Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 24
Confiança versus Traição




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Olá meus amores!

Como todo mundo está?! Desesperados por este capítulo, capítulo que enfim será revelado tudo... *HUAHUAHUA*

Demorei a atualizar, porque primeiro me dediquei a TEENAGE DREAM que havia deixado ao relento, e ainda assim no meio disso tudo a ideia da substituta de JUST JUSTICE exigiu um pouco a minha atenção, depois decidi escrever uma one-shot de Dia dos Namorados, LILY VALENTINE que quem ainda não leu (http://www(PONTO)fanfiction(PONTO)com(PONTO)br/historia/128869/Lily_Valentine).

Neste capítulo temos as respostas finais sobre tudo o que aconteceu, como se desencadeou e o porquê daquele infiltrado. Que convenhamos foi difícil até mesmo para eu decidir quem colocaria, mas isso eu conto lá no final, porque tá todo mundo ansioso para ler a fic não minhas palavras.

Obrigada a todos, por tudo o que me proporcionam. Obrigada realmente para quem lê, comenta ou não, favorita, recomenda, é cada gesto minúsculo deste que me deixa mais e mais feliz em escrever isto aqui.

AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO DE VOCÊS.
OBRIGADA MESMO POR TUDO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS
POR FAZER ISSO AQUI ALGO ESPECIAL PARA MIM.

Boa leitura e nos falamos mais adiante. ;D

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JUST JUSTICE

capítulo vinte e três
Confiança versus Traição

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“Quanto maior a confiança, maior a traição”
- Lex Luthor -

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Edward Cullen

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Inacreditável. Essa era a única reação que conseguia ter ao ver, com esses olhos que Deus me deu, enquanto analisava a imagem, ou melhor, as imagens que estavam naquela pasta nas mãos de Bella diante de nossos olhos.

- Edward! – exclamou Bella, antes de perder as forças em suas pernas e quase vir ao chão, o que felizmente foi impossibilitado por eu tê-la segurando.

- Bella, fica calma, você não pode passar nervoso. – titubeei tolamente.

- Como Edward? Você está vendo a mesma coisa do que eu! – brandiu agitando a pasta que estava em sua mão tremula. – James... James... James antes de... – engoliu em seco. – antes de morrer disse que o... disse que o desgraçado era alguém próximo a mim... mas... Oh meu Deus! – exclamou nervosa. – Eu não imaginava que seriam... que seriam eles. – disse acima de um sussurro.

- Acredite, estou tão ou mais surpreso do que você... querendo ou não... caralho... – tomei uma respiração profunda, fechando meus olhos e colocando meus pensamentos em ordem, sentando-me no sofá ao lado de Bella. – Carlisle, meu... irmão... Jacob, meu melhor amigo e... puta que pariu, Riley? Bella, nunca imaginei que fossem três. Três! O que faremos? – perguntei atordoado, abaixando a minha cabeça e enterrando meus dedos em meus cabelos.

Era uma realidade que infelizmente eu não queria nenhum pouco acreditar ou aceitar. Nunca foi um só infiltrado como Thompson, Eleazar, Bella e eu supúnhamos, sempre foram três. Três traidores que estavam junto à gente, próximos a nós, sejam por laços familiares, como no meu caso, como também pessoas próximas a nós e ligados por laços de amizade, como Jacob, mas e Riley, o que ele tinha haver com tudo isso? A resposta porque Riley estava entre um dos suspeitos veio dos lábios de Bella que soluçava silenciosamente.

- Riley. – brandiu lentamente. – Riley foi... foi... meu padrinho no FBI... eu... eu não acredito que ele... Oh meu Deus. – soluçou.

Instantaneamente me recordei de Bella me dizer a mesma coisa, a mim e a Carlisle no telefone em Veneza, quando descobrimos o verdadeiro nome de Aro Volturi.

Carlisle. Quem diz que ele não deu aquela pista com segundas intenções, ou então que ela não fosse falsa, mas sim uma maneira de fazer com que prestássemos atenção em um só ponto.

Suspirei pesadamente.

Tudo bem, falsa não era, tínhamos pesquisado, procurado e conseguimos confirmar que aquilo era verídico, mas porque meu irmão, uma pessoa que teve a mesma educação que eu se vendeu a algo tão grotesco como isso.

- Bella – comecei lentamente. – você percebeu como os três estão diretamente ligados a nós e a todas as pessoas que trabalharam na investigação? – questionei lentamente.

- Co-como assim? – Bella inquiriu visivelmente confusa.

- Acompanha o meu raciocínio – pedi, virando o meu corpo para olhar em seu rosto que era uma máscara ainda de surpresa. – Carlisle é meu irmão, assim querendo ou não ele mantém o contato com alguém da equipe de crimes organizados, ele tem a chave do meu apartamento, podendo entrar e sair de lá a qualquer momento, eu estando lá ou não... e bem... assim como você eu posso ter levado um pouco de trabalho para casa. – expliquei lentamente, envergonhado de ter feito algo tão tolo como isso. – Entretanto, essa não é a única ligação de Carlisle com alguém que trabalhava diretamente com o caso, ele é noivo de Esme, e nós dois sabemos que Esme esteve bastante envolvida em toda historia desde o assassinato de Thompson.

- O mesmo vale para Jacob – interpôs Bella, acompanhando certeiramente meu pensamento. – Ele que indicou o seu nome a Thompson e a Eleazar, que pediram referencias ao seu irmão. A sua vinda para cá foi estratégica, sabiam que nós compartilhamos um passado, e que eventualmente ele iria atrapalhar qualquer operação que iniciássemos, porque tínhamos assuntos inacabados. – fechou os olhos, tomando uma respiração profunda. Retornou a abri-los fitando com certo desespero os meus. – Era a distração perfeita para eles, que nós trabalhássemos juntos, porque assim não focaríamos no mesmo ponto. Focaríamos no nosso casamento e deixaríamos um pouco de lado toda a investigação. – disse soando derrotada.

Tentei não me concentrar naquilo que Bella disse, se esse era o motivo real, eles sabiam muito bem, antes de qualquer pessoa, que nós tínhamos algo a mais. Tentei me concentrar em outros motivos.

- Jacob, como chefe do departamento tinha, mesmo que seja parcialmente, conhecimento de todas as atividades da nossa seção, e quem diz que não foi implantada uma escuta na sala de Eleazar, e assim sabia tudo o que conversávamos lá, seja confidencial ou não? – questionei retoricamente. – Sem pontuar que a noiva de Jacob, Leah, é médica legista da mesma equipe que Esme, e consequentemente tinham o mesmo contato com os relatórios de perícia que ela.

