Minha Namorada de Mentira escrita por TamY


Capítulo 42
perdida nas lembranças.


Notas iniciais do capítulo

espero que gostem e entendam! :D
boa leitura.



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## 1 ano Antes ##

— Você não pode me deixar aqui! Paulina implorou a Douglas. – não pode, por favor!

— Tenho que me decidir sobre o que fazer com você! Disse Douglas a olhando ajoelhada a sua frente. Em seu semblante demonstrava total indiferença as suplicas de Paulina.

— por favor... eu imploro que deixe que eu vá para casa! Pediu em lagrimas. – nunca irei te prejudicar, você pode fugir e começar de novo em outro lugar! Sugeriu.

— você ainda não compreendeu que não existe recomeço para mim! Disse calmamente.

As esperanças de Paulina de conseguir escapar a cada dia que passava trancada naquele porão imundo desaparecia, Douglas a mantinha ali dia e noite, mal se alimentava, e pensava que acabaria louca que ficasse mais um dia presa naquele lugar.

Eram raras as visitas de Douglas, ele aparecia apenas para alimentá-la e depois ia embora a deixando trancada. Paulina não fazia idéia de onde estavam, sabia apenas que se tratava de uma casa no meio da floresta. Não existiam janelas e a única saída era pela porta onde Douglas mantinha fechada a cadeados e trancas, Douglas tinha esse lugar pronto, era seu plano B... sua intenção nunca foi sair do pais, foi apenas uma distração.

Nos primeiros dias Paulina gritou a plenos pulmões na vã esperança de que alguém pudesse escutá-la... ninguém a ouviu. Paulina gritou por dias e noites ate não ter mais voz. Ate esta fraca demais para se manter de pé. Passou fome e frio, teve medo.

E chegou ao extremo de pensar em tirar sua própria vida, mas sempre que esse pensamento vinha a sua mente lembrava-se do ser inocente que mesmo sobre as péssimas condições lutava para vir ao mundo. Passaram-se semanas e as esperanças de Paulina se foram completamente.

Paulina ficava deitada, tentando guardar o pouco de energia que lhe restava para seu bebe... tomou a água imundo de uma poça do chão... e então nesse ponto perdeu a noção de quanto tempo estava ali. Uma semana? Um mês? Meses? Não mais sabia

Seu bebê crescia em seu ventre... e ali naquele colchão sujo ele nasceu... uma menina, com a pele rosada... paulina naquele momento teve medo por seu bebê. Enquanto ele estava em seu ventre tinha sua proteção, mas é agora? Paulina acabou desmaiada por dias depois do nascimento de sua filha os poucos momentos de consciência que teve ouviu seu bebe chorar... sem força para levantar e cuidar dele acabava desmaiando novamente.. e um dia ele simplesmente não chorou mais.

— não pode morrer agora! Sussurou para o nada se abrigando a não desmaiar novamente.  – não morra meu amor! Pediu enquanto olhava seu bebe  já fraco.

Paulina obrigou-se a sentar-se e levar seu bebe ao peito e pediu a deus que tivesse leite para alimentar sua filha e suas lagrimas vieram quando sua bebê sugou seu seio cheio de fome... mesmo fraco ele ainda se agarrava a vida... era uma guerreira.

— isso minha linda... fique com a mamãe! Dizia Paulina enquanto olhava sua bebê.

Paulina se assustou com o som da porta de metal se abrindo e sentiu um frio na espinha. Douglas poderia separá-la de sua bebê.  Talvez Paulina devesse deixar que Douglas levasse sua bebe e a deixasse em algum lugar onde alguém poderia encontrá-la, mas era muito arriscado, um bebê abandonado poderia chamar a atenção da policia e Douglas não era bobo, demonstrou ser bem esperto quando passou a policia para trás a fazendo pensar que tentaria sair do pais. Era muito arriscado e Paulina decidiu que era ariscado, mas sua filha tinha que continuar ali.

— não podemos ficar com essa... coisa... Douglas disse quando finalmente apareceu para levar algo para paulina comer depois de dias sem aparecer para alimentá-la.

