Contenda escrita por Anastacia B, Kah Correia


Capítulo 1
Capítulo 1 - A Viagem


Notas iniciais do capítulo

LEIA ANTES DE PROSSEGUIR:

Olá gente!
Tudo bem?

Bom, como algumas já sabem, esta é minha nova fic.
Já que felizmente terminei Paradise, agora posso publica-la.

Sobre a fic: É uma short, mas o número de capítulos eu ainda não decidi.
Ela ocorre bem no começo do segundo livro, quando Rose e Dimitri partem para conhecer Arthur. O primeiro livro da Richelle é válido para esse aqui também.

É um final, ou melhor, um meio alternativo. Então por favor se desliguem do segundo livro e abram suas mentes ;)

Boa leitura!!!



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Eu não pensei que meu dia poderia ficar pior, até que a minha melhor amiga me disse que ela podia estar enlouquecendo. De novo.

- Eu... O que foi que você disse? - Eu estava parada do corredor do quarto dela, curvada sobre uma das minhas botas e ajustando ela. Levantando minha cabeça, observei seus pensamentos através da confusão do cabelo negro que cobria meu rosto. Eu tinha dormindo depois da aula me atrasando, e passava apressadamente a escova nos cabelos para conseguir sair a tempo.

O cabelo de Lissa loiro platina estava liso e macio, é claro, suspenso por cima dos seus ombros como um véu de núpcias, enquanto ela me observava com diversão.

- Eu disse que eu acho que as minhas pílulas, podem não estar mais funcionando tão bem.

Eu me ajeitei e tirei o cabelo do meu rosto. - O que isso significa? – Perguntei.

A nossa volta, Moroi passavam com pressa, enquanto se dirigiam ao encontro de amigos, para ir para o jantar. - Você começou... - Eu baixei minha voz. - Você começou a ter seus poderes de volta?

Ela balançou a cabeça, e eu vi um flash de arrependimento em seus olhos.

-Não... Eu me sinto mais perto da mágica, mas eu ainda não posso usá-la. O que eu tenho notado principalmente é um pouco daquela outra coisa, você sabe... Eu estou ficando mais deprimida de vez em quando. Nada nem perto do que costumava ser, - Ela adicionou apressadamente, vendo meu rosto.

Antes de ela tomar suas pílulas, o humor de Lissa podia ficar tão ruim, que ela se cortava. ―É só um pouco mais do que era.

- E quanto às outras coisas que você costumava sentir? Ansiedade? Pensamentos ilusórios? – Insisti

Lissa riu, sem levar nada daquilo tão sério quanto eu. ―Você soa como se tivesse lido livros de psicanálise.

Na verdade eu tinha lido. - Eu só estou preocupada com você. Se você acha que as pílulas não estão mais funcionando, nós precisamos contar a alguém.

- Não, não. - Ela disse rapidamente. - Eu estou bem, de verdade. Elas ainda estão funcionando... Só não tão bem. Eu não acho que a gente deva entrar em pânico ainda. Especialmente você - não hoje, pelo menos.

A mudança de assunto funcionou. Eu descobri há alguns dias atrás, que eu iria iniciar meu teste qualificativo essa semana. Era um exame - ou melhor, era um período curto de entrevistas e de avaliação comportamental e física - que todos os guardiões novatos tinham que passar na Academia St. Vladimir. Já que eu estava escondida com Lissa ano passado, eu perdi o meu. Hoje, eu ia ser levada para um guardião em algum lugar fora do campus, que iria me fazer o teste. Se tudo desse certo, eu estaria de volta dentro de duas ou no máximo, três semanas.

-Não se preocupe comigo - Lissa repetiu, sorrindo. ―Eu vou falar para você se ficar pior.

-Ok, - Eu disse relutantemente. - E não se meta em mais problemas durante a minha ausência. – A alertei. Lissa concordou com um gesto de cabeça. Agora que ela e Christian Ozera estavam saindo publicamente, seria um pouco mais fácil mantê-la longe de problemas, uma vez que como eu, Christian gostava de seguir os passos de Lissa de perto.

Só pra ter certeza, e abri meus sentidos e me permiti sentir o que ela realmente sentia através da nossa ligação. Ela estava dizendo a verdade. Lissa estava calma e feliz essa manhã, nada para se preocupar.

-Merda – Me xinguei mentalmente. Lançando um olhar zangado ao relógio mais uma vez, me coloquei a correr pelo corredor acenando para Lissa atrás de mim.

Eu corri através do campus e encontrei meu mentor, Dimitri Belikov, esperando ao lado de um Honda. Que chato. Eu suponho que eu não poderia esperar que a gente andasse pelas montanhosas estradas de Montana em um Porsche, mas seria legal andar em algo mais bacana.

-Eu sei, eu sei. - Eu disse, vendo seu rosto. - Eu sinto muito estou atrasada.

Eu lembrei então que eu tinha um dos testes mais importantes da minha vida chegando, e de repente, eu esqueci completamente de Lissa e suas pílulas que possivelmente não funcionavam. Eu queria protegê-la, mas isso não significaria muito se eu não pudesse passar na escola e me tornar realmente uma guardiã.

