E as Bruxas se Divertem escrita por Biola_Chan


Capítulo 4
O pentagrama.


Notas iniciais do capítulo

E finalmente acontece algo diferente -hm. -QQQ



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                Depois daquilo não voltei pra casa, eu precisava pensar. As pessoas já sabiam do acontecido, sem duvida. Seria mal vista pela cidade, dada como uma assassina. Decidi vagar pelo cemitério.

                O crepúsculo já havia chegado ao final quando resolvi descansar, usei um tumulo qualquer como assento. Muitas pessoas teriam medo de andar no lugar aonde existem mais pessoas mortas do que vivas. Mais eu não ligo, talvez já tivesse me acostumado com a idéia de deixar a vida.

                O vento estava tão gelado que parecia cortar a minha face; a lua estava tão linda, tão brilhante, impossível de não ficar encantado. As folhas das árvores balançavam, criando uma musica, uma doce musica com um toque de terror ao fundo. Tudo ali estava calmo, mas o medo ainda tomava conta de cada parte do meu corpo. O que essas mortes significavam? E ainda mais estranho, o que eram aquelas frases? Foi nesse momento que mais ansiei por um abraço. Deitei, e quando estava ao ponto de fechar os olhos e dormir, ouvi uma voz.

                - A sua hora chegou, minha princesa. – As folhas pareciam acompanhar a voz que, apesar de suave e feminina, era assustadora. -Hora de mostrar a tua verdadeira face!

                - Quem está ai? – Gritei – Quem está ai? DIGA!

                - Vamos brindar a ti três vezes, durante três noites. – Sem ligar para o meu desespero a voz continuou – E depois de dançar e cantar...

                -VÁ EMBORA! – As lagrimas escorriam por todo meu rosto...- Me deixe em paz!

                E do meio da floresta que cercava o cemitério uma garotinha saiu. Seu cabelo negro chanel  voavam com o vento, deixando sua pálida face e seus olhos  âmbar aparecerem. Sua roupa talvez fosse o mais interessante, era um vestidinho negro de mangas longas, saia de pregas e detalhes rosados. E nos lábios cor de sangue se encontrava um sorriso cheio de maldade.

                - Iremos te julgar! – Quanto ela recitou a sua ultima frase o vento cessou de uma maneira assustadora. Seu cabelo descansou intacto, sem um fio sequer fora do lugar.

                Estava em choque, e talvez até hipnotizada com a magnitude que aquela pequena figura tinha. Mais a razão foi mais forte que a emoção, eu tinha certeza que se eu não saísse dali algo de muito ruim iria acontecer. Corri para a direção oposta da garota, mas antes que eu tomasse alguma distancia uma rajada de vento fortíssima me fez cair e logo na minha frente à pequena garota surgiu. Sorria mostrando seus perfeitos dentes.

                - Muito mais linda do que eu teria imaginado.  – O vento agora voltara. – Seria você a doce Melissa? – Não respondi. – Oh, que falta de educação a minha, me chamo Caroline.

Não respondi novamente, estava impressionada demais para falar qualquer coisa. Apensa acenei com a cabeça.

                - Pobrezinha.  – Ela se sentou ao meu lado e me abraçou. Sua pele era tão gelada quanto à de um morto. – Deves estar tão assustada. Sinto muito por você minha querida. Oh, sempre fui contra essa historia de oferendas e... Ops, não posso falar nada. Proibiram-me, Crês? Estas tremendo!Será o frio?

                O que era aquela menina que agora estava a me consolar? Falava de um jeito antigo misturado ao moderno. Agora já não conseguia me mover, estava assustada.E tenho certeza que não era de frio que estava me fazendo tremendo.

- Tenho uma idéia querida! – Ela se separou para poder olhar em meus olhos- Sabias que eu posso acabar com essas mortes?

                Agora estava confirmado, tudo tinha sido causado por mim, mais agora surgiu alguém dizendo que poderia acabar com isso. Seria um sonho? Talvez eu tenha dormido mesmo...

- Pode? – Falei pela primeira fez, minha voz estava fraca e rouca

                - Sim, a única coisa que deves fazer para me ajudar é usar esse colar. – E de dentro do decote da blusa tirou uma corrente com um pentagrama.

                Sempre ouvi falar que não se aceita nada de estranhos, mas estava desesperada ao ponto de aceitar qualquer coisa. Tomei o colar para mim.  Ela sorrio novamente e disse:

                - Tenha sorte minha princesa. Veremos-nos em breve... – E como um passe de mágica ela sumiu.

                O que aquilo tinha sido realmente eu não sei. Única coisa que me lembro foi que depois que eu coloquei o colar meu corpo inteiro ficou pesado e eu me senti cansada. Deitei no chão do cemitério e adormeci.

                 No dia seguinte acordei em minha casa, mais dessa vez com a mesma roupa de ontem...

 


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