- E um acesso extremamente mais fácil a casa de Sam Uley. – completou Bella. – Leah era prima da noiva de Sam, Emily.

- Mas e Riley? – questionei ainda atordoado, tentando interligar todos aqueles pontos.

Bella riu sem humor, ela já tinha feito esta ligação também.

- Riley é namorado a mais de cinco anos de Heidi Collins. – disse lentamente.

- Da equipe de ciberguerra, antes chefiada por Sam e depois por ela e James. – completei. – Caralho! Um plano muito bem elaborado.

- Aham, você vê o esquema malicioso e podre que foi criado diante de nossos olhos, mas que fomos muito obtusos a ver? – perguntou retoricamente Bella ainda perturbada.

- Bem diante de nossos olhos. – concordei. – Mas como James conseguiu chegar a esses nomes, como ele desconfiou dos três e eventualmente descobriu que os três eram os infiltrados? – perguntei ainda confuso.

- Só tem uma maneira de descobrirmos. – anuiu Bella, dando de ombros e indicando a pasta que estava em suas mãos.

Passamos as próximas duas horas lendo todos os relatórios que James havia deixado. Como havíamos suposto as ligações entre os três com os acontecimentos e eventualmente com nós; era da maneira que tínhamos deduzido. Contudo, descobrimos que Jacob escondia do conhecimento de todos a uma graduação em Sistemas de Informática pela The George Washington University, por isso ele conseguia acesso a alguns dados dos nossos computadores e conseguia fazer as ligações ao il dio, de maneira que nunca conseguíamos decodificar ou descobrir de onde vinha. Ele pelo que James constatou era um gênio em programas de espionagem. Além do fator de ter hackeado todos os computadores dos envolvidos nas investigações, seja pessoal, como o profissional.

O esquema era tão bem montado, que seria impossível localizar falhas ou eventuais erros, mas como nem tudo é perfeito, James, usando de sua excepcional habilidade em computadores, inteligência e um pouco de astúcia por estar de certo modo envolvido com a família Giordano, conseguiu descobrir todo o plano, infelizmente seus esforços lhe custaram à vida, mas pelo menos ele havia conseguido deixar, pelo menos um pouco, algo para nos basear.

Bella lia com fervor todos os dossiês, artigos, relatórios, e frases soltas que James havia nos deixado, tanto na pasta dos suspeitos, quanto nas outras pastas de suas investigações. Era um plano tão sórdido que essas explicações simplesmente nos pegou totalmente desprevenidos.

- Parece que Riley era o chefe do esquema. – comentou Bella, submersa num artigo sobre seu padrinho na polícia federal americana. – Ele recrutou primeiro Jacob e depois Carlisle, ele não queria recrutar seu irmão, mas parece que seu irmão descobriu todo o esquema e iria denunciá-lo, mas ele tinha algo contra ele ou algo assim, e deste modo praticamente o obrigou a participar de tudo. – dizia, ainda com os olhos atentos sobre o documento. – Na realidade, seu irmão nunca fez muita coisa a não ser passar algumas informações suas à eles. Carlisle não passava de um simples peão. Era um nada, em todo o esquema.

- Ao contrário de Jacob. – contrapus, lendo o relatório sobre o responsável por apresentar Bella a mim. – Segundo James, ele era quase como um capataz, ou usando seus termos, era como um cavalo ou bispo: ele que invadia os sistemas, plantava as pistas falsas, manipulava Royce King na Itália para trabalhar nos planos de Aro, e eventualmente prestando algum serviço a eles por lá, e Jake também executava as ordens. – disse sem emoção.

- Executava as ordens? – perguntou Bella surpresa, levantando a cabeça para me encarar.

- Aham... ele que deu fim a vida de Thompson, Sam Uley e a noiva, e muito provavelmente James. – explanei perplexo, entregando a Bella as informações que James havia reunido sobre as mortes e como Jacob as havia executado e depois manipulado os relatórios da perícia para que não o incriminassem.

- Isso significa que ele que alterou os vídeos de segurança do departamento. – expôs Bella. – Capacidade para isso ele tinha, como conseguimos confirmar aqui, e deve ter sido relativamente fácil para ele conseguir retirar algumas balas do seu revólver sem que você percebesse, já que estava desacordado e quando desse falta disso você já estaria preso. – ponderou.

- Eu confiei em Jacob – refleti. – nós dois confiamos e ele traiu, a nós dois. Como pudemos ser tão... idiotas? – disse soando mais como uma pergunta.

- Ele sabia que estávamos centrados demais em nosso próprio drama do passado para perceber a arquitetação de tudo as nossas costas. – comentou Bella. – Maldição! Ele trouxe você a Washington exatamente com essa intenção, a de me distrair. – revoltou.

- O que significa que você estava bem próxima a colocar as mãos no chefe dele ou até mesmo nele ou em Riley.

Bella deu de ombros, enterrando seu rosto em suas mãos enquanto pensava.

- Eu não sei o que faremos. – explanou Bella, alguns minutos depois. – Eles plantaram escutas em todas as salas, assim como grampearam os telefones, tanto nossos e de nossa equipe, quanto o de Eleazar; como vamos informar que conseguimos chegar aos nomes desses... – engoliu em seco. – desgraçados?

- Eu não faço ideia. – afirmei, fechando meus olhos apertando com meus dedos minhas pálpebras.

Ficamos longos minutos em silêncio, contemplando o que faríamos a seguir.

- De uma maneira ou de outra teremos que informar a Eleazar. – expôs Bella acima de um sussurro.

- Sim... de uma maneira ou de outra. – concordei pensativo.

- Mas como? – perguntou retoricamente, levantando-se do sofá e começando a caminhar pela saleta do banco francês em que nos encontrávamos.

Sentei corretamente no sofá, apoiando minha cabeça no encosto e encarando o teto de madeira da sala. Estávamos ali no mínimo por duas horas e meia, e não víamos como poderíamos sair daquela situação.

Havia se passado longos minutos, provavelmente uns quinze antes que Bella falasse:

- Jasper trocou o número de seu celular recentemente... algo como clonaram o telefone dele... será que Jacob ou Riley o grampearam? – questionou Bella que mordiscava com certa força seu lábio inferior.

