De Repente É Amor escrita por Thais


Capítulo 11
Capítulo 11


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amores!!! Obrigada por todos os reviews, obrigada mesmo!

Vamos fazer assim: se tiver de 5 ou mais reviews posto outro capítulo já amanhã..

Beijos e até lá!



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Os meus sorrisos

– Como assim? A pessoa que você vai é tão boa ao ponto de eu não acreditar? – pergunto.

– Sim. Acredite você querendo ou não.

Olho incrédula para ele. Se nesse mundo tem algo que me irrite são esses mistérios. Pra que isso? Tem alguma necessidade? Provavelmente não, mas Cato parecia fazer questão de fazê-lo.

– Você nem me contou ainda quem é a sortuda – alevanto uma sobrancelha. – Ou o amado sortudo.

– Tudo bem, você não precisa ficar com ciúmes. Aliás, já disse que fica linda assim?

Estava ficando vermelha aos poucos. Odiava isso. Odiava o fato de ficar corada assim do nada, principalmente quanto o motivo da tal coisa era Cato Waters. O desgraçado tinha a capacidade de fazer certos sentimentos despertarem em mim e eu não falo de amor. Falo de ódio, raiva, curiosidade e de vez em quando medo. Ele tem um mistério e quem sabe por trás de toda essa vontade de beijar os outros, talento para seduzir garotinhas – que por maioria ainda são virgens – ele seja uma pessoa maravilhosa. Uma pessoa que sabe amar, uma pessoa que nem tenha tantos mistérios assim...

Clove, porque você está pensando nisso mesmo?

Resolvo tirar esses pensamentos estúpidos de minha cabeça e o observo. Ele parecia perdido nos próprios pensamentos assim como eu, porém as coisas que ele me falava saiam de sua boca com tanta sinceridade que fazia até minhas pernas tremerem. Ás vezes ele parece que vai te iludir com o que diz, mas ai você olha para aquele par de olhos azul-claro e subitamente esquece até dos piores problemas. Admiro pessoas assim, pessoas que tem a capacidade de te fazer esquecer-se dos problemas. Mas essas daí são ao mesmo tempo as piores. Espero que ele não seja uma delas.

O observo enquanto se distrai com qualquer coisa. Seus cabelos por algum motivo estavam mais loiros do que o comum. Sua pele estava mais bronzeada e ele usava um colar com um dente de animal. Aquela coisa parecia podre e me dava uma imensa vontade de vomitar. Cato era meio estranho, - meio nada, ela é estranho demais - mas ai me recorda de que ele é professor de química, e é de se imaginar que pessoas assim são meio “estranhas”. Uma barba rala nascia no seu rosto, pelo visto ele deixava isso acontecer de propósito. Cato usava uma blusa do Ramones, shorts largos e chinelos esquisitos. Se você o visse andando por ai diria que tem dezessete anos, surfista e que adorava pegar garotinhas, e não que tem vinte e vinco anos e por cima da aula de química.

– Você costuma flertar com suas alunas? – pergunto finalmente.

– Não. Apenas com aquelas que chamam minha atenção – ele diz olhando para minha cara, que agora deve estar em chamas.

– Eu já percebi isso. Mas o fato de não flertar com elas não impede de elas se mostrarem pra você.

– Eu não ligo pra meninas assim, elas te atraem pela facilidade e decepcionam pela qualidade. Garotas assim são fúteis, eu gosto mesmo é das difíceis – ele fala, dando seu melhor sorriso cafajeste e piscando para mim.

– Concordo com você. Aqui você vai encontrar várias dessas e acredite em mim, elas vão fazer de tudo para ficar com você.

– Vamos pra praia? – ela pergunta, mudando de assunto.

– Por quê?

– Porque gosto de lá – Cato vai até a porta.– Mas primeiro vamos até minha casa, certo garota?

– Clove pra você – digo indo até ele. – Vamos lá então.

[...]

– Você mora bem perto... – falo, tentando puxar assunto.

– Até que sim. Essa localidade é muito boa.

– Claro.

Caminho até uma sala dentro da casa. Cato mora sozinho e para um cara que usa blusa do Ramones e bermudas largas, sua casa era bem organizada. Se ele não tivesse me beijado aquela vez, diria com certeza que ele é gay.

Dentro da sala havia inúmeras prateleiras com livros e matérias de pinturas.

– Cara você é muito esquisito. – digo baixinho.

A parede do lado esquerdo era repleta de posters de bandas antigas. Fotos dele com a família estavam lá também, e bem no fundo da sala havia algumas telas cobertas com lençol.

– Se eu fosse você não mexeria ali. – Cato fala, me fazendo dar um pulo.

– Por Deus Cato, você quer me matar? Qual é o problema?

– Não é que tem algum problema – ele entra na sala. – É apenas algo pessoal.

– E o que seria?

– Vamos para praia logo?

– Okay. – digo erguendo as mãos para o alto em redenção.

Caminhamos em silêncio. Cato Waters estava me escondendo alguma coisa de importante e eu odeio que escondam as coisas de mim.

Sentamos em um píer e ficamos lá observando o nada mais uma vez.

– Clove Evans. – ela fala. – Gosto desse nome. Parece ser um nome forte assim como você.

– Tenho minhas fraquezas também.

– Talvez por isso seja desta maneira.

– Que maneira?

– Fria e sarcástica. Mas os seus sorrisos me dizem outra coisa.

– E eu tenho quantos sorrisos? – pergunto rindo.

– O quando você está com raiva; o quando você está chateada; o quando você fica com vergonha – dou risada nessa parte.– Você tem tantos sorrisos que eu poderia ficar aqui, a vida toda falando sobre eles.

– Você é um bom observador Cato. Mas você esqueceu um.

– Qual?

– O que eu acabei de dar, porém esse não significa nada de importante.

Ela da um longo suspiro e se deita. Deito do seu lado.

– Por que você é assim? Por que você não é como as outras garotas?

– O quê?

– Você é enigmática. Você é como um livro, tão diferente das outras.

– Não gosto de ser como elas, quero dizer, gosto de ser quem eu sou, gosto de fazer minhas coisas e ter minhas próprias escolhas. Nem sempre gosto de ser o centro das atenções e diferente delas, já me conformei que isso não trás nada.

– É isso que me deixa confuso, ou melhor, você me deixa confuso.

Viro-me, o olhando dentro dos olhos. – Esse é o efeito que eu causo em você? – pergunto em um tom mais sexy.

– Ah meu Deus Clove! – ela coloca as mãos no peito. – Você costuma flertar com os seus professores?

– Não. Apenas com aqueles que chamam minha atenção. – digo, tentando imitar sua voz.

– Garotas amargas como você já foram doces um dia.

– Pois é – digo olhando para nuvens. – Eu não sou uma exceção.


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