Estupidamente Apaixonados escrita por Hiro Tasuku


Capítulo 14
Capítulo 14


Notas iniciais do capítulo

Yoo Minna-san! Demorei pra caramba desa vez, mas o Hiro teve motivos muito fortes para não postar. Seguinte, se liguem na triste história do Hiro.
Eu estava sem inspiração para escrever a fic, tipo fiquei travado, sem nenhuma ideia e se eu fosse escrever qualquer coisa a fic ia ficar uma bosta sem nexo. Então eu resolvi esperar o bloqueio passar para que eu conseguisse postar alguma coisa boa pra vocês.
Quando o bloqueio passou a minha adorável mãe foi excluir o que não devia no computador dela e com isso deu um problema lá no pc dela, como aqui em casa só tinha o pc dela e o meu notebook (que também pode pifar a qualquer momento TT-TT), com o pc dela esculhambado ela tomou posse do MEU notebook. Até aí tudo bem, isso é normal, ela podia usar e depois me dar para que eu tbm usasse... Mas não foi isso o que aconteceu ¬¬. Meu primo resolveu vir passar "uns dias" (que quase se transforma em ano) e trouxe o notebook dele para roubar, quer dizer, usar a minha net. Só que o guri não usava só a net, ele usava tbm a fonte do meu notebook.
Tá Hiro até aí tudo bem, tu podia pegar no note a hora que quisesse... Quem dera q fosse isso... O pirralho passava a manhã e a tarde no not, de noite minha mãe usava o not e eu? A hora que me sobrava era a madrugada, mas como a minha mãe é adorável ela escondia, quer dizer, guardava o not no quarto dela e eu ficava só na vontade.
Ok tio Hiro, mas não dava pra tu mandar pra algum amigo teu postar? Dar até dava, se eu tbm não tivesse ficado sem celular, é o celular aqui desse azarado resolveu pifar de uma hora pra outra, e só um celular novo, pq esse já tava com 4 anos e morreu de velhice mesmo. Esse tempo todo que eu passei sem postar eu estava praticamente morto, um zumbi pela casa sem poder fazer nada além de comer, dormir e estudar. Meu... Eu fiquei sem computador, internet e celular esse tempo todo TT-TT foi tão ruim TT-TT.
Até que o meu primo resolveu finalmente ir pra casa dele (arigato Kami-sama!), meu celular novo chegou e já posso pegar no not. Sim! Voltei a vida!! o/
Bom agora Boa Leitura!



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– Sim Ichinose. Tanto pretendo como vou, eu vou adotar o Souta!

– Rin... O que você tem na cabeça?

– Miolos.

– Não foi isso que eu quis dizer.

– Não me importa o que você quis dizer. Souta querido, presta bastante atenção, eu vou entrar com o processo de adoção para que você fique comigo, mas eu quero que você entenda uma coisa, adoção não é uma coisa fácil e rápida, e também não é garantido que você fique logo comigo. Mas tenha certeza que eu nunca vou te abandonar, vou sempre estar do seu lado, vou sempre te ver, você nunca mais vai ficar sozinho. Entendeu?

– Hum... Hai... Vou ter que ficar aqui até você poder ficar comigo não é?

– É. – Bom eu também quis dizer que caso eu não conseguisse a guarda dele eu iria ficar perto dele, mas não é bom ser negativa agora.

– Você vai precisar de um advogado.

– Sério? Eu nem imaginei que fosse precisar de um... Eu sei que vou precisar de um advogado Ichinose e não, eu não vou aceitar o teu advogado.

– Ah! Claro, vai pedir o advogado do teu namorado não é?

– Quê? Namorado? Ficou louco seu...

– Namorado? Você e o nii-san não são namorados Rin nee-chan?

– Hum?– Não preciso dizer que fiquei vermelha né?– Eu e o Ichinose? Pff... Hahahahahaha impossível Souta! Eu e esse imbecil aqui não somos nunca fomos e não vamos ser isso.

