Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 9
Omissão da Verdade




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Hey meus amores...

Como passaram os últimos dias? Ansiosas para assistir Eclipse? Nossa eu estou demais, parece que nunca chega meia-noite de quarta. DEUS!

Aqueles que têm conta nos sites que posto que seja possível ter resposta das reviews eu já o fiz, e aqueles que não, não fiquem reprimidos, eu não dei nenhuma pista! *HIHIHIHIHIHI*

Sobre este capítulo, tem alguns pontos que serão imprescindíveis para o futuro da fic, então fiquem atentos, ok?

Vou ficando por aqui. Obrigada pelas reviews no capítulo passado, vocês fazem minha vida muito melhor!

Obrigada por tudo e não esqueçam: EU AMO VOCÊS!

Boa leitura! ;D

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JUST JUSTICE

capítulo oito
Omissão da Verdade

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"Não é bom dizer mentiras. Mas quando a verdade puder trazer uma terrível ruína, então dizer o que não é bom também é perdoável."
- Sófocles -

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Isabella Swan

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Mesmo após um mês do homicídio de Laurent Thompson todo o departamento do FBI, e conseqüentemente o de Justiça, estava abalado. A violência fútil e torpe contra aquele que era o nosso chefe superior deixara todos temerosos e abismados, até o momento ninguém conseguia compreender como o assassino tomara posse da arma da vítima e lhe desferira dois tiros sem que esta oferecesse qualquer chance de defesa ou resistência.

Até mesmo eu que não era muito fã do Thompson me sentia ultrajada com o fato. Ele poderia ser muitas e muitas vezes rude, machista e ignorante, mas se tinha algo que eu sempre atribuí a ele foi respeito, não era qualquer pessoa que com sua idade – quarenta anos -, ,alcançara uma comenda tão alta e importante dentro da justiça americana.

Tudo bem que nos últimos meses eu vinha cogitando a possibilidade dele ser o infiltrado, mas após sua morte, e até mesmo algumas horas antes desta quando ele ameaçou a falha da nossa missão em prender o il dio ao que eu e Edward tivemos, e infelizmente temos, eu sabia que ele não poderia ser o delator, aquele que estava acabando com todas as chances de fazermos justiça.

Porque aquele homem que tivera sua vida friamente retirada era a justiça em pessoa. Com a sua morte repentina, muitas coisas haviam mudado na estrutura judicial da nação, da qual fazia parte. A primeira delas era que Eleazar Campbell além de continuar com o posto de Secretário de Defesa assumira o cargo que era antes de Laurent, tendo o pleno poder sobre a ordem judicial estadudiniense.

Mas Eleazar não estava só interessado no poder que agora lhe era duplamente maior, ele estava interessado em fazer a justiça pela morte de seu amigo. Não era segredo para ninguém que Eleazar fora mentor de Laurent no exército, no FBI e até mesmo na Interpol, quando ambos fizeram parte. Tudo o que Laurent sabia era por causa do homem com olhos verdes e gentis, pele de um tom saudável que mostrara o quanto este passou seus dias no sol durante sua vida, e cabelos de um negro meia-noite espetacular.

Apesar da aura bondosa que Eleazar Campbell transmitia todos sabiam que ele era um homem justo, integro e acima de tudo impiedoso. Se antes todos temiam Thompson por conta de seus olhares sagazes e suas atitudes rudes, Eleazar podia não ter estas características, mas era intensamente pior.

Todas as outras missões ou casos puramente mais investigativos foram deixados parcialmente de lado, todos estavam focados em localizar o assassino, que segundo Eleazar estava dentro do FBI.

Segundo as secretárias, que também eram as maiores fofoqueiras do departamento, diziam que a lista de suspeitos continha vinte e um nomes, e que todos eles tiveram contato com Thompson no dia de sua morte, seja em meio a reuniões ou telefonemas.

O que me fazia crer com absoluta certeza que o meu nome estava nela, mas não somente o meu, mas também o de Jacob, o de Edward, Carlisle, Sam, Heidi e James, mas eu não conseguia ver nenhum destes como um possível assassino.

Tudo bem que ele havia ameaçado divulgar um segredo que tanto eu quanto Edward vínhamos guardando há quase quatro anos, e que pelo acordo que tínhamos feito no Estado de Nevada, precisamos mantê-lo por mais um.

Era algo ruim? Não totalmente, mas a questão de que havíamos omitido - uma questão primordial quando nos inscrevemos na academia -, poderia levar a cassação de nossos distintivos e até mesmo a prisão.

Sim, era muito ruim.

Se tinha algo que sempre me orgulhei fora onde havia chegado em tão pouco tempo no mercado de trabalho, e se isso acabasse eu morreria, a minha vida estava naqueles corredores.

Ri sem humor.

Talvez eu tivesse mais motivos para querer Thompson morto do que imaginava, mas fazer isso a sangue tão frio? Tirar uma vida sem nenhuma possibilidade que o detentor desta se defendesse não era algo que caracterizava minha personalidade, e apesar de que a noite em questão seja um borrão em minha cabeça, tenho certeza que não havia feito isto, apesar dos apesares.

Era possível que Edward tenha feito algo tão frio e calculista? Sim, era possível, eu sabia do que ele era capaz e se fosse para defender sua honra, seu segredo e principalmente sua profissão ele o faria sem pensar duas vezes.

Mas não era a merda do seu segredo que estava em jogo, era o nosso segredo, e se eu tivesse cometido o crime? Se no momento em que eu estava consumida pela minha raiva, nublada pelos meus sentimentos conflitantes e principalmente pelo álcool que havia ingerido depois daquela maldita reunião me fizesse agir tão insensatamente?

Era comum eu ter apagões e não me recordar de nada, e eu sabia que eu não tinha visto James no jardim aquela noite, eu só descobrira sobre o infarto de seu pai momentos antes de vermos o corpo sem vida de Thompson.

