Deathbed escrita por Grani008


Capítulo 16
Cocaine can't do It like You do It to Me


Notas iniciais do capítulo

Oie. Sim eu to dando as cara e espero que alguém ainda leia. Vou terminar essa fic. Boa sorte pra mim! Por favor comentem! Desculpem toda a demora gigante, eu amo vocês.
~nolita



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Cap.16 Cocaine can't do It like You do It to Me

Ele tirou a minha gravata como se tivesse treinado anos por isso, com os olhos fixos no meu pescoço e mordendo o lábio inferior de leve. A verdade era como um caminho mútuo de comprometimento que pairava entre nós dois como se estivesse impregnada nas moléculas de ar: aquilo podia ser mais rápido, mais frívolo, seguindo os prazeres da carne como se nossas peles estivessem sendo queimadas em brasas recentes e esquecidas em uma lareira, mas então se apagaria e estaríamos exaustos, viraríamos as costas um para o outro e dormiríamos. E não era isso que procurávamos agora.

Ele tinha parado de me beijar e me puxado gentilmente pela mão e subimos na cama sobre os cobertores grossos e claros. Ele se ajoelhou e eu fiz o mesmo na sua frente, continuávamos de mãos dadas. E então ele estendeu as mãos para o meu pescoço e o tocou de leve fazendo um arrepio de ansiedade contida se espalhar pelo meu corpo. Ele tirou minha gravata e a jogou de lado com um movimento calmo, depois puxou minhas mãos para ajuda-lo a tirar os botões da camisa, um por um, sem pressa. Ele puxou a camisa sobre os ombros largos e ela caiu em cima da cama sem nem um único ruído. Eu coloquei minhas mãos em volta do seu pescoço e o puxei pela nuca fazendo nossos lábios se encontrarem, ele abriu a boca e deixou minha língua entrar e nos beijamos lentamente. Ele colocou as mãos em volta da minha cintura em baixo da camisa e me segurava possessivamente perto dele, o corpo dele empurrava o meu de leve enquanto ele me beijava, nossos corpos se chocando um contra o do outro, nossas línguas também e mesmo de olhos fechados tudo era como se eu visse ele ali, sentisse ele ali e eu sabia exatamente o que estávamos fazendo. Amando um ao outro do jeito que parecia mais certo agora. Eu não sabia se Percy também compreendia isso, mas aquilo importava para mim e eu guardaria cada momento na minha cabeça. Os dentes dele se chocaram com os meus e eu percebi que agora minhas mãos puxavam seus cabelos de leve. Ele usava toda a concentração que conseguia em tirar os botões da minha blusa e me beijar ao mesmo tempo.

Eu me aproximei mais e me sentei no seu colo, desviei minha boca da sua e beijei seu pescoço, uma, duas, três vezes, com os olhos inspecionando a pele branca aqui e ali, querendo guardar tudo. Eu fechei os olhos e o mordi, ele arqueou as costas e murmurou um palavrão. Eu sorri da situação e suguei o lugar que mordi sabendo e ia ficar um roxo ali depois. Ele se atrapalhou com os botões e soltou um suspiro de frustração. Eu apertei meu corpo mais junto ao dele.

– Ah cara. – Ele disse jogando a cabeça de lado, me dando espaço para morder a pele vulnerável do seu pescoço. – Assim eu não consigo abrir isso... Ah, aaah meus deuses para com isso, me deixa... Nico...

Eu tirei minhas mãos que arranhavam suas costas de perto da sua pele e as voltei para o seu cabelo. Beijei o canto do seu rosto, e perto da sua boca.

– Nico. Isso me deixa frustrado, para de fazer tudo...

– Rasgue-a. – Sussurrei.

– Rasgar o que? – Ele murmurou de volta.

– Rasgue a camisa Jackson. – Eu disse sussurrando, olhando nos olhos dele.

E não precisei dizer duas vezes, ele rasgou o pedaço de pano com um puxão e jogou o que sobrou dela para fora da cama.

