A nova geração marota escrita por Victória


Capítulo 24
Dias Bons


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo será dividido em dois. Espero que gostem! Estava sendo complicado postar, por problemas pessoais, espero que entendam! (: Reviews?



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Mais tarde, encontrei todos no vagão, me despedindo antes de Victoria, Sofia e Teddy que ficariam. Eu não sabia o que viria pela frente, por isso, prometi que manteria contato com elas por cartas e pelo Espelho se caso, meu pai me deixasse fora de Hogwarts por um tempo.

– Não está com medo? – Tiago perguntou.

– Por que eu estaria? – respondi perguntando.

– Ah, você sabe... – Tiago começou meio sem graça – talvez seu pai não te deixe mais retornar a Hogwarts.

– Seria uma boa, ficar sem olhar pra cara de vocês e aqueles sonserinos bastardos por um tempo. – eu disse, fingindo um riso. Todos acompanharam minha risada.

Eu não estava falando a verdade, claro que não, mas seria ruim demonstrar emoções. Por dentro eu queria chorar, antes mesmo de saber o que me aguardava quando eu chegasse em casa. Eu não dizia, mas queria descanso mental e físico, afinal, minha mente estava embaralhada e meu corpo todo doía. Além do mais, eu poderia pensar no que fazer, mesmo de tudo o que aconteceu, eu ainda tinha uma quedinha por Tiago mesmo que nunca tenha dito, e esse tempo longe me ajudaria a refletir sobre o que fazer. Mesmo tendo apenas 12 anos, Tiago não seria pessoa de uma mulher só depois dos 15, então é melhor não me arriscar.

– ... e duas varinhas de alcaçuz. – Tiago terminou de comprar os doces e entrou pro vagão. – Você quer alguma coisa? – Tiago me ofereceu.

Comi as duas varinhas de alcaçuz sob os protestos de Tiago.

– Agora você vai lá e vai comprar outra pra mim, porque eu adoro varinha de alcaçuz.

– Credo Tiago, você parece até a Sofia falando assim. – Fred disse.

– Tudo bem amiguinha, eu te compro outras duas varinhas de alcaçuz, não precisa chorar. – Eu disse caçoando da atitude de Tiago e saindo do vagão atrás da mulher dos doces.

– Duas varinhas de alcaçuz, por favor. –pedi

– Pensei que tivesse desistido de viajar, Alie. Não foi no meu vagão como lhe pedi. – Edgar chegou logo depois que fiz meu pedido.

– Ah, Edgar, me perdoe. Eu me esqueci de ir, mas podemos ir agora se quiser. – eu disse. – só me deixe levar isto á Tiago.

...

Alguns mínimos minutos depois, Edgar me esperava no mesmo lugar em que o encontrei e seguimos para seu vagão, a qual já estava ocupado por uma garota e dois garotos.

– Oi. – sorri.

– Oi Alice, meu nome é Claire e eu estou totalmente feliz por conhecê-la. – uma garota de cabelos pretos com cachos perfeitos caindo sobre os ombros e pairando abaixo da cintura, olhos castanho claro e o rosto fino com as maçãs rosadas.

– É um prazer conhecê-la, Claire. Meu nome você já sabe. – sorri.

– Dá licença Claire, você fala demais. – um garoto com cabelo cacheado preto, olhos castanho claro e rosto fino disse. – Sou Anthony, Edgar fala muito de você. Tanto que você nem imagina. – Antony começou dizer, mas Edgar lhe deu uma cotovelada, deixando tudo mais na cara ainda. Enfim, respondi.

– É um prazer, Anthony. – sorri

– E eu, sou o Miles. – Cabelos castanhos e bem aparados, e olhos verdes disse.

– É um prazer.

– Queria que vocês se conhecessem Alie, esses são meus amigos. – Edgar disse.

– Na verdade somos, super, hiper, mega, ultra e melhores amigos. Até porque somos os únicos que você tem. – Miles disse.

– É verdade. - Claire e Anthony disseram ao mesmo tempo.

Rimos.

Eu fiquei praticamente o restante da viagem ali, e foi realmente o melhor momento do meu dia, até chegar em casa, onde tudo piorou.

– Alie, o seu pai não pode te buscar porque... – minha mãe começou, mas interrompi.

– Sempre tem que haver um porque, sempre tem algo mais importante que eu, mais importante que minha opinião. Eu não agüento, ouviu? Não agüento mais isso. – sai batendo o pé. Abri a porta do meu quarto, e me joguei na cama, esperando que minha raiva passasse.

Acabei pegando no sono entre lágrimas, e acordei com sons de conversas.

– Olhe só como ela é uma gracinha dormindo. Parece até que não apronta. – uma voz doce disse. Victória, pensei.

Comecei a me mexer, não assumi que estava acordada.

– Olhe só o que você fez, está acordando ela. – Outra voz feminina, porem familiar disse. Sofia,.

