Just Justice escrita por Sophie Queen


Capítulo 13
Dissimulações




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DISCLAIMER: Eu não sou proprietária ou dona da saga TWILIGHT, todos os personagens e algumas características são de autoria e obra de Stephenie Meyer. Mas a temática, o enredo, e tudo mais que contém na fanfiction JUST JUSTICE, é de minha autoria. Dessa maneira ela é propriedade minha, e qualquer cópia, adaptação, tradução, postagem ou afins sem a minha autorização será denunciado sem piedade. Obrigada pela atenção.
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N/A: Oie meus amores!!!
Primeiro de tudo gostaria de pedir as mais sinceras desculpas pelo meu atraso. Eu sei que vocês não querem ler as minhas desculpas, mas é que dessa vez aconteceu algo acima da minha capacidade. A bruxa está solta aqui na minha casa, e todo mundo resolveu ficar doente (todo mundo leia-se minha avó, minha mãe e eu), estamos cuidando da nossa saúde e por mais difícil que seja tudo está eventualmente está dando certo.
Obrigada desde já pela compreensão. Vocês são fantásticos.
Segundo, eu não estava me encontrando nesse capítulo, o que dificultou mais ainda a conclusão, porém os deuses dos autores de fanfics vieram me auxiliar! *HUAHUAUAHUA* Espero que vocês gostem do capítulo, ele está abarrotado de informações novas! ;D
Obrigada a todos que leram e comentaram, ou aqueles que leram e não comentaram, é bom saber que vocês tiram alguns minutos do seu dia para ler as loucuras que escrevo. Obrigada também pelas reviews, favoritações, recomendações e alertas, são vocês que me motivam a continuar escrevendo essa história.
AGRADEÇO MAIS UMA VEZ PELO CARINHO IMENSO QUE VOCÊS ME DÃO.
OBRIGADA MESMO, AMO MUITO CADA UM DE VOCÊS!
Espero que vocês se divirtam com esse capítulo. Boa leitura! ;D
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JUST JUSTICE
capítulo doze
Dissimulações
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“Nenhum ser humano é capaz de esconder um segredo.
Se a boca se cala, falam as pontas dos dedos.”
- Sigmund Freud -
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Isabella Swan
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Meus olhos não acreditavam no que via. Anos, meses, dias, tentando encontrar algo sobre esse infeliz e de repente encontramos praticamente um mundo a parte. Mundo em que ele era o único habitante. Um mundo onde não existia Arthur Lewis Giordano, mas sim Arthuro Lewis Giordano, o grande maestro da dissimulação, da mentira, do disfarce. Eu não fazia mais idéia do que esse filho de uma puta poderia esconder, eu só sei que para se tornar outra pessoa, ele deve ter feito algo extremamente terrível.
Olhei de soslaio para Edward e seu rosto mostrava a mesma expressão de choque, surpresa, confusão que o meu. Ambos estávamos sem palavras, era impressionante tudo o que estava acontecendo, como uma pequena peça de um quebra-cabeça gigante que fora finalmente encontrada. Uma simples vogal fizera uma diferença extraordinária.
- Como você sabia disso? – balbuciou Edward, voltando seu rosto lentamente para o meu.
- Não sei. – respondi dando de ombros. – Foi algo que eu pensei... tipo uma lógica, um anagrama. Não sei explicar, Edward.
- Anagrama? Como você chegou a essa conclusão? – questionou.
- Você também estava lá, Edward, você ouviu ele dizendo que Jane era como uma filha, que ele era quase um pai. – respondi mesmo que não fazendo muito sentido. – Porque Jane mentiria sobre toda sua vida? Ela sabia que se revelasse o nome verdadeiro do seu pai para a imprensa as revistas iriam procurar a fundo a verdade e seria inevitável que a ligariam a ele, e toda sua fama não existiria.
- Você está dizendo que ela tem conhecimento das atividades criminosas do seu pai? – perguntou atordoado.
- Você duvida? – devolvi retoricamente. – Nós todos sabemos que inúmeras estrelas de Hollywood mentem sobre seu passado, passado que não se orgulham ou passado que escondem segredos sujos. Jane é esperta, Edward e ela sabia que se fosse ligada ao nome ou a imagem de Aro Volturi sua carreira nunca teria emplacado.
- Bella, tudo bem que está na nossa cara que Jane é filha do tal Arthur Lewis Giordano, mas se esse tal Arthur não tiver nada haver com esse Arthuro ou Aro, como seja, já que é a mesma pessoa? – questionou Edward confuso.
- Se ela não tivesse nada haver com Aro, porque ela mentiria o nome do pai? E principalmente porque uma pessoa que nasceu numa cidadezinha no interior do Colorado viria constantemente à Itália? Ou ainda porque duas pessoas que não tem relação entre si se comportam como pai e filha? Ou que seja: tio e sobrinha como dizem? – questionei astutamente Edward.
- É... talvez você tenha razão. – suspirou dando de ombros, encostando suas costas contra as almofadas na cabeceira da cama.
- O que está te preocupando? – perguntei encarando firmemente seus olhos. Infelizmente eu conhecia muito bem Edward e sabia que algo estava o incomodando, e saber sobre o que era, era essencial para mim.
- Bella, isso sobre o passado da Jane e dela ter ligações próximas com o chefe da Camorra, não sei, mas acho que isso ainda me causará problemas, porque é ridículo eu sendo o seu noivo e não saber sobre o seu passado, nunca ter conhecido seus pais, ou saber se ela tem irmãs. Vai dizer que você também não acha suspeito? Todos vão achar que eu sou a porra do infiltrado! – exclamou irritadiço, batendo seus punhos no colchão.
- Edward – comecei. -, eu já te disse antes, é improvável que você seja o infiltrado, porque é impossível você estar passando informações para Aro a mais de um ano, você só está à frente deste caso, da nossa equipe, há três meses! – exclamei.
- É, pode ser, mas ainda não estou muito convencido. – respondeu com um suspiro cansado.
- Vai dar tudo certo, você vai ver. – disse sorrindo acariciando seu braço, enquanto observava seu rosto.
Edward estava com os olhos fechados respirando ruidosamente, mesmo com o ar de preocupação evidentemente claro em seu rosto. Edward era lindo, isso nunca mudaria. Seu maxilar quadrado e forte, seu nariz um pouco cumprido e ligeiramente arrebitado, seus cílios longos e de uma cor escura, tocando levemente suas bochechas coradas enquanto suas pálpebras escondiam seus esmeraldinos olhos verdes.
Sua testa tinha uma marca de expressão, talvez de preocupação, mas ainda assim não perdia a beleza dele. Sua pele branca, mas não tanto quanto a minha, parecia translucida diante da suave luz dos dois computadores e o suave abajur do quarto. Seus lábios perfeitamente delineados e de uma cor de carne realmente viva, faziam um desejo alucinado de beijá-lo nascer em mim.
Seu corpo esguio, com músculos evidentes, mas não exagerados. Seu abdômen era perfeito. Os músculos ali eram definidos, deixando os quadradinhos evidentes, com certeza ele passou meses no trabalho de musculação para deixá-los daquela maneira, algo que não existia há quatro anos. Seus braços eram largos e seus músculos eram extremamente tonificados, era fácil visualizar a curva do seu bíceps, ou seu tríceps contraído, e tudo isso era fascinante.
Queria estar entre seus braços, sentindo seu corpo pressionando o meu, seus músculos me apertando contra ele, ou usando sua força para reivindicar o meu corpo. Gostaria de apertar seus braços, sentir seus músculos, arranhá-los com as minhas unhas medianas.
Eu queria Edward tão arduamente.
Segurei uma respiração desejosa, mas não o meu corpo.
