Lost In The Mirrors escrita por Taia


Capítulo 8
Capítulo 7: When will it end?


Notas iniciais do capítulo

Oiiii! Me desculpem, sei que demorou. Tive algumas complicações pra postar, mas finalmente consegui. Esse cap é um pouquinho diferente, para apresentar-lhes um pouco mais sobre Kevin. Então vamos lá, espero que gostem :3



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Já se passaram dois dias e Stevie não apareceu.. Eu o procurei por toda a cidade.. Bom, pelo menos por todo lugar onde aguentei andar até meus pés não permitirem mais. Não sei o que houve, se ele saiu por conta própria ou se.. ela o levou. Temo pelo pior... Se estiver preso com aquela psicopata.. eu não gosto de pensar no que ele pode estar passando. Isso tudo é culpa minha...

Stevie não iria querer que eu ficasse pensando nessas coisas. Que horror, eu falo como se ele tivesse morrido.. Quer dizer, ele morreu mas.. Ah, enfim. Se ele estivesse aqui ia querer que eu me animasse. Ele é sempre tão positivo.. Sabe, eu não vi como minha mãe está desde que eu parti. A casa dela é tão longe.. Vamos Kevin, força.

Meia hora depois, aqui estou eu. Estive aqui uns dias antes da minha morte, para contar a ela que eu havia conseguido o estágio no escritório.. Quase bato na porta, mas lembro que ela não vai me ver de qualquer jeito.. Olho pela janela e a vejo sentada em sua poltrona, assistindo tv. Eu não quero chorar..

– Mamãe... – sussurro

Ela parece tão abatida.. Está magra, com olheiras profundas e mais cabelos brancos do que me lembro... As plantas da sala, que ela cuidava com tanta paixão, estão mortas... Só queria poder ir até lá, abraçá-la e dizer que está tudo bem... Eu não ouço, mas vejo na tela da tv o clip da minha música favorita, a qual eu estava sempre cantando. Minha mãe levanta a cabeça, surpresa, encara a televisão e então seu rosto se contorce em lágrimas e sofrimento... Eu não quero chorar... Ela cobre o rosto com as mãos e apoia seus cotovelos no joelho.. Eu não aguento mais ver isso... Me viro e caio sentado no chão da varanda, olho em volta, como se alguém pudesse me ouvir ou ver.. Eu choro.. Não dá pra segurar.. As lágrimas escorrem pelo meu rosto e caem no chão..

Passaram-se alguns minutos, finalmente consegui me acalmar.. Sinto tanta falta dela... Meu pai eu.. não conheci.. Ele morreu antes mesmo do meu nascimento, minha mãe me criou sozinha, sempre fez tudo por mim e eu nunca soube como ele morreu.. Talvez ela saiba o que aconteceu comigo, se ao menos eu pudesse falar com ela.. Eu daria tudo pra poder me despedir... Levanto e não a vejo mais. Dou a volta na casa e vou para a janela de seu quarto, ali está ela, deitada, o nariz vermelho, os olhos pesados e percebo soluços... Nunca me controlei tanto para não fazer algo, queria muito empurrar a janela, abraçá-la com toda minha força e nunca mais soltar... Ela pisca grosso, seus olhos, vermelhos, não aguentam mais.. Coloco minha mão no vidro..

– Eu te amo, mãe... – ela adormece..

Ficar aqui vai ser pior para mim... Stevie.. se estivesse aqui saberia o que dizer, como me animar.. Onde está você, meu amigo? Eu preciso encontrá-lo, mas onde? Está escurecendo, é melhor eu voltar antes que não haja mais iluminação no caminho. É uma cidade pequena, não tem tantos postes de luz e poucos carros com seus faróis.

Novamente meia hora depois, estou de volta, chegando em casa. Já está escuro e na minha rua existem apenas dois postes. Está quieto aqui. Quieto demais.. Eu paro, olho em volta, nada. Não, não vou cair nessa. Aquela desgraçada não apareceu hoje, ainda. Distante, um vulto atravessa a rua. Passa por trás das casas ao meu lado. Quando me viro para o próximo poste vejo, parada no feixe de luz, uma silhueta, me encarando, uma mulher. Há uma risada ao longe e a figura corre, voltando para a escuridão.

Eu já sei o que me aguarda. O segundo poste se apaga, estou sob a única luz restante no quarteirão. A risada ecoa por todos os lados, ouço passos apressados. Pés descalços correm até mim com raiva. Sinto uma dor muito forte nas costas e uma risada de satisfação se mistura ao meu grito. Que isso, ela me deu uma facada? Essa mulher é maluca?? Algo está sendo arrastado, uma tábua, parece. Mais passos, rápidos, atrás de mim, eu me viro rápido e algo me atinge. Eu caio.

Sim, era uma tábua. Ela ia me atingir por trás, mas agora estou com o nariz e a testa sangrando. A luz está se apagando.. Não, não é a luz.. Sou eu.. Estou tonto.. Muito.. tonto..


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Notas finais do capítulo

Então, gostaram? Respondendo o título do capítulo: Em breve. Quando? Não vou dizer. Mas o fim se aproxima. O que vocês acham que aconteceu com Stevie? Quem é a maníaca perseguidora e por que? Logo descobrirão. Ou não? Nos vemos no prox cap ;)



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