efeito?- Perguntei tentando olhar, sem sucesso, para a minha barriga que estava começando á ficar anestesiada.

– Demora uns 3 minutos no máximo, a sua irmã demorou mais de 3 e eu quase pensei que ela não estava mesmo grávida porque sempre tem efeito.- Disse o médico. Eu arregalei os olhos.

– E se demorar mais de 3 minutos?- Perguntei, assustada. Draco balançou a cabeça.

– Não vai, olha. Está ficando com uma corzinha.- Disse Draco, apontando para a minha barriga. Bufei, olhar para onde? Eu não posso ver! Mas o doutor sorriu então eu pensei que Draco estava falando sério.

– É verdade. Que cor pensa que é?- Perguntou o doutor olhando para Draco. Revirei os olhos.

– Do jeito que vocês estão falando estou começando á achar que minha barriga está parecida com um camaleão.- Eu disse, balançando a cabeça. Draco sorriu fraquinho, ele estava meio que muito sorridente hoje e isso estava me deixando mais feliz.

– É... Azul?- Perguntou Draco. Seus olhos cinzentos estavam brilhando. Eu estava sentindo o nó na garganta subir e a vontade de chorar na ponta dos olhos.

– É azul?- Perguntei também. O médico sorriu e colocou a mão no ombro de Draco e a outra na minha mão.

– Parabéns! Vocês vão ter um belo garoto, que se Deus quiser vai nascer saudável!- Disse ele, sorrindo e se virando para pegar um pano.- Limpe a sua barriga com isso. Eu vou deixar vocês sozinhos um pouco.- Disse o doutor e saiu da sala. Draco quem pegou o pano e começou á limpar a minha barriga, ele estava chorando.

– Um garoto, amor. Um meninão! Pra você ensinar a voar e jogar quadribol.- Eu disse, sorrindo. Uma lágrima escorreu pelo meu rosto e ele limpou, aproveitando para limpar seu rosto também.

– Um garoto pra você contar histórias enquanto espera ele dormir e mimar muito.- Ele disse. Eu solucei. Precisava estar viva, eu não podia morrer, meu filho merecia uma mãe, meu filho merecia essa família.

– Eu decidi uma coisa.

– É mesmo? Sobre o quê? O nome dele, espero.- Ele disse. Eu balancei a cabeça.

– Se a morte quiser me levar antes de o nosso filho completar 18 anos, eu vou lhe dar um soco na cara e ela ficará tão assustada que vai me deixar viver mais. Vou estar aqui para ver nosso filho crescer e inclusive, não vai se livrar e mim tão fácil, Draco Malfoy.- Eu disse, dando tapinhas leves no seu rosto. Draco sorriu abertamente.

– Acho que eu posso conviver com isso.

(...)

Uma semana depois eu contratei uma empregada porque não podia mais ficar me esforçando, precisava relaxar e me alimentar direito, só. Narcisa trouxe suas coisas para cá e veio ficar cuidando de mim, todos os dias ela me mandava tomar banho de mar porque disse que faria bem, ela leu em uma revista uma vez. Perguntei se ela tinha feito com Draco e ela me disse que não, mas que eu não devia fazer tudo o que ela fazia, certo? Certo.

Estava me alimentando tão bem que me sentia toda inchada, de verdade. Eu devia estar enorme de gorda, eu me sentia enorme de gorda. Draco dizia que era porque eu estava grávida e que isso era muito normal, mesmo assim, não estava contente com a minha atual posição de gorda. Em todo o caso, eu emagreceria depois, certeza.

Blásio e Draco pintaram o quarto do nosso filho, quando eu saí da consulta de 6 meses e cheguei em casa, tive a surpresa. Ele era de um verde bebê indo para um branco, lindo, lindo! Draco comprou miniaturinhas de vassouras e colocou sobre o berço, sempre que ele olhasse as vassourinhas elas se mexiam com magia.