Lentamente estiquei meus dedos e hesitando somente um segundo toquei suavemente a linha de expressão em sua testa que imediatamente se dissipou e eu fui recebida por seu belíssimo par de olhos verdes me encarando com uma intensidade desesperadora. Suavemente deslizei meus dedos para suas bochechas afagando-as vagarosamente. A pele de Edward era como veludo, macia, quente, suave. Ele continuava a me fitar com seus olhos incríveis, parecendo se deliciar do toque. Mordisquei meu lábio inferior, talvez me impedindo de dizer algo. Astutamente desenhei seus lábios com meu polegar apreciando a maciez aveludada, o calor reconfortante, o desejo alucinado. Fechei meus olhos apreciando o meu toque neles, relembrando como era senti-los conectados aos meus.
Inesperadamente senti meus pulsos serem segurados por mãos masculinas e quentes, que afastavam minhas mãos do rosto de Edward. Abri meus olhos e notei que era ele que as afastava, para que no segundo seguinte seus lábios estivessem grudados aos meus, os reivindicando com desejo, luxúria, paixão. Fora somente ele tocar com a ponta de sua língua meus lábios que os abri lhe dando passagem. Era profundo. Cheio de expectativas, promessas, desejos, vontades... sentimentos.
Minhas mãos que estavam soltas sobre minhas pernas foram imediatamente ao seu pescoço, acariciando e indo a sua nuca, onde eu a apertei e em seguida a enterrei meus dedos entre seus cabelos acobreados, os puxando levemente e trazendo-o mais próximo a mim. Suas mãos estavam em minha cintura a apertando e me trazendo mais próximo a ele. Seus dedos longos acariciavam minha barriga com movimentos circulares lentos, despertando em todo o meu corpo os desejos mais intensos que poderia sequer pensar. Suas mãos subiam e desciam por meu corpo, vez ou outra tocando sutilmente meus seios.
Era entorpecedor. Mágico. Era o paraíso. Me aproximei mais dele, ondulando meu corpo ao seu, enquanto minhas pernas ficavam de cada lado do seu quadril, onde eu podia sentir sua ereção crescente pressionando contra o meu centro pulsante e úmido, que estava necessitado por Edward. Gemíamos um contra os lábios do outro, sentindo todo o desejo e paixão que o corpo um do outro despertava.
Porém, inesperadamente Edward afastou seus lábios do meu, me fitando com seus brilhantes e confusos olhos verdes.
- Bella... o que estamos fazendo? – perguntou atordoado.
- Não sei. Só sei que não quero parar agora. – respondi, para em seguida capturar seus lábios sofregamente.
Eu não sei como, mas logo os dois laptops que estavam sobre a cama foram parar no chão ao lado da cama, assim como a calça e a boxer de Edward e minha camiseta e calcinha. Não existia pressa entre nós, na verdade parecíamos adversos ao tempo, não estávamos preocupados com ele.
Edward acariciava cada curva do meu corpo com delicadeza, amor, desejo. Eu tocava com reverencia seu corpo, memorizando cada detalhe, porque eu sabia o que seria depois quando abandonássemos Veneza, a mágica, o amor, o desejo se dissiparia e só sobraria a mágoa, mais uma vez.
Afastei os pensamentos negativos aproveitando as sensações que me eram proporcionadas.
Os lábios de Edward contra meus seios. Sua língua brincando com meus mamilos. Suas mãos tocando meus seios, minha barriga, minhas coxas com ternura. Seus dedos deslizavam para dentro de mim com calma, mas abarrotados de desejo com esse simples toque.
Minhas mãos deslizavam por seu corpo, decorando cada músculo, cada curva. Minhas unhas arranhavam levemente seus bíceps, ombros e costas definidos. Sua ereção pulsava contra a minha mão, desejando o calor, a umidade, o conforto do meu sexo.
Sem tardar Edward me preenchia, me levando para o paraíso. Nossos movimentos eram ritmados, juntos, apaixonados. Nossos gemidos era o reflexo fervoroso do nosso desejo. Os beijos que trocávamos eram promessas silenciosas. Cada vez que meu nome saia por seus lábios eu me sentia completa, e cada vez que seu nome saia por meus lábios ele sorria convencidamente.
O ápice do nosso prazer veio magnificamente ao mesmo tempo, um clamando o nome do outro com paixão. Edward encostou novamente sua cabeça nas almofadas que estavam na cama, enquanto eu descansava a minha na curva do seu pescoço. Seu peito subia violentamente, sua respiração, assim como a minha, era ruidosa e descompassada.
Suas mãos deslizavam por minhas costas, fazendo movimentos suaves, enquanto meus dedos desenhavam pequenos círculos em seu peito.
- É... talvez você tenha razão, Bella. Não é possível eu ser o infiltrado. – disse afagando meus cabelos.
- Foi o que eu te disse antes, Edward. – conclui, afastando meu corpo do seu, sentindo a perda do contato de Edward com meu corpo.
- O que vamos fazer com essa informação nova? – questionou Edward, sentando-se na cama, enquanto eu saia desta e vestia a camiseta e calcinha que estava antes, jogando a boxer para ele.
- Tenho certeza que assim que seu irmão te enviar o dossiê de Arthuro Lewis Giordano ele irá enviar uma cópia a Eleazar, e pode apostar que amanhã cedo, Eleazar vai nos chamar para uma videoconferência, porque provavelmente teremos mais alguns dias na Itália, mais do que planejávamos. – disse, sentando-me novamente na cama e trazendo meu laptop junto.
- O que você quer dizer? – perguntou Edward, levantando-se da cama, colocando sua boxer e pegando agora seu laptop.
- Que teremos uma investigação para fazer em território italiano, e digo mais, vamos ter que buscar informações sobre Arthuro Lewis Giordano, e muitas, pelo que parece. – disse abrindo o arquivo do caso Camorra em meu computador.
- Como você pode ter certe-
Mas Edward não concluiu sua frase, uma vez que seu celular tocou no exato momento. Imediatamente ele buscou o aparelho na mesinha de cabeceira ao lado dele o atendendo.
- Carlisle? – chamou. – Sim, para o meu e-mail, e claro você pode mandar uma cópia a Eleazar. – disse depois de alguns segundos. – Não sei se eu posso dizer onde eu estou a você! – exclamou esfregando seu rosto, no mesmo tempo em que afastava do seu ouvido o aparelho, apertando um botão, e no segundo seguinte a voz de Carlisle Cullen encheu o quarto.
- Edward, Eleazar disse “sem querer” que você estava na Europa. Não acha interessante que você e sua esposa secreta e parceira estarem ausentes do FBI na mesma semana? – a voz de Carlisle soou especulativa no telefone.
- Tenho certeza que ela deve estar resolvendo algum problema dela. – respondeu irritadiço Edward.
- Edward, eu sou seu irmão mais velho. Te conheço desde o dia que você nasceu, posso não ter tido conhecimento desse seu casamento até duas semanas atrás, mas agora você não me engana mais. Onde é que você e a agente Isabella Swan estão? – a voz de Carlisle soava especulativa como antes, mas agora existia uma irritação incomum. Edward suspirou cansado, antes de olhar para mim. Dei-lhe um sereno aceno de cabeça, dizendo que ele poderia dizer onde estávamos.
- Veneza. Estamos em Veneza na Itália, satisfeito Carlisle? – questionou cansado.
- Itália? Vocês estão na Itália? Fazendo o que ai? E por que Veneza? Que eu saiba as atividades da Camorra ficam no sul da Itália e não no norte do país. Então me responda Edward, porque vocês estão em Veneza? Não me diga que vocês fugiram e resolveram assumir esse casamento secreto? – Carlisle perguntou ironicamente.
- Carlisle – comecei, atraindo a atenção de Edward e um assobio lento e longo do loiro no telefone. -, Eleazar nos mandou aqui, digo, aqui em Veneza. Hoje teve um baile de máscaras realizado pelo o il dio, e ele pediu para que fingíssemos ser um casal irlandês para assim investigarmos ele e acabamos descobrindo algumas coisas interessantes. – expliquei temerosa.