– Por quê?

– Porque... Porque...– Esse garoto já sabe como me deixar sem jeito.– Porque eu e ele não combinamos, nem nos vemos dessa forma. Eu vejo ele com um babaca, idiota que não merece minha atenção.

– E eu te vejo como uma garota tola, imbecil, burra que vai acabar se lascando se não me ouvir.

– Por que vocês estão brigados?

– Desculpa Souta, mas isso é assunto de adultos, você não vai entender.

– Você fez raiva pra ela de novo não foi nii-san?– Hahaha ele também sabe como surpreender o Ichinose hahaha. Como eu amo esse garoto!

– Foi Souta, ele me fez raiva de novo, só que dessa vez não tem mais volta. Não tem mais perdão.

– Eh nii-san, dessa vez tá difícil pro seu lado, mas mesmo ela com raiva de você eu ainda vou gostar de você tá bom? Não se preocupe você pode ter perdido a Rin nee-chan, mas não me perdeu.

– Tá bom Souta, muito obrigado. – Com o garoto ele é educado e gentil mais que tudo, mas com os outros ele é a estupidez em pessoa. Esse é o Ichinose Tokiya meu povo!

– Blá blá blá...– Revirei os olhos.– Souta faz um favor pra mim?

– Faço. O que você quer nee-chan?

– Vai lá dentro e chama todos para virem pra cá, diz que eu tô chamando todos para nós brincarmos.

– Hai... Mas...

– Mas?

– Eu tô com medo.

– Medo de quê?

– Deles não me ouvirem.

– Fala alto então ué!

– Não é isso! É que desde quando eu cheguei eu fui estúpido com eles, eu acho que eles vão me tratar mal ou não vão acreditar em mim.

– Bom, se eles fizerem isso com você é porque você deu motivos. Mas eles não vão fazer nada disso, apesar do seu mau comportamento eles não têm raiva de você. Confia em mim, tá tudo bem, não vai acontecer nada do que você teme.

– Hai. Mas e você? Por que você não vai comigo?

– Porque eu vou pegar as coisas pra gente brincar.

– Ah... Entendi. Tá bom então, vou lá!

Souta foi chamar as outras crianças e eu me sentei na varanda para esperar por eles. Coloquei meus pés no chão para sentir a terra, fechei meus olhos, respirei fundo e me espreguicei.

– Uah! Como é bom estar aqui!– Senti alguém se aproximar e sentar do meu lado. Abri o olho esquerdo e encontro o inútil do Ichinose me encarando. – Que é? O que você ainda tá fazendo aqui?

– Você pediu para o Souta chamar as outras crianças, não eu.

– Realmente, mas em momento algum eu disse para você sentar do meu lado. Seu eu me sentei aqui foi para me sentir bem, esperar as crianças e principalmente ficar longe de você. Agora faz um favor, sai de perto de mim e vai embora daqui, porque sério mesmo eu não estou a fim de ter que te aturar hoje.

– Quando você vai falar para o Souta que você e o Kurosaki estão juntos?

– Talsqueopariu! Vai começar essa encheção de saco novamente? Que droga! Teu disco furou ou o quê? Por isso eu não gosto de ficar perto de você, toda vez é essa mesma merda. Por que tu não cuida da tua vida? Será que tudo que eu já te falei não foi o suficiente pra você perceber que já deu? Já chega caramba! Tô de saco cheio de você querer dar palpite sobre a minha vida. – Me levantei pra me afastar dele, mas parei me sentei novamente e o encarei. – Se eu responder tudo o que você quer saber você me deixa em paz?

– Não.

– Então vai pra...

– Rin-chan!– Otoyan chegou junto com as crianças e me impediu de falar algo indevido na frente deles.

– Yoo Otoyan!– Me levantei e fui até ele. – Quer dizer que você também conhece esse orfanato?