- O agente Whitlock trocou o número do seu celular? – surpreendi.

- Humm, sim... você não tinha conhecimento disso? – inquiriu Bella.

- Não. Quando foi isso? Eu já havia sido preso? – perguntei animado com a prerrogativa que tínhamos uma maneira de informar alguém que poderia nos ajudar.

- Sim? Não? Talvez? – ponderou Bella. – Realmente eu não sei, as últimas semanas andam sendo bastante anormais.

- De qualquer maneira. Como conseguimos entrar em contato com Jasper? Seu telefone está grampeado e eu estou sem o meu. – expus.

- Talvez o senhor Bennett não se incomode em me emprestar seu telefone. – comentou astutamente Bella.

Sorri torto para Isabella Swan-Cullen, a minha esposa. Reação rapidamente imitada por ela.

- Você é um perigo para os homens. – explanei divertido, recebendo uma piscadela dela, antes que caminhasse até a porta da saleta para pedir o favor ao senhor Bennett.

Bella demorou pouco mais de dois minutos. Definitivamente não podia se subestimar o poder de persuasão daquela mulher. Notei ela buscando algo em sua bolsa, imediatamente uma ideia me ocorreu.

- Bella, você não pode ligar seu celular. Se você o fizer, Jacob pode, em questão de segundos, identificar pelo GPS onde você está, assim nada disso terá servido de alguma coisa. – falei derrotado.

- Sorte a nossa que eu mantenho o telefone de todos os meus agentes e pessoas em que posso recorrer em momentos de crise da maneira antiga. – sorriu maliciosa, retirando de sua bolsa uma pequena agenda de endereços de couro marrom.

Garota esperta.

Assim que localizou o telefone de Jasper, discou rapidamente no teclado touchscreen do telefone do funcionário do banco, colocando em seguida no viva-voz. No terceiro toque o agente Whitlock atendeu.

- Whitlock. – brandiu com sua voz firme, porém desconfiada pelo número desconhecido.

- Jasper? É a Bella. – revelou-se rapidamente a morena.

- Bella! – exclamou o loiro surpreso. – Pelo amor de Deus, onde você está? Jacob colocou um alerta máximo, porque você saiu do departamento na companhia de Edward Cullen, que é suspeito de traição. O que está acontecendo? – inquiriu atordoado o loiro.

- Jazz, calma. Edward não está me usando como isca para fugir, e também nem eu e ele estamos pensando em boicotar o departamento. – explicou de maneira concisa. – Onde você está? –perguntou Bella sem rodeios.

Jasper hesitou por três segundos antes de responder.

- Estou chegando a minha casa. – respondeu incomodado.

- Alice está com você? – questionou sem rodeios Bella. A olhei sobressaltado. Alice estava com Jasper indo para casa dele? Por quê? Inquiri Bella com um olhar, esta rolou de olhos e deu de ombros dizendo que não era nada demais.

- Er... hum... – começou Jasper, mas a morena a minha frente o interrompeu.

- Eu sei que vocês estão tendo um... caso, não vou denunciá-los a ninguém Jasper, estamos em um momento de crise. – disse com urgência Bella. – Você está ou não com a agente Brandon?

Surpreendentemente não foi a voz de Jasper que ouvi, mas sim a de Alice.

- Oi Bella. – disse timidamente com a sua voz de soprano.

- Alice. – cumprimentou Bella, sem muita emoção. – Fico imensamente feliz que os dois estejam juntos neste momento, vocês são os melhores estrategistas de todo o FBI. Nossa situação mudou, temos o nome, ou melhor, os nomes dos infiltrados.

- O quê? – surpreenderam-se em uníssono Jasper e Alice.

- Exato. – hesitou um segundo. – Edward e eu seguimos uma pista e conseguimos encontrar uma verdadeira mina sobre esses desgraçados. O único problema é que todos nossos telefones estão grampeados, como também existe escutas em nossas salas no departamento, assim como na de Eleazar. – explicou Bella.

- Caralho! – exclamou Jasper. – E o que fazemos? Quem são essas pessoas? – inquiriu.

- Não quero revelar isto por telefone, por precaução, contudo preciso que vocês contatem, de maneira discreta, Emmett e Rosalie, os dois são bons em casos de intervenção e se for possível também Angela e Ben; e vocês venham imediatamente para o Banco Francês, no Capitol Hill. – instruiu.

- Ok. – disse Jasper.

- Peça que alguém fique de olho em Eleazar para que ele não tenha contato com ninguém, se ele tiver, alguém está autorizado a intervir. Peça que o leve para o Renaissance Washington Hotel, logo nós quatro estaremos chegando lá com as provas. – comandou Bella, cheia de autoridade.

- Eleazar tem algo haver com isso tudo? Seria ele o infiltrado? – perguntou lentamente Alice.

- Não. Mas precisamos do Eleazar, ele precisa ter conhecimento de todo esquema. – explanou Bella.

- Ok. – disse novamente Jasper. – Emmett e Rosalie estão próximos de onde estamos, nos encontraremos com eles, passaremos as informações e estaremos ai o mais rápido que pudermos. – anuiu.

- Estaremos a sua espera. Qualquer coisa diga que vieram ver a senhora – Bella sorriu, seu primeiro sorriso genuíno desde que iniciara a conversa. – Swan-Cullen-Scott.

- Swan-Cullen-Scott? – perguntou Alice, num misto de surpresa e divertimento.

- Uma brincadeira da nossa fonte. – afirmou Bella, antes de encerrar a ligação sem nenhuma despedida.

Ela admirou pensativa os inúmeros papéis que estavam distribuídos sobre as duas mesas e as cadeiras da sala.

- Precisamos fazer pelo menos uma cópia de segurança. – meditou Bella.

Felizmente a saleta do Banco Francês, como possivelmente teve sua inspiração nos bancos Suíços, disponibilizavam uma máquina para fazer cópias, como também para destruir qualquer documento comprometedor. Nos próximos minutos Bella e eu nos revezamos em tirar cópias do que seria essencial Eleazar analisar, para que depois conseguíssemos trazê-lo até o banco e ele apreender todos aqueles documentos como prova e usar no inquérito preliminar contra Jake, Carlisle e Riley.

Eu podia ver o escândalo que seria toda aquela história. Dois agentes da Interpol e o chefe do departamento do FBI de Washington envolvidos com o inimigo número um da justiça americana. Um dos maiores gangster atuando nos EUA.

