—AKAKURAAAAAI!!

O grito imergiu da janela do castelo, era Luffy. O navio flutuou um pouco para cima devido ao vento pós meio dia. Do navio os canhões soaram, estava atirando exatamente onde Luffy estava. Akakurai puxou a corda uma, duas, três vezes... Luffy ricocheteou todos os tiros para longe. Luffy esticou os braços segurando cada mão em uma borda da janela.

—GOMU GOMU NO...—começou seu grito e foi dando pequenos saltos para trás.

—Zoro, Tobias... Vão para a caixa, é lá que fica o Gigante de Ferro!

—Ok—Tobias, finalizou a ligação que estava fazendo em um Den Den Mushi—Os meus parceiros estão pegando as pessoas que estão escravizadas e levando para a arca. Que está sob a segurança dos piratas do Bando dos chapéus de palha.

—O que você vai fazer? — Zoro perguntou com desconfiança.

—Eu?—Haw balbuciou—Irei atrás do único que pode parar esse Airship, colocá-lo ele no mar.

Zoro não se deu por convencido e fez um ruído. Luffy encostou no fundo do salão. Tirou seus pés do chão e puxou com toda força nos seus braços, fazendo ganhar uma velocidade incrível.

—ROCKEEEET!—bravejou.

E como um verdadeiro foguete, Luffy saiu como explosão rasgando o ar, na direção do navio agora flutuante.

—Ok direi a verdade. Há uma tempestade no sul, onde estamos indo. Há também uma arma abaixo da ilha capaz de destruir uma ilha inteira com apenas um tiro—Olhou profundamente para Zoro, e disse mais baixo—Tente imaginar a quantidade de energia necessária para fazer isso. A ilha não foi feita de ferro atoa, meu caro.

Luffy chegou até o Sunny, onde agarrou ao mastro, entretanto seu corpo continuou o movimento e não parou. E como elástico voltou o tronco para perto dos braços.

No castelo a voz de Tobias saiu enquanto refletia:

—Espera um pouco, a ilha é feita de ferro para que abasteça o reservatório de energia dessa tal arma? — colocou a mão na têmpora, realmente assustado.

—Está ilha vai atrás de tudo o que oferece energia, então ela vai na direção das tempestades. Há super-imãs por toda a ilha que fazem o trabalho de “chamar a atenção” dos raios, e o material em ferro serve para absorver essa energia.

Deu uma tosse e continuou:

—Quando a tripulação do qual você faz parte entrou na ilha, estava no meio de nuvens, não estava? — Haw disse e Zoro concordou com a cabeça. — Quando saiu da zona de nuvens tocou sirenes e as portas dos lugares se abriram. Isso foi feito para que as pessoas refugiarem das tempestades. Mas como podem ver, isso não funcionou, por isso todos os escravos ficam no “porão” do castelo.

—Então é melhor colocarem novamente para dentro do castelo, não acham? —Zoro tentou opinar.

—Está vendo essa janela que vocês fizeram? Pois é, faria os raios entrarem e rebaterem por todo o castelo. Qualquer um que fique no castelo morrera. Então o que temos que fazer é dar um jeito de parar isso tudo. Agora vamos!

Haw correu de volta para dentro dos corredores do castelo, mas foi apenas de ida.

Zoro foi até a borda do buraco na parede e se atentou as instruções de Tobias.

—Vamos saltar em um rasante com a parede do castelo, correndo com toda força, quando esti~

Tobias empurrou Zoro e saltou em seguida.

—UHUUUULL!!—Tobias gritou com o rosto mergulhado no prazer de estar voando novamente—É assim que se aprende a “voar”.

—Mas que merda! — Zoro gritou enquanto balançava os braços de aflição.

—Aperte o botão que está perto do seu peito, e jogue seus braços para frente...

Zoro obedeceu ainda com ar apavorado. Os dois estavam com os braços esticados para frente da cabeça, Tobias fez sinal com os olhos e como uma melodia contagiante os dois jogaram os braços para trás fazendo o corpo dele sair como jato pelo ar. O ar foi cortado pelos dois que estavam voando à 100 quilômetros por hora, no mínimo.