- Então... foi por causa deste baile que vocês chegaram ao nome Arthuro? – questionou confusamente.
- Sim. – concordei. – Neste baile além das irmãs Giordano: Gianna e Victoria, Irina estava presente, deixando o luto de lado, e... er... e também...
- Jane Lewis Giordano, a irmã mais nova. – explanou Carlisle.
- Exatamente. – concordei. – E quando perguntei, inocentemente, se ela era Jane Lewis ela confirmou e disse mais: disse que Aro é como um pai para ela.
- Pai? – perguntou Carlisle reflexivamente.
- Sim. Pai. – disse Edward.
- Mas eles não disseram assim com todas as palavras que são pai e filha, certo?
- Sim... ele disse algo como “sou mais do que tio de Jane, sou quase um pai”, exatamente nestas palavras. – expliquei.
- Ok... isso não revela nada, mas como vocês chegaram ao nome Arthuro? – perguntou confuso.
- Assim que li o dossiê de Jane e depois de Arthur, comecei a pensar em um anagrama, afinal, Arthur não tem nada haver com Aro, e Aro não é um nome muito comum. Então assumi que para evitar ser descoberto com sua nova identidade ele possa ter usado seus dois nomes, o que foi batizado e o que usa para as atividades criminosas, foi assim que cheguei a Arthuro, mas juro: nunca pensei que fosse dar certo. – expliquei confusamente.
- Eu nunca pensaria nisto. – disse Carlisle surpreso.
- Nem eu. – expressou Edward.
- O que vocês farão com essa nova informação? – questionou o irmão Cullen mais velho.
- Esperar o que Eleazar vai querer de nós. Se vamos voltar para Washington ou ficaremos mais alguns dias na Itália para investigar sobre Arthuro Lewis Giordano. – Edward explicou.
- Acredito que vocês ficarão mais alguns dias por ai, tentando contatar a polícia italiana, porque sinceramente o dossiê que temos deste infeliz não é tão satisfatório quanto esperávamos. – concluiu Carlisle.
- Eu odeio esse homem! – exclamei cansada.
- Todos nós Isabella, todos nós. – expressou Carlisle. – Vou mandá-los o dossiê de Arthuro e encaminhá-lo a Eleazar também. Amanhã é a minha folga, mas estarei repassando a Riley e Peter sobre o que vocês descobriram-
- Mas e se algum deles for o infiltrado? – perguntou Edward alarmado.
- Impossível, eu trabalho com os dois há frente desse caso a mais de um ano. E Riley Clark é meu padrinho no FBI. – expliquei.
- Exato Edward, eu trabalho com os dois há anos e nenhum deles seria o traidor, porque sinceramente nunca vi duas pessoas mais integras e honestas como Riley e Peter. – explanou Carlisle.
- Ok, confio no julgamento dos dois. – suspirou um cansado Edward e se sentando na cama.
- Estou enviando ao seu e-mail Edward, qualquer coisa vocês me ligam. – disse Carlisle.
- Obrigada Carlisle. – agradeci.
- Qualquer coisa eu te ligo. – respondeu Edward, em seguida o loiro desligou o telefone, deixando eu e Edward cair num silêncio reflexivo no quarto onde estávamos.
- Vamos logo descobrir o que esse filho da puta esconde? – pedi a Edward, que sorriu divertido puxando seu laptop para seu colo.
- Que sujeira esse desgraçado esconde por debaixo do tapete. – disse clicando sobre o e-mail do seu irmão e abrindo o arquivo com o nome de Arthuro Lewis Giordano e sua foto sete por cinco.
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Arthuro Lewis Giordano
Nascido em vinte e oito de dezembro de mil novecentos e cinqüenta e nove, na cidade de Volterra, na região da Toscana, província de Pisa na Itália. Filho de Francesco Bruno Giordano e Agostina Lewis Rocci. Foi reconhecido como herdeiro da família Giordano em mil novecentos e setenta e quatro.
Nascido de uma relação extraconjugal do patriarca da família Giordano com a governanta de sua antiga casa na cidade de Pisa. Somente soube da sua relação com a familiar aos quinze anos, mas começou a ter uma relação próxima com seu pai biológico após a morte de sua mãe em mil novecentos e oitenta e um, poucos meses antes da morte de Francesco, onde assumiu o cargo de gerente de produção das empresas da família.
Com a falência das empresas Giordano, Arthuro manteve uma relação próxima a família, mas após a morte de sua irmã Sulpicia Giordano em um acidente de carro fatal provocado por seu marido Arthur Lewis, que ao retornar a Itália nunca mais fora visto, passou a ser o guardião legal de suas sobrinhas Irina, Gianna, Victoria e Jane Lewis Giordano, como único parente vivo.
Em mil novecentos e noventa e quatro conseguiu voltar o nome da família ao ramo alimentício, reabrindo as empresas Giordano com o novo nome fantasia A.R.O., onde conquistou o mercado laticínio, frutas e carnes na Itália, exportando para toda Europa.
Empresário conhecido e respeitado em toda Europa, Arthuro conseguiu reerguer o nome da família Giordano, possibilitando a suas sobrinhas uma vida confortável, contando com a melhor educação que o dinheiro pode pagar.
Atualmente Arthuro vem expandindo seus negócios para a América do Norte onde a procura pelos seus produtos vem aumentando gradualmente. Mantém residência fixa na cidade de Pisa onde fica a sede de sua empresa.
Preocupado com a desigualdade social do país Arthuro tem diversos programas filantrópicos ajudando aqueles mais necessitados. Relacionado em toda Itália como bem-feitor e humanitário, ganhando o respeito e títulos honorários em seu país de origem.
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Terminei de ler o preâmbulo do dossiê de Arthuro Lewis Giordano estarrecida. O cara era uma pessoa integra, querida e inestimável no território italiano, mas tinha uma série de perguntas que inundavam a minha mente e cada uma delas era mais complexa que a outra. Porém a mais predominante era: Quem era essa cara?
Lancei um olhar a Edward que estava da mesma maneira que eu: confuso.
Fechei meus olhos massageando minhas têmporas, o enigma que era Aro Volturi ou Arthuro Giordano, que seja, estava me deixando com dor de cabeça, sem contar que tanto segredo, tanto mistério, tanta dissimulação fazia com que eu ficasse mais estressada e irritada do que comumente eu estava.
- Já te disse que eu odeio esse cara? – disse Edward cansado depois de alguns minutos.
- Se fosse só você, nós daríamos um jeito. – suspirei cansada, deitando minha cabeça sobre as almofadas.
XxXxXxXxXxX
O sol tímido e quente do verão italiano entrava preguiçosamente pela a janela do quarto, iluminando precariamente o ambiente. Fazia alguns minutos que estava acordada, mas a preguiça, o cansaço emocional e físico não me permitia sair da cama. Meus pensamentos estavam em branco, sem nenhuma recordação, sem nenhuma emoção, o que era extremamente raro para mim, uma vez que meu pensamento vivia freqüentemente abarrotado de coisas.
A respiração calma de Edward era como uma música suave para os meus ouvidos, aumentando ainda mais a sensação de paz interior dentro de mim. Por mais que não quisesse, tive que ignorar a dor física e o cansaço que se apoderava de mim, sai da cama e fui até minha necessaire para pegar meus medicamentos.
Eu sabia que Edward havia ficado intrigado com a natureza deles, mas não era algo que eu me dava ao luxo de parar de tomar, uma das vezes em que meu médico quis tirá-los, me fazendo diminuir a dosagem, foi terrível. Eu vivia constantemente a ponto de explodir, minha paciência que já não era muito grande, estava pior. Minha irritação estava à flor da pele, e uma simples rajada de vento podia me levar a extremos: ou a alegria insensata ou a uma tristeza mortal.