Inimigo este que liderava uma das organizações criminosas mais perigosas do mundo, envolvidos em casos de tráfico de armas, drogas e possivelmente mulheres; responsável por uma rede de prostituição que se alastrava por toda Itália e Europa, como também controlavam todo o esquema de jogos ilegais em cerca de vinte países diferentes, entre eles Espanha, Portugal, Alemanha, Holanda, Inglaterra, China, as duas Coréias, Brasil, Argentina, Colômbia, Chile, México, Canadá e os Estados Unidos. Sem contar com mais uma série de crimes que James não havia conseguido reunir provas concretas, como a exploração do trabalho infantil nos continentes asiático e africano.

A veia criminosa era como uma erva daninha em todo esquema jurídico e policial de todo mundo, uma vez que reunia pessoas de alto escalão como infiltrados. Eu conseguia visualizar inúmeras dificuldades em conseguir extinguir o domínio da Camorra e de Aro Volturi em todo o globo terrestre.

“Não é a toa que ele se ache o próprio Deus. Ele tem praticamente todos os governos em sua mão.” – refleti, enquanto ajudava Bella a separar em duas pastas as cópias que tínhamos feito. Havíamos concordado que uma iria com Jasper e Alice e outra com nós, caso alguém fosse interceptado e não conseguisse chegar ao Renaissance Hotel.

Ainda não conseguia compreender como meu irmão, Carlisle, se envolveu em um esquema tão sórdido e podre como este. O que poderia Riley ter contra ele, para que se vendesse de maneira tão vil e torpe a criminalidade? O que é que Carlisle escondia? Será que fizera algo criminoso nos seus anos de FBI ou já teria sido na Interpol?

Pela primeira vez em toda a minha vida, me via diante de um enigma sobre meu irmão que não conseguia responder. Carlisle sempre fora de uma certa maneira um exemplo para mim, mas onde ele havia mudado? Quando havia se tornado essa pessoa que neste momento eu já não conhecia tão bem?

A decepção de nossos pais estampou meus olhos. Eu podia ver claramente os dois totalmente perturbados com essa revelação. Eles já tinham ficado comovidos quando fui acusado injustamente de assassinato e traição, imagine quando souberem que Carlisle confabulava com criminosos? Seria um golpe grande, que não queria sequer imaginar a reação dos dois.

Na outra ponta desse triângulo, tinha Jacob. Jacob sempre fora um amigo excepcional, leal e principalmente justo, o que havia acontecido para que ele se transformasse da noite para o dia nesta pessoa tão insensível, pérfido, tão injusto. Quando ele mudara? Por que aceitara fazer parte desse plano terrível e inescrupuloso? O que tinham usado contra ele? James não havia conseguido identificar os motivos de Jacob para se tornar um dos traidores, abstivera-se a dizer que era uma pessoa inteligente, bastante astuta e principalmente vingativo, contudo não conseguia traçar um por que.

Terá Riley encontrado algo contra Jacob, assim como encontrou contra Carlisle, desta maneira o chantageado para que assim colaborasse em trair toda a nação? E se fora isto o que ele poderia ter encontrado contra Jake? Eu mesmo não conseguia vê-lo fazendo mal a uma mosca, como ele poderia ter cometido algo, digamos, ilegal ou impróprio?

Bella conhecia Jake desde criança. Eu o conhecia há bons anos, e da mesma maneira que ela eu não conseguia ver como ele se encaixava nesta história, se tornando este; segundo James afirmava, um assassino frio e calculista que não pensava duas vezes em tirar a vida de alguém que estava próximo a descobrir quem ele era ou em que estava envolvido.

Thompson fora o primeiro a fazer a ligação entre Riley Clark e Jacob Black, porém não conseguiu encontrar Carlisle antes de ser brutalmente morto por Jake.

Sam Uley havia chegado ao nome de Jake, Royce King e Carlisle, e pelas pesquisas de James estava prestes a fazer a conexão destes com Riley, quando Jacob recebeu ordens, provavelmente de Riley, para dar um fim à vida do homem que o sucedeu na chefia da subseção de crimes cibernéticos.

James, pelo que parecia, há tempos tinha feito a ligação, mas ainda reunia provas suficientes para usar contra dos três, sem que fosse prejudicado ou investigado. Se Thompson tivesse feito a ligação antes e informado Eleazar ou Bella tudo isso teria sido evitado, e estes três assassinatos de pessoas do FBI não teriam ocorrido.

O outro lado da hipotenusa deste triângulo estava completamente obscura. Não existia um registro sequer que ligava Riley aos mafiosos italianos e consequentemente Aro Volturi. James tentara todas as ligações possíveis, desde familiares, quanto comerciais, e não encontrara nada.

A única coisa que havia conseguido supor, e ainda assim existia uma grande lacuna, é que seu pai possa ter trabalhado durante dois verões para uma família de Trindad no Colorado, estado onde segundo os registros públicos Arthur Lewis nasceu. Entretanto James havia abandonado essa questão, quando verificou que a idade do pai de Riley era a mesma que de Arthur Lewis, e quando Joshua Clark, pai de Riley prestou estes serviços, Arthur já havia se mudado para Turin, na Itália, com Sulpicia, sua esposa e mãe de suas filhas.

Sendo assim nenhuma ligação evidente.

Estava tão submerso nas minhas próprias reflexões que me assustei quando bateram na porta da saleta onde estávamos no Banco Francês. Havia se passado quase quarenta e cinco minutos desde que Bella havia falado com Alice e Jasper.

Com seus saltos batendo contra o piso de madeira da sala, Bella foi até a porta ver quem era, e pelo tom de sua conversa era o tal senhor Bennett, lhe informando que um casal estava perguntando sobre ela, imediatamente esta deu autorização para que viessem até ali. Em questão de segundos Jasper e Alice entravam na saleta em que se encontrava a Bella e a mim, em seguida a morena fechando a porta.

- O que está acontecendo? – Alice inquiriu. – Por que você tirou Edward do departamento com uma desculpa esfarrapada?

Bella suspirou pesadamente entregando a Alice e a Jasper as duas cartas que James havia lhe deixado. Os dois ficaram intrigados com o conteúdo daqueles dois papeis, mas antes que pudessem fazer qualquer comentário Bella já começou explicando o que encontramos guardado naquele banco e o que significava tudo aquilo.

Jasper e Alice ficaram estupefatos com tamanha encrenca que James tinha descoberto e que havia deixado de herança para nós.