Dimitri estava parado ali, parecendo lindo como sempre. O massivo edifício de tijolos nos deixava nas sombras, pairando como se fosse uma grande predadora na escuridão, pouco antes de amanhecer. Ao nosso redor, neve estava começando a cair. Eu vi com a luz, flocos cristalinos caindo gentilmente. Vários pousaram e derreteram no seu cabelo escuro.

-Quem mais está indo? - Eu perguntei.

Dimitri deu de ombros

-Só eu e você.

Meu humor de repente mudou de feliz, para empolgado. Eu e Dimitri. Sozinhos. Em um carro. Esse pode muito bem valer um teste surpresa.

A estrada escura e cheia de neve teria sido difícil para humanos navegarem, mas elas não se mostraram como um problema para os olhos dos dhampir. Eu olhava para frente, tentando não pensar sobre como o pós-barba de Dimitri, enchia o carro com um limpo e afiado cheiro, que me fazia querer derreter. Ao invés disso, eu tentei me focar no teste de novo.

-Geralmente esses testes não ocorrem durante as aulas, na Academia?

-Sim, mas como você não estava na Academia quando esse período de teste começou, nós estamos indo até ele.

-Você quer dizer um guardião? Muitos guardiões? – Me encolhi um pouco no banco, pensando o quão difícil aquilo poderia ser.

-É um guardião. – Dimitri deu de ombros. – E já que ele está nos fazendo um favor, nós que vamos até ele.

-E quem seria ele? – Me forcei a virar para Dimitri no banco, me arrependendo no mesmo instante. Dimitri tinha a expressão relaxada enquanto dirigia. Seu cabelo estava amarrado para trás, com apenas algumas mechas caídas pra frente. Para contrastar com meu habitual jeans e moletom, ele parecia realmente bem, em seu cumprido casaco de couro marrom.

-Arthur Schoenberg

Eu basicamente me engasguei.

-Arthur Schoenberg? – Me voltei novamente para Dimitri, que segurava o riso. – Não... Não tinha mais ninguém disponível? - Arthur Schoenberg era uma lenda. Ele era um dos maiores caçadores de Strigoi na história dos guardiões vivos, e ele costumava ser chefe do conselho dos guardiões, que era o grupo de pessoas que designavam os guardiões para os Moroi e tomavam as decisões por todos nós. Ele eventualmente se aposentou e voltou para proteger uma das famílias reais, os Badicas. Mesmo aposentado, eu sabia que ele ainda era letal. Suas proezas eram parte do meu currículo.

Dimitri ainda tinha a expressão divertida e isso me incomodou um pouco.

-Você vai ficar bem. E além do mais, se Art aprovar você, isso será uma grande recomendação para deixar no seu histórico.

Art. Dimitri usava o primeiro nome com um dos guardiões mais incríveis. É claro, Dimitri também era incrível, então eu não deveria estar surpresa.

Silêncio caiu sobre o carro. Eu mordi meus lábios, de repente me perguntando se eu seria capaz de entrar nos padrões de Arthur Schoenberg. Minhas notas eram boas, mas coisas como fugir e me meter em brigas podiam lançar uma duvida sobre a quão séria eu estava, sobre a minha futura carreira.

-Você vai ficar bem. - Dimitri repetiu. - O bom no seu histórico se sobressai sobre o ruim.

-Obrigado, técnico. - Eu provoquei, me aninhando de volta no meu assento.

-Estou aqui para ajudar. - Ele respondeu. Sua voz estava relaxada, o que era bem raro para ele. Ele normalmente falava com força, pronto para um ataque. Provavelmente ele estava seguro dentro do Honda, ou pelo menos tão seguro quanto ele poderia ao meu redor. Eu não era a única que tinha problemas em ignorar a tensão romântica entre nós.

-Você sabe o que realmente iria ajudar? - Eu perguntei, sem encontrar seus olhos.

-Hum?

-Se você desligasse essa música ruim e colocasse algo que foi lançado depois que o Muro de Berlim caiu.

Dimitri riu.

-Sua pior aula é história, e de algum jeito, você sabe tudo sobre a Europa Ocidental. – Covinhas apareceram na lateral de sua bochecha. Me forçando a olhar pra frente, eu desviei o olhar.

-Hey, tenho que arranjar material para as minhas piadas, Camarada. – Mudei de assunto.

Ainda sorrindo, ele mudou de estação. Para um country.

-Hey! Isso não era o que eu tinha em mente! - Eu podia notar que ele estava a beira de rir de novo.

-Escolha. É um ou outro.

Ele voltou à estação, e eu cruzei meus braços por cima do meu peito enquanto uma vaga banda europeia cantava sobre como o vídeo tinha destruído o rádio. Eu desejava que alguém matasse o rádio.


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Notas finais do capítulo

E ai, o que acharam?

Este é o primeiro capítulo, então tem bastante partes de Frostbite.

Aguardo o comentário de vocês para saber se devo ou não continuar com a fic. Lembrem-se! Vocês precisam participar!!!


Beijos e até a próxima XX



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