Romeo e a Magia Perdida escrita por Will Maverique


Capítulo 14
Surpresas na hora de zarpar


Notas iniciais do capítulo

Pessoal, depois de demorar 1 mês, finalmente tomei vergonha na cara e postei um capítulo novo. Estava sem criatividade e também muito atarefado com 3 seminários na faculdade e outros problemas com os quais não vou atormentar vocês.
Obrigado por não desistirem da fic.
Boa leitura! Espero que gostem.



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Pov Lucy

O Romeo definitivamente me assustou ontem. Quando ele ergueu os 3 ao mesmo tempo. E aquela aura mágica?! Nunca tinha sentido algo tão sinistro em toda a minha vida. E aquela cauda que cresceu nele de repente? Assustadora! Com aquela farpa na ponta … urgh!

Mas ainda é o Romeo-kun. Ele não faria nada de mal a eles. Espero. Ele mudou demais nesses 7 anos. Algumas coisas foram para melhor, mas outras … enfim, finalmente vamos zarpar.

Mas eu não conseguia dormir. Então me levantei da cama fazendo o mínimo de barulho possível para não acordar a Yukino. Me vesti com um roupão grosso porque estava frio e fui para a sacada do meu quarto, quando olhei para o lado, vi que Romeo estava lá também, e que ele estava falando com alguém numa lácrima de comunicação, percebi que era a Erza. Então resolvi me esconder e ouvir oque eles estavam falando.

– Mas não podem mandar ninguém da guilda pra cá! A guilda não pode ficar desprotegida. E não adianta mandar ninguém fraco, porque o inimigo é muito poderoso e … – Romeo estava falando quando Erza o interrompeu

– Eu nunca deixaria a guilda desprotegida! E além do mais, eu estava pensado em mandar outras pessoas que não são da Fairy Tail.

– Como quem?

– Jellal e Meredy.

– Eles poderiam ajudar bastante. – aceitou Romeo – Mas ninguém mais pode saber. Se por exemplo a filha do Alzack e da Bisca ouvisse sobre o sequestro da Wendy, com certeza ela iria querer ajudar no resgate. E não creio que vocês conseguiriam impedi-la de vir.

– Você acha que não conseguiríamos impedir uma criança de sair numa missão suicida?! Quem você acha que nós somos?! – Erza se irritou, mas Romeo a cortou logo

– Aquela menina tem mais poder que os pais. Além de saber usar muito bem as pistolas que recebeu do pai, e ela tem várias outras armas guardadas num espaço mágico. Fora duas pistolas especiais que ela recebeu de recompensa numa missão que ela fez com a Wendy. Parece que ela consegue usar também uma pequena espada e que ela é bem rápida não só atirando, mas também correndo tão rápido que seus inimigos não a veem.

– Sim, ela já é mais poderosa que seus pais. – assumiu Erza sem querer assumir a derrota mas acabou cedendo com o próximo comentário de Romeo

– Ela não vai desistir e sem que vocês percebam, ela pode sair da guilda usando uma de suas magias que niguém da guilda conhece além de mim e da Wendy.

– Ela tem outras magias?! – perguntou ela surpresa e começando a perceber o tamanho do problema.

– Ela pode criar bolsas dimensionais usando sua faca e suas pistolas novas e com isso, fugir de qualquer lugar.

– E como você sabe disso?

– Eu a vi a alguns anos atrás, durante meu treinamento na Arsenal de Prata.

Flash Back on

Estava treinando já a uma semana com a Arsenal de Prata. Estava agora moldando armas de fogo. E a saudade da guilda aumentava ao se lembrar de Alzack e com isso, de todos os outros nakamas.

Já estava conseguindo atirar continuamente por 3 minutos, a um ritmo de 3 tiros por segundo com cada uma de suas duas desert-eagle, o que requeria recarregar o tambor das armas a cada 2 segundos, coisa feita em 1 segundo. Eu já estava orgulhoso de mim mesmo por conseguir fazer isso e ainda manter um escudo ant-som para que ninguém me ouvisse já que aquelas armas faziam bastante barulho e era noite, não queria chamar a atenção para nenhum animal, quando percebi um movimento na floresta.

