Apanhador De Medo escrita por Ju Mikaeltelli, Beatriz Hunter
Notas iniciais do capítulo
Oi seres humanos que habitam a terra, aqui quem fala é a Hunter alienígena ( apelido carinhoso dado por Dylan) Nesse capítulo terá muita ação, então leiam logo u.u Vão se surpreender com o que vai acontecer. Estou aguardando nas notas finais.
A noite se estendeu por mais algumas horas antes de Rebecca ter a oportunidade de ir até o escritório, teria que ser rápida. Vigiara Joel e Carmen por toda noite e a todo o momento eles permaneceram no gramado socializando, sem mais reuniões. Seus olhos não capturaram Fraülin após a conversa que ouviu, talvez ele não fosse muito festeiro. Tentou não pensar no pior, em Fraülin adentrando a mansão de Azazel executando um massacre. Quando pusesse os pés na casa já era tarde demais. O pensamento fez seus pelos se eriçarem, e estremeceu.
– Rebecca. – Chester a chamou. – Você parece dispersa, tem alguma coisa te preocupando?
– Não – mentiu. – Estou bem. – um sorriso falso.
Rebecca estava prestes a decidir voltar pra casa e ver com os próprios olhos se os meninos estavam bem. Quando a espalhafatosa Abbie subiu no palco novamente, Chester pediu licença e foi para perto do palco, era hora dos discursos. Troy olhou para Becca parada a certa distancia dele, segurava sua décima taça de champagne. Ela olhou para ele e depois deu as costas para a festa se apressando para entrar na casa.
Ela se concentrou para achar o escritório, quando chegou à porta constatou que Joel tinha mudado os métodos de segurança depois da invasão de Joshua. O mesmo esquema de segurança da porta que levava ao porão de Azazel, mas com dígitos numéricos, quatro números. Rebecca olhou para os dois lados e escutou por alguns segundos pra ver se alguém se aproximava. Abriu sua bolsa e tirou pó compacto dela, por sorte havia o levado àquela noite. Espalhou o pó compacto pelos números revelando as digitais em cima de alguns. Tentou algumas combinações antes da porta destrancar. Adentrou o escritório e fechou a porta.
Começou a vasculhar as gavetas primeiro, estava cheias de papeis ligados a empreiteira da família. Papéis inúteis. Em cima da mesa de madeira de lei estava um notebook. Rebecca ligou o notebook, obviamente protegido por senha, tentou a mesma senha da porta, mas sem sucesso.
– Sua filha é encantadora. – era a voz de Troy aproximando-se da porta, estava nitidamente tenso. Rebecca rapidamente foi até a janela, mas elas estavam fechadas por cadeados.
– Droga! – ela esbraveja e parte para o plano B, se posiciona na frente da porta, mas antes pegou o notebook que não cabia na bolsa, se era pra ser pega que fosse levando algo que pudesse ajuda-los em algo. Respirou fundo e esperou.
– Nós precisamos conversar antes que seja parte dessa família. – ela o ouviu digitando os números e se pôs em posição de ataque. Quando abriu a porta foi surpreendido com um chute de Rebecca que o jogou contra a parede, derrubando um dos quadros no corredor.
– Segure isso. – disse entregando o notebook para Troy, Joel se levantou rapidamente para atacar Rebecca de volta que desviou de um soco elegantemente. – Você está um pouco enferrujado. – e quebrou-lhe o pescoço.
– Você é louca, por que fez isso? – perguntou Troy desesperadamente.
– Ele é um vampiro. – deu de ombros e pegou o notebook de volta das mãos do loiro. – Não fique parado aí, vamos.
– O quê? Não, eu tenho que voltar pra festa, a Abbie... – Rebecca revirou os olhos.
– Nosso disfarce acabou de ser destruído. – disse o puxando para a saída. – Haja naturalmente. – sussurrou enquanto passavam pelo hall de entrada.
– Para onde você vai agora? – perguntou Troy quando estavam do lado de fora.
– Voltar para a casa de Azazel. Eu te convidaria para ficar conosco, mas não acho que Azazel vai gostar de mais um hospede.
– Entendo. – ele se aproxima para lhe dar um beijo na testa. – Acho que é melhor eu voltar para a Alemanha. Cuide-se Becca.
– Cuide-se Troy. Obrigada. – diz e vira as costas indo em direção ao carro. Ela acenou para o amigo antes de sair porta afora da propriedade dos Powell. Tinha iniciado uma guerra e sabia disso.
O caminho para a casa de Azazel foi tenso nos pensamentos de Rebecca, mas quando chegou a casa tinha certeza que não havia sido seguida. Ela estacionou o carro e saiu dele segurando o notebook em uma mão e a bolsa na outra. Andando até a porta olhou para trás uma ultima vez antes de girar a maçaneta. Não demorou muito para os três homens da casa viessem checar o que Rebecca tinha para contar. Eles se reuniram na sala de estar no aconchego da lareira.
– Você roubou o notebook do Joel? – Josh disse com a voz alterada. Ele deu as costas para ela levando as mãos ao cabelo. – Não deveríamos ter confiado essa missão a você.
– Eu já estava ferrada. Tinha que levar alguma vantagem. – diz ela. – Quebrei o pescoço dele e fugi.
Joshua ficou calado. Dessa vez foi Francis que falou.
– Como conseguiu fazer tudo isso sozinha?
– Eu não estava sozinha. – Azazel prestava atenção ao que ela falava. – Eu tinha Troy.
– O quê? Você envolveu outra pessoa nisso? – Joshua se virou e foi pra cima dela, a empurrando na parede e segurando seu pescoço como fez na noite que se conheceram. – Você iniciou uma guerra! Sua estupida.
Foi preciso Azazel e Francis para afastá-lo dela.
– Eu não sou estupida seu bastardo! – segurou-se para não pular em cima dele e quebrar o seu pescoço também.
– Agora eles vão vir atrás da gente e a culpa é sua! – continuou gritando.
– Está com medo? – ela sorriu de lado.
– Não me provoque. – rosnou.
– Calma gatinho, calma. – diz.
Depois dos ânimos acalmados na sala de estar, Rebecca contou do inicio tudo que aconteceu na festa, inclusive da conversa de Fraülin com os pais de Chester. O que lhes restava fazer era sentar e esperar, e estar preparados. O que não sabiam era que a espera ia demorar tão pouco. Àquela hora a casa estava silenciosa, Francis e Joshua dormiam no andar de cima enquanto Rebecca instalava um programa para quebrar a senha do notebook. Azazel desceu as escadas e a encontrou sentada no banco em frente à bancada na cozinha, ele sentou e permaneceu em silencio.
– Você acha que eu fiz bem em ter roubado o notebook? – ela perguntou depois de alguns minutos de silencio. Agora faltava pouco para acessar o notebook. Apoiou a cabeça na mão olhando para Azazel que por sua vez olhava para frente.
– Sim. – foi breve e se virou para ela. – O que o Troy estava fazendo lá?
– Investigando seus passos. – ajeitou-se no banco. – Ele não vai contar nada a Max. – disse com certeza.
– E como vai ficar você e Chester agora que é uma traidora?
– Ele é um bom amigo. Espero que entenda, algum dia. – diz.
Uma batida brusca na porta da frente os faz se levantar ao mesmo tempo. Eles se entreolham.
– Fique atrás de mim. – diz a ela, que assente enquanto ele anda em direção à porta. Quando Azazel abre a porta, Rebecca sai de trás dele.
– Chester? - estranha a presença dele ali e fica tensa, agora estava à frente de Azazel.
– Você está trabalhando com o Joshua não é? – pergunta e olha para o Azazel. – Vocês dois. Você quebrou o pescoço do meu pai Rebecca. – disse entre dentes.
– Eu sinto muito. – foi só o que ela conseguiu pensar em dizer.
– Não, eu sinto muito. – disse com uma expressão de dor no rosto. Fraülin apareceu de trás de uma arvore.
– Chester, o que você fez? – Rebecca olhou-o aterrorizada.
– Rebecca, corra lá pra cima e pegue a estaca. – disse segurando os ombros dela. Quando subiu encontrou Francis e Joshua no topo, que olhavam para o caçador parado em frente à porta da casa, face a face com Azazel. Ofegante Rebecca correu até um quarto desativado da casa e retirou de um pano enrolado uma estaca de madeira perfeitamente esculpida.
No andar de baixo Fraülin já havia nocauteado os três parceiros de Rebecca, e Chester olhava os corpos ainda com vida dos três, a ordem era mantê-los vivos. Rebecca observou a cena e pulou em cima do homem alto e forte que era o caçador e ele em um movimento rápido a puxou por cima da cabeça enquanto ela tentava pôr a estaca em seu coração. No movimento ele arranhou seu rosto, fazendo um filete de sangue aparecer em sua bochecha.
– Rebecca! – Chester gritou quando Fraülin derrubou Rebecca no chão.
– O que você pensa que pode fazer comigo? – ele disse após deferir um soco em seu rosto, agora tirando sangue de seu nariz. Chester apertou os punhos.
– Você não acreditaria. – diz Rebecca não perdendo o sarcasmo.
– Tente. – Fraülin disse entre dentes.
– Olhe meu ombro direito. – e ele o fez. Seus olhos se arregalaram, e Rebecca sorriu, ele chegou até a afrouxar a mão em seu pescoço, mas se recompôs e apertou ainda mais.
– Você não vai poder fazer nada se estiver morta. – apertou ainda mais. Rebecca estava quase sufocando quando Chester gritou:
– Solte-a! – disse puxando Fraülin, suas presas apareceram e o segurou pelo pescoço na parede. Rebecca tossia tentando achar o ar. Não demorou muito para o caçador se livrar das mãos de Chester e o pôr no chão.
– Não tem nenhuma ordem restringindo a morte dela, acho até que Joel vai gostar se quebrar seu pescoço. – ele se aproximou de Rebecca novamente e a ergueu do chão pelo pescoço.
– Não! – Chester gritou arremessando um pedaço da madeira de uma escrivaninha quebrada durante a briga, acertando em cheio o ombro de Fraülin que soltou Rebecca na mesma hora.
Aproveitando a sua ultima oportunidade de apunhalar Fraülin, Rebecca pegou em mãos a estaca de madeira perfeita e com o sangue borbulhando de raiva, enterrou a estaca de madeira no caçador e segurando em seus ombros viu seus olhos gradativamente perder a vida e cair no chão que antes estava caída. Com a expressão dura encarou Chester ainda decidindo se devia sentir raiva dele.
Não quer ver anúncios?
Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!
Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Gostou? Sim né. Então não se reprima! Comente e conte tudo, se gostou ou não do capítulo. Já estão ansiosos para o próximo, eu sei u.u Não esqueça: Alienígenas te vigiam enquanto dorme! Abraço da Hunter.