Apanhador De Medo escrita por Ju Mikaeltelli, Beatriz Hunter


Capítulo 10
Joshua Powell


Notas iniciais do capítulo

Olá! Meu nome é Beatriz, sou a co-autora da história. É a primeira vez que posto um capítulo pra vocês, então espero que gostem. Bom nesse capítulo vocês vão conhecer um pouco sobre a história do personagem misterioso e frio: Joshua Powell. Um personagem muito intrigante, mas que vocês vão adorar. Quero dedicar esse capitulo, com grande prazer aliás, a nossa leitora mais nova e fofa, que já conquistou um lugar nos nossos corações. Esse capitulo é dedicado a você, Caroline Lima. Esperamos que goste! Boa leitura!



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Seis anos atrás

Londres, Inglaterra

Joshua estava perto de completar 17 anos – idade que um bebê meio-vampiro para de envelhecer – quando Carmen decidiu por conta própria que aquela data merecia uma grande comemoração na imensa propriedade que pertencia aos Powell há muitos séculos. Carmen o tratava como um de seus filhos quando chegou a família, ainda na Alemanha, ele segurava o polegar de Joel, tentando se esconder atrás da perna dele, os olhos assustados encarando os irmãos Chester e Abbie, que no inicio ficaram receosos a receber uma criança vampiro na família. Josh era órfão, foi o que disse Joel a família, e a mãe morrera em seu parto.

A criança cresceu desconfiada de sua origem, o que sua família não sabia era que haviam criado um vampiro muito mais ardiloso que nenhum deles era com centenas de anos.

– Josh! – Abbie entrou no quarto sem bater como era usual, o irmão continuou pintando o quadro, suas mãos eram firmes pintando cada detalhe da pintura. A noite já havia caído, ele havia passado toda a tarde ali. – Nós estamos indo ao SoHo, você quer vir? – ela se aproximou, observou a pintura, mas não comentou nada sobre ela.

– Não. – foi direto, queria voltar logo a se concentrar na pintura.

– Te vejo mais tarde. – ela disse afobada lhe dando um beijo na bochecha saindo porta a fora tão rapidamente como entrou. Joshua revirou os olhos, ela se animava com coisas tão fúteis como ir beber no SoHo.

Ele escreveu suas iniciais em um canto do quadro quando passava das sete, o quadro estava finalizado depois de horas de trabalho, contemplou o seu trabalho por um minuto, largou o pincel de lado e lavou as mãos. Ao sair para o corredor percebeu o silencio que pairava sobre a mansão, andou em direção as escadas, que desceu vagorosamente e quando percebeu estava encarando a porta do escritório de seu pai, área proibida desde quando era criança. Girou a maçaneta e como esperava, estava trancada.

– Charlotte. – ele parou a menina de 10 anos no corredor. Ela olhava para ele um pouco assustada, ele não era muito de falar com ela, sabia o quanto ele era cruel com as empregadas. E sua mãe era uma. – Querida... Você sabe onde guardam a chave do escritório não é?

– Sim... – diz ela com a voz trêmula, ele sorri. – Mas minha mãe disse que é um lugar proibido.

– Mas eu sou o filho dele, então ele não vai se importar, você poderia pegá-la pra mim? – apertou os ombros dela, abaixando um pouco para olhá-la de perto. Ela assentiu apavorada e se apressou, correndo em direção a cozinha.

Joshua cruzou os braços esperando a criança, e ela voltou tão rápido quanto foi, parou na frente do garoto de olhos azuis e largou a chave na mão dele.

– Obrigado criança. – ele sorriu e se virou para abrir o escritório.

“Eu não sou criança.” Charlotte pensou, e deu as costas tomando o rumo para o quarto.

Joshua nunca tivera ficado no escritório muito tempo para observar os detalhes. E não tinha tempo para fazê-lo agora, fechou a porta e deixou a chave lá. Apressado abriu as gavetas procurando algo entre os papeis algo que lhe fosse interessante, puxou do meio de pilhas de papeis um envelope datado há mais de vinte anos atrás, destinado a Joel. O nome da remetente, Karol, lhe causou arrepios, era o nome que ouvia em seus sonhos com uma mulher de cabelos castanhos e cheiro de morango.