A culpa me consumia. Eu havia mentido descaradamente para Eleazar, mas o que poderia fazer? Eu estava desesperada, não podia colocar uma culpa que nem mesmo sabia se tinha sobre mim.

- Merda, merda, merda. – murmurei, antes de afundar minha cabeça na água perfumada e meio gélida da banheira, onde me encontrava.

Mesmo com a densidade nebulosa da água por conta dos produtos que havia colocado nesta, ou a ardência que os mesmos causavam ao meu nariz pareciam diminuir o peso que se alastrava pelo meu corpo. A tensão que sentia era tão funestíssima, que tinha sérias dúvidas que algo fosse diminuir.

"É a culpa." – dizia a minha mente, e ondas de certeza disso pareciam alastrar por todo o meu corpo, parecendo consumir toda a vida que eu tinha com a omissão, o crime, o pecado.

Pouco a pouco comecei a me sentir entorpecida pela falta de oxigenação em meu cérebro, era algo bom, porque parecia que a culpa diminuía gradativamente.

- Bella? Bella! BELLA! – uma voz conhecida gritava, mas estava tão bom onde eu estava, onde quer que fosse.

Eu não sentia mais a água comprimindo meu cérebro, tentando passar por meus pulmões. Eu sentia a suavidade e a queimação do ar, exigindo a passagem por onde era necessária. Minhas vias respiratórias e até mesmo a minha corrente sanguínea parecia sentir o ar dominando-as, recuperando o sufoco de antes, dando algo que era necessário.

Mas o que parecia necessário para o meu corpo, não parecia ser para a minha mente que novamente voltara a gritar a culpa de antes.

Minha cabeça doía, rodava, se comprimia. Uma luz forte tentava penetrar por minhas pálpebras que estavam fechadas com uma força surreal, enquanto a voz anterior continuava ecoando quase que indecorosamente por meus tímpanos, deixando-me zonza e doente, eu queria, eu precisava vomitar, a ânsia estava tomando minha garganta, que se fechava quase que inconscientemente.

A pessoa que havia me tirado do meu refúgio dava tapas leves contra o meu rosto, tentando me obrigar a abrir meus olhos, mas eu não queria enfrentar a claridade, porque enfrentá-la significava ficar cara a cara com a realidade, a culpa.

- Bella, Bella – a voz que agora estava muito mais nítida em meus ouvidos chamava, quase que implorativa. -, Bella, por favor, fala comigo. Meu amor, por favor. – naquele segundo, um choramingo pareceu me acordar da realidade paralela em que eu estava.

Lentamente abri meus olhos, a claridade incomodava demais meus olhos frágeis, mas eu tentei superar isto, e mesmo com tudo desfocado e acinzentando, consegui visualizar um rosto, branco mais perfeito, seus lábios estavam escuros e em um semblante triste, o mesmo era seus olhos, o azul claro de outrora, estava escuro – mas não sabia se isto se devia a minha visão acinzentada ou ao que realmente estava não tinha emoção ali, tinha desespero.

Ele piscou algumas vezes, talvez seus olhos o tivessem enganado muito no tempo em que estive em meu estado de torpor, porém, quando este percebeu que não era uma alucinação de sua cabeça, seus lábios pareceram ganhar o aspecto saudável, suas pupilas diminuíram e o azul claro de seus olhos brilhava em uma emoção terna.

- Bella – suspirou meu nome por seus lábios. -, achei que tinha te perdido, meu amor. – proclamou me abraçando, enterrando seu rosto em meio aos meus cabelos molhados.

O seu perfume almiscarado, adocicado e masculino inundou meus sentidos, deixando-me entorpecida imediatamente. Aquele aroma me fazia tão bem, era como se depois de muito fugir de tudo que era ruim, tivesse encontrado um porto seguro. Agarrei-me mais a pessoa, sentido esta me abraçando com força.

- Amor, o que aconteceu? – perguntou quase que silenciosamente.

Era difícil responder, minha garganta doía, parecia que uma fogueira crepitava ali, queimando-a lentamente como se fossem toras de madeira.

- Eu não sei. – sibilei uma mentira. James me apertou mais em seus braços, eu podia sentir o calor que emanava de seu corpo, podia sentir o frio do piso do banheiro, mas não conseguia sentir meu corpo.

- Shiii... tudo bem. – pediu me levantando de onde estava, fazendo o gélido do chão encerrar seu contato com meu corpo inerte.

Os movimentos de James eram tão suaves, que eu começava a duvidar que estivéssemos em movimento, mas quando senti a maciez dos lençóis de nossa cama entrar em contato com meu corpo, consegui acreditar. A delicadeza do toque dele contra minha pele parecia me confortar, mas não me afastar da sensação de culpa e temor que ainda estava continuamente no meu corpo.

Ele ficou ali, me confortando por um tempo indeterminado. Meu corpo lentamente começou a relaxar, mas infelizmente um barulho irritante tocou ao longe. James praguejou baixinho, enquanto se levantava da cama onde estávamos e ia até a fonte do barulho.

- Scott. – atendeu, o silêncio foi curto, mas a tensão que saiu da voz do loiro era perceptível. – Não acredito Sam! Ficamos o dia todo vigiando estes filhos de uma puta, e eles resolvem agir uma hora desta? – questionou irritado. O silêncio dominou o ambiente novamente, só a respiração entrecortada de James que era ouvida. – Sam, eu não posso ir! – protestou. – Cheguei em casa e a Bella estava se afogando na banheira, estou preocupado com ela. Diga a Eleazar que não podemos ir, por favor, eu preciso levá-la, sei lá no... hospital. – o desespero em sua voz fez um arrepio estranho passar pela minha espinha, eu queria protestar, mas não conseguia. – Obrigado Sam. – agradeceu, antes de completar. – Boa sorte.

