A saga de V - Immortalis escrita por Adriana Macedo


Capítulo 17
Capitulo 16


Notas iniciais do capítulo

Apenas quatro capítulos para o final de Immortalis!
Alguma suspeita do que vai acontecer?
E ainda há o mistério dos três caixões.....



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Capitulo XVI

Bebo a água que Cho me oferece, quando desmaiei para fugir do interrogatório acabei caindo e batendo a cabeça. Dante ainda me encara, seus olhos como látex, pretos e frios. Já vi aquela expressão antes. Ele senta a mesa da cozinha, bem na minha frente, cruza os dedos em cima da mesa e respira fundo olhando para baixo, então volta a me encarar.

– Por onde você quer começar? – sua voz está rouca e fria, congelando-me por dentro.

– Que tal você começar, Dante. – Falo cruzando os dedos assim como ele.

– Quem fugiu de casa foi você louca. – ele me olha confuso.

– Motivos o que não faltaram. – falo amarga.

– Vinny você comeu alguma coisa? – Dona Cho intromete-se.

– Fique fora disso. – Eu e Dante falamos ao mesmo tempo.

– Não tenho medo de você Dante. – falo levantando da mesa e indo até a sala.

– E você acha bonito ficar drogada em uma festa com pessoas que você nem conhece. Acha bonito ir para um quarto com um garoto que você conheceu em menos de duas horas? Acha que está com a razão Victoria? – ele me segue, gritando.

– Eu não estava drogada. – respondo, sem muita certeza.

– Não? – ele grita e ri. – O que acha que te deram que te deixou tão feliz daquele jeito?

– Álcool. – falo dando de ombros.

– Só? – ele fala sarcástico.

– Se não tiver sido não é da sua conta. – falo aborrecida por ele estar certo.

– Ai é que você se engana. – ele para bem na minha frente. – Eu estou responsável por você. E se você morrer em minha responsabilidade vou ouvir boas horas de palestra de como ser um bom anjo e ainda vou ser rebaixado por sua causa. – ele fala – Mas já sabe disso. Quantas vezes eu já não disse isso a você, sua louca inconsequente?

– Como sempre não é Dante? – falo com raiva.

– Como sempre o que?

– Você! – falo jogando os braços para cima. – Só se importa com essa sua maldita carcaça. – falo batendo o dedo em seu peito nu.

– Tenho mais a perder que você. – ele segura meu pulso. – Acredite. – e então o larga e vai embora.

– Não! – grito. – Volta aqui agora! – falo com raiva e o sigo pela escada.

– Acho que Robert quer te escutar mais do que eu. – ele fala.

– Não me importo. Quem vai escutar é você! – o sigo até a porta do seu quarto e paro.

– Vai entrar? – ele ri.

– Hmpf. – eu bufo com raiva e então entro pela primeira vez no quarto de Dante.

– Então, o que iria falar? – ele ri sarcástico e vai até o biombo preto no canto do quarto.

Não é só o biombo que é preto. Tudo tem um tom muito escuro, desde o lençol azul marinho sobre a cama enorme até a cor da parede que é verde muito escuro. Na parede há uma estante de madeira cheia de CDs e DVDs. A parede em frente à cama tem uma tevê de 50 polegadas e um aparelho de DVD.

Ele joga a toalha que cobria suas vergonhas por cima do biombo e ela cai no chão. Ouço sua risada e sei que ele ri por que sabe que estou vermelha.

– Vou ignorar isso. – falo entredentes.

– Como quiser rainha do gelo. – ele sai de trás do biombo com sua habitual calça branca larga de corda. – Você ainda não falou o que queria.

– Você não para de me distrair. – falo com raiva. Ele ri.

– Não estou fazendo nada. – ele coloca as mãos no alto e senta na beirada da cama. – Estou ouvindo.

– Você não está com raiva de mim? – pergunto confusa.

– Já falei o que eu tinha que falar. Não acho que sua cabeça oca possa entender muito mais que aquilo. – ele cruza os braços.

– Por que você sempre tem que ser tão onipotente? – falo com raiva.