– Ops. – Eu sorri.

Ele passou minhas pernas pelo seu quadril em um movimento rápido, me arrancando um arquejo de surpresa, depois passou as unhas nas minhas costas, me fazendo me sentir excitado. A pele dele queimava contra a minha. Eu tinha desligado a luz e deixado a lareira ligada, com pequenos feixes rebeldes de luz laranja manchando sua pele quando eu abri os olhos e olhei para o peitoral largo. Do modo como eu estava agora eu estava um pouquinho mais alto que ele. Passei as mãos pela sua barriga, pelo seu peito, da linha da clavícula até os ombros, sentindo cada calafrio que percorria o corpo dele – com o toque das minhas mãos geladas na sua pele quente – como se fosse no meu.

Eu foquei meu olhar naqueles olhos verdes, sentindo a intensidade deles, as pupilas dilatadas, os cílios escuros tão perto dos meus. Sua boca vermelha entreaberta. Ele aproximou seu rosto devagar do meu, desviando o olhar da minha boca para meus olhos no último segundo e eu também inclinei meu rosto para o dele. Nossos lábios se tocaram com aquele choque que eu não sentia a algum tempo, como se fossem duas energias diferentes disputando uma quase guerra. Ele empurrou meu corpo contra a cama sem parar o beijo, pressionando seu corpo no meu.

Ele desviou a boca da minha e beijou meu pescoço, a clavícula, meu peito, mamilo – arrancando um gemido rouco da minha boca -, barriga. Eu puxei seus cabelos cada vez com mais força com a proximidade que ele chegava de onde nós dois queríamos que chegasse.

– Então eu só te deixo frustrado? – Sussurrei provocantemente quando ele passou as mãos pela parte de dentro das minhas pernas, apertando minhas coxas.

– Você me deixa irritado. – Ele disse em alto e bom som. E continuou rápido. – E frustrado, e deixado de lado. E me faz sentir sozinho.

Ele parou de me beijar e voltou para perto de mim, encarando meu olhar de confusão como se não fosse nada. Eu não queria brigar, não agora. Puta merda não agora.

Então ele quebrou todo aquele medo que se juntou dentro de mim, como se isso fosse vidro e ele tivesse um machado. E soubesse usá-lo.

– Também me deixa feliz, me deixa ansioso por voltar pra casa, me deixa desejando tirar sua roupa toda vez que eu estou perto e longe de você, e me deixa excitado, muito excitado, excitado pra cacete.

– Aham.

Eu disse e o puxei pelo cós da calça para mais perto e abaixando o zíper, estava quase a ponto de tirar a box preta quando ele também abriu o zíper da minha calça. Um gemido rouco escapou dos meus lábios por ele ter feito isso com um pouco de força demais. Ele sorriu cafajestemente.

– A gente resolve o resto depois. – Insisti.

Ele concordou com a cabeça e continuou.

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– Sabe... – Ele sussurrou passando os dedos no meu ombro até o ante braço, onde o lençol cobria minha pele, indo e voltando, me dando um sensação de conforto. – Eu te amo.

Levantei um pouco a cabeça para olhar para ele, estava um pouco surpreso com aquilo agora.

– Nunca confie no que um homem te diz depois de se aproveitar de você na cama. – Eu disse com a voz rouca e cutucando seu peito de leve.

Ele sorriu um pouco e depois me olhou nos olhos, sorrindo de leve, daquele jeito adolescente que só ele conseguia. Acho que nem se ele tivesse cinquenta, sessenta anos, com rugas ao redor dos olhos eu conseguiria ver aquele garoto de dezessete quando ele sorrisse assim para mim, só para mim.

– Eu falo sério. Digo... - Ele fixou os olhos no meu ombro. – Nesses anos eu não disse isso o tanto que deveria, então estou dizendo agora. – Ele focou o olhar no meu. – Eu te amo Nico DiAngelo. Amo o fato de você ter se referido a mim como um homem e não como um adolescente; amo o jeito que a sua voz é rouca e sexy, e eu amo tantas coisas em você que eu poderia fazer uma lista que começaria com...

