Leon (narrando):
Toda vez que penso no meu namoro de mentira com Ludmila meu coração dói eu só não sei se é porque sinto que estou traído a Fran ou porque eu realmente gosto da Ludmila, vejamos Francesca não liga nem manda mais mensagens está na cara que ela me esqueceu então o que tenho a perder? Ludmila é super divertida e tenho que confessar foi muito idiota da minha parte fazer um acordo com ela, serio ela ganha sempre de mim esse não era o objetivo, após refletir um pouco me levantei e encarei o espelho, eu estava muito diferente de antes isso é evidente, minhas feições parecem maduras demais, eu estou bronzeado e não gosto disso, para piorar essas olheiras me deixam mais cansado do que já estou, meu cabelo também esta grande.
–Que foi León? Apreciando sua beleza? Ludmila falou saindo finalmente do banheiro, tirei os olhos do espelhos para ver a linda mulher arrumada ao meu lado, hoje iríamos em um julgamento e pediram para nos arrumarmos formalmente e Ludmi estava divina, sua saia era bege e colada ao corpo na altura do joelho, usava um blazer feminino da mesma cor e uma blusa rosa claro com os dois primeiros botões abertos, usava sapatos fechados de bico fino também rosa, era uma mulher realmente bonita, suas curvas estava destacadas, suas pernas eram lisinhas mas o melhor era seu rosto angelical com uma leve maquiagem, sua franja estava solta e o resto de seus cabelos dourados estavam presos em um rabo mediano.
–Vai se arrumar ao nos atrasaremos! Ela falou me despertando do transe, eu estava praticamente pronto faltava os calçados e o terno, me achei ridículo principalmente pelo cabelo com gel que Ludmila teimou em fazer, ela pegou sua bolsa e algumas coisas e seguimos em direção ao meu carro. Eu avia comprado um por lá pela necessidade de uso, chegamos no local desejado em menos de 10 minutos e aguardamos as outras pessoas.
–Viu estamos adiantados! Reclamei para Ludmila que me fez acordar meia hora mais cedo.
–Como minha avó dizia "A quem sabe esperar, o tempo abre as portas." Bufei baixinho com a tranquilidade dela, eu estava com fome e sono e ainda faltava uns 20 minutos para os outros chegarem.
–Vamos no posto só para eu pegar algo para comer, por favor! Disse enquanto ligava o carro novamente, ela revirou os olhos e eu rumei em direção ao pequeno posto perto de nós, comprei um pão de queijo e voltamos, ao chegarmos avia outras pessoas uma delas era a grande falsa amiga da Ludmila que a mesma me trocou para falar com ela, enquanto isso eu comia tranquilamente lutando contra meu sono até levar um soco, meu rosto se virou para a esquerda e eu quase perdi o equilíbrio.
–O que foi cara! Perguntei empurrando o peito do homem, também estudante daquela universidade, se eu não estivesse com aquelas roupas ele iria apanhar tanto.
–Epa, epa , epa, o que está acontecendo aqui? A professora Debora chegou separando me do homem, toquei o meu nariz dolorido e o mesmo sangrava.
–Meu amor! Ludmila gritou correndo em minha direção minha cabeça começou a doer e tudo girar e embaçar escutei o homem rindo e o toque delicado de Ludmi antes de meus pulmões fecharem e eu não conseguir respirar. Acordei encostado na parede com a Ludmila me olhando, toquei em meu nariz que ainda possuía sangue.
–O que foi aquilo? Me possibilitei a dizer enquanto encarava a feição preocupada de Ludmila.
–Não sei como, mas ao te bater ele injetou um veneno em você, acho que era as unhas dele. Fiquei tipo Whats? esperando a explicação mais clara dela que não ocorreu.
–Vamos te explico no caminho... Ela disse colocando um dos meus braços pelo seu pescoço me ajudando a levantar.
Ludmila tentou me explicar e para dizer a verdade não entendi o por que, vejamos o cara me deu um soco, quando ele fez isso arranhou meu rosto isso explica o fato de ter um arranhado de cinco centímetros na bochecha, nas unhas deles tinham um veneno que fez meus órgãos vitais quase pararem o que era o objetivo, mas por que disso tudo? Estou refletindo enquanto prestamos atenção no julgamento de um outro homem que exportava drogas para outros países, minha cabeça começou a latejar forte tanto que cerrei os olhos e gemi baixinho colocando a mão no local, a risada do homem que me batei voltou na minha mente e acabei com uma dificuldade de respirar enorme, toquei na Ludmila que estava ao meu lado e a mesma chamou pela professora que decidiu que eu deveria voltar. Então cá estou no banco traseiro do meu carro enquanto Ludmila dirige em alta velocidade para o campus, ela me ajuda levantar e me leva direto para cama tirando meus sapatos e o terno, eu começava a suar e minha garganta aos poucos secava.