Só de lembrar-se daquele período de três meses me dava um arrepio na espinha. Infelizmente já foram quatro anos tomando duas vezes por dia remédios prescritos pelo meu médico em Boston. Drogas legalizadas, como dizia meu terapeuta, e então eu havia me tornado uma viciada. Eu não conseguia mais viver sem eles, mesmo se eu quisesse, mas eu não queria, eles me faziam bem, de uma maneira estranha e doentia.
Depois de ingerido o comprimido que dava a força que eu necessitava todo dia, peguei uma peça de roupa limpa e segui para o banheiro, eu necessitava de um banho. Meus pensamentos ainda estavam límpidos, desta maneira me permiti tomar um banho de banheira, onde eu devo ter adormecido, pois acordei inesperadamente com uma batida na porta:
- Bella? Será que eu posso usar o banheiro? – pediu Edward com uma voz de sono ainda.
- Cl-claro. – disse gaguejando, porque essa intimidade extremamente rotineira com Edward me assustava.
- Oh, graças a Deus. Todo aquele vinho de ontem à noite resolveu se acumular na minha bexiga. – disse divertido indo até o vaso. Não querendo presenciar esse nível de intimidade, como também não conversar com ele nesse momento, afundei minha cabeça na água morna e perfumada, deixando a densidade da água diminuir o incomodo que estava sentindo.
De alguma maneira desconhecida até mesmo por mim, consegui ouvir a porta do banheiro ser fechada, mesmo com a água pressionando meus ouvidos, fazendo com que rapidamente voltasse à superfície e tomasse uma respiração profunda.
Talvez ter passado uma semana com Edward brincando de marido e mulher trouxe mais problemas do que eu poderia imaginar, e sinceramente temia o que poderia acontecer depois, porque de alguma maneira o depois vai ser bastante tenso, revoltante e principalmente controverso. Mas eu não pensaria nisto agora, neste momento a minha maior preocupação era o que teríamos que fazer na próxima parte da nossa missão.
Coloquei a roupa que havia trazido comigo para o banheiro, penteando meus cabelos, deixando-os secar naturalmente. Depois de escovar meus dentes e cuidar da minha pele, segui para o quarto encontrando Edward deitado ainda na cama, passando os canais da televisão com o controle remoto.
Ele lançou um olhar para mim, era comum, mas inesperadamente ele se tornou fervoroso, seus orbes verdes pareciam queimar em suas orbitas. Olhei para mim, eu estava vestindo uma roupa normal, pelo menos para mim. Eu vestia uma legging preta e uma camiseta cinza cumprida de mangas três quarto, que caiam pelo meu ombro mostrando a alça do meu sutiã preto. Como eu disse nada muito diferente, eu só não usava esse estilo de roupa para trabalhar, mas nos meus fins-de-semana ou dia de folga eu só gostaria de ficar confortável.
- O que foi? – perguntei meio rudemente a Edward. Imediatamente seus olhos aumentaram, e ele tentou desviar o olhar, mas falhando miseravelmente. – O que foi Edward, porque você está me olhando como se nunca você tivesse me visto? – inquiri irritada com o olhar luxuriante que Edward me dava.
- Nada. – respondeu, engolindo em seco.
- Quem nada é peixe, Edward. Diga o que está acontecendo? – perguntei novamente levando minhas mãos a cintura e o encarando mais irritada.
- Bem... er... que você está vestida como você ia para a faculdade. – disse acima de um sussurro. Olhei novamente para a minha roupa e fiz a ligação, realmente eu estava vestida exatamente da mesma maneira que me vestia em Boston.
- Ah! – murmurei constrangida. Edward foi até a sua mala, pegando uma muda de roupa e seguiu para o banheiro, onde logo ouvi o barulho do chuveiro ligado.
Suspirando ainda surpresa coloquei meu tênis preto, e um colar de vários crucifixos. Não demorou muito para Edward sair do banheiro vestido calça jeans escura e uma camiseta preta. Se eu estava vestida como na época da faculdade, ele também não ficava muito longe, e estranhamente o fato de estarmos vestidos da mesma maneira que nos vestíamos quando “namorávamos” me perturbou. Não sei por que uma roupa poderia me perturbar tanto, mas infelizmente conseguiu mexer comigo.
Com a minha bolsa em meus ombros Edward e eu saímos do nosso quarto para tomarmos café em uma padaria próxima ao hotel, uma vez que já havia encerrado o café da manhã no hotel.
Mesmo que fosse só para manter as aparências, andar de mãos dadas com Edward me fez imediatamente me recordar da nossa viagem a Flórida em uma de nossas férias de verão, onde fomos a Fort Lauderdale, uma cidade que se parecia muito com Veneza, devido ao seu sistema de canais expansivo e intricado. Ela era conhecida como ‘Veneza do Norte’, mas nem de longe ela era tão fascinante como a própria.
Tentei afastar as imagens que inundavam minha mente. Aquele um mês na Florida, nas nossas primeiras férias de verão, fora o que determinou a nossa relação, fora ali que me vi perdidamente apaixonada por Edward, que só pensar de ficar longe dele, doía. Tive que segurar o choro que estava inundando meus olhos, e mesmo com os óculos escuro que usava as lágrimas traidoras rolava por meu rosto, mas fora o meu soluço de desespero que chamou a atenção de Edward.
- O que aconteceu Bella? – questionou Edward parando na minha frente afastando meus óculos e secando com seus longos dedos minhas lágrimas. – Porque você está chorando, querida? – perguntou novamente, afagando meu rosto.
- F-F-Fort Lauderdale. – murmurei sobre a minha respiração entrecortada e chorosa.
- Porque você faz isso conosco? – perguntou calmamente.
- Eu não sei, Edward. – suspirei me afastando dele, e entrando na padaria em que íamos. Sem pensar fui direto para o banheiro, para lavar meu rosto e afastar as lembranças que tomavam meus pensamentos. Parecia que eu estava adivinhando que essa viagem poderia me causar danos irreparáveis.
De alguma maneira consegui controlar as minhas emoções e fui ao encontro de Edward, que estava no salão da padaria onde ele já havia feito o nosso pedido e estava somente me esperando para iniciar nosso desejum. Comemos em silêncio, nenhum de nós citou a conversa que havíamos tido há alguns minutos atrás.
Mesmo que nossas mãos estivessem conectadas, enquanto fazíamos o caminho de volta ao hotel, não falamos. Parecia que ambos havíamos decidido que estávamos sem humor nenhum para passear por Veneza. O que de certa maneira foi muito bom, pois assim que a porta do nosso quarto se fechou meu telefone tocou, indicando que era Eleazar.
Ele ficou extremamente satisfeito com a nossa descoberta, e disse que estava buscando informações sobre o acidente que havia causado a morte de Sulpicia Lewis Giordano, mas queria que nós fossemos a província de Pisa, passando por Pisa e depois Volterra, para buscarmos informações sobre Arthuro Lewis Giordano, e tentarmos reunir o máximo de provas que podíamos.
Nos avisou que nosso vôo para Pisa era as nove da noite, mas nos pediu encarecidamente que não saíssemos do hotel porque Alastair Wood estaria vindo até nós para entregar algumas coisas para conseguirmos investigar sem chamar a atenção para dois agentes do FBI, bem como passar algumas informações das quais não tínhamos conhecimento sobre a família Giordano e conseqüentemente Aro Volturi.
Assim que desliguei o telefonema de Eleazar comecei a organizar as minhas coisas, por mais que ainda faltasse cerca de oito horas até que fossemos para o aeroporto, ficar ocupada deixou a minha mente livre de pensamentos sobre Edward. Porém, eu não tinha muita coisa para organizar e exatos quarenta minutos depois as minhas coisas estavam todas guardadas.