– Hai! Eu...

– Sem querer interromper vocês, mas já interrompendo Rin nee-san você vem brincar com a gente ou não?

– Gomen Otoyan, mas eu vou ter que ir.

Pov Tokiya on:

Rin passou correndo por mim e se juntou as crianças, ela parece uma criança assim, até parece que não teve infância. Se bem que ela não teve mesmo... Olhando pra ela assim me lembrou o que ela me contou de quando ela era criança... Me deu uma vontade de abraçá-la agora... Ahn... É-É, quer dizer... Eu imaginei ela passando por tudo o que ela me disse ter passado e me deu vontade de abraçá-la para reconfortá-la, só isso nada mais.

– Tokiya, você e a Rin-chan ainda não se acertaram?– Otoya se sentou do meu lado.

– Não. Ela continua com o ódio gratuito para comigo.

– Rin-chan... Ela tem uma personalidade forte não é mesmo?– Otoya deu uma risada baixa e eu olhei pra ele.– A Rin-chan se dá tão bem com eles, ela parece estar se divertindo.– Ele estava sorrindo, parecia encantado em ver aquilo.

– É. Rin não é só tola, grossa e estúpida, ela é uma boa pessoa, gentil, alegre. Ela age daquele jeito pra se defender, é o mecanismo que ela desenvolveu pra se defender depois de tudo que ela passou.

– Depois de tudo que ela passou? O que houve com ela?

– Hum? Ah! Nada não Otoya, eu estava pensando alto.– Se eu contar a Rin me mata, ela não quer que mais ninguém além de mim saiba, afinal eu só soube porque vi com os meus olhos, senão acho que não teria acreditado.

– Hum. Né Tokiya, você gosta dela não é?

– Quê?

– Da Rin-chan, você gosta dela?

– C-Claro que não! Por que você tá me perguntando isso Otoya?

– Porque é o que parece Tokiya! O jeito que você falou dela ainda há pouco, tinha algo diferente na sua voz, e o jeito como você tava olhando pra ela também me fez entender isso.

– Para de falar merda Otoya! Até parece que eu gosto daquela imbecil. Então, você falou com ela sobre o coral?

– Uah! Falei não, acabei esquecendo. Vou falar quando ela terminar de brincar.

– Garanto que ela não vai terminar tão cedo.

– Hei Otoyan! Estamos precisando de mais uma pessoa pro nosso time, você vem?

– Claro!

Otoya se juntou a eles e em pouco tempo eles começaram a jogar futebol. Confesso que era engraçado ver a Rin daquele tamanho brincando de futebol com aquelas crianças, vê-la correndo, sorrindo e se divertindo daquele jeito me deu uma sensação tão boa, faz tempo que não via ela dessa forma. Estava entretido assistindo o jogo deles e me divertindo com as quedas da Rin, quando um celular começou a tocar e tirou a minha atenção, era o celular do Otoya, ele tinha deixado do meu lado.

– Otoya! Teu celular!– Levantei o celular e mostrei pra ele.

– Valeu Tokiya!– Ele pegou o celular da minha mão.– Moshi Moshi?! Sério? Agora? Mas não tinha nada programado pra hoje!... Tá bom então.... Vou sim. Jya ne.

– O que foi Otoya?

– Marcaram uma sessão de fotos e outras coisas pra mim ir hoje, e só me avisaram agora. E pra piorar vou ter que ir agora, senão vou me atrasar e o Presidente vai ter que pagar uma multa.

– Eu tenho algo marcado hoje também?

– Não. Só eu e o Cecil, parece que o seu foi marcado pra amanhã. Tenho que ir, Jya ne Tokiya. Jya ne Rin-chan!– Otoya foi até as crianças, se agachou e as crianças ficaram ao redor dele em um tipo de meia lua.– Gomen minna, mas eu vou ter que ir embora agora, porque tenho um compromisso muito importante. Mas eu prometo que outro dia eu volto tá bom?