James retornou o seu lugar, ao meu lado. Suas mãos imediatamente voltaram a acariciar minha pele com suavidade, com amor, me sentia tão reconfortada, que foi apenas com um sussurro que o questionei:

- O que aconteceu? – ele respirou fundo, movimentando-se mais uma vez sobre a cama.

- Parece que interceptaram uma ligação do FBI de Maryland para a Itália, era algo sobre a morte do Thompson. – explicou concisamente.

- Então temos que ir. – disse ainda acima de um sussurro, tentando me levantar da cama, mas falhando miseravelmente.

- Não, não precisamos. Tem todo o FBI a disposição de Eleazar, e você precisa ir ao médico Bella, o que aconteceu no banheiro a pouco não é comum, você quase morreu afogada, imagine se eu não tivesse chegado? – perguntou nervosamente.

Eu não pude responder, pois realmente se James não tivesse chegado talvez eu estivesse naquela banheira ainda, mas sem vida.

Ele se abaixou sobre meu rosto, beijando delicadamente minha testa e depois murmurou um 'eu te amo', quase que silenciosamente, mas mais uma vez o barulho irritante do telefone quebrou a aura tranqüila e apaixonada que caia sobre nós. Desta vez James não se levantou da cama e continuando a acariciar meus cabelos e pele, enquanto atendia o telefonema.

- Scott. Ah... oi Eleazar, eu também não sei o que aconteceu com ela – começou, assim que ouviu algo do outro lado da linha. -, quando cheguei não a encontrei em nenhum lugar da casa, mas o seu carro estava na garagem, então fui ao banheiro, ela sempre adormece na banheira, mas desta vez ela estava submersa, a chamei algumas vezes, mas ela não atendeu então a retirei da água. – um silêncio rápido tomou o quarto novamente. – Sim, ela havia engolido água, fiz os primeiros socorros, mas ela estava ainda desacordada, demorou uns quinze minutos para recuperar os sentidos. – explicou.

Os fatos que James contava a Eleazar me assustaram, o que havia acontecido comigo para apagar daquela maneira que quase me levou a morte? Meus pensamentos, novamente foram interrompidos pela voz de James:

- Sim, irei levá-la ao hospital, acredito que seja realmente porque ela está sobre muito estresse e pressão, ela não vem se alimentando direito. – outro silêncio, porém mais curto. – Claro, lhe manterei informado, obrigado por entender. – James riu minimamente. – Ela também é importante para mim, boa sorte em Maryland. Tenho boas vibrações sobre isso. – outro silêncio breve. – Obrigado.

O silêncio dominou o quarto novamente, James havia desligado o telefone, desta vez definitivamente, e acariciando lentamente meus cabelos disse:

- Preciso te levar ao hospital. – murmurou em meu ouvido, tentei protestar, mas ele completou. – Bella, estou preocupado com você e não sou o único.

Era irrelevante protestar com James, então munida de sua ajuda me troquei colocando uma roupa de ginástica, e depois delicadamente ele passou um pente entre meus cabelos, retirando os nós, para que assim eu o prendesse em um rabo de cavalo. Ele me levou em seu colo, até a garagem, onde estava seu carro, me colocando deitada no banco de trás, assumiu a posição do motorista e voou em direção ao hospital.

XxXxXxXxXxX

As suspeitas de James sobre a minha falta de alimentação, somada com o estresse e os remédios para controlá-lo se comprovaram com os exames médicos que foram o motivo do meu apagão, desta maneira tive que passar a noite no hospital com uma agulha conectada a um frasco de soro em meu braço.

Eu odiava agulhas, e James sabia disso por isso em nenhum momento saiu do meu lado, nem mesmo quando eu fazia uma bateria de exames. Aparentemente era só mesmo o estresse e uma leve anemia, nada muito preocupante.

Apesar de ter sido liberada do hospital por volta do horário de almoço no domingo e me sentir realmente bem, James não me deixou fazer absolutamente nada.

Quando chegamos em casa ele me deu banho – no chuveiro -, apesar de que este talvez tenha sido uma das partes mais divertidas, uma vez que tanto o meu desejo quando o dele se despertaram com veemência, e mesmo com seus protestos afirmando que eu ainda estava frágil, nos amamos lenta e cuidadosamente sob o chuveiro.

Depois disso ele ordenou que eu ficasse na cama, enquanto ele fazia algo para comermos. Fora algo realmente leve que ele fez, mas que continha tudo o que eu necessitava, segundo as ordens médicas. Depois disso nos mantivemos na cama, assistindo alguns filmes, acabando adormecendo um no braço do outro.

Fazia tempos que não tínhamos um final de semana só nosso. Nossas obrigações no FBI a cada dia se tornavam mais e mais intensas e contínuas, fazendo com que as nossas folgas raramente ocorressem no mesmo dia. Não era um motivo bom que acabou nos possibilitando esse tempo juntos, mas mesmo assim fora imensamente prazeroso.

Como o médico que me atendera, disse que poderia voltar ao trabalho na segunda-feira normalmente, acordamos no horário de sempre para nos arrumarmos e irmos para o departamento.

Usualmente James e eu íamos em carros separados, porque sempre tinha vezes que um ou outro entrava mais cedo, ou senão saia mais tarde, mas hoje ele havia insistido para que fossemos só em um carro, no seu. Não ofereci resistência, não era segredo para James que eu odiava dirigir no trânsito um tanto caótico de Washington.

James como um perfeito cavalheiro ajudou-me a sair do carro quando chegamos ao departamento, em seguida me levou até a minha sala, e mesmo sendo contra as regras da instituição ter demonstrações públicas de afeto, ele deu-me um beijo sôfrego nos lábios, o que me fez contagiar inteiramente.