Edward parecia concentrado lendo algo em seu laptop sentado na cama, por isso levei o meu até a pequena sala de estar do quarto onde eu comecei a analisar e acrescentar alguns detalhes nas minhas anotações sobre o caso Camorra. Assustei-me quando cerca de duas horas depois o telefone do quarto tocou, como ele estava do meu lado, atendi.
- Sim. – disse atendendo ao telefone.
- Perdono signora Masen, mas o tem um signor aqui chamado Alastair Di Giacomo que gostaria de falar com você e seu marito. – disse o recepcionista com seu sotaque acentuado.
- Oh, sim pode deixá-lo subir, meu marido e eu o estávamos esperando. – disse um pouco alto atraindo a atenção de Edward.
- Oh... grazie signora.
- Grazie. – retribui antes de desligar o telefone.
- Quem era? – perguntou Edward, ainda sentado na cama.
- O tal Alastair. – disse, recolhendo as minhas coisas e guardando-as em minha pasta. Eleazar poderia confiar neste homem, mas eu ainda não confiava, por isso que as informações que tinha deveriam ser preservadas. Acredito que Edward também não confiava, pois o vi guardando suas coisas também.
Uma batida serena na porta me fez dar um pulo de susto, mesmo sem emitir uma palavra sequer Edward indicou que ele que abriria a porta, não me incomodei com isso. Com sua arma firmemente segura em sua mão direita ele foi até a porta, que revelou um homem alto e magro de pele clara e cabelos loiros, quase brancos. Seus olhos de um azul intenso, mas ainda da distancia em que eu estava era fácil notar que eram perspicazes, frios e calculistas. Suas mãos estavam levantadas como se mostrasse que estava rendido, nos mostrando que ele confiava em nós.
- Agente Cullen, agente Swan, eu sou Alastair Wood, e trabalho para o FBI a mando de Eleazar Campbell, estou aqui a pedido dele. – disse o homem tranquilamente com uma voz serena, mas seu timbre era forte e revigorante.
Só depois que Edward o deixou entrar, fechando a porta atrás de si, que Alastair abaixou seus braços. Tanto eu quanto Edward olhávamos estupefatos para o homem e não sei em que momento foi, mas inesperadamente Edward já estava do meu lado.
- Eu sei que vocês não confiam em mim, e não questiono isso. No lugar de vocês eu também não confiaria, mas assim como vocês eu quero ver Aro Volturi apodrecendo atrás das grades. – disse complacente.
- Tudo bem, Alastair, iremos te dar um voto de confiança, mas por favor, coloque sua arma na mesinha de centro. – pediu Edward ao homem, que sorrindo divertido e colocou os dois revolveres que estavam por debaixo de seu casaco em cima da mesinha de centro.
- Sem mais nenhuma ameaça, eu gostaria que pudéssemos conversar, e recomendo que os dois se sentassem porque será uma conversa um pouco longa. – pediu educadamente.
Tanto eu quanto Edward hesitamos somente um segundo, antes de sentarmos juntos no sofá de dois lugares. Notei que ele retirava um envelope grosso do bolso interno de seu casaco o colocando em cima a mesa ao lado dos revolveres.
- Eleazar disse-me que vocês chegaram inesperadamente a um dossiê, dossiê de Arthuro Lewis Giordano, correto? – perguntou nos fitando.
- Exatamente. – Edward disse confiante, enquanto eu somente confirmava com a cabeça.
- Bem, assim que recebi essa informação busquei na base de dados da Guardia di Finanza, Polizia di Stato e dos Carabinieri, e de fato encontrei algumas coisas interessantes que eu acho, poder-se agregar ao dossiê que vocês tem. – disse.
- Como o quê? – perguntei curiosa. Alastair me deu um sorriso, como se esperasse que lhe perguntássemos isto.
- Aparentemente o registro civil de Arthuro Lewis Giordano só apareceu no livro de registros civil de Volterra no ano de mil novecentos e setenta e quatro, e segundo a informação do cartório, o registro só fora feito quando ele tinha quinze anos, pois moravam numa região afastada da cidade, e não era possível realizar o mesmo.
- Mas não foi neste ano que ele descobriu que era filho de Francesco Bruno Giordano? – inquiri, curiosa. Alastair sorriu brilhantemente, antes de me responder:
- Exatamente, e sabe outro fator interessante que ocorreu neste mesmo ano? – perguntou retoricamente, e quando eu e Edward negamos com a cabeça, ele respondeu: - Neste mesmo ano Arthur Lewis casou-se com Sulpicia Giordano.
- Mas... mas o que isto quer dizer? – questionei curiosa. Alastair sorriu torto.
- Arthur Lewis conheceu Sulpicia Giordano no outono de mil novecentos e setenta e três, em Denver, no Colorado. Segundo algumas informações que consegui reunir, dizem que foi uma paixão efêmera entre os dois, em um mês de namoro Sulpicia trouxe Arthur para conhecer o pai e o colocou como um dos gerentes das indústrias Giordano. Seis meses depois eles estavam casados, e Sulpicia esperava a primeira filha deles, Irina, que nasceu em março de setenta e cinco. – explicou.
- Como você conseguiu essas informações? – questionou Edward.
- Você não imagina o que os empregados sabem, agente Cullen, você ficaria impressionado com tudo o que eles ouvem atrás das portas. – explicou divertido. – Mas voltando à história. Sulpicia e Arthur se casaram em Nápoles, onde a família Giordano mantinha residência fixa antes de se mudarem para Roma. Mas o mais interessante talvez seja que Arthur e Sulpicia passaram sua lua de mel na província de Pisa, e justamente na data em que estes estavam em lua de mel, ou seja, julho de setenta e quatro, foi quando Arthuro Lewis Giordano foi registrado em Volterra. – ponderou.
- Calma Alastair, você está me dizendo que Arthur Lewis Giordano e Arthuro Lewis Giordano são a mesma pessoa? – perguntei estupefata.
- Exatamente. – disse com um sorriso sereno e um aceno de cabeça.
- Mas como você pode ter tanta certeza disso? – Edward questionou desconfiado.
- Como eu disse anteriormente Edward, os empregados sabem mais do que pode-se imaginar, e uma das empregadas da casa chama-se exatamente Agostina Lewis Ricci, e usando um pouco de persuasão e muito vinho toscano, consegui que ela me confessasse algumas coisas. – explicitou, dando um sorriso convencido. – E uma dessas foi que ela teve um caso extraconjugal com o senhor Francesco e dessa relação nasceu uma criança, porém, uma criança extremamente debilitada que viveu somente até seu décimo aniversário.
- Desculpe-me Alastair, mas você descobriu tudo isso em seis horas? – inquiri suspeita.
- Não agente Swan. Desde que comecei a trabalhar como chefe de segurança de Aro Volturi venho investigando algumas coisas, e uma das situações que mais me chamaram a atenção em sua casa era que tanto seus empregados como suas ‘sobrinhas’ e ‘irmãos’ o chamavam pelo nome de Arthuro, nunca pelo nome de Aro. Na verdade até então nunca tinha feito qualquer ligação entre isso, até que Eleazar me enviou hoje pela manhã o dossiê de Arthuro Lewis Giordano. – ele deu um suspiro, antes de continuar:
“Foi fácil ter acesso a Agostina, que é a única empregada dos Giordano que os seguem aonde vão, e como ela ainda estava embriagada por conta do baile de ontem e como ela já tinha um vinculo próximo comigo, ela contou-me que o senhor Arthur lhe perguntou do seu filho, mostrou interesse em seu menino, afirmando que construiria uma lápide descente para ele em Volterra, mas que para isso necessitaria de todos os documentos do rapaz, e como ela acreditava que ele era um homem descente os deu, antes dele e Sulpicia partirem para sua lua de mel.” – ponderou.