Narcisa, eu e Thamyris estávamos fazendo várias roupinhas de pano, cada uma melhor que a outra. Mas é claro que também compramos muitas coisas, roupas eram o mínimo. O Sr. Malfoy trouxe um sapatinho de pano com um “M” na ponta e disse que era para o seu neto. Ele voltou da Alemanha mais rápido o que nós imaginávamos e Draco disse que era porque ele não queria perder a gravidez da nora, acreditei nisso quando ele ficou regulando tudo o que eu fazia 24 horas por dia quando Draco não estava em casa.

Mamãe e papai não vieram me ver uma só vez desde que eu engravidei, na verdade, eles também não foram ver Dafne também. Caleb disse que talvez eles estivessem pensando que tinham se aposentado das filhas depois que se casaram e estavam muito felizes por isso, seria triste demais dizer que eu também estava feliz que eles finalmente tivessem se aposentado de mim e Dafne e agora nos podemos viver em paz? Acho que seria cruel demais tendo em vista que são os meus pais.

A filha de Dafne nasceu muito saudável, só que loira como a minha irmã. Seus olhos e o formato da boca eram os mesmos de Caleb, mas o resto era tudo de Dafne, o que deixava ela um pouco parecida comigo. Ela era linda. Zaine. Isso é nome de criança? Foi o que eu perguntei quando Dafne me disse o nome que tinha escolhido para a filha. Dafne deu aquele seu sorriso ridículo e disse “significa perfeição e berço em Árabe, é perfeito”. O sr. Malfoy ficou feliz com o nome e disse que nosso filho devia ter um nome bem marcante também. Draco disse que não deixaria que eu colocasse um nome parecido com o dele porque era ridículo. Mas eu não me importei muito com isso. Enfim, o nascimento de Zaine foi a última vez que eu vi meus pais. Última mesmo.

– Mas é sério, que nome vocês vão colocar? Essa é uma decisão muito importante.- Disse Blásio. Estávamos todos na varanda da minha casa, era o pôr-do-sol e Cecília estava concentrada no horizonte, no colo de Thamyris que prestava toda a sua atenção á nós. Eu dei de ombros.

– Eu não sei, juro. Não consigo pensar em um nome que seja marcante o suficiente para um Malfoy, e que seja único. Porque o nome do meu filho tem que ser único.- Eu disse. Draco concordou com a cabeça. Narcisa suspirou.

– Pode ser o nome de constelações, podia procurar nomes assim para você se quisesse.- Ela disse. Vi Draco fazer uma careta.

– Aí não vai ser único, não é?- Perguntou.

– Querem inventar um nome?- Thamyris ergueu uma sobrancelha. Antes que eu pudesse responder, Cecília começou á bater palmas para o sol que estava pela metade coberto pela água do mar. Eu sorri para aquela imagem. Meu filho poderia ver essa paisagem todos os dias da vida dele, não era maravilhoso?

– Inventar não, é complicado demais. Por isso que estou dizendo: É muito difícil.- Eu disse.

– Só não deixem para escolher o nome na hora do parto, nos preparem antes.- Disse Lúcio, olhando para o pôr-do-sol.

A expressão do meu sogro parecia bem melhor agora que ele ficava conosco todos os dias, como se ele fosse menos terrível do que todo mundo faz parecer. Menos terrível do que eu imaginei. Narcisa tinha a mania de dizer que isso era por causa do nosso filho, porque ele estava feliz por finalmente o filho dele estar tomando um rumo e por ter um neto. Lúcio e Narcisa sempre quiseram um neto e agora ele viria de puro sangue e tudo podia ficar melhor. Tudo tinha se acertado para a família Malfoy, se acertado muito bem por sinal. Era raro encontrar alguém que comentasse sobre o seu passado de Comensal, principalmente depois que Draco foi perdoado pelo Ministério e conseguiu um cargo maravilhoso por lá. Depois que Lúcio foi liberado de Azkaban as coisas para ele também ficaram legais, o que me fazia pensar que o destino estava sendo muito gentil com eles. Pra quê mais sofrimento? Era o que eu me perguntava. Porque eu teria de morrer? Eu não precisava, precisava? Eu podia lhes dar o neto e o filho que queriam e ir em paz, não podia? Não, eu não podia. Não podia deixar Draco e muito menos o meu filho. O destino continuaria á ser gentil com os Malfoy, pela fé.

