Eu não tinha outra opção. Precisava ir para o hospital. Depois eu especulava outras maneiras mais terríveis de xingar David por me abandonar. Eu estou muito preocupada com minha mãe. Queria saber se ela estava bem, ou se seu acidente tinha deixado alguma sequela. Eu já havia sofrido demais em minha vida. Não tinha como contar com nenhum amigo. Só depois que conheci Vick, minha vida deu uma melhorada. Prometi para mim mesma que nunca iria me envolver com mais nenhuma pessoa que me fizesse sofrer de novo. Meu primeiro namorado o Gray, havia feito comigo a coisa mais terrível que alguém pode suportar. Quer dizer, que alguém apaixonado pode fazer. Eu fui estupida quando topei fazer o que ele me pediu. Roubar, matar(ou quase), ferir minha família ou ate mesmo a família dele, só para conseguir dinheiro. Ninguém espera que alguém tão animado quanto eu pode ter sofrido tanto. Tenho tanta vergonha do meu passado que prefiro nem me lembrar. Já era quase oito horas da manhã, quando liguei para Vick, para perguntar se ela poderia me levar até o hospital.

—Alô? - concerteza ela estava dormindo. Eu adivinhei só pela sua voz.

— Vick? Tava dormindo?

— Não, não. Eu estava aqui em casa fazendo as unhas só esperando você me ligar! E claro que eu estava dormindo! E impressão minha ou meu relógio está marcando 8:00 am?

— O seu relógio está certo. Mas eu preciso de sua ajuda. Minha mãe acabou de sair da cirurgia e não tem ninguém aqui em casa para me levar até lá.

— O que aconteceu com o David? Ele disse que ia ficar com você pare te levar.

—Pois é. Quando eu acordei ele já não estava mais aqui.

— Aff. Ele não cumpre nada que promete. Da proxíma vez vou pedir para o Jujuba me ajudar ele concerteza e mais confiável. Chego ai em 10 minutos. Esteja pronta.

—_ Eu já nasci pronta.

Exatamente 10 minutos depois Vick estava parada na entrada de minha casa.

— E ai? Você não viu ele saindo?

—Ele quem?

—David o Cachorro. Ele não estava na sua casa?

—Humm... Na verdade eu vi um vulto passando na porta do meu quarto. achei que podia ser você, mas quando eu chamei ninguém respondeu.

—Sério?

—Pois é. Eu fiquei bem assustada. Eu não pensei que poderia ser ele. Eu percebi que ele não gosta muito de você.

—Como assim ele não gosta de mim?

—O que?

—Você disse:" Percebi que ele não gosta muito de você". Por acaso ele disse que não gosta de mim?

—Não... Desculpe Vick. Eu quis dizer que ele não gosta de mim.

—Ah, bom. Pensei que ele tinha te falado alguma coisa sobre mim. Mas deixa isso pra lá. Não importa. O importante e que a gente precisa chegar logo no hospital.

—Tá legal. Vamos!

Chegamos no hospital e levamos o maior susto. Meu pai estava desesperado na porta do hospital.

—Pai? O que houve? Aconteceu alguma coisa com a minha mãe?

—E que... E que... sua mãe teve uma hemorragia na cabeça.

—Mas como?

— Não sei. Eles falaram que com a queda ela pode ter batido a cabeça no degrau. Mas se os médicos não fizerem a hemorragia parar sua mãe pode... morrer.

—O quê? Não. Não, não posso perder minha mãe.

—Eu também não quero perde-la, filha. Mas nós não podemos fazer nada. É impossível para nós fazer alguma coisa.

—Mas pai...

Nem cheguei a terminar a frase . Quando percebi já havia desmaiado.