– Não é onipotência! – ele resmunga.

– Acho que você nem sabe o que é isso. – falo virando de costas para ele, coloco as mãos sobre o rosto e começo a chorar.

– Você está chorando? – ele gagueja.

– Lavando meus olhos é que não é né? – falo com raiva.

– E por que está chorando?

– Por que devia ser tudo mais fácil! Eu pensei que estava livre e olha eu aqui! Presa a alguém que só pensa em si mesmo! – grito.

– Não é culpa minha. – ele revida.

– A culpa é de quem então?

– Do Robert! – ele grita de volta.

– Robert?! – eu falo enxugando as lagrimas. – Ele não! Na verdade ele é o único que até agora realmente se importou comigo!

– Então por que não está lá com ele? – ele grita.

– Por causa de você! – grito de volta. – Mas eu não devia. Você só me usa! – grito chorando.

– Não! – ele nega.

– Não adianta Dante. – eu tento falar sem soluçar. – Eu ouvi cada palavra naquela noite. Seu plano mesquinho e egoísta. – e então pego um vaso de flores do criado-mudo e jogo na parede.

– Você está ouvindo coisas Vinny!

– Você só quer se aproximar de mim para beneficiar a si próprio não é? – pego por trás da tevê e a jogo no chão, quebrando sua tela em mil pedaços.

– Não! – ele grita.

– Espero sinceramente que você se dê muito mal em seus planos. – e então corro até a estante de CDs.

Ele me segura e me joga na parede, segura meus braços abertos e prende minhas pernas nas suas.

– Me larga! – grito. – Tenho nojo de você!

– Se tivesse nojo não teria entrado no meu quarto. – e então ele me beija. Penso com toda força que posso no beijo de Robert, sei que vai atingi-lo. Ele para de repente e me olha nos olhos.

Sinto o arrepio em seu pescoço, vejo em câmera lenta seus pelos da nuca se eriçando. Eu sorrio sombriamente em resposta. Estamos em um jogo onde dois jogam.

– Você não fez isso de novo! – ele suspira alto.

– Prova dos nove. - debocho. Ele soca a parede ao lado da minha cabeça. Viro o rosto na direção oposta. Já esperava algo parecido.

Ele me beija com força e solta um braço só para poder segurar meu pescoço. Sinto que estou ficando sem ar, ele está me beijando ou tentando me matar?

– Está machucando. – falo quando finalmente ele desgruda dos meus lábios.

Ele me solta e dá dois passos para trás. Coloco as mãos no pescoço e respiro fundo. Tenho que tossir algumas vezes para que minha respiração volte ao normal.

– Desculpa. – ele senta novamente na beira da cama. Sento no chão encostada a parede.

– Estou bem. – falo ainda com as mãos no pescoço.

– Não sei o que acontece comigo às vezes. – ele coloca o rosto nas mãos e apoia os ombros nas pernas.

– Nem eu. – falo. – Desculpa pela tevê.

– Tudo bem. Nunca a liguei mesmo.

– Eu vou embora. – falo levantando devagar e apoiando a palma de minha mão no chão, até que sinto uma dor forte e aguda penetrando minha mão. – Ai!

– O que foi? – Dante pergunta alarmado, ajudando-me a levantar.

– Cortei minha mão. – falo olhando o profundo corte bem no meio de minha palma.

– Que droga. – ele resmunga. – Vem, vamos limpar isso.

– Não! – falo soltando-me dele. – Eu sei me cuidar sozinha.

– Pare de orgulho Vinny. – ele volta a segurar meu braço. – Sou seu anjo da guarda lembra?

– Um anjo que acabou de tentar me matar. – falo soltando do seu braço. – Não quero esse anjo da guarda para mim. - e então saio do quarto fechando a porta.

– Ai! – reclamo, mas dona Cho segura firme minha mão para que eu não a puxe, de novo.

– Senhorita, tem que ficar quieta para que eu consiga retirar os vidros! – ela ralha.

– Desculpa. – falo pela terceira vez.