Sentei-me na minha cadeira, enquanto ligava o meu computador, comecei a analisar os relatórios que estavam sobre minha mesa. Eles explicavam o que ocorrera em Maryland, e como esta fora mais uma pista falsa sobre a morte de Thompson ou qualquer coisa ligada ao caso Camorra, como todos havia suposto.

Estava realmente entretida na leitura, ela deixava algumas brechas e dava sutis detalhes sobre algumas desconfianças minhas, mas infelizmente fui dispersa da minha leitura por conta de vozes alteradas no corredor.

- Já disse Carlisle, me deixa em paz! A vida é minha. – gritou Edward, andando a passos largos a frente do irmão.

- Edward, eu sou seu irmão, sabe o que isto pode causar? – perguntou.

- Isso não é da sua conta! – exclamou Edward, entrando em sua sala e se jogando em sua cadeira.

- Como não? Isto pode... – começou Carlisle, mas não foi possível entender o resto, porque o homem de cabelos loiros, nada parecidos com o do irmão caçula, entrou na sala deste fechando a porta, isolando assim o som.

Não era possível ouvir o que diziam, mas pelas paredes de vidro dava para ver que os dois estavam exaltados. Carlisle jogou alguma pasta para Edward, que olhou assustado, mas disfarçou quando voltou o mesmo para o irmão.

O que seria que os irmãos Cullen discutiam? Nestes dois meses em que Edward chegou a Washington, foram poucas as vezes que o vi conversando com seu irmão, e quando o faziam era sempre de portas abertas, e o clima entre eles era descontraído, mas dessa vez algo parecia perturbar e muito Carlisle Cullen, enquanto Edward parecia... bem... preocupado, talvez.

Fui retirada da minha atenção com a batida na porta do meu escritório, que estava entreaberta, rapidamente levei o olhar para esta e empoleirada nela estavam Alice, Rosalie e Angela, as meninas do Cullen.

Tudo bem que desde a chegada delas havíamos tido alguns progressos, mas ainda assim não me sentia a vontade com elas na minha equipe.

- Agente Swan? – Alice chamou, com sua voz fininha. Sorri, elas ainda tinham certo temor comigo, mas já havia dito que podiam me chamar de Bella.

- Alice, já disse a você e a todas que podem me chamar de Bella, venham, entram – as convidei. –, em que posso ajudá-las? – perguntei notando que a esbelta e curvilínea loira, Rosálie, havia fechado a porta. Aquilo me deixou ligeiramente inquieta.

- Ah... gostaríamos de saber se você está melhor, Bella. Edward nos disse que você tivera que ir ao hospital no sábado, por isso que não nos acompanhou até Maryland. – ponderou em uma falsa preocupação à morena, Angela.

- Obrigada meninas, mas sim eu estou melhor, somente estresse. Sabem como é, essas falhas para a prisão do il dio e agora essa investigação sobre a morte do Thompson, vem deixando meus nervos a flor da pele. – expliquei, sem me importar de contar toda a verdade.

- Entendemos, Bella. – disse Alice, com um sorriso solidário, a loira Rosalie ainda me olhava com curiosidade, ela parecia tão inquieta quanto eu.

- Algum problema, Rosalie? – perguntei, sem rodeios. A loira estreitou seus olhos em fendas, me observando, enquanto as outras duas agentes se mexiam desconfortavelmente nas cadeiras em que estavam sentadas.

- Nada não, Bella. – respondeu, suavizando sua expressão. – É somente uma curiosidade nossa. - disse dando de ombros enquanto se sentava na cadeira que restava em frente a minha mesa.

- E que tipo de curiosidade? – questionei, uma vez que ela havia aguçado a minha.

- Ah... estávamos nos perguntando outro dia, se era possível você e Edward se conhecerem antes de trabalhar juntos. – explicou desinteressadamente.

- Outro dia nós três estávamos recordando quando ele nos escolheu em meio a um batalhão de homens para fazer parte de sua equipe, ele dissera que nós três lembrávamos a ele alguém especial." – completou no mesmo tom.

- E o que isso tem haver comigo? – perguntei confusa.

- Bem... – começou Alice. -, observando você durante estes dois meses notamos que suas características são bem parecidas com algumas nossas. É como se cada uma de nós tivesse um pouquinho de você. – explicou, com seus olhos perspicazes me fitando.

Tive que pensar rápido, como não dizer a elas que eu e Edward nos conhecíamos bem demais. Felizmente a resposta veio num rompante.

- Edward e eu freqüentamos Harvard no mesmo período. Na verdade éramos da mesma sala, mas se durante esse tempo trocamos meia dúzias de palavras é muito. – disse sorrindo.

- Hum... então talvez tivéssemos enganadas. – disse Angela astutamente.

- Como assim? – questionei tomada pela curiosidade.

- É que na sala de Edward, em Los Angeles, tinha uma foto dele com uma morena, só que eles eram bem jovens, tipo início da faculdade, e ela nos lembrou você, assim que te vimos, quando fomos transferidas para cá. – explicou Angela, ainda sagaz.

- Oh... é mesmo? – fingi surpresa, elas não podiam imaginar o quanto estavam certas sobre suspeitar de mim.

- Talvez seja outra, tinha várias morenas na sala de vocês, não é mesmo? – fora a vez de Rosalie questionar astutamente.

- Sim. – menti.

Em nossa sala só tinha eu e mais outra morena. Aquela maldita.

- Mas sabe – começou Alice, sonhadora. -, naquela foto de toda a turma parecia que Edward olhava em sua direção, mas apesar de se parecer com você, não tenho certeza se era... aquela pessoa estava tão magra, triste... desorientada na verdade. – concluiu com um sorriso de satisfação.

Merda, merda, merda, elas sabiam de alguma coisa – ou senão desconfiavam -, e tinham que me relembrar como eu estava aquele dia? Tinha sido o meu pior ano em Harvard, o último, tudo por culpa dele, dela e daquele maldito segredo.