- Como vocês estão? – questionou Jasper, visivelmente preocupado.

- Em choque. – explanou Bella.

- Querendo ou não os três são extremamente próximos de nós. – comentei. – Jacob é nosso amigo há anos, Carlisle meu irmão e Riley padrinho de Bella no FBI. Tudo foi bem arquitetado e executado. – expliquei. – Era impossível levantar qualquer dúvida sobre eles, e da maneira como agiam, nunca imaginavam que seriam descobertos.

- É quase um golpe de estado. Parece que a própria justiça está se deteriorando por dentro. É meio que inacreditável. – expôs Jasper visivelmente aturdido.

- Uma traição imensa. – pontuei, antes de enterrar meu rosto em minhas mãos.

Um silêncio pesado tomou toda a sala. Fora Alice que sabiamente o quebrou.

- O que faremos? – questionou. – Vocês não nos fizeram vir aqui e executar um plano maluco só para isso.

- Não. – concordou Bella. – Não sabemos se Jacob, Carlisle ou Riley colocaram alguém para nos seguir – apontou de mim para ela. -, ou se estão vigiando a nós ou o banco, então precisamos despistá-los.

“Jazz, você vai pedir educadamente” – Bella deu uma piscadela para o loiro, que riu silenciosamente. – “para que lhe deixem usar a garagem do prédio, e com isso Alice irá descer até o subsolo, como seu cabelo é castanho e sua pele clara, você de longe e pelo vidro escuro vai se parecer comigo, mas qualquer coisa, prenda seu cabelo e use óculos escuros, para acharem que você sou eu.” – justificou Bella.

“Vocês ficarão rodando a cidade por uns dez, quinze minutos tentando, evidentemente, afastar qualquer pessoa que os esteja seguindo para depois seguirem para o Renaissance onde...” – Alice interrompeu.

- Rosalie e Angela estão com Eleazar. – sorriu por ser prestativa.

- Isso, Alice. – concordou Bella. – Trinta minutos depois que vocês saírem daqui Edward e eu deixaremos o banco, possivelmente se tiver alguém nos seguindo não terá tanta paciência em nos esperar. Nisso vocês irão pedir para que Emmett e Ben fiquem próximos ao banco, caso algum problema aconteça. – explicou confiante.

- É uma boa estratégia, Bella. – concordou Jasper. – Mas não seria mais efetivo se Edward fosse comigo buscar o carro e no subsolo trocasse de lugar com Alice? – propôs o loiro.

Bella sorriu largamente.

- Por isso que é você quem planeja as operações. – elogiou Bella do jeito dela.

Jasper sorriu com o elogio. Era a primeira vez que o via sorrindo e pude notar em seu queixo uma cicatriz que nunca tinha reparado, provavelmente de seus anos nas últimas guerras, contra o talibã e contra a resistência do Iraque de Saddam Hussein.

Com alguns acertos definidos Jasper e eu deixamos Alice e Bella na saleta para ir buscar o carro e de maneira bastante ‘convincente’ conseguimos que o gerente do banco – que estava esperando nós quatro sair para fechar o mesmo – que precisávamos usar a garagem.

O agente Jasper Whitlock era muitíssimo bem treinado e desconfiado de tudo e de todos, e nessa conta se pode colocar até a sua própria sombra, por isso tomando um cuidado, que nunca considerei sequer possível, onde constituiu em esperarmos pelo menos dez minutos para entrar no carro, uma vez que ficamos vigiando e observando qualquer mudança comportamental dos transeuntes, e depois quando já estávamos dentro do carro, aguardou mais uns cinco minutos, antes de enfim, começar a rodar pelas ruas nos arredores do banco e depois de mais quinze minutos antes de entrar no estacionamento devolta.

Realmente nunca imaginei que uma operação de certo modo secreta demorasse tanto tempo para ser executada, nunca havia feito dessa maneira, sempre optando por agir com rapidez, o que do meu modo era efetivo, mas na situação atual deixei que Jasper tomasse conta do seu jeito.

No subsolo do prédio onde ficava o Banco Francês, Bella, Alice e mais dois seguranças do banco nos esperavam. Vi as duas mulheres trocar um olhar, antes que Alice viesse em direção ao carro, mas invés de entrar na porta do passageiro que mantinha aberta para ela, ela abriu uma das portas de trás e entrou rapidamente colocando um enorme óculos escuro e prendendo seus cabelos.

De longe Alice parecia mesmo com Bella.

Com um simples aceno entre Bella e Jasper, este rapidamente colocou o carro em movimento enquanto Bella e eu retornávamos para a sede do banco, para esperar o momento em que deveríamos sair dali e ir ao encontro dos agentes de nossa equipe e de nosso chefe, o Secretário de Defesa.

Os minutos pareciam tortuosamente lentos, o crepúsculo que banhava o céu quando Jasper e eu fomos buscar o carro, a muito tinha se escondido dando espaço para a escuridão da noite. O frio ainda era cortante e tomava toda Washington, contudo era uma noite extremamente clara, poucas estrelas brilhavam no céu, como constatei de uma grande janela da recepção do banco, assim como a lua minguante brilhava somente um traço. Era uma noite linda.

- Está na hora de nós irmos. – disse Bella suavemente tocando meu joelho onde imediatamente senti aquela famosa corrente elétrica que partilhávamos correr por todo meu corpo.

- Nervosa? – perguntei a minha esposa, pelo menos juridicamente.

- Um pressentimento estranho. – comentou distraidamente Bella, analisando a rua em que ficava o banco e que agora se encontrava deserta.

- Bella – enlacei nossos dedos, encarando seus olhos castanhos como chocolate derretido. -, vai dar tudo certo. – sorri amigavelmente.

- É. – limitou-se a dizer, ainda com uma expressão atemorizada, levantando-se do sofá em que estávamos sentados, desvinculando assim nossos dedos. – Temos que ir. – disse, tentando soar segura.

- Bella? – chamei, me levantando e pegando a pasta que iríamos levar. Ela olhou para mim com um olhar frio. – Eu te amo. – murmurei. Bella acenou com a cabeça, mas não disse nada, sequer expressou qualquer sentimento sobre o que eu disse.

Com pedidos de agradecimentos ao gerente e alguns funcionários do banco, saímos lado a lado pelo saguão do banco indo assim para rua gélida e bem iluminada em que se localizava o banco que estávamos.

