Funny Moment escrita por Hiratsuka Mi
Notas iniciais do capítulo
Yo minna-san! Mais uma fic minha! E, dessa vez, de FMA! Espero que gostem!
Estava em meu quarto fazendo mais um automail. O dia estava nublado, tudo cinza lá fora. Isso desanima um pouco. Mesmo com a preguiça que fiquei depois do almoço, fui aperfeiçoar meu novo projeto.
Não tem jeito, não tenho escolha a não ser fazer algo super forte para o nanico do Ed não quebrar! Estou farta de ter que consertar minhas obras primas, tudo porque ele é desastrado!
Fiquei até de noite tentando arranjar um jeito de deixar essa prótese mais forte mas, pelo visto, terei de consertar aquele automail muitas e muitas vezes ainda. Não alcancei resultado algum.
Desanimada e com meus olhos pesando, acabei adormecendo em cima dos papéis desse novo projeto.
Narrador POV’s
Não muito longe da pacata Resembool, uma pessoa acompanhada de uma armadura andavam lentamente. O menor parecia cansado, suava muito e estava um pouco ferido. A armadura estava inteira, porém, com alguns amassados na região dos braços e do que seria o estômago.
- Droga, tínhamos que assustar aqueles cachorros… Nii-san, nunca mais eu te ajudo em nada! - A armadura reclamou, de braços cruzados.
- Não tenho culpa se aqueles sarnentos roubaram meu relógio! Sabe que isso é importante, não é? - O menor retrucou, de braços cruzados e cara amarrada.
- Eu sei mas, olha só o nosso estado! Isso tudo porque você é descuidado!
- Claro que não! Eu iria saber que aqueles pulguentos gostavam tanto de brilho?
- Chega nii-san… Estamos chegando na casa da Pinako-san… Vamos nos comportar, sim?
- Aquela velha baixinha… - O menor mudou sua expressão rapidamente. Demonstrava estar bravo.
- Por que briga tanto com ela?
- PORQUE ELA ME CHAMA DE BAIXINHOOOO!!!
- Não é motivo, nii-san…! - A armadura falou, com uma gota enorme no capacete.
Enquanto os dois discutiam, com o menor falando alto, uma senhora baixinha, fumando um cachimbo, com roupas bem simples e chinelos nos pés, parecia aguardar os dois. Não pode deixar de sorrir um pouco ao ver o “anão de jardim” hiperativo como sempre foi.
- Já fazendo escândalo baixinho? Mal chegou e já começou o estardalhaço? - A senhora falou, com olhar de deboche.
- VELHOTA, FIQUE NA SUA! E EU NÃO SOU BAIXINHO AO PONTO DE NINGUÉM ME ENXERGAR! - O menor começou a gritar novamente.
- Nii-san, acalme-se! - A armadura falou, tentando acalmar o irmão.
- Ora, deixe ele Al-kun! É um anão de jardim mesmo…! - A senhora falou, cruzando os braços com a mesma cara de deboche.
- REPITA ISSO VELHOTA! SUA TAMPINHA!
- LIMPADOR DE RODAPÉ!
- FORMIGUINHA!
- DUENDE!
- Ai… Onde isso vai parar…? - Al resmungou, com uma mão na cabeça.
- CHIBI!
- CUPIM!
- CHEEEGAAAA!!!
Uma voz conhecida ecoou no lugar e, na mesma hora, uma chave inglesa voou do segundo andar da casa, acertando a testa do baixinho, fazendo-o cair no chão. Este, com um enorme galo na cabeça e um pouco zonzo, levantou-se do chão, olhou pra cima e começou a fazer mais escândalos.
- WINRY! ISSO DÓI! POR QUE SEMPRE ME RECEBE DESSE JEITO?
- Simples! Você faz muito barulho e, sempre que chega, eu estou dormindo!
- Você sempre está dormindo!
- REPITA ISSO! - A menina retrucou com um olhar de dar medo até em fantasmas.
- N-nada… - O menino respondeu baixinho.
- Ótimo… Já vou descer! Oi Al! Como foi de viagem? - A jovem, de um olhar assustador, passou a um olhar dócil de uma hora pra outra.
- F-foi tudo bem! Se não fossem aqueles cães… - Essa parte, Al sussurrou para a amiga não escutar, mas o menor o encarou bravo e logo começou a gritar de novo.
- NÃO FOI MINHA CULPA, EU JÁ DISSE! COMO EU IRIA SABER QUE ERAM CANIBAIS?