Tentei manter meu desespero sobre controle, tudo o que precisava neste momento era calma e astúcia para sair desta situação. Eu não podia demonstrar a elas como aquilo me atormentava.

- Não, eu estava bem na nossa formatura, na verdade nunca estive tão bem, acho que emocionada por concluir a faculdade, vocês sabem a emoção que é se graduar em Direito. – esquivei-me.

- Sim, claro. – responderam as três em uníssono.

Aquela situação me perturbava. Muito. Tinha algo muito suspeito em suas perguntas.

- Mas porque esta curiosidade sobre a nossa turma? – perguntei divertida. – Digo, minha e do agente Cullen? – explanei.

- Curiosidade. – respondeu Rosalie, dando novamente de ombros. – É que entreouvimos algumas coisas estranhas sobre vocês. – terminou, misteriosamente. Olhei confusa para as outras duas mulheres que estavam na minha sala.

Angela mordiscava violentamente seu lábio inferior, algo que eu sempre fazia. Já Alice mantinha aquele olhar sonhador, mas quando respondeu – após alguns minutos -, sua voz estava tranqüila e nem um pouco sonhadora.

- Eleazar nos fez algumas perguntas.

- Que tipo de perguntas? – questionei rápido demais, sobressaltando Angela e Alice, mas atraindo a atenção de Rosalie.

- Coisas como se tivéssemos te visto ou conhecido antes – explicou à loira dando de ombros. -, nada muito coerente. – completou.

Merda!

Teria Eleazar descoberto o que Thompson tinha nos ameaçado no dia de sua morte?

"Claro que sim." – respondeu minha mente.

Ele era Secretário de Defesa, todos os acordos judiciais do país ele poderia ter conhecimento, mas porque justamente ter noção daquele contrato? Ele havia sido parcialmente revogado e no lugar dele entrara um acordo, mas como ele descobrira?

Novamente minha mente gritou a resposta: "Ele está investigando vocês dois. Tentando descobrir tudo sobre a morte do Thompson."

Um ligeiro tremor passou por meu corpo.

Será que este seria meu último dia nesta sala? Nesta instituição em que eu havia dado minha vida para entrar?

Não, não, não. Eu tentava colocar em minha cabeça, mas ligeiramente olhei para a sala de Edward, ele andava de um lado para o outro preocupado. Uma tontura, seguida de uma ânsia me consumiu, sentia-me doente, como estive no sábado.

- Bella, você está bem? – perguntou Alice, que havia se levantado do seu lugar e estava verificando a minha temperatura.

- Er... hum... sim... humm... não... ah... não sei, meninas. – respondi, fechando meus olhos, tentando conter a tontura que me tomava.

- Você comeu alguma coisa, Bella? – perguntou Rosalie com urgência.

- Sim, no café da manhã. – respondi tolamente.

- Bella! – exclamou. Escutei ela se levantando de sua cadeira, fazendo seus saltos baterem contra o piso da sala. – Angela, Alice, tentem mantê-la acordada, se ela está com anemia como eu acredito que ela esteja não pode passar mais que três horas sem comer algo, e já faz quase cinco que ela ingeriu alguma coisa. – comandou, abrindo audivelmente a porta e saindo por esta.

Alice e Angela tentavam conversar comigo, mas eu não conseguia me concentrar em suas vozes, a única coisa que conseguia me concentrar era na culpa e no medo que ruíam centímetro a centímetro meu mundo.

Não demorou muito para que Rosalie voltasse, ou assim me pareceu, não estava tendo a mínima noção de tempo, porém quando ela retornou uma bandeja com uma refeição completa veio junto. Eu sabia que aquela não era a comida servida no refeitório, na verdade eu gostaria de saber onde ela conseguiu algo tão saboroso, mas somente pude lhe agradecer, e sobre o olhar atento das três comi o que a loira havia me trazido.

Eventualmente o assunto entre nós deixou aquela aura de especulação sobre a minha vida, e eu comecei a especular sobre a vida delas.

Alice foi rápida em responder que ela e Jasper tinham uma ligação cósmica, e que a química entre os dois era mágica. A sua visão apaixonada me fez rir divertida, era difícil encontrar alguém que ainda acreditasse no amor como algo mágico.

Já Angela foi um tanto evasiva sobre Ben, mas no fim acabou nos contando que os dois namoraram por um período na faculdade de Sistemas de Informação, mas que o namoro acabou por conta da sua família que não aceitava que namorasse um judeu, mas que agora, como estavam longe de sua família, estavam se conhecendo novamente.

Por sua vez, Rosalie me fez lembrar-me a mim mesma. Xingou, disse alguns impropérios sobre Emmett antes de contar que haviam tido dois encontros um tanto quanto... intensos, mas ela afirmou veemente que não sentia nada por "aquela montanha de músculos".

Conversando com elas, entendi o que quiseram dizer com que Edward as escolheu porque lembrava alguém, e realmente elas lembravam alguém que eu conhecia muito bem.

Eu mesma.

Mas porque Edward, depois de toda aquela confusão e derrame de erros e brigas, escolhera justamente mulheres parecidas comigo? Será que... não. Nunca.

Continuei as ouvindo com meia atenção, porque outra parte de mim tentava compreender o porquê da mente perturbada de Edward o fizera escolher pessoas que lembravam a mim, será que ele é tão masoquista assim e necessitava ao seu lado pessoas que o desafiassem?

Sorri internamente.

Ele continuava o mesmo idiota que sempre fora, e usaria isto contra ele em um momento oportuno.

XxXxXxXxXxX

Felizmente – pelo menos para mim, Eleazar não fizera nenhuma pergunta sobre o fato de Edward e eu nos conhecermos, mas mesmo assim eu estava inquieta, assim como Edward, que passou o dia todo em seu escritório andando para lá e para cá ao telefone, ou lendo alguma coisa.