Zoro relembrou o que era ter o estomago congelado pela sensação de velocidade e medo, a muito tempo não havia tanta adrenalina rasgando as veias de seu corpo com tanta intensidade. Era como algo totalmente novo, o vento batendo em seu rosto, voava costurando por entre os prédios de ferro vazios que ecoavam o som do vento sendo evacuado.

—YEAAAH!!

Esse foi... O mais alto grito de empolgação de Zoro em anos.

***

O grupo de homens usando roupas brancas, que agia junto à Tobias estava guiando as pessoas para dentro da arca. Nami estavam encarregados de dar continuação, o grupo iria para a caixa também.

—Mas e o Kizaru?—Usopp guinchou rastejando até o grupo.

—Já cuidamos disso. Lebre, aquele com as correntes e o Sapo com as armas... Eles são ótimos para estratégias apesar de brigarem muito.

—Nossa, e qual estratégia eles usaram? —Nami perguntou realmente surpresa.

Tigre olhou friamente para os dois Mugiwara e disse devagar e baixo tom:

—Eles levaram nosso líder, Humano, e perguntaram o que podiam fazer. Olha só como eles são espertos —usou o sarcasmo até nas mãos— Humano foi até o Kizaru falou para que eles saíssem de Heaven Base e arquivar este acontecimento para que seja aberto apenas daqui 10 anos.

—COMO?—Nami abriu a boca em espanto.—Ele tem alguma Akuma no Mi, o que é?

—Espera,—Usopp refletiu com ele mesmo— Ele é da marinha?

—Não,—disse Sapo que apareceu atrás de Nami e Usopp, fazendo os dois se virarem—Ele é um Tenryuubito.

—COMO É QUE É?

—Não conte aos outros, na hora certa iremos explicar tudo. Inclusive o porquê de só daqui 10 anos o arquivo ser aberto.

***

—PISTOL!!

Luffy gritou deferindo o golpe sobre queixo de Akakurai que bateu as costas na borda do navio. O tirano inspirou fundo o máximo de ar que podia, sentiu um cheiro forte de sangue, era seu nariz. Mal deu tempo de descansar e Luffy deferiu outro golpe que o jogou para fora do Sunny. Luffy pulou em seguida em queda livre puxando os dois braços para trás.

—BAZOOKA!—gritou.

Entretanto Akakurai absorveu o impacto do ataque de Luffy, abriu a mão em seguida e nela havia uma esfera de energia verde, espremeu a esfera com toda força na bochecha de Luffy que sentiu quase quebrar seus ossos de borracha. Era o troco, Luffy estava recebendo o efeito de seu próprio golpe.

Akakurai que estava virado para Luffy que estava sobre ele, sentindo o vento da queda bater em suas costas, estava deitado no ar, olhou para baixo em remorso.

—Droga!

Juntou energia em suas mãos e explodiu-as fazendo voar para frente e praticamente cessar a queda pousando em cima de um prédio.

Luffy se encheu de ar se transformando em um balão, quicou no chão e parou em pé (e vazio) no terraço de outro prédio.

Estava muitos metros de Akakurai, mas sentia seus olhos indo de encontro aos dele que ferviam.

Akakurai apontou a palma da mão direita para Luffy e usou a esquerda para segurar o antebraço. Como um trovão, a energia ia percorrendo o corpo de Akakurai indo em direção a palma da mão estendida que continha uma esfera pequena da mesma energia usada mais cedo, entretanto com um tom verde bem mais escuro.

Distante dali, dando uma observada por precação, Haw, segurando um mapa, serrilhou os olhos buscando enxergar mais detalhes do que acontecia... O brilho da energia era como a primeira estrela dos fins de tarde...

—LUFFY, SAI DAÍ! LUFFY!!! —Haw bateu na parede com aflição, tentava recuperar o ar,—ELE VAI MATAR VOCÊ COM ESSE GOLPE!! —gritou quase rasgando as cordas vocais.

~~LUUUUUUUUFY!!