– Tá bom. Itterasahi Oto-nii!

– Jya Otoyan!

– Até mais tarde Otoya.– Otoya foi embora correndo para não chegar atrasado. Quando olhei de volta para a Rin e as crianças, ela estava me encarando. – Que foi? Tá me olhando assim por quê?

– Você não vai embora também não?

– Não.

– Você não tem nada de melhor pra fazer ao invés de ficar em um lugar ode você não é bem-vindo?

– Seu eu tivesse eu não estaria aqui, e quem disse que não sou bem-vindo aqui?

– Eu!

– Só você não me quer aqui.

– Exato! Motivo suficiente para você não ser bem-vindo.

– Eu vou ficar Rin, quer você queira ou não.

– Tá bom então, faça o que você quiser, não me importo. –Rin virou a cara e voltou a brincar com as crianças.

A tarde estava passando e a noite ia chegar em breve quando começou a chover, todas as crianças correram pra dentro do orfanato, menos a Rin que ficou lá fora olhando para o céu. Todos nós ficamos olhando pra ela, estranhando aquilo até que ela olhou para nós sorrindo.

– Quem tá a fim de tomar um banho de chuva?

– Sério isso nee-chan?

– Você acha que eu brincaria com isso? Vocês vão vir ou não?

– Êêêêê!– Todas as crianças correram pra chuva. E eu fiquei na porta vendo a festa deles.

– Hei nii-san! Vem também! Vem tomar banho na chuva com a gente vem!

– Gomen Souta, mas acho melhor não.

– Por que?

– Porque ele não pode Souta. Se ele pegar um resfriado, vai prejudicar o instrumento de trabalho dele, ou seja, a voz.

– Ah... Entendi. Então vou ter que jogar isso em você nee-chan!– Souta estava com um bolo de lama na mão e estava pronto pra jogar na Rin.

– Uou uou uou! Não ouse fazer isso Souta!– Rin começou a andar pra trás para se afastar dele.– Souta, não faça isso por fa....– Rin escorregou e caiu em uma poça de lama.– vor.

– Hahahahahahaha!– Não aguentei e ri alto dela.

– Urgh! Tokiyaaaaa! Tu vai ver a graça agora na tua cara seu... Seu inútil!– Ela veio correndo, se jogou em mim, me derrubou no chão. E começou a me sujar com lama.– É engraçado rir dos outros não é? Vou te mostrar a graça agora!.– Rin se levantou segurou minhas pernas, me arrastou pra fora e me jogou em uma poça. Ela se ajoelhou de meu lado e começou a rir da minha cara.

– Sua... Sua... Sua idiota! O que você fez?!

– Não é engraçado? Então ria agora "querido" Ichinose!

– Deixa de ser tão infantil Rin!

– Infantil? É melhor ser infantil do que ser um completo babaca!

– Eu não sou babaca! Você que é uma....

– Uma linda nee-chan!– Souta me interrompeu e jogou lama na minha cabeça.

– Pff... Hahahahaha! Tomou na cara Tokiya! Hahaha... Quer dizer, tomou na cabeça Ichinose hahaha. Bem feito! É nisso que dar ser es...

– Ser especial pro Souta e pra Rin nee-chan!– Souta também interrompeu a Rin e jogou lama na cabeça dela.

– So-Souta! Lama em mim também?

– Claro! Pros dois ficarem iguais e pararem com essa briga boba!– Souta começou a rir.

– Entendi haha... Hahaha!

– Hahahaha.

No fim, todos nós estávamos rindo feito idiotas. Até que a Rin teve a "fascinante" ideia de mandar todas as crianças fazerem montinho em cima de mim. A diretora do orfanato veio ver que algazarra era aquela e não acreditou no que via. O resultado? Ela brigando com a Rin e quase a proibindo de voltar lá novamente.

Pov Tokiya off.