Estranho, ele sempre tira pelo menos uma hora do seu dia para me atazanar, hoje não o fez, mas não tive tempo para me preocupar, pois na hora que normalmente deveríamos sair do FBI, James apareceu em minha sala para que pudéssemos ir juntos embora.

Aproveitando a oportunidade de que nunca saiamos cedo como hoje, fomos a um dos nossos restaurantes preferidos. Obviamente para me manter bem alimentada, mas novamente não me incomodei com esta preocupação dele ou esse tempo a mais para ficarmos juntos e fazer algo só nós dois.

Como um casal normal.

O clima estava descontraído, assim como no dia anterior quando ficamos relaxados em casa, James fazia de tudo por mim e para mim. Perfeito como sempre. Foi inevitável que depois que saímos do restaurante não fossemos para casa, afobados e desejosos um pelo corpo do outro, nos amamos mais uma vez com fervor.

O padrão se seguiu no dia seguinte, no próximo e depois, James e eu íamos em um só carro ao departamento, e sempre saiamos de lá no horário estabelecido em nossos contratos. Para manter minha alimentação, e conseqüentemente minha saúde sobre sua vigilância, eu adorava esta atenção dele, porque sempre acabava com nós nos amando de maneira perfeita, fazendo assim também que os fantasmas e coisas ligadas a Edward saíssem da minha mente.

Na sexta-feira seguíamos o mesmo padrão iniciado no começo da semana, fomos em seu carro para o departamento do FBI em um silêncio confortável, mas inesperadamente James o quebrou.

- Estou preocupado, Bella. – vir-me-ei confusa para ele, mas com um leve sorriso em meus olhos.

- Eu vou ficar bem, querido. – respondi. – Na verdade já estou me sentido melhor, Rosalie e Emmett vêm fazendo um trabalho incrível me mantendo alimentada de duas em duas horas. – continuei divertida.

- Não é com isso que estou preocupado Bella – começou. -, eu sei que você vem cuidado de sua saúde com mais atenção, estou preocupado com a morte do Thompson. – explicou.

- Como assim? – perguntei confusa.

- Bella, você também não acha estranho a morte dele? – inquiriu. – Digo, como pode ter acontecido e ninguém perceber, não te faz pensar... sei lá, que tenha mais de um envolvido?

- Você acha que tem mais de um infiltrado? – devolvi sem rodeios, interessada de maneira enlouquecida pela sua teoria.

- Certeza absoluta. – respondeu tristemente. – Eleazar pediu para que analisássemos o sistema que foi encontrado em Maryland e detectou aquela ligação. Putz... Bella, é algo nunca visto por nenhum de nós do departamento. – explicou frustrado. – É como se um computador que fizesse as ligações de dentro de alguma sala ou departamento do FBI no país inteiro e as remetesse para a Itália, e quando rastreamos de onde vem, esse... codificador, digamos que é como o estamos chamando, muda o código e espalha um vírus para o computador que tentou rasteá-lo. – explanou.

- Como assim? – perguntei.

- Imagina uma fogueira: você coloca fogo em uma tora, mas as que estão em volta também acabam pegando fogo, certo? – confirmei com a cabeça sua teoria. – Este sistema faz exatamente a mesma coisa, ele queima o HD daquele que tentou restaurá-lo, é como se fizesse um backup, mas sem salvar nada sumindo tudo o que tem naquela máquina e tudo o que eventualmente conseguimos descobrir.

- E não mantém nada salvo? – questionei temerosa, sabendo a reposta terrível.

- Não, porque não dá tempo de salvar a informação em um papel ou em um bloco de notas de outro computador, porque esse sistema muda as senhas, o idioma e a linguagem. – expos.

- Como se fosse um enigma? – perguntei confusa.

- Exatamente! Como se fosse um enigma insolucionável.

- Mas o que isso tem haver com a morte do Thompson? – eu continuava confusa.

- Bella, eu sei que Jacob é seu amigo há anos, mas quando ele chefiava a nossa subseção ele tentou fazer com que nós criássemos um programa muito parecido com esse, mas não conseguíamos, porque como eu disse: sempre queimava o HD.

- Você está dizendo que Jake talvez seja o infiltrado? E que tenha matado Laurent? – eu estava chocada com a confissão de James.

- Talvez... – respondeu vagamente. – Sam que colocou esse ponto para mim e Heidi ontem, e desde então isso não saiu da minha cabeça, é como se tivesse faltando uma peça no quebra-cabeça, entende?

- James, entender eu entendo, mas não consigo ver Jake como um infiltrado e mais, com quem ele poderia estar trabalhando? – perguntei.

- Você se lembra do Royce King? – inquiriu.

- Que trabalhava com vocês, mas pediu exoneração do cargo porque a esposa sofrera um atentado por causa de sua posição? – ele confirmou com a cabeça. – Sim, me lembro.

- Bem, o atentado que a esposa dele sofreu foi a mando da Camorra, só que fora forjado. – pontuou.

- Quê? – perguntei reflexivamente. – Como isto nunca chegou ao meu conhecimento?

- Jake e Thompson acharam que isso era irrelevante, mas a questão não é isso. Royce era quem estava junto com Jacob por trás deste projeto e conseqüentemente ele tinha acesso a todas as informações e progressos que tivemos. – explicou.

- E? – incentivei.

- Bem... Royce está morando na Itália agora em um vilarejo próximo ao que Aro nasceu.

- Merda! – exclamei. – Será que esse filho de uma puta se bandeou para o lado de Aro? – perguntei irritada.

- Você duvida? – perguntou divertido.

- Quem mais sabe sobre isto?

- Sam fez um memorando para Eleazar contando suas suspeitas, e ele disse que iria pedir para a Interpol averiguar. – concluiu.