Rapidamente, desfiz o escudo ant-som e ao fazer isso, ouvi vários ruidos, parecia que alguém estava perseguindo um grupo de … 7 pessoas. Pelo barulho dos passos pareciam ser homens enquanto o perseguidor parecia ser uma criança. Com certeza um mago.

Como não queria que ninguém soubesse que eu estava ali, usei um escanto para me ocultar.

– Demon Flames: Ocultation! – disse e logo meu corpo foi envolvido por uma onda de calor que logo me tornou invisível, a menos que chegassem perto (1 metro e a pessoa sentiria o calor) ou que eu me mexesse. Como não fiz nada disso, logo vi 7 homens correndo para o meio da clareira, pouco depois, apareceu uma figura conhecida, uma garota de cabelos preto-esverdeado, com duas pistolas na cintura e vestida com um par de botas de cano longo, um short curto e uma camisa quadriculada amarrada deixando a barriga de fora, usava também um chapéu pendurado nas costas por um cordão. Os homens estavam todos vestindo roupas pretas, como se estivessem prestes a roubar algo, e de fato, carregavam sacos que pareciam conter metal devido ao barulho que faziam. A garota se chamava Asuka, era a filha de Bisca e Alzack, da Fairy Tail. A reconheci pela sua semelhança com a mãe, Bisca.

– Vocês não tem pra onde fugir. – falou ela olhando pra eles séria e pondo as mãos a centímetros das armas.

– É menininha! Você nos pegou. – disse um deles sorrindo para outro. Ouvi outros cochichando um plano de prenderem a menina e depois abusar dela. Quando ouvi aquilo, me preparei para intervir. Se fossem só fugir, não me intrometeria, mas como estavam querendo fazer outras coisas … o caso mudava da figura.

– Nem pensem em se mexer. – falou ela agora pegando as duas pistolas e as segurando de uma forma digamos, peculiar. De cabeça pra baixo, com o dedo mindinho no gatilho (N/A: isso mesmo, igual ao Death the Kid do Soul Eater).

– Peguem essa pirralha! – falou o que parecia ser o lider já que era o único que não carregava nada além de uma montante com a lâmina serrilhada.

Quando ele disse isso, os caram foram logo atrás da garota, mas ela nem ligou, muito pelo contrário, ela fechou os olhos e flexonou os joelhos e respirou fundo. No mesmo instante surgiu um circulo mágico vermelho sob ela, era um circulo grande que abrangia grande parte da clareira e quando todos estavam já dentro do circulo, ela sussurou:

– Tempo da bala. – e com isso ela começou a girar enquanto atirava em todos eles. Suas balas eram raios vermelhos que ao atingir os caras, fazia-os gritar de dor, e eu conseguia sentir o poder mágico deles impregnando o ar. Aqueles tiros fazia-os sangrar magia!

Assim que ela terminou, só restava o lider que a olhava com uma mistura de ódio, respeito e medo. Nem liguei pra isso, já que a garota estava tranquila, só girou os ombros e suspirou.

– Você vai se entregar ou vou ter de atirar em você? – perguntou ela como se estivesse falando com uma criança.

– Vai ter de me matar! – disse ele enquanto sua espada brilhava e de repente ficava em chamas. Então ele cravou a mesma no chão e gritou: Enraiha – Erupção!

Logo um circulo mágico apareceu sob a clareira, e até sob onde eu estava também, esse cara era poderoso apesar da aparencia, então subiram chamas e lava. Não me afetou mas fiquei furioso comigo mesmo pela garota que provavelmente tinha morrido já que o idiota estava gargalhando, mas ouvi alguém sussurando:

– Eu sou aquela que leva a punição às almas impuras. Oh Deus altíssimo, dê-me o poder para derrubar 10 mil demônios! Juiz de Almas! – Asuka gritou a ultima parte e assim que ela terminou a invocação, suas pistolas se uniram e se transmaram numa metralhadora. – Morra. Idiota!

Ele ainda tentou se defender, mas ela não aliviou e o deixou desmaiado, cheio de marcas roxas no corpo onde os tiros pegaram. Asuka simplesmente fez a arma voltar a forma original de duas pistolas, as girou no dedo indicador e colocou de volta no coldre.