Depois da minha zorra, além da bronca da oba-san quase que ela não deixou mais eu passar o final de semana com o Souta. Enfim, depois da sujeirada que eu e as crianças fizemos tive que dar banho neles, tomar um banho daqueles pra tirar toda aquela lama, e como sou esperta sempre levo uma muda de roupa comigo porque sempre quando venho visitar eles eu acabo me sujando. O bom de vir aqui é que quando estou com eles eu volto a ser criança e consigo viver o que não vivi.

Me despedi das crianças, peguei o Souta e fomos pra rua atrás de um táxi para podermos ir pra casa. E o Ichinose? Bom como ele não tinha roupa limpa, estava todo sujo e ensopado ele voltou para a mansão. Meu... Se eu soubesse que era tão fácil assim fazer ele voltar pra casa teria feito aquilo mais cedo. O importante agora é chegar em casa e aproveitar meu final de semana com o Souta.

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Sábado. Antes de sair com o Souta, resolvi procurar no jornal algum advogado que possa me ajudar com a adoção do Souta e que o serviço dele esteja de acordo com as minhas economias. Souta estava sentado no chão assistindo Naruto e eu também estava no chão, mais precisamente perto da mesinha concentrada na procura pelo advogado.

– Hei nee-chan!

– Hum?

– Sei que você tá ocupada, mas eu preciso muito tirar uma dúvida que não sai da minha cabeça.

– Hum... Não sai da cabeça é? Haha. Tá bom, pode me perguntar.

– Quem é o seu namorado que o nii-san tanto falou ontem?

– Você acreditou mesmo naquilo?

– Hai. Você não negou nem nada nee-chan!

– Não neguei porque não valia a pena perder meu tempo com ele Souta. O seu querido nii-san anda me importunado com essa história de namorado, afzs.

– Ele deve ter motivos né nee-chan?

– Sério mesmo que você vai defender ele?

– Não estou defendendo nee-chan, é só que eu acho que se ele está com ciúmes ao ponto de agir daquela forma é porque motivos você deu né?

– Ci-Ciúmes? Até parece que ele ia ter ciúmes de mim, eu não sou a Nanami para que ele sinta isso. E eu não tenho namorado, ele só cismou com o Ran-Ran, um amigo meu da banda onde estou trabalhando.

– Cismou por quê? E quem é essa Nanami?

– Cismou porque Ranmaru e eu somos como eu era antigamente com ele, porque eu e ele não somos mais amigos e porque ele acha que o Ranmaru quer me fazer gostar dele, me iludir para que eu fique com ele e depois vai me jogar fora como se eu fosse uma qualquer. E Nanami é a garota que o seu nii-san gosta. Satisfeito curioso-san?

– Entendi. O nii-san está realmente com ciúmes de você, e ele não gosta dessa garota ele gosta é de você nee-chan e eu vou te provar isso! Sim, estou satisfeito. Arigato nee-chan, você já pode voltar para a sua procura agora.– Esse guri tem cada ideia.

– Souta, tira essa ideia maluca da sua cabeça tá bom? Ichinose Tokiya, o seu amado nii-san não gosta de mim, ele gosta, gosta não, ama. Ele ama a Nanami, acredite em mim, pelo tempo que estou trabalhando naquele lugar eu tenho certeza disso. Agora vamos parar de falar disso vamos? Porque eu tenho uma coisa muito importante aqui pra procurar.

– Tá bom.

Lá estava eu de boa, procurando o advogado quando a campainha toca. Vou até e porta e quando abro quem é? Não, não é o Ichinose, mas sim o advogado dele. Sério? Qual foi a parte do: Eu não quero o teu advogado que ele não entendeu?

– Senhor Ayama? O que o senhor veio fazer aqui?

– Bom senhorita Ryouta, fui informado de que a senhorita estava precisando de um advogado, então vim lhe oferecer os meus serviços.