Utilizei-me do método de Jasper Whitlock de olhar atentamente todas as pessoas que andavam em torno de onde Bella tinha estacionado o carro, a mais ou menos uns duzentos metros da entrada do Banco Francês.

Após verificar que não tinha nada suspeito próximo a nós, seguimos em direção ao carro, já havíamos antes concordado que eu dirigiria – uma vez que tinha mais perícia no volante do que Bella – enquanto ela seguiria no banco do passageiro, para não chamar muita a atenção como no caso de Jasper e Alice.

Como havíamos combinado anteriormente ficamos rodando os arredores do Capitol Hill para despistar qualquer pessoa que eventualmente estivesse nos seguindo, mas como logo eu e Bella notamos não tinha o porquê daquele cuidado demasiado.

Foi quando já estávamos indo em direção a rua em que ficava o Renaissance Washington Hotel, entrando em uma rua de acesso a avenida que ficava o Hotel, que àquela hora se encontrava praticamente deserto atrás do Capitólio que aconteceu o pandemônio.

A rua estava fechada por alguns carros e assim que entramos nesta, a outra ponta rapidamente foi fechada por mais outros carros, literalmente nos encurralando. Bella olhou assustada para mim, da mesma maneira que olhei para ela.

- Eles sabem. – sussurrou antes de nosso carro começar a ser alvejado por tiros.

Senti o carro abaixar num rompante quando algumas balas acertaram os pneus. O carro de Bella era parcialmente blindado, como rapidamente notei, sem hesitar a abracei abaixando nossas cabeças no exato momento em que estilhaços de vidro caiam sobre nós, senti minhas mãos e nuca – únicas partes descobertas – se cortarem com o contato do vidro.

- Cadê seu revólver? – perguntei com urgência a Bella.

- No... no porta-luvas, junto com o seu. – disse aos gritos.

Fiquei curioso para saber como ela havia conseguido acesso ao meu, mas essa questão perguntaria em outra ocasião, e agindo com uma rapidez inumana abri o porta-luvas e retirei os dois revolveres. Felizmente ambos estavam carregados e sem sua trava de segurança, pelo que parecia Bella esperava que as coisas complicassem.

Com as duas armas em punho, desferi tiros em direção daqueles que haviam sido dirigidos a nós, mas com a escuridão da noite e da rua – depois que alguém havia acertado um tiro nas luminárias desta – não sabia afirmar se estava acertando alguma coisa.

Percebi que havia parado o carro próximo a um imenso muro do Capitólio, era uma segurança para nós. Informei por meio de gestos e gritos meu plano, no mesmo instante em que a morena depositava a pasta com as provas que havíamos tirado cópia sob seu banco e pegava o seu revolver que entregava a ela.

Bella foi a primeira a sair, já que o muro estava ao seu lado. Conforme ela saia vários tiros foram desferidos sobre ela, errando por milímetros. Sem demoras a segui, fazendo sua proteção. Um tiro acertou meu ombro, ou algo assim, já que sentia uma dor lacerante no lado esquerdo.

- Edward. – choramingou Bella.

Uma nova rajada de tiros foi disparada em nossa direção, felizmente todos errando. Comecei a atirar em direção. Infelizmente a munição de minha pistola automática calibre trinta e oito, acabou. Frustrado, joguei a arma no chão pegando a de Bella, que me entregou sem titubear.

Senti um novo tiro me acertando desta vez no músculo da minha coxa. A dor fora mais lacerante que a anterior, porém tentei ignorá-la disparando os treze tiros restantes dos dezesseis da arma de Bella.

Foi com um sentimento de incapacidade que joguei o revolver de Bella ao chão junto ao meu e mesmo com a dor em meu ombro e em minha coxa direita tentei proteger Bella.

Uma risada fria próxima a nós nos assustou. Imediatamente Bella e eu procuramos a origem do som, nos surpreendendo ao ver Jacob, imperturbável, próximo a nós.

- Jake. – sussurrou Bella, com a boca visivelmente seca.

- Vejo que vocês descobriram algo que não deveriam. – falou divertido. – Tsick, tsick, e olha que achei que os dois ficariam muito concentrados em seu próprio drama.

- Jake. – chamou outra vez Bella, acima de um sussurro.

- É, Bella! – exclamou rudemente. – Sempre soube que vocês tinham algo mais do que diziam, foi bem fácil descobrir isso quando, logo depois do casamento dos dois, em que os embebedei , e vocês simplesmente abriram a matraca revelando o segredinho sujo que tinham...

“Sério que vocês acharam que eu não tinha percebido que algo havia mudado na relação de vocês?” – riu sem humor. – “Vocês sempre se acharam os mais inteligentes, os melhores, só porque conseguiram se formar com honrarias em Harvard. Ha, ha, ha, faz me rir, vocês são tão egoístas, tão individualistas que só conseguem olhar para o próprio umbigo, nada atinge vocês.”

Riu friamente.

- Até agora. – falou com a voz gélida, disparando um tiro próximo de onde estávamos, mas errando de propósito.

- Por quê? – questionei, tentando ganhar tempo onde não tinha.

- Por que o quê, Edward? Por que me uni a Aro Volturi e ao crime organizado? – explanou a minha pergunta.

- É. – concordei, protegendo mais firmemente Bella.

- Porque ele viu algo em mim que nunca nenhum de vocês deram valor. A minha inteligência, a minha astucia, a minha vontade de ser o melhor. – explanou com um sorriso enviesado.

- Anda Black, acabe logo com o serviço! – a voz de Riley brandiu.

Jacob, para fingir que obedecia as ordens, disparou em direção de onde estava eu e Bella, com o susto do disparo ela se movimentou, fazendo com que o disparo acertasse seu braço. O grito da minha esposa cortou o vento gélido, soando agudo e dolorido.

- JAKE! – gritei sentindo o grito de Bella arder em minha pele.

- Triste ver a esposinha sofrendo, Edward? – perguntou divertido Jacob.

- Por favor. – implorei.

Não fora só a risada fria de Jacob que rasgou o ar, pelo menos mais três se uniram a ele.

- E deixar que vocês mostrem a todos quem somos nós? – desta vez foi à voz de Carlisle que falou, fazendo um arrepio em minha espinha se alastrar. – Surpreso, irmãozinho? – divertiu-se.

- Ca-Carlisle... – titubeei. – Por quê? – questionei aterrorizado.

O ouvi suspirando pesadamente.

- Eu poderia te dar uma serie de razões, mas não temos tempo para ladainha. – justificou friamente.

- Nossos pais. – murmurei, enquanto escutava Bella chorando abraçada a mim.

- Nossos pais nunca saberão sobre isso, chorarão sim a sua perda, mas depois darão a atenção que deveria ter sido só minha! – brandiu.

- Ciúmes? – perguntei surpreso.

- Não. Defesa de interesses. – divertiu-se.

- Sem ladainhas sentimentais ou familiares, acabem logo com isso! – ordenou mais uma vez Riley.

- Foi... – começou Jacob, mas Bella gritou abafando assim a sua voz.

- Por favor, eu... eu... eu estou grávida! – choramingou.

- Um bastardo! – exclamou Jacob. – Era para vocês se acertarem e assumirem essa porra de casamento de vocês e depois serem designados para subseções diferentes, não era para ficar nesse lenga a lenga, não tomando nenhuma reação ou atitude, ou ficar grávida daquele desgraçado traidor do James. – brandiu cheio de ódio.

- Traidor é você! – exclamou Bella ofendida.

- Ache o que quiser. Ele também teve a sua cota de traição. – disse Jacob sem humor.

- Acabem logo com isso! – ordenou pela terceira vez Riley. – Ou será que eu vou ter que fazer o serviço sozinho?

Bella tornou a tremer em meus braços, chorando desesperadamente. A abracei com mais força, no mesmo instante em que uma nova revoada de tiros começou pegando todos de surpresa.

Percebi pelo canto do olho que nenhum dos que haviam nos encurralado esperavam ser surpreendidos assim.

- Eles abriram a matraca! – exclamou Riley. – Alguém mais sabe. – consegui distinguir o grito dele em meio aos sons que ecoavam pela rua.

Tiros cortavam o ar, acertando as paredes do Capitólio, vidraças de prédios próximos, os carros que estavam próximos e por muito pouco errando o lugar em que estávamos. Ao longe conseguia ouvir os gritos, alguns conseguia identificar como os de Jake, Carlisle e Riley, outros pareciam distantes, mas que me recordavam as vozes dos agentes da equipe que chefiava ao lado de Bella.

- Você consegue andar? – perguntei a Bella.

- S-sim. – confirmou gaguejando. – E você?

- Também. – confirmei, mesmo que a dor que sentia em minha perna e ombro fosse sufocante. – Vamos para a direita, parece que os tiros estão vindo da esquerda, qualquer coisa não hesite em entrar debaixo de algum veículo. – propus para ela que somente confirmou com um aceno discreto de cabeça.

Uma nova torrente de tiros e palavras inteligíveis preencheu o ar. Os grupos que se combatiam se ofendiam e trocavam tiros. Era um caos. Sem mais prolongar a nossa fuga, sussurrei no ouvido de Bella:

- Vamos! – rapidamente ela começou a correr na direção em que havíamos combinado oposta a que os tiros estavam vindo.

- Eles estão fugindo. – uma voz desconhecida brandiu. Senti um arrepio passar pela a minha coluna.

Bella se encontrava alguns passos a frente de mim, que mancava para segui-la. Inesperadamente uma chuva de tiros começou a ser desferido em nossa direção, vi a morena na minha frente abaixar a cabeça seguidas vezes, evitando assim que fosse atingida. Nenhum tiro voltou a me acertar, mas eu conseguia ouvir as balas passando zunindo próximo ao meu ouvido. Não tínhamos escapatória.

Escutei Bella gritando de dor, acredito que um tiro deve tê-la acertado, mas esta não parou de correr na direção oposta a esses.

- Bella! – gritei, quando esta parou surpreendida.

De repente nos vimos em frente a uma muralha que eu nunca antes havia percebido que existia ali.

Bella arregalou seus olhos e fitou a mim e depois nosso agressor, que gargalhou maquiavelicamente antes de apontar a arma para Bella e acertar seu ventre. A cena parecia em câmera lenta e sem som. A vi abrindo a boca, provavelmente gritando, enquanto grossas lágrimas escorriam por seus olhos, enquanto suas mãos eram levadas imediatamente para a sua barriga que agora sangrava violentamente.

Agi de instinto, como uma maneira de proteger ela, me jogando em sua frente no mesmo instante que dois tiros acertavam as minhas costas. Encarei os olhos castanhos assustados de Bella antes de perder noção de tudo a minha volta e todo o restante ficar completamente escuro.

.

N/A: Oie amores!

Fim tenso este, hein? Bella e Edward gravemente feridos, o que será que vai acontecer com eles? Será que se recuperarão ou será o fim da vida de ambos? Dúvidas, dúvidas, dúvidas...

Todos ficaram surpresos com os infiltrados? Claro que sim, ninguém imaginava que seriam três, acho que nem eu não tinha levado muito em conta isto. O que é engraçado porque eu já tinha considerado todos os personagens como infiltrados. Acredite se quiser.

Quando tive a ideia para esta fanfic eu tinha decido em colocar o James como o maior vilão, já que em INEXPLICAVELMENTE AMOR ele acabou sendo o antagonista e muita gente chegou a torcer para que a Bella ficasse com ele. Porém, recordo-me, que já no primeiro capítulo desta fic todo mundo começou a suspeitar dele, então eu decidi que iria mudar, assim que o nome do Jacob surgiu pra mim, lá pelo capítulo cinco. Não é segredo para ninguém que eu não suporto o personagem Jacob, seja no livro, seja em fics, salvo algumas exceções, mas assim como James vocês logo começaram a desconfiar dele, mas deixei de lado para me concentrar no drama que Bella e Edward partilhavam, contudo vire e mexe estava eu lá, matutando quem poderia ser o infiltrado.

Sério, se tem alguém que mais pensou em quem poderia ser o traidor esta pessoa fui eu. Considerei todos, eu sabia que havia deixado brechas e que qualquer um das minhas dez escolhas (Carlisle, Edward, Eleazar, Heidi, Bella, Jacob, James, Leah, Riley e Tanya) poderiam ser, eu também havia antes deixado brechas que interligavam todos a Bella (quem não se recorda da Bella dizendo que o Riley havia sido o padrinho dela no FBI dê uma olhadinha no capítulo 12 – Dissimulações, na conversa entre Bella, Edward e Carlisle quando eles tão prestes a descobrir a ligação de Jane com Aro e o nome verdadeiro do Aro).

