Em meio ao desespero, sem querer, Sunny acaba caindo em cima de um suposto cais-aéreo, destruindo tudo o que há pela frente, deixando o casco do navio em um péssimo estado. E surpreendentemente eles descobrem que Heaven Base não é somente um castelo, mas uma cidade inteira. E no meio de todo aquele ambiente desértico, eis que um haki familiar assusta Luffy, o haki de um tritão... Jinbe!

—Jinbe, quanto tempo—disse Luffy com muita alegria.

—Poucas semanas para ser preciso, não?—respondeu

—Dá no mesmo. —Luffy ignorou a informação—O que está fazendo aqui?

—Me assaltaram...

—Te assaltaram?—Nami interrompeu—Pegaram um de nossos equipamentos, e o chapéu do Luffy.

Jinbe pareceu surpreso e um pouco irritado. Apertou a mão, e ficou olhando para o bando, e apontou para o castelo. Depois virou o dedo mais para a direita, foi só ai então que todos virão, tinha um pouco de nuvens atrapalhando visão, mas o que viram deixou todos extasiados... Uma enorme caixa preta, metade do tamanho do castelo de ferro, mesmo assim enorme.

—O que seria?—perguntou Robin.

—Não sei, mas creio que é ainda mais perigoso do que o próprio castelo. —respondeu.

Nesse instante um som de sirene soou, vinha do castelo e ia ecoando pelas ruas da cidade. O silêncio então foi quebrado.

—Vai começar.

—O quê?—perguntou Luffy.

—Se preparem!—Jinbe gritou alertando. —Ao contrario do que vocês pensam essa ilha não é deserta.

—Me interessei—disse Luffy já lambendo os lábios

—Foi em sentido figurado Luf...

Um som interrompeu Usopp deixando-o pasmo, todas as portas dos estabelecimentos e casas se abriram juntas. Todos temeram pelo pior...

—Fiquem tranquilos—disse Jinbe, logo fez uma pausa. —Isso é devido a grande quantidade de nuvem que enfrentamos agora a pouco, foi o que eu entendi pelo menos. —Deu um riso abafado.

—Ei senhor—Chopper chamou atenção—Onde está o homem que você estava...

—Eu me esqueci—disse Jinbe, levando a mão à cabeça e olhando onde havia jogado o homem mais cedo em preocupação. —Ele fugiu...

Colocou a mão sobre os olhos e mirou bem longe. O homem estava correndo enlouquecido pela orla da ilha, voltando.

—Estamos com problemas...

—Poxa, esse cara corre—disse Luffy, que logo fez uma pausa—Já foi, e está voltando.

Porém para surpresa de todos mais dois apareceram correndo junto a ele, e o numero só foi aumentando formando rapidamente um pequeno exército. Os outros que se juntaram ao homem eram diferentes, usavam terno e gravata, como se estivessem prestes a ir a uma festa. Usavam também óculos escuros, um chapéu e uma rosa vermelha para fora do bolso do terno.

—Vamos fazer o nosso plano o mais rápido possível. —Jinbe sugeriu.

—Mas por quê?—Luffy estranhou— São fracos. Não sinto o Haki deles.

—Acreditem, eles são fortes Luffy!

—Pensando bem eles devem mesmo—voltou atrás—Até porque usar terno num lugar tão seco e tão quente como esse não é pra qualquer um.

* * *

E o plano foi feito: Franky e Brook ficariam encarregados de cuidar do navio; Nami, Chopper e Robin iriam procurar a filha do senhor Iro; E Luffy, Zoro, Sanji, Usopp e Jinbe iriam resolver os problemas e abrir caminho até o castelo de ferro.

—Ei...Porque eu preciso ir com vocês?—choramingou Usopp— Não posso ir com a Nami ou ajudar Franky?

Olharam pra trás e viram que os homens ainda estavam a alguns minutos de distância. Aproveitaram e pegaram mais uma dose de saquê mais suco de laranja feito por Sanji para tomar. Após terminar Luffy soltou um suspiro e gritou todo animado:

—CERTO! A gente se encontra aqui de novo.

Ele olhou pra trás e nesse instante sentiu uma enorme pancada na cabeça, bateu de cara na mesinha, foi jogado e caiu rolando no chão parando de pernas para o alto a alguns metros. Ficou com a cara “enterrada” no chão.

—Mas o quê?—gemeu de dor. —Isso doeu!

Os homens de terno gravata chegaram antes do previsto. Sanji e Zoro se levantaram num pulo. Porém Luffy levantou também e passou entre os dois com velocidade empurrando-os para os lados, estava com o rosto agressivo.

—Ei, você!—disse correndo pra cima do que havia acabado de lhe bater— Como consegue ficar com essa roupa nesse calor?