– Ah... Muito obrigado Ayama-dono, mas eu não vou aceitar os seus serviços.

– Por que não senhorita?

– Porque eu deixei bem claro para o seu cliente Ichinose Tokiya, que eu não queria a ajuda dele, então obrigado por ter vindo e tchau!– Sim fechei a porta na cara dele. E daí? Não queria ser mal educada com ele, mas foi tudo culpa do cliente dele.

– Quem era nee-chan?

– Um advogado.

– E por que você dispensou ele?

– Porque ele é o advogado do Ichinose.

– E?

– E que eu não quero a ajuda dele, sei me virar muito bem sozinha.

– Nee-chan! Deixa de ser orgulhosa e birrenta! Se tem um advogado que pode nos ajudar é ele!– Souta saiu correndo pela porta e instantes depois voltou com o Ayama-dono.– Gomen oji-san! É que a minha nee-chan tá com raiva do nii-san e acabou confundindo as coisas, mas senta ela vai te ouvir direito agora não é nee-chan?

– Sim. Vou.– Sério, fiquei com medo do olhar que o Souta direcionou para a minha pessoa.

Conversei com o Ayama-dono e no fim acabei aceitando os serviços dele como meu advogado, afinal ele era o único advogado cujo esteja de acordo com as minhas economias. Não, ele não fez um bom preço pra mim por causa do Ichinose, mas sim porque na época em que Ichinose era Hayato era sempre eu que discutia a situação do Hayato com ele, sempre o tratei bem, pois era eu quem cuidava desses assuntos. Assim ele acabou gostando mais de mim do que do próprio cliente dele.

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Domingo. Eu poderia estar de boa no orfanato, entregando o Souta assim como combinei com a Oba-san, mas não estou entrando na mansão onde eu só deveria entrar amanhã para trabalhar. E por que estou aqui? Porque Souta cismou em querer ver onde Ichinose morava, conhecer os outros membros da Starish e os membros do Quartet Night, onde a nee-chan dele trabalhava.

– Ei garoto! Como você entrou aqui?– Ótimo, enquanto eu pisquei ele saiu de perto de mim e foi pra onde não devia.

– Ele entrou comigo. Por quê? Algum problema Shibuya?

– Sim, todos os problemas! Quem você pensa que é para trazer fãs aqui sem a autorização do presidente?

– Quem eu penso que sou? Sou Ryouta Rin, e eu trago quem eu quiser aqui, principalmente ele, ele eu trago a hora que eu quiser porque ele não é um simples fã. Souta é o fã número do Ichinose, eu sei isso é triste, mas fazer o quê? Gosto não se discuti. Agora com licença que não posso demorar muito aqui.

– Quem disse que vou deixar você passar? Já falei que é proibido trazer fãs aqui!

– Disso eu sei, sei melhor do que ninguém. Mas já te falei o Souta eu trago aqui a hora que eu quiser, agora saia da minha frente porque você não é ninguém para me impedir de entrar. Não sei se você sabe, mas eu trabalho aqui e tenho livre acesso para entrar e sair a hora que eu quiser. E se você ousar encostar um dedo nesse garoto eu termino o que comecei naquele dia e você vai sair daqui direto para o cemitério.

– Pois eu duvido.

– Ah é? Duvida? Então tasca no garoto que você vai ver se eu não te mando para o terno de madeira.

– O que tá acontecendo aqui?

– Nii-san!– Souta foi correndo e se jogou nos braços do Tokiya.– Vim te visitar, gostou?

– Claro que eu gostei!

– Viu bitch, quer dizer, Shibuya? Falei que ele pode vir aqui quando ele quiser.

– Mas não pode! Os fãs não podem vir aqui.

– E o disco dela quebrou.

– Souta pode vir aqui quando ele quiser, ele não é um fã, você não ouviu o que ele falou? Sou o nii-san dele, então ele tem livre acesso para vir aqui me visitar.