Assim sendo, eu tinha várias opções em quem poderia ser ou não o infiltrado, em nenhum momento descartei algum nome, isto inclui o da Bella e do Edward. Lembro-me que logo quando começaram a chutar o nome do Carlisle eu achei um absurdo. Mas depois da minha viagem ao Rio (em que eu ainda não tinha decidido se seria Jacob ou não o infiltrado) conversei com a Taty Perry (que tive o prazer de conhecer pessoalmente) *pisca para a Taty*, ela me disse que desconfiava do Carlisle e que ainda me esboçou os porquês poderia ser ele.

Acredito que na situação, com nós duas bêbadas, eu havia lhe dito que eu considerava em colocar o Jacob, mas que ainda iria pensar com mais cautela. E eu realmente pensei. Pensei. Pensei. Pensei em todas as opções que eu tinha, como e porque poderiam ser cada um. Foi uma semana atrás, se não me engano, conversando com a Tod que enfim decidi quem seria. Que não seria só um, mas sim três.

A Tod não entendeu muito a minha lógica de colocar o Riley, mas quando eu expliquei para ela, ela ficou surpresa e disse que seria uma ideia e tanto, e assim que surgiu os nomes dos infiltrados e suas motivações. Claro que ainda não entreguei toda a história, precisamos saber por que é que Riley se uniu a Aro e traiu o seu país, mas isso ainda é assunto para o próximo capítulo que será o ultimo.

AAAAAAAAHHHHHHHHHHH

Nem eu acredito que finalmente eu estou chegando ao fim dessa fanfic. Sério, ela foi mais complexa do que eu gostaria de admitir em escrever. Eu tinha um plano original (já que essa ideia me surgiu menos de um mês depois que comecei a postar INEXPLICAVELMENTE AMOR em maio de 2009 – sim, quase dois anos atrás), mas antes de começar a escrever eu mudei muitas coisas.

Depois teve a acusação que eu estava plagiando essa fic, bem... quem leu essa história maluca sabe que em nenhum ponto eu a plagiei, a não ser eu mesma nas lemons e mesmo assim nem foi plagio. Foi uma situação desagradável que eu cheguei a considerar deletar esta fanfic e começar um dos inúmeros projetos que tenho nas pastas do meu computador, mas a Tod conversando comigo me convenceu a continuar.

Então acreditem quando eu digo, eu não gosto dessa fanfic, apesar de concordar que a minha maneira de conduzir ela comparando a que ela veio substituir foi assustadora, mas sabem como é... coisas de autora.

JUST JUSTICE está chegando ao fim, teve altos e baixos, mas algo que me orgulho e que me motivou a continuar esta fanfic foram as pessoas fieis a ela, lendo, comentando e indicando, e se eu estou a dois capítulos de concluir isto aqui é por causa de vocês!

O próximo capítulo e ultimo (faltando somente o epilogo) vem nas próximas semanas, não posso dizer que é no próximo fim de semana, porque vou viajar, mas logo, logo vem o desfecho e o restante de todas as respostas faltantes, ok?

Poutz... falei absurdamente hoje aqui...

Mais uma vez agradeço imensamente a todos que leram, comentaram, favoritaram, recomendaram, são vocês com estes pequenos gestos que me animam a cada dia escrever mais e mais.

Obrigada mais uma vez pelo carinho e atenção de vocês, eu realmente AMO muito cada um de vocês, que me ajudam de maneira desconhecida a superar muitos problemas. Obrigada mesmo!

Nos vemos no próximo capítulo! ;D

Beijos,

Carol.

.

N/B: O que dizer, hein? Sou daquelas que chega num ponto, espana. Espanei. Senti tanta coisa enquanto JUST JUSTICE foi ganhando vida, desde Setembro de 2009, que agora, na sua reta final, eu já não sei mais o que compartilhar com vocês.

Eu sabia do infiltrado desde sempre. E mantive minha boca fechada, porque o grande vilão da história merecia esse desfecho (mesmo que essa beta que voz fala não estivesse, de fato, preparada para ele), mas quando o contexto mudou para TRÊS INFILTRADOS, meu mundo caiu. Veja bem, minha mente funciona numa freqüência 99% abaixo que a da Carol, demorou pra ligar os pontos e fazer com que ela me mostrasse o destino final desses três: Riley, o cabeça, Jacob, o capataz e Carlisle, o peão. Para uma grande destruição que vem de DENTRO, nada melhor que aquele que comanda, aquele que executa e aquele que não faz perguntas, somente obedece. Tento a tríade perfeita, eis que esse capítulo virou o que virou: olhos esbugalhados, muitos ‘puta que pariu, se fuder’ da minha parte, alguns surtos psicóticos via twitter e uma sensação de alívio, misturada a sensação de desespero com as cenas finais que OLHA-VIU-QUASE-PERDI-UM-CORAÇÃO-BETANDO.

Eu ainda acho que a Carol tem que vender JUST JUSTICE pra Globo e virar seriado, ou já taca pro alto e vira novela das 21h. Já to visualizando o William Bonner “fiquem agora com Somente Justiça (ou qualquer adaptação boa pra JJ) e BOA NOITE!” UHAUHUAHUAHUAHUAUHAHA *xilica*

Por mais que a Carol tenha tido todas as dificuldades possíveis e inimagináveis (das quais compartilharei na minha N/B final), eu me orgulho de verdade dessa obra e mais ainda, da autora. Sua capacidade de ligar os pontos é ÚNICA, posso ler quantas fanfics for, não existe para mim mais ninguém com o dom que a Carol tem, com uma esquema tão bem organizado que mesmo quando ela o bagunça, faz com precisão.

Antes que eu chore, vou parar por aqui. Ver o Edward apagando pra salvar a Bella e a mesma se esvaindo em sangue junto seu bebê ao escárnio do (AGORA EU POSSO FALAR! ME SEGURA, MÃE!) Filho-de-uma-puta-lazarento-mal-amado-e-mal-comido do Jacob foi DEMAIS PRA MIM!

Só sinto que no próximo capítulo vou entrar em deprê, gente. Me aguardem.

Bjos,

Tod.

.

Quer fazer uma pobre autora feliz? oO

Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*

Ficarei encantada em ler!

É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.

Amo vocês!
.

ps.: Ultimo capítulo né gente?! Todos os fios que faltam ser amarrados para o final feliz ou o que eu acho de feliz... porque eu posso ser imprevisível. ;D


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