Os Jogos Recomeçam escrita por UncoverLarry


Capítulo 14
Temos que fugir


Notas iniciais do capítulo

Então pessoal, poucas pessoas estão comentando a fic.. To um pouco desanimada, mas não pararei de postar, afinal de contas, ainda tenho leitores.
Espero que gostem desse capítulo.



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Eu corri para o mais longe possível. Eu estava chorando. Eu não sabia de quem gostava mais, se era do Marcelo do Allan. Eu encontrei um riacho, tirei minhas roupas, fiquei de roupas íntimas e fui tomar um banho.

Após alguns minutos, escuto alguém me chamar.

'Lili?'

Era Eduarda. Ninguém nunca me deu um apelido, por isso estranhei.

'Posso te chamar assim?' Ela questiona.

Eu apenas afirmo com a cabeça.

'Então, eu vim conversar com você. Quero que você saiba que o Allan está chorando muuuito. O Allan começou a pedir desculpas para o Marcelo, que não sabia porque havia feito aquilo. Que estava super arrependido da sua ação. Tem mais, ele disse que era tudo culpa do ciúme, que te amava demais e não queria te perder.

"O Marcelo desculpou o Allan, agora eles estão se lavando no outro lado do riacho. Eles mandaram dizer que te amam muito e que se sentem muito tristes e culpados pelas atitudes deles recentemente.' Ela disse.

'Eduarda,' Eu comecei.

'Duda, por favor.' Ela me interrompeu.

'Duda..., eu estou muito indecisa com relação aos meus sentimentos. Eu amo o Marcelo, mas eu também amo o Allan. Nunca senti algo assim. Nunca fiquei em dúvidas dos meus sentimentos por ninguém. Eu... Eu não sei o que fazer.' Falei e comecei a chorar novamente.

'Posso dar um conselho?' Ela disse e eu acenei com a cabeça.

'Conversa com os dois separadamente. Diz o que sente, que precisa de um tempo para pensar na vida e que não está preparada para ficar com ninguém agora. Depois, você vê a reação dos dois. O que te tratar melhor e te entender, é o mais apropriado.

" E, Alícia, o Allan te ama muito. Eu percebi no momento em que ele começou a chorar. Qual o homem que chora na frente de todos, por causa de uma menina que ele conhece há apenas 2 semanas, no máximo? Eu não estou dizendo que o Marcelo não te ama, pelo contrário, ele te ama, e muito.

"Percebi também que os dois são um pouco diferentes. O Marcelo é sensível, carinhoso, relaxado e romântico. O Allan é possessivo, amável, apaixonado e um pouco rude. Mas no final, os dois têm um coração de ouro.' Ela terminou de falar.

'Duda, eu sei disso tudo. Mas é difícil.' Eu choro.

'Eu conversei com o Allan e ele disse que nunca amou ninguém desse jeito, que todas as namoradas dele, e foram muitas, eram apenas passageiras. Ele não sentia nem um quinto do que sente por você, por elas. Mas o Marcelo, já namorou muitas meninas e se apaixonou por elas, pelo que ele me disse. Ele se envolve facilmente.' Ela diz, estava prestes a falar algo quando a Júlia chegou. Gritando.

'Corram! Os pacificadores nos acharam. Temos que ir!!!'

'Onde estão os meninos?' Pergunto, preocupada.

'Já estão lá na frente. Vamos!' Disse ela apressada.

Eu coloquei minha roupa e corri atrás delas.

Nós corremos por horas e horas, até que Júlia torce o pé.

'Ai. Tá doendo muito!' Ela choraminga.

'Temos que ir, ou os pacificadores nos acharão.' Digo.

O Marcelo a pega no colo e nós começamos a caminhar. Eu me aproximo a eles.

'Júlia, está tudo bem?' Pergunto.

'Aham, só está doendo um pouco. Obrigada, Marcelo.' Ela diz e o beija na bochecha. Percebo o Marcelo ficar corado.

–Por que ela o beijou na bochecha? Precisava disso tudo?- pensei, senti minhas orelhas queimarem.

'Decida-se, ou eles decidirão.' Sussurra Duda.