- Mas a palavra de uma empregada bêbada não quer dizer nada. É totalmente questionável, como também ilícita. – alfinetou Edward.
- Seria se não existissem provas. – declamou Alastair tranquilamente.
- Que tipo de provas? – perguntou Edward acidamente. Alastair continuou com seu sorriso nos lábios, enquanto alcançava o envelope que havia colocado anteriormente sobre a mesinha de centro.
- Essa é uma fotografia de Arthur Lewis Giordano e Sulpicia Giordano em seu casamento. – disse nos entregando uma foto preto e branca de um casal, onde o homem usava um terno escuro e a mulher vestia um belíssimo vestido de noiva rendado.
- E o que significa isso? – questionou novamente Edward, ácido. Alastair somente riu.
- Essa é uma foto de Arthuro Lewis Giordano, quando foi feito o seu registro no cartório de Volterra. – explicou, nos entregando uma fotografia de um rapaz.
- Eles são iguais. Quer dizer, exceto que o homem do casamento tem cavanhaque. – disse lentamente, analisando as duas fotos.
- Mas as coincidências não param por ai. – disse Alastair, que retirava mais algumas fotografias do envelope. – Arthur no nascimento de Irina, Arthuro duas semanas depois em Nova Iorque. – indicou as fotografias. Havia cerca de vinte fotografias, elas mostravam datas próximas e a similaridade entre os dois homens, porém, as fotografias terminavam quando constou o sumiço de Arthur Lewis.
- Como você conseguiu isto, Alastair? – perguntei intrigada.
- Da mesma maneira que vocês têm no país de vocês, temos o nosso próprio sistema de identificação, e como eu disse, fiz uma pesquisa rápida no sistema das polícias do país e cheguei a estas respostas. Pouca coisa a mais do que vocês já sabiam. – disse dando de ombros.
- Então isso significa que Arthur Lewis Giordano, Arthuro Lewis Giordano e Aro Volturi são todos a mesma pessoa? – questionou Edward confusamente.
- Sim. Mas a questão é porque ele passou a ser Arthuro Lewis Giordano e porque criou esse personagem, Aro Volturi. – expressei meu pensamento.
- Eleazar está buscando informações sobre o acidente que resultou a morte de Sulpicia Giordano, e eu vou continuar procurando saber o que aconteceu com Arthur Lewis, enquanto vocês vão a Pisa e Volterra obter informações sobre Arthuro Lewis Giordano. – explicou Alastair.
- Um momento. Eu tenho algumas dúvidas. – manifestou Edward, atraindo a minha atenção e a de Alastair.
- E quais seriam, agente Cullen? – inquiriu o homem.
- Por que Marcus e Caius aderem o nome Volturi, se ele é somente um artifício que Aro criou? – a questão de Edward de fato era interessante, nunca parei para pensar nisto. Observei Alastair e que nós encarava intensamente.
- Vocês nunca procuraram saber sobre Marcus e Caius? – perguntou com curiosidade.
- Não muita. Sempre foi fácil prende-los por conta das suas atividades criminosas em território americano, mas as acusações eram sempre vagas, bem como eles nunca se opuseram a responder qualquer das questões que fazíamos. – expliquei presunçosamente.
- Agente Swan, é inacreditável que toda uma equipe do FBI tenha deixado passar uma informação de tamanha importância. – devolveu cansado.
- O que isso quer dizer? – questionei temerosa.
- Marcus e Caius são filhos do irmão mais novo de Francesco. Eles são filhos de Frederico Bruno Giordano e seus nomes verdadeiros são Marcus e Caius Sposito Giordano. Frederico nunca aceitou a decisão de seu pai, que deixou em testamento todo o poder das indústrias Giordano sobre a mão de Francesco. Infelizmente Frederico faleceu de insuficiência renal em setenta e oito, mas seus filhos juraram vingança a seu tio no túmulo de seu pai. – explicou.
- E como você sabe disso? – inquiriu Edward e eu em uníssono.
- Como eu já lhes disse anteriormente, os empregados sabem de tudo. E os empregados que trabalhavam com o senhor Francesco continuam fiéis a ele, mesmo que em segredo, e não aceitam em hipótese nenhuma ver os filhos de seu irmão ingrato convivendo com a família, ‘pura’, como denominam. – declamou.
- Então eles se uniram a Arthur, Arthuro, Aro por vingança a família Giordano? – perguntei confusamente.
- Perfeitamente. – concordou.
- Mas eles não fizeram essa vingança, certo? – questionei curiosa.
- Depende agente Swan, as indústrias Giordano não estavam nem perto da falência quando foi decretada a mesma. O departamento do comércio e da indústria italiano investigou sobre a falência, e incrivelmente eles não deviam para nenhum credor ou qualquer outra entidade, a falência foi uma fraude, porém de alguma maneira o processo sobre essa fraude foi arquivado, por falta de provas, mas segundo algumas pesquisas que a Guardia di Finanza fez, existia provas suficientes para prender Arthur Lewis e Arthuro Giordano. – ponderou.
- Você está dizendo que eles compraram alguém do departamento de comércio e indústria para evitar que descobrissem que Arthur e Arthuro eram as mesmas pessoas? – questionou Edward surpreso.
- A corrupção não existe só no sistema político ou em países subdesenvolvidos, agente Cullen. Todos podem ser corrompidos quando oferece o maldito dinheiro, o que difere aqueles que se corrompem dos que não e a sua integridade, a educação que tiveram o sentido de justiça que tenham, e alguns casos ainda pode não ser suficiente, por exemplo, quando se existe perigo de vida. – expôs Alastair.
- Infelizmente, sabemos disto. – disse desanimadamente.
- Ok. Compreendi, Alastair, mas o que as irmãs Giordano agem por essa mudança de nome de seu pai? – indagou Edward.
- Bem, não temos muita certeza sobre a reação das meninas, os empregados disseram que as quatro ficaram muito abaladas com a morte da mãe em mil novecentos e oitenta e nove, Irina que era a mais velha foi a que mais se revoltou contra o pai, tanto que assim que completou vinte e um anos fugiu para os Estados Unidos, onde conheceu Laurent Thompson em mil novecentos e noventa e sete e se casaram no ano dois mil. – explicou.
“Gianna assim que completou dezoito anos foi para a Universidade de Oxford na Inglaterra cursar Antropologia, em dois mil e dois ela voltou a Pisa onde começou a namorar Demetri Canavarro que estão noivos há quatro anos.” – pontuou.
“Victoria aos dezenove anos seguiu para os Estados Unidos, para cursar Direito na Universidade da Pensilvânia, onde se casou com um colega de sala, mas não durou dois anos o casamento, segundo dizem o rapaz e o ‘tio’ Aro não se deram muito bem, e exigiu que a sobrinha encerrasse o casamento.” - ponderou.
- E qual é o nome desse rapaz? – perguntei curiosa.
- James Smith, não tem nada que ligam o rapaz as atividades criminosas de Aro, porque sinceramente quantos James Smith existem só na Pensilvânia? – perguntou dando de ombros.
- Inúmeros, dois nomes muito comuns. – concordei.
- E para completar, a última, Jane, saiu rumo a América em dois mil e quatro onde logo que ingressou na Universidade da Califórnia conseguiu emplacar serviços em Hollywood, e se tornou a atriz que é hoje, conhecida mundialmente, mas ela vem rotineiramente à Itália ver a família e o noivo. – explicou.
- Noivo? - perguntou Edward intrigado.
- Sim, noivo, Felix De Nicola. Eles são noivos há quase três anos segundo ouvi. Tanto que é sempre ele que vai buscá-la no aeroporto e ela não fica na casa de Aro, ela fica em seu apartamento bem no centro de Pisa. – concluiu.
- Você tem certeza que eles são noivos? – perguntei.