Eu o interrompi com um beijo, ele demorou um pouco para abrir a boca e deixar minha língua entrar, nossos dentes se chocaram e suas mãos puxaram meus cabelos quando eu mordi seu lábio inferior. Ele se apoiou nos cotovelos, tocando de leve meu braço, e era como se puxasse minha boca para mais perto da sua. O nariz dele tocando no meu, nossos rostos batendo de leve, a língua dele se enroscando na minha e me poupando de respirar como se disse que eu não precisava mais daquilo e eu acreditava. Ele passou a língua pelos meus lábios como se pedindo mais e não tinha como eu lhe dar mais, mas isso que era bom de seus beijos, por que sempre queríamos mais e mais então nunca era suficiente para parar. Eu movi meu corpo para mais perto do dele e ele entrelaçou suas pernas nas minhas e nossas mãos também.

Mas então ele parou do nada e se afastou. Me jogou de lado e se colocou sobre mim, prendendo minhas mãos com as suas e beijando meu pescoço. Então ele se afastou de novo.

– Posso te fazer uma proposta? – Disse fitando nossas mãos juntas.

– Precisa ser agora?

Eu disse isso com tom arfante e tinha certeza que meu rosto estava vermelho e que minhas pupilas estavam dilatadas de desejo. Eu queria o corpo dele e o meu tão próximos, os calores se misturando, as peles se arrastando, os suspiros e gemidos preenchendo o quarto.

– Precisa. – Ele respondeu cortando minha imaginação e não me deu uma pausa para perguntar o que era. – Eu vi Ally e Elliot no jantar...

– Sim? – Eu disse percorrendo o peito dele com os olhos.

– Com toda aquela atmosfera acolhedora... E brinquedos pelo chão...

Mal ouvi oque ele falou, estava prestando atenção na boca dele e no seu pescoço, com inúmeras marcas de mordidas e alguns roxos aqui e ali.

Porra Nico presta atenção no que eu estou falando!

Eu olhei para ele que parecia muito ofendido e nervoso, então percebi que devia estar realmente prestando atenção e comecei a tentar lembrar. Nada.

Ele suspirou frustrado.

– Eu quero uma família Nico. – Afirmou em tom firme.

– Já somos uma família.

– Eu quero brinquedos espalhados pela casa. Gritos chamando pelos pais. Eu quero ter filhos Nico. - As bochechas dele estavam mais vermelhas, como se estivesse com vergonha e seus olhos não paravam de mudar o foco como se estivesse muito nervoso, o que provavelmente era verdade.

– Você sabe que isso é fisicamente impossível não sabe? – Olhei para ele confuso. A possibilidade de ele querer dizer que estava me deixando só me atingiu alguns segundos depois, mas eu não queria acreditar.

– Idiota. – Ele afundou o rosto na curva do meu pescoço. – Adoção idiota. Entende agora?

– Ah.

Minha resposta soou seca e sem vida, ele levantou o rosto e me fitou com expectativa.

– Eu te amo Percy Jackson. – Declarei. – E se quiser vamos visitar um orfanato amanhã, ou seja qual for a papelada que teremos de encarar para fazer isso.

Ele sorriu de lado e me abraçou.

– O nome dela.

– Ela?

– Ela. – Ele balançou a cabeça afirmativamente. – Vai ser Zoe. Zoe Doce Amarga.


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Notas finais do capítulo

Eu sei! Não teve lemon! DESCULPA CARAMBA! Mas minha amiga ia escrever pra mim e ela desistiu e tipo, eu não sou boa com isso então cheguei o mais perto que podia.
Espero que tenham gostado da volta de Deathbed.
OBRIGADA POR LER QUEM LEU E PF COMENTA



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