- Ai James, será que um dia teremos alguma paz ou conseguiremos interceptar ele? – inquiri cautelosa.

- Espero Bella, parece que ele sempre está a um quilometro a nossa frente. – disse desanimado, enquanto estacionava seu carro na vaga que lhe era destinada.

- Isso que me frustra. – murmurei recolhendo minhas coisas que havia colocado no banco traseiro.

XxXxXxXxXxX

Edward ainda continuava estranho, como estivera a semana toda, só conversávamos sobre as investigações sobre o il dio e essas nossas conversas eram sempre concisas e obsoletas, ele nunca fazia um dos seus comentários inoportunos sobre o nosso segredo ou qualquer outra coisa. E isso estava me incomodando mais do que era necessário.

A discussão entre ele e seu irmão ainda me deixava curiosa, e sempre me pagava pensando nela quando não estava concentrada o suficiente em coisas mais importantes.

E hoje era um destes dias. Eleazar havia me enviado algumas pastas e documentos sobre o que James havia me contado no carro mais cedo, mas os relatórios deles eram vagos demais, as informações que o loiro havia me dito eram muito mais completas, por isso que a minha atenção vagueava, e eu me via observando Edward em sua sala.

Eventualmente Rosalie ou Emmett me traziam algo para comer, eles estavam levando a sério a questão da minha alimentação, e realmente eu estava me sentido melhor, parecia que aquela culpa que me levara ter um colapso havia passado, pelo menos um pouco.

Estava escrevendo alguns esquemas, sobre as novas informações que havia recebido na semana, e conseqüentemente fazendo o relatório semanal para Eleazar, quando o telefone da minha mesa tocou, me sobressaltando.

- Isabella Swan. – respondi assim que levei o telefone ao meu ouvido.

- Agente Swan, o senhor Campbell quer vê-la em sua sala. – disse a voz anasalada e irritante de Jéssica Stanley uma das secretárias do departamento.

- Ele disse em que momento, senhorita Stanley? – perguntei entediada.

- Sim. Ele quer vê-la imediatamente. – disse soando divertida. Como eu odiava essa secretáriazinha de merda, ela pensa que eu não sei o quanto dá em cima de James e agora de Edward.

Vaca.

- Obrigada. – respondi grosseiramente, colocando o telefone novamente no gancho e reunindo alguns papeis em uma pasta para levar a Eleazar.

Enquanto caminhava pelos corredores em direção a sala de Eleazar, minha mente vagava nas informações recentes sobre o caso Camorra. Finalmente quando cheguei à sala dele a antiga secretária do Thompson, que agora era a de Eleazar, pediu para que eu entrasse.

Foi um pouco surpresa que notei que Edward estiva ali. Aquela ânsia e culpa que senti no sábado na banheira e depois conversando com as meninas parecia ter voltado. Tentei mais uma vez manter meu nervoso sobre controle, apesar de ser quase impossível.

- Boa tarde Eleazar. Agente Cullen. – cumprimentei os dois homens.

- Isabella! – exclamou Eleazar. – Como é bom vê-la mais saudável que semana passada, realmente a senhorita nos deu um belo susto sábado. – disse vindo até mim, dando um abraço fraternal.

- Não fora nada demais, somente um mal estar. – respondi dando de ombros, mas voando meus olhos por todo o escritório atrás de uma busca sobre o porquê estaríamos ali.

- Não diga isso menina, todos sabemos que não fora só um mal estar. – me repreendeu. – Mas sente-se, tenho que passar algumas informações para vocês. – enquanto me sentava lancei um olhar a Edward, mas sua expressão não me indicou nada.

Eleazar manteve seu sorriso amigável e assumiu seu lugar a nossa frente, ajeitando alguns papéis. Me mexi nervosamente em minha cadeira, eu estava com um mal pressentimento.

- Bem, vocês receberam os relatórios da equipe de ciberguerra, o que acharam do que eles descobriram? – perguntou iniciando a conversa.

- Confuso. – respondeu Edward. – Não consigo compreender que não temos essa tecnologia a nossa disposição, e se ela de fato começou a ser desenvolvida aqui dentro porque não tem nada em nenhum dos arquivos do departamento? – inquiriu curioso. Olhei dele para Eleazar, que ainda mantinha seu sorriso amigável no rosto.

- Também fiz esta pergunta Edward, mas segundo Sam todos os avanços sobre essa tecnologia foram em vão, nada os ajudou a acessar o sistema. – explicou.

- Compreendi. – assentiu Edward.

- E você Isabella, o que achou? – perguntou, virando-se para mim.

- Suspeito, mas vago. – respondi, controlando minha voz para não tremer. - Vamos ter que averiguar mais afundo sobre esse sistema, tentar colher depoimentos sobre quem estava envolvido no projeto e tentar uma extradição do governo italiano para Royce King, e principalmente termos em mãos um pedido para sua prisão. Acho que ele pode estar ajudando Aro Volturi. – expressei meu ponto.

- Também pensei nisto, e já comuniquei algumas autoridades italianas que estão atrás do senhor King, mas segundo os relatórios deles, parece que ele não está mais no vilarejo que vivia antes. – pontuou. Tanto Edward quanto eu meneamos a cabeça em concordância.

Eleazar nos contemplou por alguns segundos, era como um professor que olhava dois alunos excepcionais, procurando uma maneira de dizer que ambos tinham sido excelente em algo.

- Bem – começou novamente Eleazar. -, além dessas investigações sobre o caso Camorra, todos sabem que eu também venho investigando sobre a morte de Laurent, e como vocês sabem tenho minhas suspeitas que pode ter alguma correlação com o infiltrado. – explanou.

- Sim. – confirmamos Edward e eu, praticamente em uníssono.

- Acredito que vocês tiveram conhecimento que todos que tiveram contato com ele naquele fatídico dia podem ser suspeitos, certo? – novamente Edward e eu meneamos em concordância. Porém a linguagem corporal do ruivo me intrigou.

Ele torcia violentamente as mãos em seu colo, sua perna esquerda tremia em um movimento repetitivo e impaciente. Edward estava nervoso, e isso conseguiu me deixar ainda mais nervosa.

- Não que eu acredite que seja qualquer um dos dois, essa opção está totalmente fora de cogitação para mim, pois seria impossível que vocês fizessem tal atrocidade. Eu sei o quanto vocês admiravam Thompson. – disse despreocupadamente.

Eleazar parecia pisar em ovos, cauteloso e sagaz.

- Mas um fato interessante no dossiê que recebi dos dois me chamou a atenção. – disse sorrindo. – Algo sobre um litígio, vocês sabem o que pode ser? – perguntou astuto.

- Não faço a mínima idéia. – respondeu Edward, que olhou para mim, assim como Eleazar.

- Também desconheço isto. – disse dando de ombros, mas a apreensão tomava o meu corpo, de maneira preocupante.

- Interessante. – disse Eleazar, abrindo uma das pastas que estavam sobre a sua mesa. – Sabe o que diz neste papel? – perguntou para nós.

Novamente Edward e eu meneamos negativamente a cabeça, mas eu podia sentir meu estômago se revirando, e a ânsia, náusea e o mal estar se alastrando pelo meu corpo. Com minha visão periférica notei que Edward torcia mais fortemente suas mãos, e agora eram suas duas pernas que balançavam nervosamente. Eu podia sentir a tensão que emanava dele, porque era a mesma que emanava de mim mesma.

Eleazar sorriu resignado, mas seus olhos pareciam curiosos e divertidos. E ainda com um sorriso nos lábios que foi transmitido por sua voz, declarou:

- Diz que vocês são casados.

.


N/A: Lá lalá lá lalá lá lalá...

Vocês não estão vindo correndo atrás de mim não, por terminar este capítulo assim, estão?

Bem... alguns já estavam adivinhando que eles haviam se casado, MAS... a pergunta que não quer calar é porque eles continuam casados, afinal não é segredo para ninguém que os dois tem muito ódio um pelo outro, mas porque? Ahhh... peguei vocês... isso eu não vou contar tão cedo, talvez eu conte o porque eles continuam casados, e não pediram o divórcio, mas o motivo da separação ainda está cedo! *HUAHUAHUAHUAHUA*

Tivemos um turbilhão de novas informações neste capítulo... sério ainda estou chocada por vocês acharem que o James é o infiltrado, ele é tão da paz, tão atencioso a Bella, tão querido! *.*

Falando em Bella e James... o que vocês estão acharão destes apagões que a Bella têm? Isso é bastante importante para o futuro, então fiquem atentos. Outra coisa foi essas informações que eles conseguiram em Maryland, intrigante, será que James tem razão e exista mais de um informante? E que talvez Royce King esteja envolvido, mas será?

E tem algo que eu disse no capítulo passado que ninguém fez ainda relação, que é bastante importante, mas logo vocês irão entender. *assobia*

E aí, acham que eu mereço uma review? Eu acho que vocês poderiam sei lá, me dizer suas suspeitas, ou então vocês não fazem idéia de quem suspeitar... estou no caminho certo? *HIHIHIHIHI*

Eu estou toda presunçosa hoje, não? É a ansiedade para assistir ECLIPSE na sessão da meia-noite de hoje! Sim aqui na província que eu vivo vai ter uma sessão as 23:55 hrs, estou super ansiosa com o filme, algo me diz que titio Slade fez um trabalho descente!

Mais uma vez venho pedir para que vocês votem no OSCAR FANFICS DO ANO: caroldramaqueen*blogspot*com/2010/04/oscar-fanfics-do-ano*html

Não sei dizer a vocês se irei postar daqui 5 dias, seguindo esse padrão dos últimos capítulos, ou em uma semana, tudo dependerá do meu tempo, mas dia 7 sem dúvidas tem o conto do mês de julho em PDA, e será em homenagem ao rei do pop: Michael Jackson – pelo menos a música é dele! *HIHIHIHIHIHI*

Nós encontramos por ai, e não esqueçam que eu AMO VOCÊS!

Obrigada por lerem. ;D

Beijos,

Carol.

.


N/B: Deus do céu! Quanta correria! Isso que dá viajar pra outra cidade pra ver Eclipse sendo que nem as coisas da faculdade eu consegui terminar direito. MAS É E-C-L-I-P-S-E, GENTE! Faculdade que espere xDDD~

Minha N/B hoje vai ser curtíssima e menos empolgada que o de costume devido ao tempo, contando com o esse minuto exato tenho só mais 9 para desligar esse computador e ir pra aula.

Esse capítulo foi DELICIOSO de se betar, pois compartilhei muito das idéias da Carol, puxei sua orelha, lhe dei uns toques e quando terminei de ler eu pensei 'poha! Ela revelou o segredo!' Muito bom, hein! Quem ai achava que eles eram casados? Se ela não me fala, nunca ia saber. E a entrada do Royce King na história? E o que os Cullen discutiam?

É, pra quem acha que essa fanfic ainda tem MUITA COISA PELA FRENTE está certinho!

Então, vamos deixar suas reviews e seus palpites, logicamente que os surtos também valem!

Para quem é leitor e mora em São Paulo-capital e estará amanhã no shopping Santa Cruz para a estréia de ECLIPSE ao meio-dia, procurem uma louca com crachá do TwizoneBrasil. Quem sabe a gente não se conhece, hein!

Até semana que vem, gente! Booooom divertimento no Cinema! FINALMENTE A ESPERA ACABOU! *fogos*

Bjos,

Tod.

.


Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
.


ps.: flashback, contratos, acordos, ameaças, subornos... é muita coisa! ;D


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