- Absoluta agente Swan, mas porque essa curiosidade sobre o noivado de Jane Giordano? – inquiriu.
- Só curiosidade. – respondi dando de ombros. – Mais algo curioso sobre as irmãs Giordano.
- Sim, só mais uma. Irina Thompson veio ver seu ‘tio’ três semanas depois do assassinato de seu marido, eu sei que os dois tiveram uma discussão longa, Irina o acusou de assassino, algumas vezes, mas não sei como ele conseguiu se acalmar, e depois os dois saíram para um passeio juntos, que infelizmente não sei o que aconteceu, mas antes deste baile de ontem, ela veio mais outras duas vezes para a Itália. – disse.
- Ela veio para Itália três vezes, enquanto declarava abertamente que estava de luto? Interessante. – murmurei.
- Bem, são essas as informações que eu tenho. Eles não vão para o norte do país até o próximo final de semana, o que dá cinco dias para vocês investigarem o que puderem em Pisa e Volterra. Eleazar pediu para que eu arrumasse uma liberação para vocês terem acesso fácil a arquivos e informações, e como vocês são agentes do FBI, só precisei de uma autorização no Ministro da Justiça e de um juiz federal, que lhes dá poder em qualquer autarquia judicial ou não no país. – explicou nos entregando uma declaração para cada.
“Qualquer coisa, não hesitem em me ligar, mas, por favor, não o façam de seus telefones americanos, comprem um telefone pré-pago em Pisa, assim não chama muita atenção para vocês. Meu número é este” – disse nos entregando um cartão seu. –, “e desejo sorte aos dois.” – concluiu levantando-se da poltrona onde estava, guardando suas armas em seus suportes, e as fotografias que nos tinha mostrado no envelope que estavam anteriormente.
Alastair se despediu de nós e saiu nos desejando mais uma vez sorte. Eu ainda me encontrava entorpecida com tanta informação sobre esse filho de uma puta, que enganou meio mundo para chegar onde está. Eu precisava anotar todas essas novas informações, para que não esquecesse um mínimo detalhe sequer, mas a expressão de Edward que ainda continuava sentado no sofá chamou a minha atenção.
Seu olhar estava vago e perdido. Sua expressão era de uma fúria contida, seus punhos estavam fechados, como se ele estive prestes a dar um soco em alguém. Lentamente aproximei-me dele, temendo que eu fosse sofrer com a sua raiva, independente do porque ele a sentia.
- Edward? – o chamei suavemente. Mas ele não me respondeu. Dei mais um passo próximo a ele, afagando seus cabelos delicadamente. Notei ele fechar os olhos e suspirar pesadamente. – Edward? – chamei novamente. – O que aconteceu?
- Você ouviu Bella, aquela desgraçada da Jane é noiva de outro aqui na Itália. – explodiu. - Ela me faz de idiota há quase um ano! Como eu posso ser tão burro! – exclamou, levantando-se do sofá e puxando seus cabelos com força.
- Edward? – chamei. Mesmo resistindo ele virou seu olhar para onde eu estava. – Você esconde dela que é casado. – explicitei dando de ombros.
- Mas é diferente, Bella! – exclamou. – Antes de dormir com você naquele cruzeiro pelas Ilhas Gregas, nunca havia traído Jane antes, e ela vem me traindo há meses! Isso é... agrrr... perturbador. – disse socando a parede.
- Você está perturbado só porque ela não dorme só com você? – questionei irritada. – Por favor, Edward, como se você fosse o homem mais fiel do mundo. – bufei irritada me levantando de onde estava.
- Claro que eu sou fiel! – ponderou. Somente lancei um olhar perplexo a ele. – Tudo bem, não tão fiel. – concluiu derrotado. – Mas você não conta como traição Bella, você é a minha esposa.
- Ou seja, ela é a outra. – explicitei, indo até a minha bolsa, verificando que já estava na hora de irmos para o aeroporto rumo a Pisa.
XxXxXxXxXxX
O caminho até o aeroporto Marco Polo em Veneza, e depois o vôo de uma hora até Pisa foi tranqüilo. Como não havíamos comido nada antes de sairmos de Veneza, paramos em uma cantina italiana a caminho do hotel para que jantássemos. Edward e eu estávamos em um silêncio confortável, cada um perdido em seu pensamento.
Por mais que ainda estivéssemos usando os nossos passaportes falsos, usaríamos nossos nomes verdadeiros para investigar, e como toda viagem a Itália ainda dividíamos o mesmo quarto. Porém, nos quatro dias que seguiu nossa estadia em Pisa, onde conseguimos reunir pouquíssimas informações sobre Arthuro Lewis Giordano, não fomos íntimos um do outro em nenhum momento, éramos confortáveis um na presença do outro.
Quer dizer, pelo menos foi assim até o dia em que iríamos embarcar de volta para os Estados Unidos, onde Edward me segurou em seus braços, quando eu quase escorreguei no banheiro quando saia do banho.
Meu corpo nu e o seu semi-nu, exceto por sua cueca boxer, foi o suficiente para que nosso desejo entrasse em ebulição e nos entregássemos ao tesão que sentíamos ali na pia do banheiro. Nossos movimentos ritmados, nossos gemidos seguidos um do outro, a maneira como nosso corpo magicamente se encaixava, como nossos lábios pareciam extensão um do outro, ou como suas mãos grandes e masculinas massageavam todo o meu corpo, levando-me a outro planeta.
E quando o ápice me alcançou, foi como encontrar com Deus, eu gemia tão alto o nome de Edward que era bem provável que minha garganta rasgaria. Edward continuou me penetrando com fervor, eu estava prestes a ter mais um orgasmo, quando senti Edward se liberando dentro de mim, e só ouvir meu nome sendo urrado roucamente por seus lábios foi o suficiente para que eu chegasse mais uma vez ao meu orgasmo.
Era maravilhoso ter orgasmos múltiplos.
Depois da nossa aventura, tomamos um banho juntos nos acariciando, beijando suavemente o corpo um do outro, ou nossos lábios. Não era necessário um contato sexual para que não fosse bom, bastava o carinho e o amor que dávamos um para o outro.
O retorno a Washington fora tão longo como à ida. Quatro escalas diferentes: Roma, Londres, Nova Iorque e finalmente Washington, DC. Exatas vinte horas de vôo, eu dormi pouco durante o vôo, a maior parte do tempo fiquei perdida em meus pensamentos.
Em parte, meus pensamentos eram sobre o caso Camorra, e como as informações que obtivemos na Itália iriam nos ajudar na prisão do il dio. Mas infelizmente não era um assunto que exigia muita dedicação, pois eu sabia que passaria as próximas semanas procurando brechas em todos os detalhes possíveis.
Porém a parte maior e mais evidente dos meus pensamentos era a pessoa que dormia ao meu lado: Edward. Como eu temia, essa viagem trouxe reflexos terríveis a mim, eu sabia que o que vivemos nesses últimos onze dias fora mágico, ao mesmo tempo em que me lembrava de como éramos bons juntos, mostrava que todas as dificuldades e poréns que passamos nos tornaram maduros o suficiente para conseguir seguir com uma relação que quando a iniciamos não era possível.
Mas tudo o que vivemos na última semana não era a realidade, era como se estivéssemos de férias, ou curtindo uma lua de mel, era algo que assim que alcançássemos a realidade do nosso dia a dia ela seria desfeita, a mágica nos abandonaria e a tristeza e magoa nos tomaria, e todo o sofrimento e a dor que tanto evitei nos últimos anos voltaria a me sufocar novamente.
Olhei minha aliança, o par dela estava repousando no dedo esquerdo de Edward, mostrando descaradamente para mim que nasceu para ficar lá, porém, infelizmente não era o lugar que ficaria. Segurando as minhas lágrimas que inundavam meus olhos retirei lentamente a minha aliança, e dando mais um olhar a pequena argola, observando mais uma vez sua inscrição, a apertei em minha mão, sentindo o nó muito similar quando aconteceu aquele terrível evento que resultou a nossa separação, se formando em minha garganta.