— d-douglas... por favor... por favor... não... não a leve! Implorou em lagrimas. – deixe-a comigo!

Douglas permaneceu em silencio por alguns instantes olhando a pequena nos braços de paulina ela quase não se movia e estava muito abaixo do peso para uma bebê recém nascida.

 - você pode ficar com ela! Disse Douglas lhe sorrindo de canto.

Paulina respirou aliviada.

— ela não vai durar muito tempo mesmo! Disse rindo enquanto saia deixando paulina mais uma vez sozinha.

## dias atuais. ( 1 ano depois) ##

Carlos Daniel chegou o mais rápido que pode na mansão bracho e entrou feito um furação buscando por sua avó piedade.

— vovó! Chamou .

— estou aqui meu neto! Gritou a vovó piedade da sala.

Carlos Daniel correu ate a sala, mas quando seus olhos encontraram olhos verdes... seu coração parou.

Carlos Daniel estancou no lugar sem poder acreditar em seus olhos... seu desespero por encontrar sua paulina estava criando alucinações, pensava enquanto olhava sua amada ali, em sua casa.

— P-paulina! Disse Carlos Daniel surpreso, rapidamente seus olhos encheram-se de lagrimas.

Paulina não se moveu do lugar... seu olhar parecia vazio, seu rosto não demonstrava emoção nenhuma.

Carlos Daniel correu ate sua amada a abraçando enquanto as lagrimas desciam molhando seu rosto. Dona piedade assistia a cena emocionada e ao mesmo tempo com o coração em pedaços. Não podia deixar de pensar se seu neto estava preparado para o que viria agora e olhando para Paulina se perguntava quais horrores havia passado nas mãos daquele psicopata do Douglas.

Carlos Daniel ficou abraçado a paulina por longos minutos, paulina não retribuiu o abraço, nem ao menos se moveu, sua mente parecia longe dali. Seus olhos perderam o brilho da vida.

— não posso acreditar que voltou para mim, minha vida! Sussurrou Carlos Daniel lhe beijando o rosto de forma carinhosa. – você esta aqui! Disse sorrindo em meio as lagrimas enquanto segurava suas mãos a beijando carinhosamente.

— Carlos Daniel, meu neto! Chamou dona piedade tentando fazer o neto vê que Paulina não parecia nada bem.  – acho melhor levarmos a Paulina a um hospital... ela não me parece bem! Disse dona piedade colocando a mão no ombro do neto para que ele a olhasse.

So então Carlos Daniel se deu conta de que Aquela ali em sua frente não era sua Paulina, pelo menos não a que ela foi um dia.

Toda felicidade de Carlos Daniel caiu por terra... e então algo lhe veio a mente, já se passou 1 ano e provavelmente seu bebe já nasceu, mas onde ele estava pensou olhando a sua volta em busca de seu filho, sentiu seu coração se afundar...  

— nosso bebê! Disse Carlos Daniel olhando Paulina. – você perdeu? Perguntou a olhando com pesar.

Pela primeira vez desde que se encontraram paulina realmente olhou para Carlos Daniel e o viu e seus olhos marejaram.

### 1 ano antes. ####

Paulina mal conseguia pregar os olhos a noite, ficava verificando se sua bebê estava respirando, o seu leite mal dava para matar a fome da bebê... a comida que Douglas levava mal dava para matar sua própria fome, estava fraca, e por diversas vezes teve medo de perdê-la.  

— o papai vai nos encontrar logo minha filinha! Dizia Paulina olhando seu bebezinho que a cada dia estava mais e mais fraquinho.  

“ meu amor... onde esta você? “ se perguntava paulina no auge do seu desespero.

Meses se passaram... e finalmente sua bebe chegou ao seu limite... Paulina permanecia sentada com sua bebe em seus braços... ele estava morrendo. Paulina sabia disse. Sentia que logo a perderia.

— o papai vem nos busca! Disse Paulina olhando sua bebê. – ele vem! Repetiu esperando que isso talvez a fizesse lutar mais um pouco. –por favor, não morra! Pediu.