Estou sentada em cima da bancada da cozinha ao lado da pia. Há uma grande quantidade de soros e gazes ao meu lado e a minha frente Dona Cho está concentrada com uma agulha esterilizada cutucando minha mão.

– Ai! – reclamo outra vez. Ela olha para cima. – Tudo bem. – finjo passar um zíper em minha boca com a outra mão.

– Já estou quase acabando. – ela sorri. Eu suspiro em alivio.

Ela joga algo vermelho quase marrom no algodão e passa no meu corte, depois como o corte não foi muito profundo, coloca algumas gazes e enrola com esparadrapo. Desço da bancada, sento na cadeira da mesa de jantar e examino meu curativo.

– Agora vou guardar isso no banheiro. – ela sorri e me deixa só na cozinha.

– Droga. – resmungo. – Além de tentar ser morta ganho um corte em minha mão esquerda. – suspiro. – Poderia ser pior.

– Podia sim. – Dante fala ou meu ouvido. – Poderia ser na mão direita.

– Eu vou mais falar o quanto isso me irrita! – falo entre dentes. – Você já sabe!

– Você também sabe que não pode se meter em encrenca e se mete, então por que eu deveria obedecer você? – ele levanta as sobrancelhas com ceticismo. Mostro língua para ele. – Deveria escovar melhor sua língua. – ele faz cara de nojo e começa a rir. Levanto minha mão para mostrar dedo para ele. – Você já está com uma mão cortada quer ficar com uma quebrada também?

– Hmpf. – bufo.

– Cho! – Dante grita.

– O que foi Dante? – ela corre até a cozinha. – Algum problema?

– Você não fez torta? – ele faz uma carinha de triste que se ele não tivesse tentado me matar a algumas horas até eu ficaria com pena.

– Fiz sim. – ela aperta as bochechas de Dante ficando na ponta dos pés. – Está no congelador anjinho. – e então ela retira uma grande tigela redonda com torta de chocolate.

– Anjinho. Hmpf. – repito sarcástica.

– E leite? – Dona Cho pergunta tirando a garrafa de leite da geladeira.

– Claro. – ele sorri já com seu prato enorme de torta.

– Pra onde vai tudo isso? – pergunto incrédula.

– Para você é que não é. – ele responde. – Você já reparou Cho que ela emagreceu depois que veio morar aqui?

– Sim. – ela me avalia. - Na verdade está bem mais magra e pálida. – ela aperta minhas bochechas. – Até suas sardas sumiram.

– Parem! – falo envergonhada. - Se estou magra a culpa é sua. Nunca quase morri tanto em toda minha vida.

– Bem, a ultima parte até que é verdade. – ele ri bebendo um grande copo de leite.

– Eu vou dormir. – falo levantando. – Tive uma noite muito longa.

– Boa noite senhorita. – Cho diz sorrindo ao lado de Dante.

– Boa noite. – respondo e quando Dante está para abrir a boca. – Nem tente. – falo entredentes e então vou para meu quarto.

Olho para o teto. Minhas estrelas que brilham no escuro ainda estão ali. Olha-las me dá uma sensação de nostalgia tão grande que meu coração bate fraco e descompasso.

As lembranças de minha irmã e meu pai há muito não me assombravam. É possível esquece-los por alguns dias ou até semanas, mas nunca para sempre. Dante poderia apagar minhas memorias, mas eu não sei se sou corajosa o suficiente para isso.

Eles foram as únicas coisas que me mantiveram viva até o dia em que Robert apareceu na escola e esquece-los seria matar uma parte de mim. Eu nunca poderia esquecer os dias em que meu pai ia me buscar na natação, ou até mesmo no balé. E também quando Anita nasceu. Como eu ficava horas olhando seu berço e me perguntando por que seu cabelo era loiro e o meu vermelho, o que não foi motivo para que eu a amasse desde o primeiro momento.

Certas coisas pequenas e que para muitos não significavam nada, mas para mim faziam que o mundo tivesse cor, que minha luta valia a pena e que toda vez que eu assumia a culpa por Anita a dor que minha mãe me causava era recompensada com horas de escovação de cabelo por Anita. Tudo por eles valia. Eu não podia esquecê-los.