Eu queria gritar, chorar feito uma criança birrenta que estava triste porque seu animalzinho de estimação foi atropelado por um ônibus escolar. Assim como naquele tempo eu queria chorar dias, noites, semanas a fio.
Estava tão submersa em meus pensamentos que foi um pouco repentino que notei que estávamos em solo. Edward abriu seus olhos esmeraldinos preguiçosamente. Felizmente ele não percebeu meus olhos marejados.
Desembarcamos da aeronave em silêncio, eu sentia os dedos de Edward tocando suavemente os meus, era como se ele quisesse segurar firmemente minha mão, mas sabia que não podia mais. Fora somente quando estávamos na esteira para pegar nossas malas que ele percebeu que eu não estava mais com a minha aliança, porém, não questionou os meus motivos por tê-la retirado.
Fazíamos lado a lado o caminho para a saída do aeroporto, a tensão entre nós era palpável. Eu tentava segurar a todo custo minhas emoções, e Edward parecia temeroso por alguma coisa.
Foi com tamanha surpresa que senti Edward segurar meu braço e me levar em um canto menos afastado do aeroporto. Seus olhos verdes me estudavam milimetricamente, e eu me sentia incomodada com seu olhar. Engoli em seco, enquanto tentava evitar os olhos de Edward, mas era como se um imã sempre me puxava para encará-los.
- Então... – começou.
- Então... – repeti temerosa.
- Bella, o que será de nós a partir de agora, não podemos ignorar o que aconteceu nos últimos dias. Ainda é claro o que sentimos um pelo outro, e eu quero ficar com você. Quero ficar com a minha esposa, construir uma família com você! – exclamou.
- Edward – comecei engolindo em seco. -, esses dias ao seu lado foram fantásticos eu não posso negar, mas não é a nossa realidade. Nascemos para compartilhar momentos juntos e não tempos juntos. Não adianta o que aconteça, porque sempre existirá magoa, traição, brigas e cada vez se tornará pior, eu não posso viver essa insegurança novamente, eu não tenho força para sofrer tudo de novo. – expliquei, com lágrimas grossas e frias deslizando por meu rosto.
- Você está me dizendo que está considerando esses malditos onze dias um erro? Que tudo o que compartilhamos não foi o suficiente para suturar feridas do passado? – perguntou retoricamente. – Bella, eu não sei o que te fiz ou o que levou você a pedir o divórcio, mas eu não quero mais ficar longe de você, eu não quero cometer os mesmos erros. Eu posso não ser perfeito, mas eu nunca mais lhe magoarei. Bella, eu te amo. – disse suavemente, afagando meu rosto com suas mãos.
- Infelizmente me amar não é suficiente para nós Edward, é preciso mais. – disse num sussurro, sentindo meu coração apertando a cada palavra.
- Eu não entendo Bella, é como se você realmente me amasse, mas existe algo, uma barreira que não permite você ficar comigo!
- É exatamente isso Edward. Não existe possibilidade que possa dar certo a nossa relação. Somos bons juntos em todos os sentidos, mas quando a sentimento junto sempre acabamos nos machucando, então eu prefiro que somente sejamos bons juntos no trabalho, porque fazemos uma ótima equipe. – disse lhe dando um sorriso triste.
- O que significa isto? – perguntou confusamente.
- Que eu te amo mais do que eu gostaria de admitir, mas não existe uma maneira que possamos fazer dar certo esse casamento. – explanei.
- Bella... – começou. Suspirei pesadamente, antes de declamar:
- Nós sempre soubemos que não daria certo, por isso criamos a cláusula de cinco anos. – com os olhos mais marejados do que antes, afastei as mãos de Edward do meu rosto, dando um sereno beijo em suas palmas, me afastando dele. Eu não poderia me deixar envolver emocionalmente outra vez por Edward, porque por mais que desta vez fora pouco, o muro que construí começou a ruir, e mais uma vez seria o suficiente para vir abaixo, e eu não podia deixar isto acontecer.
Porque o amor nem sempre é suficiente para nós dois.
.
N/A: Hey meus amores!
Quanta informação neste capítulo não? É... eu sempre soube como eles descobririam que a Jane tem outro noivo na Itália e como aconteceria esse “afastamento” no final. Eu sei que as Bewards de corpo e alma, estão morrendo com essa distância dos dois, essa dificuldade de se comunicarem sobre o passado, mas logo eu trarei uma situação que eles não poderão mais evitar o passado. Sim eu tenho o capítulo todo em minha mente!! ;D
Bem... se eu disser a dificuldade que foi escrever esse capítulo vocês ficariam impressionados. Há duas semanas ele estava começado, mas sabe quando tá aquela coisa BEM meia boca e somente com sete páginas? Era dessa maneira que ele se encontrava até as três da tarde de hoje, segunda, dia 09/08. Mas felizmente consegui me conectar novamente e escrevi esse capítulo relativamente longo de vinte e uma páginas, praticamente hoje.
Espero que realmente vocês tenham gostado, e peço inúmeras desculpas pela minha demora, mas como eu disse anteriormente problemas pessoais e a falta de inspiração me impediram de escrever.
Aguardo as reviews, comentários, tudo o que só vocês podem me mandar, dizendo o que acharam, ok?! Tentarei postar o próximo capítulo o mais breve possível, espero que não tenha nenhuma surpresa ruim essa semana na minha casa.
OBRIGADA POR LEREM! AMO VOCÊS!
Beijos,
Carol.
.
N/B: Esse capítulo merece uma salva de palmas MESMO. Enquanto betava eu fiquei imaginando como ia conseguir me expressar nessa N/B. porque sinceramente, a Carol me surpreendeu. Não foi um capítulo só Beward, nem só Camorra e muito menos só chuva de informações. Foi um capítulo equilibrado, e até a forma da escrita da Carol amadureceu. Não sei se é porque depois de tantos meses acompanhando o trabalho dela em primeira mão eu finalmente aprendi como ela desenvolve sua escrita, ou porque ela estava tranqüila realmente enquanto seu cérebro trabalhava e tudo me pareceu tão natural, tão PROFISSIONAL.
Então, apreciem com carinho esse capítulo, porque além dele ser interessantíssimo e abarrotado de coisa nova pra fazer nossa cabeça dar nó [a minha deu, tanto que tive que voltar algumas vezes na leitura só pra dar aqueles “ohhhhhhhhhhhhh, SÉRIO ISSO? Nãããão...“ *rs*] ele também mostra uma relação mais próxima do que a gente espera do Edward e da Bella, um pouco menos de abelha rainha e zangão, um toque de liberdade aos sentimentos deles, mesmo que isso possa parecer tão distante, foi como presenciar eles se apaixonando de novo.
DAÍ A CAROL ESCREVE A ÚLTIMA PÁGINA E DESTRÓI MEU CORAÇÃO TEAM BEWARD PRA SEMPRE. Poxa, depois daquele “Bella, eu te amo“ meu coração parou de bater i.i
Maaaas, muita coisa vai acontecer ainda, muita revelação. E todos nós vamos entender “que pra tudo tem seu tempo”. Né, Carol?
Mandem suas reviews, elas fazem toda a diferença!
Bjos,
Tod.
.
Quer fazer uma pobre autora feliz? oO
Deixa uma review para mim, dizendo se você gostou, ou se odiou, se você tem alguma sugestão! Pois sugestões e palpites aqui são fundamentais! *.*
Ficarei encantada em ler!
É isso meus amores, obrigada novamente pelo carinho por essa minha fic.
Amo vocês!
.
ps.: brigas, términos de relacionamento, passagem de tempo, convites inesperados... yeah!! ;D

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