Aquela manha paulina passou o dia abraçada ao corpinho quase sem vida de sua bebe, chorando, rezando para que deus permitisse que sua bebê sobrevivesse... não poderia viver sem ela, a amava mais que tudo, faria tudo, daria sua vida pela de sua bebê.

— já chega! Disse Douglas arrancando a bebê dos braços de Paulina.

Paulina nem ao menos o notou entrar... sua dor era tanta que quando sentiu sua filha ser arrancada de seus braços mesmo sem forças voou em Douglas tentando recuperar sua bebe.

— se fizer isso novamente acabo com o sofrimento dela aqui, na sua frente! Ameaçou.

Paulina caiu em choro... esse era o fim. Acabou.

Paulina chorou desesperadamente enquanto via Douglas se afastar com sua bebe... Paulina gritou, chorou... de toda tortura, aquela estava a matando em vida. Como poderia continuar lutando sem ter sua filha para lhe dar a força que precisava...

Paulina chorou ate suas lagrimas secarem... e quando se fez silencio sabia que agora não tinha mais porque lutar. Acabou.

Douglas venceu... ele tinha ganhado. A matou da forma mais perversa que poderia ter feito. Conseguiu sua vingança.

E depois de chorar veio o riso. Sim, Paulina riu de tudo aquilo... foi um riso sem graça alguma, um riso irônico. Tinha a matado.

— VOCÊ VENCEU! Gritou ainda rindo. – ele venceu! Completou rendida.  

E novamente fez-se silencio. E então sua mente desligou-se da realidade e Paulina começou a ninar seu bebê imaginário. Ali sua mente tinha ido descansar em algum canto escuro em sua cabeça.

Passaram-se dias... e a cada dia Paulina estava pior, não se alimentava mais e via sua bebê em toda parte. E mesmo estando naquele lugar horrível travava conversas imaginarias com sua filha morta.

— PAULINA! Gritou Douglas tentando trazê-la a realidade.

Paulina o olhou com a testa franzida, piscou os olhos algumas vezes e então caiu em um riso angustiante.

— Veio ver minha filinha? Perguntou Paulina rindo enquanto balançava um bebê que somente ela via. – já escolhi seu nome... dizia animadamente. – quer saber qual nome dei a ela? Perguntou olhando Douglas.

 Douglas nada respondeu.

— o nome dela é ... Michelli! Disse Paulina sorrindo enquanto olhava o vazio. – em homenagem ao seu Padrinho Michel! Completou sorrindo com a lembrança de seu amigo.

Douglas a olhava espantado, Paulina tinha perdido a razão, talvez tivesse chegado o momento de acabar com tudo aquilo, pensava enquanto a via levantar-se enquanto ninava sua bebe imaginaria e se aproximava dele.

Douglas a olhava com espanto. Tinha ido longe demais e precisava dar um fim a tudo isso.

Paulina parou a seu lado, em seu rosto tinha um sorriso insano...

— esta na hora? Não esta? Perguntou Douglas mais para si do que Para paulina, sabia que ali não era mais ela.

Douglas acenou em positivo respondendo a sua própria pergunta e virou-se com a intenção de ir embora... mal deu 5 passos quando sentiu uma dor imensa em suas costas.

Virou-se colocando a mão no abdômen, mal podia acreditar... Paulina o tinha apunhalado pelas costas.

Douglas caiu no chão com uma estaca de madeira clavada em suas costas, o sangue rapidamente manchou suas roupas e o chão misturando-se a água imunda que se acumulava no chão.

Paulina permanecia em pé o olhando agonizar com a dor... seu rosto não demonstrava emoção nenhuma... mas seus olhos não desviaram nem por um instante daquela cena.

## Dias atuais ##

— eu o matei!  Disse em tom gélido. – matei Douglas Maldonado! Completou enquanto um pequeno sorriso crescia em seus lábio e esse sorriso logo se transformou em risos descontrolados.

Foi a primeira coisa que Paulina disse desde que pós os pés na mansão bracho. Dona piedade e Carlos Daniel olharam Paulina com espanto.


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Notas finais do capítulo

O que acharam?
no proximo capitulo tudo estará mais detalhado... essas são apenas lembranças de paulina.
comentem!
bjus
TamY