Innocent

King Cross, Plataforma 9 ¾, Londres, Reino Unido. Primeiro de setembro de 1997.

Tudo iria começar novamente, um novo ano na Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts. Draco Malfoy tinha em sua mente dois planos, matar o diretor da escola, Alvo Dumbledore, e o plano que finalmente havia criado coragem suficiente para “botar em ação”, tentar conquistar o coração de ninguém menos que Hermione Jean Granger, a “sabe-tudo” da Grifinória.

Das duas o garoto com certeza nunca saberia dizer qual era mais difícil, mesmo porque ele sabia que o coração de Hermione pertencia a outro, a um Grifinório ruivo com sardas. O coração de Hermione pertencia a Rony Weasley, mesmo depois do que aconteceu com eles no ano interior.

Hermione tinha acabado de subir no expresso Hogwarts quando viu o par de olhos cinzas que tanto amava de Draco Malfoy na Plataforma 9 ¾. Rony e Harry falavam em como descobrir o que o loiro estava tramando.

– Hermione, o que você acha? – Perguntou Ronald tirando Hermione de seus devaneios.

– Eu não sei. – Respondeu tentando lembrar no que os dois amigos estavam falando.

– Mione, o que está acontecendo com você? – Perguntou Harry para a melhor amiga. – Você anda muito distraída. – Continuou fixando os olhos que herdara de sua mãe na amiga.

– É verdade Hermione. – Concordou Rony. – Está ficando pior até que Luna. – Completou sendo fuzilado por Harry que não gostava que falassem mal de sua amiga Luna.

– Eu só estava pensando em o que Draco estava tramando. – Respondeu Hermione. Ela sabia que estava mentindo, ela não gostava disso, de mentir. Principalmente para aqueles que ela amava e daria a vida pelos mesmos.

Para Hermione Draco era apenas um garoto que estava sendo manipulado pelo pai a fazer aquilo, ela sabia que Draco não era malvado, ela sabia que no fundo ele tinha um bom coração, que era uma boa pessoa, que apenas fez as escolhas erradas, que Draco era inocente. Porque afinal, somos todos seres humanos, e seres humanos erram.

Quanto mais próximos de Hogwarts, mais Draco se encontrava aflito, desviando-se da realidade e das palavras de Pansy sobre um garoto cujo Draco não fazia a mínima ideia de quem era ele encontrava-se totalmente em outra realidade. Talvez sua mãe estava certa, dizendo que ele era apenas um garoto e que ele não devia ter aceitado a missão que o Lorde das Trevas lhe dera.

Tudo o que Draco queria era uma vida normal de um bruxo de sua idade. Queria poder namorar e se divertir com os amigos sem se preocupar com missões quase impossíveis dadas por um velho idiota com medo da morte.

E também conquistar Granger, que era mais impossível ainda. Com tantas garotas em Hogwarts seu coração teve que escolher justo aquela que sempre jurou odiar, aquela que havia lhe dado um soco no meio da cara, havia lhe xingado de “barata asquerosa e nojenta”, aquela que ele sempre jurou para si mesmo sempre que tivesse oportunidade, humilha-la publicamente, mas principalmente aquela que hoje era dona de seu coração.

Ele sempre se incomodara com o fato de um dia poder perde-la para o Weasley, isso era uma coisa que ele nunca irá admitir. Mas como um bom membro da Sonserina o jovem Malfoy prometeu para si mesmo nunca desistir de lutar por Hermione enquanto houve-se esperanças.

– Vamos Draco! – Exclamou Pansy quando o trem parou na Estação Hogwarts fazendo o Malfoy “voltar a realidade”.

– Pode ir na frente. – Respondeu Draco para Pansy. – Eu tenho que fazer uma coisa. – Completou.

– Está bem. – Falou Pansy acompanhada de Blásio Zabini.

Hermione havia saído do trem acompanhada de Harry e Rony quando nota que a cara de buldogue Pansy Parkinson e Blásio Zabini haviam saído do Expresso Hogwarts sem o loiro de olhos cinzas.

– Gente, eu acho que esqueci meu gloss no trem, eu já volto. – Falou para os amigos, que inicialmente estranharam pois Hermione não era dessas garotas que se importavam com a aparência. – Podem ir na minha frente. – Completou vendo os amigos concordarem e saírem em sua frente.

Hermione voltou para o trem que iria voltar para Londres em menos de dez minutos e começou a procurar seu amado Draco Malfoy. A garota avistou uma pessoa alta e loira em um dos vagões do Expresso Hogwarts. Só podia ser Draco, não havia dúvidas.

– Draco. – Falou Hermione fazendo o loiro vira-se para ela. Ele estava com olheiras e um olhar de cansaço como quem não dormia fazia uma semana.

– Hermione. – Disse o loiro olhando para a bela morena que lhe encarava com um olhar de quem estava com dó do garoto. – Você ainda se lembra? –perguntou. Hermione sabia do que ele estava falando.

– Como me esquecer? – Falou se lembrando do que aconteceu.

"Está tudo bem, é só esperar e ver. Sua sequência de luzes ainda brilham para mim. Quem você é não é por onde você esteve. Você ainda é um inocente. Tudo bem, a vida é uma multidão resistente. 32 e continua a crescer até agora. Quem você é não é o que você fez. Você ainda é um inocente."

To be continue ...