All The Time (HIATUS) escrita por MioBaskerville


Capítulo 5
Iv


Notas iniciais do capítulo

Foi mal gente, então, só consigo escrever na aula de biologia .q Poisé, por isso demorei, enfim...boa leitura



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Abri meus olhos com muita dificuldade. Minha cabeça girava e estava com uma enxaqueca terrível. Fechei meus olhos para ver se a tontura passava um pouco.

Respirei fundo e voltei a abrir os olhos. A tontura tinha passado. Sorri, aliviada, me sentando na cama. Olhei em volta, percebendo que não estava no meu quarto. Bem, não tinha como eu ter muita certeza, já que os quartos eram todos iguais.

Saí da cama e caminhei até a porta. Tentei abri-la, mas estava trancada. Devia ter esperado por isso. Suspirei. Fiquei nas pontas dos meus pés e olhei pelo vidro pequeno que tinha na porta.

Não tinha nada, a não ser um corredor vazio. Não tinha portas levando para outros quartos, não tinha nada, somente o corredor enorme e escuro. Estremeci.

– Mas que... – Dei mais uma olhada pelo suposto quarto. – É, esse com certeza não é o meu quarto.

Percebi que só tinha uma cama ao invés de duas, como de costume. O quarto estava mais vazio que antes e não tinha aquele corredor em frente ao quarto.

– Onde eu to? – Falei pra mim mesma.

Ouvi um barulho vindo da porta e me virei rapidamente. Me deparei com dois médicos com máscaras, vindo na minha direção. Comecei a andar para trás, mas eles se aproximavam cada vez mais rápido.

Recuei o máximo que pude, até que alcancei a parede. Não tinha mais pra onde ir. Meu coração começou a acelerar. Eu não tinha o que fazer, estava apavorada. Tremia, sentindo uma gota de suor escorrendo por meu rosto.

Eles pegaram meu braço e começaram a me puxar para fora do quarto. Caminhamos pelo corredor escuro. Lágrimas começaram a sair dos meus olhos.

– O que está acontecendo? – Eu disse aos soluços. – Pra onde vocês estão me levando?

Eles não disseram nada. Eu percebi que não adiantaria dizer mais nada, então engoli em seco e os segui. Senti um calafrio percorrer meu corpo.

Algo se agarrou à parte de baixo da minha blusa. Engoli em seco de novo, tremendo ainda mais. Olhei de canto para meu lado e lá estava ela, com uma mão segurando minha blusa e a outra uma bola.

Ela sorriu, seus cabelos tapando seus olhos. Ela virou o rosto pra mim e começou a abrir um sorriso.

– Ei, Bianca. – Ela segurou mais forte minha blusa. – Quando acabar seu exame, vamos brincar? – Sangue começou a escorrer por seu rosto. Engoli em seco e parei de andar. Meus olhos estavam fixos nela, eu não conseguia me mover.

– Vamos? – Ela chegou mais perto de mim e me abraçou.

Puxei meus braços, me soltando das mãos dos médicos, os empurrando, e me agachei no chão. Comecei a chorar, abraçando a mim mesmo.

– Que foi, Bianca? Não gosta quando eu te abraço? – Ela sumiu com o sorriso. – Você costumava gostar bastante...não que isso importe agora. – Ela voltou a sorrir.

– Ei, garota! – Os médicos começaram a tentar me levantar, mas eu resistia o máximo possível.

– Nos vemos logo. – Ela deu uma curta risada. – Bi- an- ca.

Um dos médicos parou na minha frente e segurou meus dois braços, me levantando.

– Anda logo. – Ele saiu da minha frente e ela não estava mais lá. – Essa daqui é realmente maluca. – Pegaram meus pulsos, apertando forte.

– Concordo. – Ele me olhou de canto e começou a me puxar. – Mas já vi piores.

Continuamos a andar. Depois de uns dois minutos chegamos ao salão principal. Eles me empurraram até o elevador e apertaram o botão do último andar.