– Pensei que você já estivesse dormindo, costuma ir se deitar tão cedo. Está se sentindo mal?- Perguntou Draco, saindo do banheiro. Eu estava de pé na frente da janela. Eu podia ver a lua e toda a sua imensidão daqui e o seu espelho marítimo. Eu sorri para Draco. Ele parecia mil vezes mais branco quando a lua estava cheia desse jeito, principalmente porque ela entrava toda pela janela do nosso quarto. Ele sorriu para mim.- O que foi?

– Você é tão bonito, tomara que nosso filho nasça tão bonito quanto você.- Eu disse, sorrindo. Ele deu de ombros e passou a mão no cabelo molhado.

Comecei á observar que ultimamente Draco tomava um banho frio todas as vezes antes de ir dormir, nunca questionei essa sua atitude porque achei que fosse apenas higiene, que ele não quisesse sei lá, passar qualquer tipo de sujeira á uma grávida. Mas era ridículo pensar assim, tendo em vista que eu não podia “pegar sujeira”.

– Bom, se ele nascer idêntico á você ainda vai ser o garoto mais bonito da face da terra, pode apostar.- Ele disse, sentando na cama.- Mas o que está fazendo aí? Pode pegar frieza, não queremos que você fique gripada.

– Não queremos.- Eu disse, me deitando no seu peito. Ele beijou o alto da minha cabeça.- Hm... Draco?

– Sim.

– Porque você toma um banho frio todas as noites antes de dormir?

– Porque eu não quero deitar do lado da minha esposa estando sujo.- Ele disse, dando de ombro. Me levantei para lhe olhar nos olhos e ele ergueu uma sobrancelha.- Que foi?

– Você toma um banho assim que chega do trabalho e um antes de deitar, mesmo que você não tenha feito nada depois que chega em casa.- Eu disse. Ele balançou a cabeça.

– Eu tenho feito muita coisa depois que eu chego do trabalho, sabe? Eu sempre trago um monte de coisas para o nosso filho e dá trabalho para arrumar. Eu não gosto de usar magia.- Ele disse, dando de ombros. Ergui uma sobrancelha e ele sorriu.

– Fale sério.

– Certo. Eu fico maluco quando vejo você pronta pra dormir, porque você fica incrível. Seu cabelo está mais natural possível e seu rosto está tão sereno... Sem contar que tudo fica pequeno em você por causa dessa barriga enorme, então eu preciso tomar um banho frio pra ver se melhora a minha situação. Satisfeita? Agora vamos dormir.- Ele disse, desligando o abajur. Eu gargalhei.

– É sério?

– É. Sério.- Ele disse, cruzando os braços. Eu balancei a cabeça e dei um beijinho na bochecha dele.

– Sabe de uma coisa? Não precisa mais tomar banho, apesar de você ficar altamente sexy quando está saindo do banheiro com os cabelos molhados e rosto um pouco corado... Eu gosto de saber que apesar de estar parecendo uma vaca prenha leiteira, você ainda gosta de mim.- Eu disse, dando de ombros. Ele descruzou os braços só para me olhar com incredulidade.

– Vou fingir que você não insinuou que eu poderia, em algum momento da minha vida, em algum lugar da terra, do universo, achar você menos sexy. E só para que você fique sabendo: Não está parecendo uma vaca prenha leiteira.- Ele disse, passando a mão sobre a minha barriga.- Porque eu não sou um boi e nosso filho não é um bezerrinho.- Eu gargalhei da piada dele.