* * *

Enquanto isso, Akakurai estava no topo do castelo, sentado em seu trono de rei, de frente para um enorme corredor que era sua “sala”, Ashi estava ao seu lado. A enorme porta que ficava no fim da sala se abriu, e um homem misterioso, com o rosto coberto por uma

mascara branca e usando um pano sobre o corpo, entrou e foi em direção de Akakurai, parou a alguns metros do digníssimo rei, fez uma pequena reverencia e ajoelhou-se.

—Senhor, deixe me cuidar dos que estão a te atormentar.

—Não é preciso, sua hora ainda não chegou. —respondeu Akakurai autoritário—Seria um mau uso de suas habilidades, Shiro.

Shiro levantou-se, virou as costas e foi em direção à saída. Akakurai pegou o Den Den mushi que estava em uma mesa de ouro em seu lado esquerdo.

—Qual a situação?—perguntou.

—Senhor, está um caos... Por favor nos ajude!

—Então nem mesmo o nosso canhão foi capaz de acabar com ele?—refletiu em voz alta.

Nesse instante o outro den den mushi que tinha em outro canto da mesa tocou. Ele atendeu.

—Senhor, acabamos de receber uma mensagem... O bando do Chapéu de palha está em Heaven Base!—gritou o den den mushi.

—Tenho que dar as boas vindas.

Shiro estava por trás da porta e ouviu tudo.

* * *

Luffy, ainda na orla da ilha, estava encarando os homens que ali chegaram. O que estava a sua frente elevou a mão calmamente em direção ao rosto de Luffy, deu-lhe um peteleco que de tão forte jogou a cabeça dele para trás. Luffy voltou calmamente a cabeça pro lugar. E voltou mudando sua cara de feliz e interessado, para nada feliz e raivoso.

—Gomu Gomu no...—disse esticando o braço direito para trás.

—Porque essa briga está tão lenta?—perguntou Usopp cochichando bem baixo para Chopper que estava ao seu lado.

—Deve ser algum tipo de plano do Luffy. —respondeu também cochichando.

—Oh, deve ser mesmo. —continuou, e fez uma pausa. —Quer mais suco?

—Não, estou satisfeito. Obrigado.

—Nada, que isso...

—Vocês querem suco?—Chopper perguntou ao pequeno exército de homens que ali estava.

Todos eles viraram o pescoço de vagar, para a direção de Chopper de rostos e de maneira assustadora. Fazendo com que a pequena rena se escondesse atrás de Usopp rapidamente.

O homem deu outro peteleco na cabeça de Luffy. E o mais estranho disso é que o nariz de Luffy, agora todo ensanguentado, não escondia que aquilo dava uma certa dor.

—É, isso mostra que ele realmente pode ferir usuários de Akuma no mi.—Luffy concluiu.

—O seu nariz está parecendo uma cachoeira de sangue—Nami gritou—Lute sério Luffy!

Luffy preparou seu golpe, mas foi interrompido com uma série de socos que jogava seu rosto de um lado para o outro, o homem não parava, já havia ultrapassado dezenas de socos. E por fim o sujeito dobrou o joelho, e subiu dando um enorme gancho no queixo de Luffy, jogando-o longe.

—Ei, eu disse “Luffy”, e não homem misterioso—Nami resmungou.

Luffy nem havia caído e já se lançou em direção ao oponente outra vez, só que dessa vez era sério. Esticou seu braço pra trás, girou o máximo que pode...

—RIFLE!

Gritou e golpeou com toda a força... O ar. O homem estava com o rosto inclinado para o lado, deixando o golpe de Luffy a ver navios.

* * *

Minutos depois, todos estavam correndo como loucos dos seres assustadores com roupa de gala.

—Socorro! YOHOHOHO!—Brook gritou.

—Eu disse para você lutar sério, Luffy!—Nami murmurou.

—Sanji e Zoro. Por que estão correndo?—Usopp estava implorando.

—Ué, cadê eles?— Chopper questionou.

—Espera, eles estão lá na frente!—Usopp notou—Bando de covardes!

—Olha quem fala. —Nami caçoou.

Luffy começou a dar gargalhadas. Continuaram a cortar cidade por uma avenida. Era uma ilha bem plana, era cortada por duas avenidas principais que faziam cruzamento no centro da ilha. E no centro desse cruzamento estava o enorme castelo. Dessas enormes avenidas havia ruas e ruelas.

A corrida do grupo começou a ficar cansativa, e para piorar a situação mais alguns “carinhas-bem-vestidos”, como os chamava Luffy, apareceram à frente. Estavam em uma situação de perigo, cortaram para dentro da ruela mais próxima.

Os estranhos perseguiam eles destruindo tudo o que viam pelo caminho. Sanji derrubava caixas de madeira para retardar a aproximação, mas eles corriam freneticamente e destruía as caixas sem fazer qualquer ação grandiosa.

Os homens começaram a se aproximar, e faltando um fio eles escutaram a voz que os salvaram! Um grito de força e potência foi dado:

—Por aqui!