Eles ficavam me olhando de canto. Estava um clima realmente desagradável. Fiquei olhando os andares passarem, até que finalmente chegamos ao último andar.

As portas do elevador se abriram e ficamos de frente para um corredor cheio de portas. Risadas e gritos ecoavam pelo longo corredor. Engoli em seco, não queria passar por ali.

– Vamos. – Voltaram a me puxar.

– Eu posso andar sozinha. – Puxei forte meus braços, me soltando. – Não tenho nenhum problema de cabeça pra não saber a direção que tenho que tomar. – Olhei fixamente para eles.

Os dois se entreolharam. Um fez um sinal com a cabeça e o outro simplesmente foi para trás de mim. O que fez o sinal foi para a frente, me colocando entre eles.

Voltamos a andar pelo corredor, as risadas e gritos ficando cada vez mais altos.

– Chegamos. – Um dos médicos abriu uma das portas e me empurrou para dentro e fechou a porta.

Comecei a bater na porta, freneticamente.

– Calma. – Uma voz feminina sussurrou no meu ouvido. – Ele tá vindo. – Sabia que ela estava sorrindo, mas após isso, só ficou o silêncio.

Tomei coragem e olhei pra trás. Não tinha nada, a não ser uma cadeirinha marrom.

– Parece que eu to presa. – Me encostei na porta e suspirei.

– Oi. – Escutei uma voz grossa por trás da porta. Saí de perto.

– Quem...? – Fiquei fitando a porta, como se a resposta fosse surgir ali.

– Abre a janelinha que você descobre.

– Janelinha? – Comecei a olhar em volta da porta. Uma pequena tranca na parte de cima denunciou a presença do que eu procurava. Destranquei e abri a janelinha.

– Oi. – Jason me olhava fixamente, com um sorriso no rosto.

– Que que você tá fazendo aqui? – Desviei o olhar, ele riu.

– Nada, é só que deve ser muito chato ficar ai sozinha. – Ele destrancou a porta e entrou. – Por isso vou ficar aqui com você.

– Você não pode ficar aqui, eles vão pegá-lo. – Disse, indignada, e me afastei para o outro lado do cômodo.

– Não vão não. – Ele sorriu e se sentou. – Ela tá vigiando.

– Ela quem? – Ele apenas continuou sorrindo e olhou para a porta. – Não vai dizer? Então, como me achou? – Me sentei também, no chão.

– Ela me disse. – Ele encostou a cabeça na parede e fechou os olhos. – Chega de perguntas.

Apenas suspirei e deitei no chão.

– Então – Ele se deitou ao meu lado. – Você foi incrível ontem! – Ele segurava o riso.

– Ontem? – Me sentei, rapidamente. – Eu não fiz nada ontem.

– Acha mesmo? – Ele começou a rir. – O que você lembra depois de ter visto a sala do velho?

– Eu...desmaiei? – Olhei para ele, que se sentou.

– Você realmente não se lembra? – Ele começou a rir alto. – Você desmaiou, não...melhor, você apenas caiu no chão.

– Hã? – Ele olhou pra mim e sorriu ainda mais.

– Vou te dizer então, Bianca. – Ele se encostou na parede, ajeitando o corpo. – Você caiu certo?

– Sim. – Fiz um sinal para ele continuar.

– Bem – Ele olhou o teto. – Você começou a rir, rir muito. Ai, aquela enfermeira que te trouxe aqui, se abaixou e perguntou se você estava bem. – Ele olhou pra mim.

– E...?

– E ai – ele sorriu. – Você perguntou se ela queria brincar. Ela começou a te balançar, perguntando se você estava bem e você perguntou de novo, “você quer brincar?”. – Ele estava segurando o riso, de novo. – Ela disse não, e você passou a responder que não estava bem. Você parou de sorrir no mesmo instante, a encarou e...

– E? – Eu tremia.

– A matou.


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Notas finais do capítulo

~Pacheca: Gente, ela me entregou o capítulo tem uns 3 dias já, me desculpem, tava sem tempo por causa dos deveres :p Sorry, msm .q Bjs



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