- Canibais? O que aconteceu? - Pinako-san ficou séria, olhando para os dois.
- O que aconteceu enquanto vinham pra cá? - Winry perguntou preocupada.
- Nada demais, só fomos atacados por cães sarnentos que amam brilho e carne humana! - O menor respondeu calmamente, de olhos fechados.
- Nada demais? Isso é nada demais? Ed, a cada dia que passa, você me deixa mais preocupada… - Winry falou em um tom triste.
- Calma Winry-san! Está tudo bem… Não aconteceu nada de mais…! - Al tentou amenizar a preocupação da senhora e da jovem.
- Como pode falar isso Al? Olhe só pra você, todo amassado! E o Ed? Todo machucado! - A senhora os repreendeu.
- Gomen por preocupar vocês… - Al respondeu cabisbaixo.
- Não podemos fazer nada. Corremos o risco de morrer todos os dias. - Ed falou seriamente.
- Não precisa ser assim… - Winry retrucou, com algumas lágrimas nos olhos.
- Precisa… Se eu quiser recuperar o que perdi, precisa sim. - O menor respondeu e baixou o rosto.
- Vamos entrar… Está ficando frio aqui fora… - Pinako-san falou.
Mal acabaram de entrar na casa da senhora, e a confusão começou novamente. Winry havia visto somente agora o estrago em seu precioso automail. Furiosa, pegou sua chave inglesa e começou a correr atrás de Ed.
- NÃO FOI POR QUERER! BATA NAQUELES CÃES SARNENTOS! NÃO EM MIM! - Ed corria desesperado.
- NADA DISSO! QUEM DEVERIA TOMAR MAIS CUIDADO É VOCÊ, SEU NANICO! - Winry tentava a todo custo acertar o menor.
- NÃO ME CHAMA DE NANICO! - Ed gritou, mas continuou correndo.
- Nii-san, Winry-san, acalmem-se, por favor! Vamos acabar destruindo a casa da Pinako-san! - Al, desesperado, começou a correr atrás dos dois.
- …
A senhora somente sentou-se no sofá e ficou assistindo a cena. Sabia que Winry estava com saudades dos dois, então deixou-a aproveitar o momento. Depois, iria fazer os três arrumarem toda a bagunça.
Um tempo depois, Ed e Winry estavam exaustos. Não aguentavam dar nem um passo mais. Estavam sentados na varanda da simples casa, tomando um ar fresco de fim de tarde. Assim que a noite caiu, eles se puseram a olhar as estrelas. O céu estava repleto delas, o que fazia a noite ficar agradável.
- Lindas, não? - A jovem falou, encantada ao olhar para o céu.
- São sim… - O moço respondeu, imitando o gesto da moça.
- Ed… Quando irá partir novamente…?
- Talvez depois de amanhã… Quero ficar um pouco aqui…
- Então… Você me deixa ir com vocês? Prometo não atrapalhar…
- Winry, é perigoso demais… Fomos atacados até por cachorros pulguentos! Não é uma boa ideia… Fique aqui, onde é mais seguro, ok?
- Foram atacados por cães porque você é um desastrado…! - Winry falou, cruzando os braços.
- Hey, eu não sou desastrado!
- É sim! Um desastrado! Onde já se viu, perder um relógio pra um cachorro!
- Não é um relógio qualquer, e você sabe disso! E outra, não era um cachorro, eram três cachorros enormes e pulguentos!
- Enormes mesmo ou você é baixinho demais?
- O QUE?
- Nada não…! - Winry respondeu, rindo um pouco.
- Winry…
- Hai?
- Não me entenda mal… Só quero te proteger…
- …
- Não iria aguentar perder mais uma pessoa que amo…
- …
- Hey, não vai falar nada?
- …
A jovem se aproximou do rapaz. Também o amava e, receber a confirmação de que era correspondida a fez querer pular de alegria. Lentamente, acabou com a distância que existia entre eles. Um beijo lento, longo e apaixonado. Tudo o que ela queria aquele momento. Inconscientemente, ela o abraçou pelo pescoço, trazendo-o mais para perto de si. Já o loiro, abraçou sua amada pela cintura.
Ficaram assim por um tempo. Winry esperou muito por esse momento e estava aproveitando-o ao máximo. Instantes depois, tiveram que se separar pela falta de ar.
Não disseram nenhuma palavra mais. Ficaram aproveitando aquele céu noturno e a calmaria da simples Resembool, onde Ed, mesmo que por alguns dias, esquecia seus reais problemas e tinha pessoas que amava.
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E então, mereço reviews? =)