– Ou ME visitar quando ele bem quiser.

– Eba! Ei nii-san, será que posso conhecer os outros da sua banda?

– Claro, vou te levar até eles. Rin venha junto também, não é confiável te deixar sozinha em um mesmo local que a Shibuya-san esteja.

– Não precisava falar, eu já ia por vontade própria, porque não gosto de deixar o Souta com você.

Chegamos na sala e todos estavam lá, tipo todos todos mesmo. To-Ichinose apresentou eles ao Souta e depois Souta se apresentou.

– Rin-chan! Você também veio! Que bom!

– Pensei que só veria você amanhã Rin.

– Pois é Rei-chan e Ran-Ran, eu também achei que viria só amanhã, mas o meu querido pirralho ali insistiu em conhecer onde Ichinose e eu trabalhamos.– Souta me deu língua pelo pirralho.

– E de onde vocês conheceram esse garoto?

– Nós conhecemos Souta em um hospital.

– E os pais dele deixaram ele vir aqui com você?– Shibuya chega se intrometendo nos assuntos alheios.

– Eu... Não tenho pais.– E Souta claro ficou triste em lembrar dos pais.

– Souta é órfão, mas isso vai ser por pouco tempo não é Souta?

– Hai nee-chan!

– Por pouco tempo? Por que?

– Rin ainda não contou para vocês? Ela pretende adotar o Souta.

– Quê?– Ranmaru me olhou surpreso, assim como todos os outros que estavam na sala.

– Pretendo não. Eu vou adotar o Souta e já arrumei toda a papelada com o meu advogado. Por que? Algum problema? Se tiverem podem me falar que eu resolvo na hora.

– Não precisa ficar na defensiva assim coelhinha, nós só ficamos surpresos com a notícia.

– Acho bom que tenha sido só isso mesmo.

– Então! Sou-chan, você sabe cantar?– Ceci-chan se ajoelhou na frente do Souta.

– Sei sim é... Cecil-kun né?

– Hai! Já que você sabe cantar, o que você acha de se divertir um pouco com a gente? Nós estamos cantando nesse... Como é o nome mesmo Haruka?

– Karaokê.– Souta deu uma olhada da Nanami pro Tokiya, depois pra mim e deu um sorriso que não me agradou.

– Isso! Karaokê, nós estamos cantando nele, o que você acha de cantar nele também? Você aceita?

– Aceito!

E foi assim que eles passaram a tarde se divertindo, cantando no karaokê. Eu como não gosto de cantar na frente dos outros preferi ficar quieta no meu lugar, até quando vi a hora e já estava na hora de levar Souta de volta para o Orfanato, se eu não levá-lo agora a Oba-san vai ficar furiosa comigo.

– Souta querido já tá na nossa hora, vamos senão a nee-chan vai se dar mal caso ela não te leve agora.

– Mas você ainda não cantou nee-chan!

– Nem vou cantar. Nós precisamos ir agora Souta, quem sabe na próxima vez tá bom?

– Acho que você não cantou nem nunca vai cantar porque você não sabe, não tem o mínimo dom pra isso. Deve ser um desastre cantando.

– Ai meu Kami-sama... O que eu fiz pra tu me fazer passar por isso meu querido Kami-sama? Olha aqui "querida" Shibuya, eu não canto realmente porque eu não quero, não é que eu não saiba porque se duvidar eu canto melhor do que você, é simplesmente porque não quero e não gosto de cantar na frente dos outros.

– Sério? Pois isso pra mim é papo de quem não sabe cantar e quer pagar de cantora pra não se sair mal na foto.

– Souta vamos logo antes que eu cometa um assassinato.

– Não nee-chan.

– Como?

– Nós não vamos até você cantar e mostrar pra essa mulher ridícula ali que você tem a voz mais linda do mundo!– Souta não gostou da Shibuya pelo jeito, esse é o meu garoto!