– Mas eu continuo dando leite.- Eu disse, dando de ombros.

– E daí? Ninguém liga.- Disse Draco, passando a mão por toda a extensão da minha barriga. Um sorriso enorme se abriu no rosto dele.- Certo, nós já vamos parar com esse falatório para deixar você dormir. Ele mexeu, acho que ele quer que a gente faça silencio.

– Ah, qual é, filho!- Eu disse, rindo e passando a mão na barriga. Draco balançou a cabeça e se deitou ao meu lado.

– Eu amo você, sabia?

– Claro que eu sabia! O fruto disso está aqui, se mexendo loucamente na minha barriga.- Eu disse e Draco gargalhou.

– Calma, filho. A gente já vai dormir, deixa só eu dengar a sua mamãe mais um pouquinho.- Disse Draco, passando a mão a minha barriga com carinho.- Parece que nós tenho um ciumentinho aqui.- Draco brincou, depois me deu um beijo profundo. Ele respirou fundo antes de me abraçar pela cintura.- Boa noite, meu amor.

– Boa noite.- Eu disse, me virando para a janela.

Antes de fechar os olhos eu vi uma constelação. Estava linda, incrível. Foi a primeira vez que eu consegui ver uma constelação completa, porque eu nunca vi sentido naquilo. As pessoas diziam “aquele é o arqueiro”, mas eu não conseguia encontrar um arqueiro. Para mim eram apenas pontinhos iluminados, mas agora não. Eu pude ver claramente aquele escorpião e aquela imagem ficou na minha cabeça. Aquele escorpião marcou meu sonho e a minha memória por uma semana inteira, até que eu tive um sonho.

– Mas porque Scorpius? Não tem um nome melhor para você escolher? Que nome horroroso, Astoria.- Thamyris reclamou.

Eu estava segurando um bebê no meu colo. Ele era branquinho e tinha os olhos bem clarinhos, como os de Draco. Quase não tinha cabelo, mas os médicos disseram que ele provavelmente ia ser loiro. Ele tinha uma bochechinha bem gostosinha e era bem gordinho, mas ainda era a criança mais pequena que eu já vi. Sua boca era do mesmo formato que a minha e seus olhos também tinha o mesmo formato que o meu, só que o resto era só Draco. Era lindo.

– É único, como ele.- Eu disse, sorrindo para o meu filho. Draco fez uma careta.

– Ele vai sofrer bullying como eu sofri, sério amor.- Ele disse, segurando a mãozinha de Scorpius com admiração. Eu balancei a cabeça.

– Não me importo, ele se chamará Scorpius.- Eu disse, olhando para ele. Seus grandes olhos cinzas me olhavam atentos e bem aberto, era como se ele não quisesse perder nenhum momento da escolha do seu nome. Será que ele estava gostando?

– Por Merlim, tantos nomes comuns!- Disse Blásio, passando a mão na cabeça. Draco balançou a cabeça.

– Mas nós nunca quisemos um nome comum. Deixem que Astoria escolha. Além disso, é bem propicio. Ele é do signo de Escorpião e é um nome forte. Acho que estou começando á gostar de Scorpius.- Disse Draco, sorrindo para o embrulhinho que estava nos meus braços. Nosso filho.

– É um ótimo nome para um Sonserino. Ele vai ser forte como um escorpião. Parabéns, é uma ótima escolha de nome.- Disse meu sogro.

– E também é a única constelação que eu consigo ver. Desde a primeira vez que a vi, todas as vezes que ela aparece, eu a vejo. Não é mera coincidência!- Eu disse, balançando a cabeça. Narcisa sorriu.

– Nosso pequeno Scorpius.- Disse Narcisa.

Nosso pequeno Scorpius.”

(...)


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Notas finais do capítulo

O próximo capítulo vai ser o parto.