Será que eles ainda lembravam-se de mim? Perguntei a mim mesma. Mas a resposta eu já sabia. Não. Dante apagou a memoria deles e hoje eles viviam como se Anita fosse filha única. Só esperava que ela não estivesse sofrendo. Mas no fundo eu sabia que não. Meu pai poucas vezes podia nos deixar na escola e quando eu a vi pela ultima vez eles estavam indo para lá.

Ela estava saudável e bem. Eles seguiram em frente e eu não conseguia fazer o mesmo.

Então um barulho surdo em minha janela chama minha atenção. Limpo as lagrimas em meus olhos e olho para onde o barulho surgiu.

– Miau. – um gato muito preto aparece na janela.

– Hmpf. – viro para o outro lado e me cubro com o lençol. Ele pula em minha cama e ronrona ao meu lado. – Vá embora Dante! – falo com raiva.

“Vamos Vinny, nós dois sabemos que você não quer que eu vá” Dante fala em minha cabeça.

Então ele enrosca ao meu lado. Ficamos em silencio por um tempo, ainda continuo virada para o outro lado. Até que Dante pula por cima de mim e enfia por baixo dos meus braços, ronronando.

– Golpe baixo. – sussurro. – Você sabe que eu amo gatos. – bufo e faço carinho em sua cabeça.

“Desculpa-me por hoje, fico meio sem cabeça às vezes” Dante diz olhando para mim com a cara idêntica ao gato de botas do Sherek. Eu sorrio.

– Tudo bem, seu cérebro é pequeno demais até para um gato. – falo.

“Senti sua falta.” Ele lambe meus dedos.

– Eca, isso foi nojento. – falo rindo. Ele me olha serio. – Também senti sua falta.

E pior que era verdade. Em nenhum momento parei de pensar em Dante e como seria quando voltasse para casa. Mesmo sendo tratada como uma princesa por Robert e vendo que tenho um carinho muito especial por ele, o que me faz sorrir todos os dias é esse idiota que agora ronrona baixinho em meus braços.

– Boa noite. – falo fechando os olhos.

“Boa noite” ele diz sussurrando em minha mente. E então dormimos juntos.

Uma bela rajada de sol penetra meus olhos sem dó nem piedade. Cubro com as mãos involuntariamente e quando vejo tem um gato dando um mortal voando e caindo de barriga no chão. Ele mia alto me fazendo rir.

“Isso foi engraçado para você?” ele levanta meio tonto balançando a cabeça.

– Desculpa. – eu estou rindo. – Não quis jogar você no chão.

– Bom, já está na hora de vocês irem à escola. – Dona Cho fala. Não a percebemos aqui.

– Tudo bem, já estamos indo. – Dante fala já na forma humana.

– Espero vocês lá em baixo. – ela diz com uma expressão indecifrável.

– Acho que ela não gostou muito do que viu. – falo mordendo meus lábios.

– Na verdade ela gostou muito. – ele fala erguendo as sobrancelhas. – Até demais. Mas era o mínimo que você poderia fazer por mim já que deixou meu quarto em pedaços e cheio de cacos de vidros. – ele ri.

– Agora me de licença. Tenho que me arrumar. – falo rindo e o empurrando para fora.

– Tudo bem, tudo bem. – ele coloca as mãos para cima e sai rindo. Fecho a porta e me encosto-me a ela, deslizando devagar de costas até o chão.

– Eu dormi com o Dante. – falo sussurrando, quase gemendo e rindo sozinha.

Não fizemos nada, mas dormimos juntos e abraçados. Ele em forma de gato, mas mesmo assim. Vou suspirando para o banheiro.

– Bom dia pessoas. – falo sentando a mesa.

– Bom dia senhorita. – Dona Cho coloca suco em meu copo. Tomo em um gole e pego um pão e passo geleia e como. Não percebo que estou sendo observada.

– O que foi? – pergunto limpando o canto da boca.

– Devia ir com calma. – Dante toma seu copo de leite.