–Merda! A droga ainda não saiu do seu organismo!
Como assim?! O que ela queria dizer com isso?
–Você consegui engolir? Ela me mostrou um remédio, o máximo que consegui fazer foi assentir com a cabeça. Ela segurou a mesma enquanto me dava a agua para engolir o enorme remédio que cortava minha garganta. Um sono terrível começou a me dominar, escutei o celular dela tocar e a mesma atender preocupada escutei um "Sim, entendo." E logo após ela desligou.
–É León parece que aquele homem não é estudante...

André (narrando):
Acordei de péssimo humor com meu irmão mais novo gritando e chutando minha porta, a abri bruscamente pronto para expulsa-lo.
–Ei! Hoje você que me leva no treino seu preguiçoso!
Era só o que me faltava fechei a porta na cara dele e olhei para o relógio digital na minha cama, ainda eram oito horas da manha e eu queria dormi! Me arrastei em direção ao banheiro lavei meu rosto e fiz minha barba, após isso escovei os dentes e desci para um delicioso café da manhã ou não. Ao chegar vejo a mesa fazia e nem sinal da minha mãe.
–Seu idiota! Ela saiu mais cedo por isso que vai me levar!
Meu irritante irmão baixinho disse da sala onde jogava vídeo game, abri a geladeira e bebi um copo de leite subindo novamente para me trocar, vesti uma calça jeans preta e uma camisa roxa com algo escrito em inglês, voltei ao banheiro arrumando meu cabelo em um topete desarrumado, peguei as chaves do meu carro e saímos para a tal escola de futebol, o deixei lá mesmo ele insistindo para eu ver a partida, realmente não estava com paciência para isso queria mesmo era pedir minha cama em casamento e passar todos os dias nela mas não, eu tenho que sair as oito horas da manha de casa em pleno sábado! Se não fosse o bastante no caminho minha mão me ligou pedindo para eu comprar legumes no supermercado, estou vendo que hoje não é o meu melhor dia, estacionei no estacionamento do mercado perto de casa e fui pegar um carrinho, estava andando entediado ouvindo aquela musica de elevador ao fundo, pegava algumas frutas até escutar meu nome, me virei o que foi um tremendo erro lá estava minha ex-namorada Lauren, seus cabelos estavam mais curtos batendo no ombro de uma cor realmente estranha, sim acho que era azul, estava de óculos escuros e isso dificultava um pouco, seus peitos pareciam maiores com certeza deve ter colocado silicones, usava um short curto e colada até metade de suas coxas, e uma blusa com um decote digamos que beeeeem grande, sorri de canto para ela pronto para voltar para meus afazeres e sair correndo dali mas a mulher insistiu em puxar assinto comigo.
–Então não vai dizer nada nem um oi?!
–Me desculpe, oi!
–Como você esta? Parece cansado... Ela disse de mudo sedutor e piscando pra mim, ignorei. -Opa caiu! Ela disse quando derrubou uma das maçãs mais bonitas de lá, pegando logo em seguida querendo mostrar seus peitos, depois limpou a maçã na blusa mordendo de maneira lenta.
–Então Lauren eu tenho que pagar, tchau!
Deixei ela mastigando sua maçã e fui ao caixa pagar, aquela era puta! Nem me lembro o porque de ter a namorado, eu devia estar bêbado, paguei os alimentos e sai em direção ao meu carro, ligando o rádio em um volume bem alto e sentindo a brisa da manhã bater em meu rosto, ao chegar em casa novamente vazia coloquei as coisas no lugar e fui em direção ao meu quarto antes que meu celular tocasse novamente, o que não ocorreu.
–O que foi agora mãe?! Disse um pouco nervoso já deduzindo quem era.
–Oi pra você também André e antes que me esqueça bom dia, nem quero perguntar como vai porque já sei a resposta... Corei bruscamente, era Francesca e um sorriso torto formou em meu rosto como se ela pudesse ver.
–Desculpa Fran é que meu dia não esta sendo muito bom...
–Entendo, vamos sair e conversar?