The Hunger Games Clove: The Spark escrita por MyG


Capítulo 20
Capítulo 20 - Quase morte


Notas iniciais do capítulo

VOLTEI.. Feliz.. estou muito feliz.. recebi uma recomendação!!! uhullll é a.. OMC! 5° Recomendação da fic.. obrigada Paula Frony ... Capitulo dedicado a voce, com um pouco de CLATO!!!! hahah Boa leitura



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Chegamos ao ágape antes de amanhecer e não havia ninguém a vista, agora era só esperar. Algumas horas se passam, até a garota do cinco aparecer correndo, pegar a mochila como uma flecha e sair. 

— Vai atrás dela. – Digo a Cato.

— E você?

— Eu vou esperar pela garota em chamas. - Mesmo a contra gosto ele vai, e finalmente vejo a garota do distrito 12 indo para a cornucópia, ela está sem Peeta, o que sugere duas coisas: Ou ele está ferido, ou está escondido esperando para a ajudar caso necessário. 

Afasto esses pensamentos e saio em direção a ela, atiro uma faca e pega de raspão.

Ela atira uma flecha e eu desvio, me jogando em cima dela em seguida.

Rolamos no chão, até eu conseguir a imobilizar.

— Finalmente nos encontramos. - Comento. - Estava ansiosa por esse momento, pois vou dar o maior show com você. - Ela rosna para mim, mas não fala nada. - Ah! A gatinha quer mostrar os dentes. - Sorrio. Ela se mexe compulsivamente tentando se libertar, mas não consegue. 

— O Peeta vai te pegar! Ele está aqui, e vai matar você! - Quando ela menciona Peeta, é impossível não levantar os olhos para olhar ao redor. - Peeta! Peeta! - Ela grita histericamente, e já estou pronta para desviar de um ataque quando percebo que ela está blefando. Acerto um tapa em sua cara. 

— Mentirosa! Ele não está aqui! - Grito, a fazendo ficar quieta. - Sabe o que eu vou fazer com você? Lembra da garotinha... Como era o nome dela mesmo? Rue? - Suas pupilas dilatam ao mencionar Rue. - Marvel matou ela, e agora eu vou matar você. - Sorrio macabramente para ela, e quando vou começar a cortar sua boca, algo me tira de cima com uma força descomunal, penso ser Peeta mas em seguida vejo o garoto do onze, me erguendo contra a cornucópia. O pânico me consome. 

— Você matou ela? - Ele grita, me jogando diversas vezes contra a cornucópia. Minhas costas parecem que vão rachar. Estou em desespero. Pensa Clove, pelo amor a sua vida, pensa!

— Não! - Grito, mas sei que é inútil. 

— Eu ouvi... Você matou!

— Não! Cato! Cato! Cato! - Começo a gritar, escuto seus gritos de retribuição ao longe, o garoto do onze me joga e eu caio tonta sangrando no chão. Ele levanta uma pedra enorme que está próxima a cornucópia, tenho certeza que ele vai jogar em mim se eu não fizer algo! Rapidamente lembro das facas em meu colete, atirando em sua perna um segundo antes dele jogar a pedra em mim. Tenho milésimos de segundos para rolar para o lado, evitando por centímetros que a pedra caísse em minha cabeça. Cato chega e vem ao meu lado, olhando o garoto do onze que está tentando tirar a faca da perna. 

— Você está bem? – Assinto, mesmo com a dor castigando minhas costas. - Eu vou matar ele! - Ele se levanta e vai em direção ao garoto, porém puxo seu braço.

— Não, nos temos que sair daqui, estou com uma dor muito forte nas minhas costas. - E agora, sinto também sangue correndo da parte de trás da minha cabeça.  – A gente o mata outra hora.

Me levanto meio cambaleante, Cato pega nossa mochila e me apoia a fim de sairmos dali. Chegamos em um ponto escuro e sombrio da floresta, um que nunca tínhamos estado.

— Não deveríamos ter o deixado fugir... – Diz Cato me olhando serio.

— Não podíamos ficar lá, estou com muita dor. Pare de reclamar e agradeça por estar vivo. - Digo e ele suspira se encostando em uma arvore.

— Você me assustou, pensei que iria morrer. – Ele diz em tom preocupado.