Resolvi me revelar logo, pelo o que tinha visto até aquele momento, aquela garota era bem poderosa e talvez me descobrisse ali, e como meus mestre insistiam em me dizer: Controle a situação.

Desfiz o feitiço de ocultação e saltei da arvore onde estava, pousei agachado e rolei para dissipar o impacto, quando me levantei, fui atingido por tiros nos joelhos. O impacto me fez cair de joelhos, mas assim que ela tentou me atingir de novo, criei uma barreira de fogo roxo e me teleportei dali. Mas como estive treinando por muito tempo, acabei não indo muito longe. Quando reapareci do outro lado da lareira, ela tentou me atingir de novo, novamente criei aquela barreira de chamas, mas não prestei a devida atenção à garota que de repente apareceu atrás de mim, colocando uma faca de aparência assustadora no meu pescoço.

– Quem é você? – falou bafejando no meu ouvido, não queria acabar ferindo ela, então respondi

– Por que não tira o meu capuz e descobre quem sou eu?

– Boa ideia! – falou ela puxando meu capuz com violência, fazendo ele se rasgar. Isso me deixou irritado com ela, então escapei dela me dividindo em farpas de metal e reaparecendo a sua frente com as mãos nos bolsos mas por precaução, preparado para usar a kami no yoroi.

– E aí, lembra de mim? – perguntei forçando um sorriso. Estava tão nervoso que tive de fechar minhas mãos com força para não tremer. Se ela me falasse alguma coisa sobre a Wendy, eu ia acabar voltando pra guilda.

– … Romeo-kun! – gritou correndo pra me abraçar depois de um tempo parada tentando digerir a minha presença ali.

– Calma! – falei rindo mais tranquilo, estranhei que a faca sumiu mas não falei nada na hora.

– Onde você estava?! Como chegou aqui?! Como se encondeu?! Que coisa era aquela na sua pele?! Quando …

– Calma! – tive de interrompê-la, se não ficariamos o dia inteiro nesse interrogatório – Você é que vai me explicar que magia foi aquela! – falei fazendo cara de surpreso, o que não era mentira.

– Eu aprendi parte com o meus pais e também achei uma magia que usa armas especiais num livro na biblioteca. Depois de treinar um bocado consegui dominar a tecnica. Mas ninguém além de você sabe dela.

– E como se chama?

– Guardião do Submundo. – respondeu orgulhosa. Já tinha ouvido falar dela pelo meu mestre. É uma mistura de aumento de atributos, invocação de armas, manipulação do espaço e transformação.

– Você é muito boa usando ela hein! – disse sorrindo e bagunçado o cabelo dela. Ela fez cara feia e saiu de perto de mim.

– Eu não sou mais criança! – resmungou fazendo bico.

– Verdade, mas ainda não é adulta. – falei rindo da cara dela.

– Deixa pra lá. – falou por fim balançando a mão como se varresse algo e depois me olhou séria – Você vai voltar para a Guilda?

Sabia que ela me faria essa pergunta, mas pensei que demoraria um pouco mais. Infelizmente eu tinha de responder, então respirei fundo.

– Não sei quando. Nem sei se vou voltar. – soltei deixando ela surpresa, depois triste, e por fim furiosa.

– É claro que você vai voltar! Todos estão muito preocupados com você! Você TEM que voltar!

– Na verdade – falei já me irritando com ela. Que petulância! Achar que pode mandar em mim! – eu NÃO tenho de voltar e eu NÃO VOU voltar! Além do que … – ia falar mas não pude terminar porque ela apontou a arma pra mim.

– Você vai. Ah se vai! – falou enquanto engatilhava a arma. Então recorri a minhas armas também. Ativei o arsenal de prata e falei bem claro.

– Arsenal de Prata: Desert Eagle! – assim que falei estava segurando as duas Desert Eagle e as apontei pra ela que deu um passo involuntário para trás.

– Arsenal de Prata! – sussurrou espantada

– Não posso ficar por aqui mais tempo. Mas preciso que você prometa que não vai contar a ninguém que me viu. – falei também engatilhando as minhas armas.

– Eu não posso …

– Pode sim. – falei já preparando minha magia, um enorme circulo mágico sob mim e um outro um pouco menor na frente dos canos das armas, apontei as duas pra cima e falei – Tormenta de tiros! – assim que atirei pra cima, um circulo mágico maior apareceu sobre nós cobrindo toda a clareira e logo começou a chover tiros. Asuka começou a se desviar das balas enquanto eu desaparecia daquele lugar.

Flash Back off

– Arsenal de prata? Que magia é essa? – perguntou Erza me olhando desconfiada.

– A desse anel. – falei distraído, estava escutando outro coração batendo, e bem perto. – Demon Eyes! – sussurrei, meus olhos assumiram uma tonalidade vermelho sangue, comecei a ver tudo bem mais nítido, como se estivesse de dia e eu visse tudo bem de perto. Logo forcei meu nariz quando veio uma brisa da direção onde tinha ouvido as batidas e senti o cheiro da Lucy, quando olhei naquela direção, meu olhar atravessou a parede e eu pude vê-la se escondendo atras do batente entre a porta e a mureta da sacada.

– Romeo. Está me ouvindo? – perguntou Erza chamando minha atenção.

– Fala. – disse voltando a prestar atenção nela

– No que estava pensando hein?! – perguntou brava – Estamos resolvendo como vamos salvar a Wendy e o nosso amigos da Lamia Scale!

– Eu sei! – falei endurecendo o queixo, era verdade, não era hora de ficar pensando em fazer sacanagem com a Lucy. Wendy estava em perigo, é dela que eu gosto, neh? – Enfim, é melhor não falar nada com ninguém e se a Asuka souber é melhor nem tentar impedi-la, é perda de tempo.

Parece que ela percebeu que me irritou, porque não argumentou mais, ao invés disso só falou bem baixo dando um sorriso mínimo pra mim.

– Cuida bem da Lucy. E de você também. – logo depois a lácrima apagou.

– Lucy. Pode vir aqui? – perguntei olhando para onde ela estava escondida. Quando percebi que ela não falaria nada, falei – Sei que você está acordada e escondida atras da parede. Vou aí. – assim que disse isso comecei a subir na mureta, logo vi a cara dela aparecendo no canto da parede, assim que viu o que eu ia fazer ela se encolheu e eu pulei até lá. Pousei com um baque surdo e logo estava na sacada dela.

– Porque você estava falando com a Erza? Estava pedindo ajuda? – perguntou Lucy logo que eu pousei.

– Pedi conselhos, ela que ofereceu ajuda. Parece que amanhã Jellal e Meredy estarão aqui. – falei me encostando na mureta de costas pra Lucy, olhando a rua.

– Vamos precisar. Se conseguiram capturar a Wendy tão fácil e nem você conseguiu pegá-los... eles devem ser bem fortes mesmo. – falou abraçando o próprio corpo.

– Vou chamar um amigo meu também. Ele treinou a técnica de cura comigo.

– Ele também é um mago de fogo?

– Na verdade, ele usa algo parecido com a magia do Nab, só que ele incorpora almas … diferentes. Almas celestiais.

– Espíritos Celestiais?! – perguntou ela assustada

– Não. Anjos. Agora vou logo chamá-lo, senão nem ele chega a tempo. – falei rindo um pouco e subi no parapeito

– Você vai pular de novo? – perguntou me olhando como se eu fosse louco

– Não. Vou voar! – falei rindo e pulei, assim que pulei sussurrei – Asas do deus do Aço!

Quando estabilizei meu voo pude ver Lucy me olhar espantada e depois sorrir brevemente antes de entrar no quarto e fechar a porta.

Quando cheguei num lugar suficientemente afastado, pousei e desfiz as asas. Ergui meu braço e invoquei a arma que me ajudaria a chamar meu amigo, Will Maverique.

– Kansou! – logo uma espada bastarda estava na minha mão.

Ela estava toda enrolada com faixas brancas cheias de runas de selamento. Assim que toquei na que ficava onde deveria ficar o início da lâmina, todas as faixas queimaram e uma espada com um punho dourado cheio de ramos de ouro estrelaçando-se foi revelada. Ela estava embanhada, sua bainha era larga, era branca, com várias partes em ouro, cheia de runas brilhando em azul. Nas únicas que não brilhavam podia-se ler, Avalon. Assim que desembanhei a espada, o barulho de aço raspando em aço tomou conta do lugar e tão rápido quanto chegou, se foi. A espada era dourada, e tinha escrito ao longo da lâmina, Excalibur. Essa era a lendária Excalibur, uma espada mágica com o atributo sagrado. Era tão poderosa que foi lacrada a muitos anos pelo conselho mágico que a comprou do mago que a achou depois de uma batalha onde um país inteiro foi destruído por causa daquela espada.

Logo a embanhei novamente, a segurei com a ponta fincada no chão e sussurrei

– Redemptio! – logo senti meu poder sendo drenado e um pulso de magia divina voou pelo ceu. Então cancelei aquela magia, guardei a espada e fui dormir. Amanhã será cheio!

Na manhã seguinte …

Pov Will

Acho melhor me apresentar, sou Will Maverique e sou um mago independente, o que quer dizer que não estou vinculado a nenhuma guilda.

Vivo de pequenos serviços como mercenário. Poucos sabem que sou na verdade um mago. Sempre estranham minha força sobre-humana, mas sempre acharam melhor deixar pra lá. Deixa eu explicar, tenho 2 metros de altura cravados e peso exatamente 100 kg. além de impressionar por ter a pele muito branca, cabelos negros como piche e olhos tão verdes quanto duas esmeraldas. Fora que sempre ando de preto, com coturnos de couro, colete e um sobretudo, além de duas pistolas prateadas na cintura e uma katana de 2 metros também, pendurada diagonalmente nas costas. Tudo isso somado a minha cara mal encarada faziam de mim alguém a se temer. Só o pessoal do orfanato da cidade sabia que na verdade eu não era ruim, na verdade, adorava brincar com as crianças, mas sempre dentro dos terrenos do orfanato que era cercado por muros altos. Lá dentro eu levava brinquedos que comprava em outras cidades e dava para as crianças, além de roupas, livros e pra um grupo seleto de 10 crianças, ensinava magia. Na verdade, eram crianças que queriam ficar no orfanato e quando crescessem, trabalhar lá. Usei minha magia de premonição e vi que aqueles 10 realmente fariam isso então convenci as freiras que cuidavam do orfanato a me deixar com ele sozinho todos os dias por 4 horas. Depois de 3 anos eles já conseguiam usar a magia razoavelmente bem e desde que tentaram invadir o orfanato para roubar o ouro que alí havia e os 10 expulsaram os bandidos sozinhos, todos no orfanato estavam apoiando minha iniciativa de ensinar àquelas crianças, que agora eram adolescentes, magia. Era o meu tipo de magia, possessão divina.

Nós incorporávamos anjos. Coisa muito difícil. Mas que eu era mestre e eles já conseguiam incorporar um anjo fraco, do sexto ciclo, enquanto eu conseguia incorporar, mesmo que por apenas 10 minutos, um archanjo, anjo do primeiro ciclo, além de conseguir usar alguns poderes angelicais como asas, força, sentidos e outras coisas básicas.

E foi durante um desses treinos de magia que eu senti o pulso de energia. Logo sube que era do Romeo, era uma energia sagrada, mas era ainda fraca, como se ele não tivesse de fato se esforçado para criar uma magia verdadeiramente sagrada. Mesmo assim, consegui localizar a fonte.

Só me virei para meus alunos e disse:

– Tenho de ir ajudar um amigo. Volto assim que puder.

Não esperei a resposta deles, só concentrei minha magia e conjurei minhas próprias asas, que eram bem maiores do que as de qualquer um de meus alunos, asas brancas de 6 metros de uma ponta a outra. Em menos de 10 segundos, já estava passando dos limites da cidade, deixando metade dos moradores perplexa depois de verem um “anjo” sair voando do orfanato.

Depois de chegar na minha casa, pegar roupas e guardar no espaço mágico, saí voando o mais rápido possível até a fonte daquela energia. Uma cidadezinha à beira mar a (literalmente) meio mundo de distância. Demorei 6 horas pra chegar lá. Mas quando cheguei me surpreendi com a cena que me aguardava na praça da cidade.

– Como você pode falar calmo assim depois de ter agarrado a Yukino! – falou uma loira apontando um dedo para …

– Romeo! – gritei olhando pra ele que parou de tentar se explicar pra loira que também olhou pra mim, assim como todos os que estavam na praça.

– Will! Quer dizer que você conseguiu achar? – gritou ele devolta, resolvi aterrissar pra podermos conversar melhor.

– Quem é esse? – perguntou um loiro com uma cicatriz atravessando o olho esquerdo.

– Will Maverique – falei olhando bem pra ele enquanto recolhia as asas – O Archanjo, caso você seja um mago.

Como esperava, ele ficou sem palavras, me olhando de olhos arregalados. Gargalhei diante da cara que o loiro e todos os outros menos Romeo fizeram.

– Não imaginei que ficariam tão surpresos já que o Romeo está aqui com vocês. – falei passando o braço pelos ombros do Romeo que na hora em que falei isso, ficou parado como se tivesse levado um choque. Vi também que os outros olhavam agora de mim para ele confusos

– Como assim “já que o Romeo está aqui com vocês” ? – perguntou a loira olhando para o Romeo. Como ví que ele não iria responder, parei bem na frente dele e perguntei bem baixo, numa frequencia que só ele poderia ouvir.

– Eu conto ou você ?

– Eu. – respondeu me olhando com determinação brilhando no olhar.

Pov Lucy

Agora que eu estava confusa mesmo. Primeiro, chego no quarto do Romeo pra chamá-lo quando ouço um gemido. Abro a porta e vejo o Romeo agarrando a Yukino que tentava em vão se libertar, até que ele meio grita meio geme meu nome já que com uma mão ele estava acariciando seus seios descobertos enquanto a outra estava entre suas pernas mexendo na perseguida, ele estava de olhos fechados mas quando Yukino falou aquilo ele os abriu, e nos últimos 30 minutos estava tentando convencer a mim e a todos os outros que estava dormindo até eu entrar no quarto. Como se alguém agarrasse uma mulher enquanto dorme!

Logo depois me aparece esse cara que diz que não devíamos ficar surpreso por ele ser O Archanjo, só porque estávamos com o Romeo! Ele só podia estar brincando, mas aí Romeo deu um abraço no cara, acho que o nome dele é Will. Então deu um passo à frente e começou a falar.

– Durante meu treinamento, eu viajei por algum tempo pelo mundo com meus mestres, treinando e as vezes fazendo pequenos serviços. Com o tempo, eu ganhei um apelido, eu era … o Demônio Rubro.

Na hora em que ele disse isso, todos ficaram surpresos. Todos tinham ouvido falar do mago que usava um tipo de magia parecida com a da Mirajane, ou era isso que pensávamos. Dizia-se que ele tinha derrotado uma darkguild sozinho e com apenas um ataque, transformando a tudo e a todos em pó. Não nasceu mas nada naquele lugar, ele se tornou uma enorme mancha negra, morta, no meio da floresta no limite do reino de Fiori.

– Não pode ser! – falou Sting rindo do que eu tinha dito. Ele não sabia da missa o terço.

– É verdade ! – ouvimos uma voz bem conhecida falando de cima da pensão.

– Jellal ! – disse sorrindo enquanto ele e Meredy saltavam para o térreo.

– Vi quando o Romeo destruiu aquela darkguild. Seu mestre tinha sequestrado a filha de um velho comerciante da cidade. Queria se casar com a moça. Romeo invadiu a guild na mesma noite. Entrou e logo foi tratando de desmaiar todos os membros, assim que ele terminou de desmaiar todos os membros regulares, ele lutou contra o mestre, não, na verdade ele deu um murro na cabeça do mestre que desmaiou, então pegou a moça nos braço e a levou até pai. Depois voltou e destruiu o castelo da guilda usando uma rajada de chamas vermelhas que ele expeliu pela boca. Foi uma demonstração impressionante.

– Vocês 'tavam lá?! – falou Romeo olhando supreso para Jellal e Meredy, me deixando com a certeza de que realmente fora Romeo que destruíra aquela darkguild, a mesma darkguild que estava aterrorizando Fiori nos últimos meses, e a qual o conselho até pediu que a Fairy Tail desse um jeito, mas quando eu, Natsu, Gray e Erza chegamos, era apenas uma mancha negra no meio da floresta. Natsu até disse que sentiu o cheiro do Romeo, mas pensamos que ele estava alucinando por causa da saudade. Então ele estava certo.

– Nós fomos chamados para destruir aquela darkguild, mandados pelo conselho, mas quando chegamos era apenas uma mancha negra na floresta. Era uma cratera enorme. Você fez aquilo sozinho mesmo? – perguntei. Mesmo ouvindo oque Jellal disse, precisava ouvir isso da boca do próprio Romeo.

– Sim. Eles sequestraram uma amiga, eu precisava resgatá-la.

– Amiga? – perguntei e não sei porque, mas senti ciúme por ele ter destruído uma guilda inteira só por aquela “amiga”.

– Uma amiga preciosa. – falou ele olhando pra mim – Mas Jellal, só vieram você e a Meredy mesmo ou a Erza mandou mais alguém? – falou se virando para Jellal que olhava para mim curioso, assim como Meredy e Yukino.

– Na verdade tem eu! – falou Asuka aparecendo ao meu lado me fazendo olhá-la espantada ela sorriu docemente pra mim e depois acenou pro Romeo. – A quanto tempo hein Romeo!

– Porque você veio Asuka? – pergunto pra ela me recuperando do susto e olhando com cara de zangada pra ela.

– Eu tenho de salvar minha amiga. E nem tente me impedir, o mestre tentou, minha mão e meu pai também, assim como a Cana que tentou me prender numa carta, mas nada disso funcionou. O que você pode fazer hein?! – me respondeu pondo as mãos na cintura e me olhando desafiadoramente.

Quando eu ia responder o Romeo interveio.

– Ela vem com a gente.

– Mas vai ser uma missão perigosa! – falei tentando dissuadi-lo daquela ideia estúpida, mas nada que eu disse fez efeito.

– Ela vai vir e ponto. – falou ele por fim segurando Asuka pelos ombros – Mas vai ficar sempre perto de algum de nós. Eu, a Lucy, a Yukino, o Jellal ou a Meredy.

– Porque não perto de nós? – perguntou Sting como sempre arrumando confusão

– Porque vocês não são da guilda.

– Mas a Yukino, o Jellal e a Meredy também não!

– Mas a Yukino é mulher e o Jellal é amigo da Erza.

– Mas …

– Mas nada! – dessa vez quem falou foi Asuka aparecendo do nada em frente ao Sting com sua faca perigosamente perto do seu pescoço. – Dessa vez passa, mas se continuar me perturbando, eu corto em outro lugar. – falou ela descendo a faca e apontando para as partes intimas dele.

Aí Romeo descidiu intervir de novo.

Pov Romeo

– Calma aeh pequena! – falei pegando ela pela cintura, a erguendo do chão e a colocando ao lado da Lucy.

– Esse cara irrita! – falou ela fazendo uma cara assustadoramente parecida com a da Erza.

– Mas você não vai fazer nada com ele.

– Ela não conseguiria! – disse o idiota, o que fez ela sumir de novo e lhe acertar com a coronha da escopeta que ela tinha reequipado em questão de décimos de segundo.

– Não conseguiria oque? – perguntou ela docemente escondendo a arma atrás do corpo e se balançando de um lado para o outro.

– Gostei da menina ! – disse Will olhando pra ela com um sorriso no rosto.

Ela ficou vermelha e se escondeu atrás da Lucy, oque deixou um Will confuso e todos os outros, inclusive eu, rindo feito hienas histéricas.

Quando finalmente paramos de rir, percebemos uma coisa. Tinham vários cidadãos nos encarando.

Melhor irmos de uma vez. – falei olhando bem pra todos. Ninguém debateu, a não ser Sting que foi silenciado pelo próprio Rogue que lhe acertou um pescotapa para que ele calasse a boca.

– Depois que entramos no barco, não demorou muito para zarparmos e em menos de meia hora, estávamos em alto mar.

– Me espera Wendy! Eu vou te salvar!


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Notas finais do capítulo

Obrigado por lerem! Espero que tenham gostado!
E aí? Vocês acham que o Romeo tava dormindo mesmo ou ele tava de sacanagem com a Yukino mesmo?
Gostaram da Asuka? E de mim?
Espero pelo menos 5 comentários. Não vou ficar exigindo ou ameaçando não postar, mas seria bom, isso estimula o autor (no caso eu) a escrever mais e melhor.
Abraço!



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