– Tenho que ganhar o peso. – falo irônica, mas sorrio logo depois.

– Bom humor senhorita? – Cho sorri pegando em meu ombro.

– Uhum. – sorrio.

– E sua mão? – ela pega minha mão esquerda e examina.

– Não estou sentindo dor, mas vou levar um comprimido para dor. – falo terminando meu suco e levantando da mesa. – Vamos? – olho para Dante.

– Uhum. – ele confirma levantando ainda tomando seu leite.

– Senhorita? – Cho me chama quando pego minha bolsa no sofá.

– Uh? – respondo.

– Gostaria de ir ao supermercado comigo quando chegar da escola? – ela pergunta.

– Claro. – falo meio desconfiada, ela sorri e vai embora. Desço para o porão onde Dante já me espera.

– Pegue nossos capacetes. – ele aponta para a estante. Dante coloca a jaqueta e as luvas de couro preto. Entrego seu capacete e coloco o meu. – Tudo certo?

– Uhum. – subo na moto.

– Então vamos. – ele acelera.

Enquanto ele tranca a moto e os capacetes eu o espero em silencio na entrada da escola.

– Tudo bem, vamos. – ele tira as luvas e as guarda na bolsa.

– Bom dia! – Cass pula em cima de mim e me abraça.

– Bom dia. – falo olhando por cima de seus ombros para Dante. Ele olha reprovando.

– Oi gostoso. – ela ri.

– Ãhn? – ele diz confuso. – Oi.

– Nada não, coisa de garotas. – ela ri e então olha para mim segurando meus ombros. – Philipe perguntou sobre você o fim de semana todo! Dei seu numero a ele. – ela da de ombros, mais um olhar de reprovação de Dante.

– Não devia ter feito isso. – falo envergonhada.

– Bem, pelo menos devia pedir desculpas quando ele ligar. – ela ri. – Ele está com algumas costelas quebradas e os dois olhos roxos. – ela olha reprovando Dante.

– Ele mereceu. – Dante fala dando de ombros.

– Então vocês voltaram? – ela pergunta rindo.

– Não! – respondemos juntos.

– Ah, tudo bem então. – ela ri. - Vejo vocês na aula. – ela acena e vai embora.

– Bem, agora sabemos por que ela é uma reencarnação delinquente. – Dante diz seguindo em frente.

Cass passou a aula toda nos encarando da cadeira da frente, de cinco em cinco minutos olhava para trás e eu via que Dante já estava incomodado com a situação. Ele respirava fundo toda vez que ela virava para trás e eu apenas abaixava minha cabeça.

– Foi um dia muito longo. – suspiro enquanto guardo minhas coisas no armário.

– Isso por que você não ouvia os pensamentos dela. – ele coloca os dedos indicadores em suas têmporas.

– E o que ela pensava? – falo rindo e o seguindo até a moto.

– Prefiro nem repetir. – ele ri colocando as luvas.

– Por favor, qual é Dante. – falo socando seu ombro devagar.

– Ela nos imaginava fazendo sexo. – ele fala serio. Sinto o sangue espalhar por minhas bochechas. Ele ri. – Você ficou vermelha! – ele aponta para minhas bochechas e ri.

– Vamos logo. – falo andando mais rápido.

– Cho! – Dante grita enquanto colocamos nossas bolsas no sofá.

– Cala a boca Dante! – falo tapando os ouvidos. Ele me olha confuso.

– Chegaram! – Cho abraça Dante. – Como foi o dia crianças? – ela pega a jaqueta de Dante para pendurar e meu casaco também.

– Foi longo. – falamos juntos.

– E estão com fome? – ela pergunta.

– Sempre. – Dante esfrega as mãos. – O que temos para hoje?

– Carne com batatas! – ela sorri.

– Cho? – chamo.

– Sim?

– Ainda vamos ao mercado?

– Depois do almoço. – ela sorri. – E Dante, vá lavar as mãos! – ela grita quando o vê pegando uma maça. Ele revira os olhos e vai lavar as mãos.


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Notas finais do capítulo

Alguém mais é viciado em leite e torta de chocolate?



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