— Eu não ia morrer, não pelo distrito onze. Ainda tenho coisas a acertar com a garota em chamas.

— Mesmo assim, não me assuste mais assim! Eu fiquei apavorado Clove. 

— Eu sei, as coisas não saíram como o planejado. - Cato se aproxima e para atrás de mim, tirando meus cabelos com cuidado a fim de checar o ferimento. 

— Isso aqui ta bem feio Clove, agora vi o quanto você é teimosa, qualquer um já teria morrido. - Dou de ombros, porém isso causa uma dor tão forte que me obriga a sentar. 

— Eu disse que sou teimosa. - Ele ri. Sentada, tiro meus casaco que está praticamente em frangalhos, e em seguida a blusa. 

— Clove, suas costas estão completamente roxas! - Cato diz de maneira apavorada, passando os dedos de leve por sua extensão, o que me causa uma leve dor. 

— Não aperte. - Comento tentando não parecer que estou querendo deixar para o lado e chorar. 

— Não vou! Mas precisamos cuidar disso Clove, seria uma ótima hora para uma ajuda. - Ele comenta olhando para cima como quem diz "Hey Enobaria, já pode nos ajudar, vamos lá, faça sua mágica."

Ele me leva até um pequeno riacho que tem ali perto, ajuda a lavar meu ferimento e depois pede para mim ficar quietinha sentada. Ele monta um pequeno acampamento com as coisas que nos sobraram, e quase no final do dia, quando já estou com tanta dor e com tanta fome que nada parece que vai acalmar, um paraquedas milagroso desce do céu. 

 

Nele contém uma cesta bem farta com pães, queijo, carnes, frutas e doces, além de remédios, agulhas e linhas, certamente mandadas para dar um ponto em minha cabeça. 

Cato faz um excelente curativo, e após as baixas, sinto que vou desmaiar de sono e cansaço a qualquer momento. Eu não dormi a noite passada, e agora estou em meu limite. Cato arruma nossos sacos de dormir próximos um ao outro, me aninho rapidamente dentro do meu, e já estou sendo levada pelo doce silencio do descanso quando Cato para ao meu lado, fazendo carinho com o polegar em minha testa.

— Voce me deu um grande susto hoje. - Ele comenta me olhando doce. Suas pupilas estão dilatadas e seu rosto sereno.

— Não foi minha intensão. - Comento me sentado.

— Pode ficar deitada, você precisa descansar.

— Pelo jeito, antes disso você precisa falar comigo. - Eu não sou boba, há algum tempo tenho notado que Cato tem mudado suas atitudes comigo. - O que está acontecendo? - Ele suspira. 

— Eu não sei Clove, estou confuso desde o dia que você dispensou a proteção de Ethan. - O olho confusa. - Eu acabei escutando a conversa de vocês, não foi intencional eu juro, mas algo mexeu comigo depois daquele dia. - Cato no final das contas, não é uma má pessoa, apenas não teve escolhas, como todos. 

— Voce é uma pessoa legal depois que te conhecem. - Eu não sou muito boa com palavras, então não sei o que dizer perante a situação. 

Observo Cato e Cato me observa, ele se aproxima e me abraça. Um abraço bem leve, a fim de não me machucar mais. Por um breve momento me sinto protegida da arena, e do desfecho sangrento que essa história terá. 

Fecho os olhos e tudo desaparece, me concentro apenas na respiração leve de Cato em meu pescoço, e algo dentro de mim se agita. É uma estranha sensação parecer ter borboletas no estomago. Sinto vontade de o apertar mais, mas sei que não vou poder. Nos separamos do abraço, mas as mãos de Cato continuam em meus ombros. 

Um longo período de olhares e silencio se passa, e Cato me passa um amor incondicional apenas com o olhar. Então eu percebo que quero o beijar. Quero muito o beijar. 

Me afasto bruscamente e todo meu corpo protesta. 

Cato me lança um sorriso e eu deito novamente no saco de dormir.

O que eu estou pensando?

Eu não posso me envolver agora! 

Quando sairmos vivos daqui, gostarei de conversar com Cato sobre isso. Mas agora não. 

O final disso está chegando e preciso estar pronta.

 

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Gostaram?? E mais uma vez, obrigada Paula Frony !!