–Porra, mas eu só terminei com ele há um dia.- penso novamente.

O dia amanhece e nós ainda não havíamos parado para descansar. O Marcelo e a Júlia estavam cada vez mais próximos.

Quando chegamos ao D10, à noite, resolvemos parar.

Percebo que o Marcelo está conversando com a Júlia.

Sento ao lado de Pedro.

'Então, Pedro, conte-me sua história.' Digo.

'Longa história. Há alguns meses atrás, nós descobrimos que o D12 ainda existia e minha mãe disse que se algo acontecesse com ela e com meu pai, era para eu levar a Duda para o D12. Até que eles foram mortos pelos pacificadores, no dia da Colheita. E nós armamos um plano para poder fugir. Então nós fizemos. Fugimos, até que nós nos encontramos.' Ele disse.

'Que pena, Pedro. Mas qual era o seu Distrito?' Pergunto, curiosa.

'Distrito 7. Eu sei que você quer saber o que aconteceu com os pais da Duda.. Vou contar.

"Duda era filha dos meus vizinhos. Ela tinha poucos meses de vida quando aconteceu. Os pacificadores queimaram sua casa, com os pais dela, e ela, dentro. Ela, não me pergunte como, sobreviveu. Meus pais a pegaram para criá-la. E eu, como tinha apenas dois anos, a adotei como irmã.' Ele se emociona um pouco.

'Puxa, Pedro. Que história difícil a de vocês... Mas vocês ainda estão vivos, ainda bem. Quero que saiba que o que vocês precisarem, qualquer coisa, eu estarei aqui para ajudar. Eu gosto muito de vocês.' Digo.

'Obrigada, Alícia. Hoje em dia não existem pessoas como você.' Ele diz e me abraça.

Retribuo o abraço e me levanto, entrando na floresta.

De repente, alguém me cutuca.

Levo um susto e percebo quem era.

'O que você está fazendo aqui?' Pergunto, secamente.

'Eu quero te pedir desculpas.' Ele diz.

'Allan, eu te entendo. O ciúme te subiu a cabeça. Mas, porra, fazer o que você fez hoje?' Digo.

'Eu sei, eu errei. Mas eu te amo muito. Muito mesmo.' Ele diz e começa a chorar.

'Não, não chora. Duda conversou comigo...' Digo e seco suas lágrimas. 'Eu sei o que você fez. Pediu desculpas ao Marcelo. Achei muito nobre de sua parte. Obrigada.' Digo.

'Você me perdoa?' Ele diz.

'Claro, não tem como não te perdoar. Apesar de tudo, eu te amo. Mas você não pode nunca mais fazer esse tipo de coisa, porque eu também amo o...' Não termino de falar, ele me puxa pela cintura e me beija.

Eu seguro na sua nuca e subo para os seus cabelos, acariciando-os.

'Quer namorar comigo?' Ele fala, entre os beijos.

–Há pouco tempo atrás eu estava com ciúmes do Marcelo e agora estou me agarrando com o Allan... Que vida confusa. Acho que eu realmente amo o Allan. Devo aceitar?- penso.

'Allan, eu terminei há pouco tempo com o Marcelo. E, outra coisa, eu ainda gosto muito, muito, muito mesmo de...' Ele não me deixa terminar, novamente.

Me puxa para outro beijo.

Eu o afasto.

'Acho que tomei minha decisão.' Digo.

Ele sorri, aquele sorriso torto que apenas ele tinha.

'Vou ficar feliz com essa sua decisão?' Ele pergunta.

'Sim.' Eu digo.

'Mas, espera.' Ele diz e se abaixa, pegando uma florzinha no chão e ficando de joelhos. 'Quer namorar comigo?' Ele diz.

'Ai meu Deus, Allan! Que lindo, não tem como não recusar. Claro que sim.' Eu digo e o puxo para outro beijo, o beijo mais caloroso da minha vida, até agora.


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Notas finais do capítulo

Meloso esse capítulo não? Haha
Então, gostou?
Recomendações? Reviews? Divulgação? Acompanhamento da história?
Ficaria grata se vocês fizessem algo citado acima. Beijos, Alícia.



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