Finnick me acordou,e tenho a pequena impressão que nós fomos os primeiros a realizar o tal ato.

–Hoje serão as individuais.Você tem que usar todas as armas que tem domínio Lisa.Use principalmente os machados e as facas.Não use o tridente,você mostrará seus talentos com ele na arena,e se não consegui-lo na cornucópia,tenho certeza que algum de seus patrocinadores enviará-o para você.Pegue pelo menos três embalagens de facas e use todo o conteúdo de cada um em sua apresentação.espadas serão um ótimo talento se você quiser mostra-lo,mas ,se quiser tratar as espadas como tridentes,tudo bem,mas apresente alguma coisa impressionante,você acha que consegue ?

–Meu filho,quando eu não conseguir fazer isso,vou estar morta ,viu amoreco.-Ele ODEIA quando eu chamo ele de amoreco,e eu faço isso quase sempre-Acho melhor mostrar meus dotes com a espada na apresentação,os outros tributos já me viram lutando mesmo,não vai fazer diferença nenhuma.

Assim que me troquei,eu e Kurt nos dirigimos ao elevador,fomos levados por pacificadores a uma sala com muitas cadeiras.Sento-me do lado de Kurt,e ele resolve ficar calado.Não me oponho a idéia dele.Silêncio pode ser um ótimo remédio,para a dor de perder alguém,ou sua própria vida.Ele sabia.sabia que faria qualquer coisa para ganhar aquilo,voltar para casa e tentar viver uma vida normal,mesmo tendo tudo mudado pela droga de jogos,que apenas para a Capital é benéfico.

–Distrito Quatro:Lisa Crusher -chama uma voz robótica,que é seguida de aplausos dos outros tributos.Estou começando a sentir que tem alguma conspiração contra mim,nos sorrisos de lado que Kurt me dá,Laura me seguindo durante os treinamentos e Nick,o menino do sete,requisitando uma aliança.Cara,ninguém tão bom assim com o machado ia precisar de outra pessoa incrível com machados.

Conforme eu andava,os aplauso pareciam mais altos,uma gargalhada de Poison me deixou assustada,e foi aí que percebí:Eles estavam tentando me deixar com medo das individuais.Queriam me deixar com uma nota mínima,para não conseguir patrocinadores.Eis que fiz o meu gesto clássico,mas em dobro.Ao invés de mostrar apenas um,mostrei os dois,e em formato de cruz,como aquelas que ficam em caixões.Eles entenderam.Dei um riso de lado,e me virei.Continuei andando ,até entrar na sala,onde ví Maximus,o idealizador dos Jogos deste ano,a 68° edição dos Jogos.

Fui direto a estação de machados,onde passarei maior parte de meu tempo.O primeiro machado,agarro,e começo a transformar o robô em um pequeno trapo.Reduzí o mesmo á um pedaço de metal que um dia já fora um robô.O segundo machado,uso como hélice.O robô tenta me atacar com sua pequena espada,mas acaba a quebrando,por bater em meu machado,girando.Como o robô não avança,ataco o mesmo ,com muita força em seu ombro,e removo o mesmo ,agora cravando o mesmo em sua barriga.Pego uma pequena faca,e escrevo Poison,o nome da menina que começou a rir de mim no corredor em sua testa.

Vou para a estação de facas ,e começo a joga-las sem mesmo olhar ao alvo.Acertei todas em pontos fatais para qualquer ser humano.Fiz uma rede,e joguei todos os bonecos que eu já havia matado,e nomeei todos eles.Vinte e três ao todo.Faltava um.Kurt.

Peguei um boneco,deitei-o no chão,e comecei a cantar.Fiz pequenos cortes por todo o seu corpo,deixando sua face sem nada.A cada verso,um corte.Quando o boneco estava cheio de cortes,peguei facas bem pequenas,e apunhalei-o várias vezes.No lugar de seu coração,fiz um corte em formato de nuvem,e removí uma engrenagem.Acho que aquela peça era crucial para o robô,assim como o coração seria para Kurt.

Levantei-me,segurando a pequena engrenagem,beijei-a,e a joguei na direção dos idealizadores.Na direção de Máximus.Sorrí de canto,e coloquei o corpo do robô na rede que tinha feito,e a joguei para cima,gritando:

–Felizes?Fiz até um aerodeslizador!Facilita a remoção de corpos mortos da arena!Sabe de outra coisa que facilitaria isso?Não ter essa droga de arena,daí,não teriam de remover os corpos sem vida da arena.Vocês critícam tanto a sociedade que veio antes de nós,mas pelo menos,eles não tinha estes Jogos doentios.Isso que eu penso:DOENTIOS.

Fiz uma reverência,e saí pela porta de entrada,ignorando as instruções dos pacificadores na porta de saída.

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Enquanto víaos as notas,comemorávamos as baixas e lamentávamos as altas.Tenho certeza que o povo da Capital fazia exatamente o contrário.Laura,8.Nota baixa para uma carreirista,mas alta para qualquer outro tributo.Kurt,6.Foi uma nota até razoável para uma pessoa que nunca treinou na vida.

Agora,o momento que nós mais esperávamos:minha nota.Quando Claudius falou meu nome,o fez com voz de nojo,mas a curiosidade não deixava eu me preocupar.Quando Claudius terminou de falar nota,meu coração já estáva acelerado.Mais que tudo,eu queria tiram uma nota alta,e esfregar na cara dos tributos que acharam que conseguiriam me deixar com medo.12.Não acredito.D-O-Z-E!

Kandi e Kurt me abraçaram muito forte,e Finnick me segurou no colo.Entrelacei minhas pernas em sua cintura,nos virei,e nos jogamos no sofá.Finnick me beijou.Rápidamente,ao perceber aonde estávamos.

–Vocês dois não viram nada,entenderam?-Disse,tentando parecer assustadora,já que agora havia acabado de tiram um doze.Caralho,um doze!

Logo que as sessões acabaram,fomos para o quarto.Eu digo fomos,porque Finn me seguiu.Isso é o que ele faz,ele segue.Mais específicamente,ele me segue.

Eu me joguei na cama,e Finnick foi ao meu lado.Ao remover minhas roupas,percebí que eu estáva diferente,tinha me mudado.Eu parecia mais um daqueles tributos do dois,que desde pequenos treinam para matar.Naquele momento,não havia mais ninguém,além de mim,que eu gostaria de matar.Porque é isso que eu sou,é isso que eu faço.Eu sou uma avalanche.Saio destruindo tudo que encontro.Meu irmão era o único(antes de Finn,lógico)que entendia isso,pois,como eu,ele também deixava seu rastro de destruição.Até ir para a maldita arena,e morrer por ser traído por seus aliados.Trair.Eu não sei porque,mas esta palavra fica na minha cabeça um tempo,antes de ser completamente digerida pelos outros problemas que eu ainda tinha de resolver.