“Alemanha, Outubro de 1992.

Caro Joel,

Eu ouvi noticias de que está partindo para a Inglaterra em breve. Por isso peço, por favor, leve Joshua com você. Ivan está de volta e desconfiado de minhas saídas, tive que suspender minhas visitas ao orfanato. Estou aterrorizada só de pensar que Ivan pode descobrir sobre ele no orfanato. E nós sabemos que isso não afetaria apenas a mim, mas a você também. Sei do seu segredo e irei contar a Ivan, não importam as consequências. Nunca quis fazer parte disso, mas preciso zelar pela segurança do nosso filho.

Eu sei que Carmen zela também pela segurança da imagem de sua família. “Imagem é tudo” Não é o que ela costuma dizer?

Espero que entenda a causa que defendo aqui. Eu sei que você não é de todo o mal. Tome conta do pequeno Josh.

Grata,

Karol. “

Ele pousou a carta na mesa do escritório, a folha delicada e a letra igualmente, olhou para a porta com lágrimas presas nos olhos. Olhou para Joel, ele era seu pai afinal. Olhou para a mulher loira que agora tinha os olhos um pouco arregalados.

– Você é idiota? Por que guarda isso no escritório? – ela se virou para Joel soltando fumaça pelos ouvidos.

– O que aconteceu com a minha mãe? – Joshua perguntou, com um tom um pouco alto.

– Joshua, eu sou sua mãe. – Carmen disse se fingindo de afetada.

– Você é uma mentirosa estupida, zeladora da boa imagem. – ela fechou a cara. – O que aconteceu, papai? – diz ele sarcástico.

– Não fale assim com a sua mãe Joshua. – Joshua fechou os olhos.

– Ela não é minha mãe! – ele estourou. – Minha mãe é Karol, e o quero saber o que aconteceu com ela.

– Ela nunca foi sua mãe! Ela te abandonou em um orfanato. – Carmen aumentou o tom de voz.

– Não era exatamente o que você fazia quando havia alguma viagem “importante”, me abandonava com a babá? – ele se aproximou. – Cale a boca. – como resposta ele recebeu um tapa na cara. No outro minuto estava apertando o pescoço da mulher.

– Joshua! Largue ela! – Joel lhe puxou, o jogando longe. – Saia daqui!

– Eu vou, mas não vou voltar. – ele começou a sair, mas como num estalo, ele voltou em sua velocidade sobrenatural e segurou o pescoço de Joel com as duas mãos, quebrando-o. Não dando chance de Carmen ter uma reação, a segurou pelo pescoço novamente. – Eu não vou voltar até descobrir todos os segredos dessa família. – ameaçou, apertando sua mão no pescoço da mulher com os olhos arregalados.

– Você é um monstro. – conseguiu falar antes de ele quebrar seu pescoço também. Tirariam uma soneca por um tempo.

– Isso eu aprendi com você. – disse olhando o corpo dela estirado no chão.

Tempos atuais

Londres, Inglaterra.

– Devia tê-la matado quando teve chance. – Azazel disse sentado à poltrona. Rebecca estava sentada ao lado de Joshua, com as pernas cruzadas, atenta a todos os detalhes da história.

– E perder o prazer de assisti-la vendo todos os segredos da família Powell descobertos? Não. Eu estou quase lá. – ele relaxou no sofá e olhou a mulher ao seu lado. – E você, qual a sua história? Azazel não é bem do tipo que vive histórias de amor.

– Eu não vou fazer isso. Nós não estamos contando histórias ao redor da fogueira. – ela se levantou e deu passos determinados em direção à escada.

– Garota difícil. Como conseguiu dominá-la? – perguntou ao irmão.

– Eu não consegui. – Azazel sorriu de lado.

– Aposto que eu consigo. – Joshua o testou.

– Boa sorte. – Azazel levantou o copo com bebida.


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Notas finais do capítulo

Bom espero que vocês tenham gostado. Então deixe um comentário, gostamos de saber a opinião dos leitores (: Fiquem com os aliens, e não se esqueçam: Permaneçam dentro do circulo de sal! Abraços Bia (: