Pov Lucy

Finalmente estávamos viajando. Romeo achou para nós uma cabine vazia e nos acomodamos para a viagem. Percebi que Wendy ficava a todo momento olhando para ele enquanto o mesmo ficava só olhando para a janela, como se estivesse pensando em alguma coisa. Resolvi puxar assunto pra acabar com aquele silencio desconfortável.

– Vocês tem alguma ideia de como vai ser a missão? – prguntei pra ninguém em especial

– Não faço ideia, mas algo que está dando trabalho para o Jura e a Chélia com certeza não é algo contra o que alguém como você consiga lutar. – respondeu Wendy com a voz ácida. Pelo visto ela ainda estava com raiva de mim.

– Com certeza vai ser uma missão difícil. Mas se você continuar assim Marvel, nós não vamos conseguir completá-la. – Romeo retrucou olhando feio pra ela. A cara que Wendy fez deu até pena, mas depois me lembrei de como ela estava agindo comigo e a pena foi toda embora.

– Precisamos saber o que cada um pode fazer. – falei olhando para os dois, Wendy, de má vontade, olhou pra mim. – Mas o único que a gente não sabe o que pode fazer é você Romeo. – falei olhando firme pra ele.

Ele ficou um tempo parado me olhando, oque fez com que Wendy ficasse com raiva de novo, mas Romeo não pareceu dar importância.

– Estenda a mão. – falou ele olhando pra mim

– Ahn?! – perguntei sem entender o motivo disso, mas estendi a mão quando ele continuou olhando firme pra mim – Pronto.

Ele colocou a mão boa sobre a minha e então senti algo frio pressionando a minha mão e quando ele tirou, vi que tinha uma flor de ferro sobre a minha mão.

– Obrigada! – falei quando vi a flor sobre a minha mão. Senti minhas bochechas queimarem quando o olhar dele saiu do meu rosto e pousou por um tempo sobre o meu decote, ví que da forma que estava debruçada dava pra ele ter uma boa visão dos meus seios, então me encostei de novo no encosto do assento e pus a flor de ferro de lado.

– Também posso fazer magias de chamas – disse ele enquanto criava uma série de chamas na palma de sua mão, chamas de várias cores e tonalidades até criar uma dourada e rubra – E com essa, eu posso curar ferimentos leves, os mais profundos ou pra recuperar membros, requerem energia demais, foi por isso que eu perdi meu braço quando fui curar me pai – falou ele como se estivesse lendo um relatório, aquela voz fria, sem emoção que as pessoas usam quando estão lendo alguma coisa entediante – ele já tinha perdido muito sangue e ainda tinha perdido um membro e uma parte do ombro, então quando fui curá-lo, tive de recorrer ao ethernano no ar e ainda tive de converter meu próprio braço em energia pra poder curá-lo criando carne nova no braço dele, fora o sangue e os ossos. Mas se eu apenas curar cortes e cansaço, eu posso fazer sem me prejudicar.

– Romeo … – começou Wendy olhando pra ele com olhos cheios de lágrimas

– Ainda tem outras magias que eu aprendi – falou ele, cortando o que ela ia falar como se não se importasse, ele devia estar muito magoado com ela pelo ataque – estão vendo esse anel? – perguntou mostrando o anel no seu anelar direito que era o braço bom – Arsenal de Prata:Adaga! – disse e logo depois tinha uma adaga de prata na mão dele.

– Como você faz isso? – perguntei curiosa – Nunca vi uma magia assim!

– É uma magia que o mestre Joe me ensinou. E ainda tem esse colar – disse puxando uma corrente de prata pra fora da camisa – Selva de Prata:Colibri! – disse e logo depois tinha um colibri (beija-flor) pousado no seu dedo. Um colibri de prata, mas ainda assim, parecia um pássaro de verdade. Era lindo.

– Lindo! – falou Wendy estendendo a mão pra tocar no pássaro, mas Romeo fez ele sumir quando a mão dela chegou perto, fazendo ela recolher a mão desanimada – Vou no banheiro do trem. – disse Wendy com a voz triste levantando e saindo pro corredor, ví que ela estava chorando.

– Romeo! – falei olhando feio pra ele

– Oquê?! – falou ele como se não entendesse d'oquê eu estava reclamando

– Porque você está tratando a Wendy assim?

– Vamos ver … porque ela tentou me matar? – respondeu irônico

– Mas você não tá bem?!

– Estou, mas ainda assim, você acha que eu posso perdoar ela assim? Ela usou o feitiço mais poderoso que ela tinha! A Técnica Secreta dos Dragon Slayers! Você tem noção do que é isso?! Ela poderia ma matar se eu não fosse poderoso o bastante! E mesmo eu sendo poderoso o suficiente, se eu não tivesse tirado todos de lá, somente eu e Natsu teríamos sobrevivido, já que aquela explosão não teria afetado nenhum de nós. Você sabe oque isso quer dizer?! Ela quase matou toda a guilda por causa de um ataque histérico estúpido! – falou ele já gritando e soltando faíscas.

– Romeo … – falou Wendy da porta, com o rosto cheio de lágrimas de novo

– Vou lá pra cima! – falou ele abrindo a janela do trem e se transformando em pó de ferro, foi pro teto do trem.

Pov Romeo

Droga! Porque a Wendy tinha de começar a chorar assim? E porque a Lucy tinha de ficar defendendo ela? Agora eu tô aqui em cima, e ainda por cima vai começar a chover!

Olho pra cima e vejo nuvens negras cobrindo todos caminho até a cidade pra onde estávamos indo. E como se tivesse me ouvido, as núvens começam a despejar seu conteúdo. Uma chuva grossa, que em menos de 1 minuto já me deixou encharcado. Resolvo descer para a cabine, mas percebo que elas devem ter fechado a janela e começo a andar até a ponta do trem, quando percebo um carro seguindo o trem e vejo 5 homens pulando pro teto d'um vagão bem longe do meu. Pelo jeito deles (eles carregavam armas e um deles estava estava começando a conjurar um feitiço de água, reconhecí uma magia parecida à da Júvia. Não pensei. Concentrei minha magia e conjurei um feitiço para que eu chegasse lá a tempo: Tengoku no suteppu! (Passo Celestial)

Quando o feitiço fez efeito, ví que a as gotas de chuva tinham parado, então enchi minhas pernas e pés de energia e corri até eles, cheguei lá logo antes do feitiço acabar e usei fogo pra prendê-los, conjurei as chamas pegajosas do meu pai e prendí todos eles, enquanto uma das mãos estava erguida pra sustentar eles no alto, estendí a outra pro carro:

– Boido-chū chōeki ! (Aprisionamento no Vazio)

O carro então foi envolvido por uma luz dourada e então sumiu. Os bandidos me atacaram. O mago de água apontou pra mim:

– Hari mizu! (agulha d'água).

A chuva então se transformou em agulhas duras como aço, e voaram na minha direção.

Ativei a Kami no Yoroi, virei o punho pra ele disse:

– Me ataca de novo e eu te ponho pra dormir! – ele não me ouviu e atacou de novo

– Tsunami (não precisa de tradução, espero neh!?)

Na mesma hora, um circulo mágico imenso apareceu atrás dele e uma onda gigante de água surgiu do nada e foi pra cima de mim.

– Taika sukāretto ! (Conflagração Escarlate) – falei um pouco antes da onde me atingir, na mesma hora um circulo mágico considerável surgiu atrás de mim e quando as chamas colidiram com a água, o vapor formado acabou por matar os bandidos.

Droga! Porque os bandidos tinham de ser tão idiotas!? Custava eles ficarem quietos?! Não! Eles tinham de me atacar com um feitiço desses! Logo eu! Um mago de fogo! Pelo menos eu prendi os outros no bolsão dimensional, mas é bom prender os outros logo. Senão eles podem morrer naquele lugar!

Depois dessa conversinha comigo mesmo, me veio a lembraça de quando aprendi esse feitiço junto com o passo celestial

Flash Back on

Estava com o mestre Joe, logo antes de começar a aprender a técnica final de god-slayer e o mestre estava falando sobre as várias aplicações da magia God-Slayer.

– Romeo, o que a magia God-Slayer é? – perguntou depois de me mostrar a técnica final dos God-Slayers de Aço.

– Eu quero saber mesmo é quando o sr. vai me ensinar essa técnica! – falei entusiasmado com a ideia de conseguir usar uma técnica desse tipo. É como a técnica que o Laxus disse que o Mystogan usava, só que real!

– Responda a minha pergunta! – falou ele mandando uma bola de aço voando na minha direção, eu só recobri minhas mão de aço p'ra pegar a bolinha, mas então eu caí no chão, e quando olhei pra onde eu estava, vi que não tinha mais cadeira, e eu também não estava usando minhas roupas e sim um vestido.

– C-c-c-co-como isso ac-ac-ac-acont-aconteceu? – até gaguejei de tão nervoso que eu estava, além de surpreso por nem imaginar que mestre Joe conseguia fazer isso.

– ISSO … – falou ele apontando o dedo na minha cara – … é o que eu vou te ensinar SE você prestar atenção no que eu digo! – falou fazendo cara de bravo, mas eu sabia que ele estava só brincando.

– Então pode ensinar! – falei encarando ele sorrindo

– Responde a pergunta! – falou ele acertando a minha cabeça com um martelo de ferro. Como o esperado, o ferro quebrou, mas ainda assim é incômodo, então eu começei a pensar nos ensinamentos do início do treinamento

– A magia God-Slayer é uma magia criada para ser superior a magia Dragon-Slayer, ela foca em … – aí se seguiu uma explicação super longa e tediosa com a qual eu não quero chatear vocês. Quando terminei, Mestre Joe aplaudiu de boca aberta

– Não pensei que você realmente prestasse atenção na aula! – falou ele surpreso

– É claro que sim! O que o sr. pensa de mim?! – falei fingindo estar ofendido, ele nem ligou!

– Já que você sabe, então você também deve ter imaginado que se pode dar outros usos para as vibrações divinas criadas ao usar esse tipo de magia? – perguntou esperando me pegar, e realmente fez isso

– Pensei que elas fossem usadas para enfraquecer a magia do oponente e assim poder penetrar em suas defesas! – falei curioso

– Não, elas podem ser armazenadas e usadas em outras magias, como por exemplo, o Passo Celestial, que foi o feitiço que eu usei em você pra tirar a cadeira e te vestir de mulher. – falou sorrindo.

– Mas o sr. pode me ensinar? – perguntei nem dando bola, pra ele.

– É claro que posso, mas você vai precisar disso … – falou ele me entregando um anel de prata onde estava encrustada uma pedra, um rubi. – Nessa pedra você guardará a energia das vibrações divinas de todos os seus ataques de God-Slayer, e depois você poderá usá-la pra invocar as magias que eu vou te ensinar agora …

*** 3 meses depois ***

– Agora vou te ensinar um feitiço muito útil e muito perigoso, o Boido-chū chōeki (Aprisionamento no Vazio).

– E oque esse feitiço faz? – perguntei

– Ele cria uma fenda dimensional, como aquela da Baberunotō o jōshō (Torre de Babel), essa fenda suga o alvo para um bolsão dimensional, onde ele ficará até você tirá-lo de lá, ou até a dimensão corroê-lo.

– Corroê-lo?

– É. Se você colocar algo lá, só pode deixá-lo por 24 horas, ou o bolsão dimensional pode começar a ruir e corroê-lo, a menos que você use uma lácrima para manter o encanto, mas tem de ser uma como a do seu anel, feita para armazenar vibrações divinas, assim o bolsão será mantido, senão …

FlashBack off

Depois de daquilo tudo, eu finalmente tive em que usar aquele feitiço, mas se não andar logo, outro bandido irá morrer.

Bem, é melhor eu andar logo e voltar pro trem, senão … (espirro), droga, já tô ficando resfriado!

Depois de finalmente chegar a traseira do trem, fiquei sobre a cobertura e usei minha magia para me secar e assim que estava seco, entrei no vagão e comecei a ir em direção a minha cabine. Chegando lá, vi que as duas estavam dormindo, cada uma em um banco. Não tive coragem de acordá-las, elas estavam lindas dormindo. Então criei uma cama de ferro entre os dois assentos e tirei meu colchonete do bagageiro e me deitei. Meu ultimo pensamento foi que estava faltando só um travesseiro bem macio.