– Ahn haha... Souta... Você sabe que eu não consigo cantar nessas circunstâncias não sabe?

– Sei sim, mas sei também que você vai conseguir se quiser! É só esquecer que eles estão aqui nee-chan!

– É tão fácil falar!

– É mais fácil ainda fazer! Anda vem cá!– Souta me puxou pela mão até a tv, me entregou uma cartola preta e um cetro preto que não sei de onde ele arranjou aquelas coisas.– Agora coloque a cartola na cabeça, feche os olhos e deixe a música te levar nee-chan!

Fiz o que ele falou, fechei os olhos e deixei a música tomar conta de mim e me levar. Quando abri meu olhos todos estavam boquiabertos e Souta estava com um sorriso triunfante no rosto. Sim, ele consegui me fazer cantar e pelo jeito dançar também, porque toda vez que eu escuto essa música eu sei muito bem como que eu danço ela.

– É-É então Souta. Vamos agora né? Porque não vou ficar aqui mais nem um minuto.

– Sim nee-chan vamos! Jya ne pra todos vocês e fiquem com a linda lembrança da minha nee-chan dando esse show exclusivo pra vocês, o que ela não faz pra ninguém isso eu garanto!– É garante porque quando ele me viu fazendo isso ele estava escondido.

– So-Souta! Não me deixe mais envergonhada do que eu já estou!

Peguei Souta pelo braço e saí praticamente voando daquela mansão. Eu simplesmente queria enterrar minha cabeça no chão.

Pov Tokiya on:

Não acredito no que vi aqui! Ela realmente cantou? Ryouta Rin cantou pra todas essas pessoas? Souta que poder você tem garoto?

– Hei Ichi! Fecha a boca, enxuga a baba e seque esse sangue do seu nariz! Como você pôde ter nos escondido que a coelhinha era assim? Que voz! Que sensualidade! Te juro que tô pegando fogo aqui com esse show da coelhinha.

– N-Não fale besteira Ren! Eu não tive hemorragia nasal com aquela garota. Fiquei surpreso sim, mas foi somente isso! Eu não escondi nada, eu sabia que ela cantava bem sim, mas não contei para ninguém porque quem deve contar isso é ela. Agora dançar como ela dançou... E-Eu não fazia ideia que ela dançava daquele jeito.

– Gostou né Ichi? Percebi pela sua cara o quanto que você ficou exci...

– N-Não gostei na-nada! Como já falei antes eu fiquei supreso e foi só isso! Agora com licença que vou para o meu quarto!

– Já vai correr pro banheiro né Ichi safadinho!

– Não sou como você Ren!

Voltei para o meu quarto e me joguei na minha cama. Não sei o porque, mas ver a Rin cantando e dançando me deixou... Feliz, estou sorrindo á toa... Eu estou estranho. Não sei por que fiquei vermelho, nem por que estou com o coração acelerado. Eu só sei que gostei do que ouvi, só não gostei porque eles também ouviram e viram o mesmo que eu, principalmente o Kurosaki, esse de todos que estavam lá era o que menos merecia ter visto e ouvido aquele maravilhoso show da Rin. Ainda mais tive que aturar aqueles comentários ridículos do Ren. Nunca pensei que a Rin me deixar assim algum dia. Pela primeira vez eu assumo que senti ciúmes dela, eu espero que essa tenha sido a primeira e última vez que isso aconteça comigo, porque eu não gosto da Rin dessa forma eu gosto dela só como minha amiga não é? Droga! Preciso tomar um banho pra esfriar a minha cabeça senão não vou conseguir dormir hoje.

Pov Tokiya off.


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Notas finais do capítulo

Aeh galera! Finalmente tá aí o capítulo. Espero que você tenham gostado.
Ah e a música que a Rin cantou foi Egoistic do Miyano Mamoru.
Então por hoje é só, até o próximo capítulo!
Bye Bye e kissus do Hiro!



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