– Vamos sair, e esperar ela acordar. – Uma voz masculina se manifestou dessa vez. Teddy

– Você não vem? – A mesma voz perguntou. Teddy, Conclui.

Não, eu vou ficar. Mas não vou acordá-la. – Tiago, eu conheceria aquela voz em qualquer lugar, onde quer que eu estivesse. Não me manifestei, esperei que ele fizesse algo que me “acordasse”. Pude sentir ele se sentando ao meu lado na cama, e... eu não estava acreditando nisso, eu só podia estar delirando. Serio, com certeza eu estou delirando. Eu estava sentindo Tiago Sirius Potter acariciando meus cabelos e meu rosto? Eu não podia acreditar. Não, não podia.

Fingi estar acordando, e ele se levantou da cama. Finalmente abri os olhos e vi Tiago me fitando.

Esfreguei os olhos para melhorar a visão, e perguntei.

– O que você está fazendo aqui? – Perguntei.

– Nós viemos nos despedir, seu pai avisou o meu pai, e os pais de Victória, Teddy, Sofia e Fred, e pediu que passássemos uma semana aqui com você, antes de retornarmos a Hogwarts. Ele disse que não sabe quando você vai voltar.

Meus olhos se encheram de lágrimas, e eu fui até a janela. Coloquei as mãos entre os cabelos e não consegui me conter.

– Eu não vou conseguir Tiago, não consigo ficar longe de hogwarts, nem da Sofia e Victoire, nem do Teddy e Fred e nem de... – olhei-o, engolindo o que ia falar.

– E nem de mim? Alice, eu também não consigo ficar longe de você. – Tiago chegou mais perto de mim, tão perto que eu podia sentir sua respiração próxima aos meus olhos, por ele ser um pouco mais alto que eu.

Ele encostou as mãos no meu rosto, e secou minhas lágrimas. E chegou um pouco mais perto.

Era isso mesmo que ele estava fazendo? Ou melhor, que nós estávamos fazendo? ESTÁVAMOS NOS BEIJANDO!

O beijo de Tiago era suave, doce, e ao mesmo tempo selvagem. Eu não podia acreditar que estava tendo meu primeiro beijo aos 12 anos, com Tiago Sirius Potter. Qual é Alice, o que você me diz sobre “ele não é de uma mulher só, bla bla bla”... Eu sei que não fiz certo, mas não pude deixar de corresponder ao beijo dele, era uma coisa fora do comum, magnífico.

– Eu também vou sentir sua falta. Muita. – Tiago disse, interrompendo o beijo. Quando paramos para tomar ar, ele me abraçou e eu, mais uma vez, chorei.

– Vai ficar tudo bem Alie, confie em mim. – Tiago me acalmou. Levantei a cabeça e olhei em seus olhos.

– Com toda a minha alma.

Era deprimente dizer isso, mas eu estava amando aos doze anos. Que horror!

...

Um pouco mais tarde, ouvimos batidas na porta. Me soltei de Tiago por um instante para abrir a porta.

– porque não nos chamou quando você acordou? – Fred exigiu – aquele elfo quase me matou lá embaixo.

Victoire, Sofia e Teddy riram alto.

– O elfo deu uma panelada na cabeça de Fred, foi muito engraçado, vocês deveriam ter visto. – Teddy contou. Eu e Tiago rimos, e Fred revelou o enorme galo coberto pelo couro cabeludo ruivo.

– E então, achei que fossem ficar em Hogwarts. – Eu disse, á Victoire, Teddy e Sofia.

– Era nosso plano né, mas seu pai nos convidou encima da hora para virmos. Um carro do ministério das magia nos trouxe. Aqui será muito mais animado que em Hogwarts ou em qualquer outro lugar.- Teddy explicou. Olhei então para Victoire e Sofia e vi que elas estavam cochichando e com risadinhas.

– Meninos, esperem um instante. – me levantei – Vic e Sofia, podem vir até aqui um minuto?

Elas se levantaram e me seguiram.

– O que é isso? Um complô? Estão me deixando de fora das fofocas.

– Você que está nos deixando de fora do seu namorico com Tiago Sirius Potter. – Victoire disse, rindo.

– O que? Do que você esta dizendo? – perguntei

– Sabemos que você gosta dele, e como ele estava te olhando quando você abriu a porta pra gente, e de como vocês estavam sentados juntinhos. A um tempo em Hogwarts que eu estava reparando isso, sou muito observado querida, e fiz questão de contar a Victoire para que ela me ajudasse a investigar sobre isso, e chegamos a conclusão que você e Tiago estão namorando escondidos. Fim. – Sofia disse.

Tive um acesso de risos.

– Sério? Então me diga o jeito que ele me olha. – pedi

Sofia imitou um jeito ridículo de se olhar uma pessoa de cima a baixo, e jurou que aquele era um jeito apaixonado.

Tive outro acesso de risos quase incontrolável.

– Tá, vou contar, mas não gritem, não riam, e não espalhem, por favor. – Pedi, baixinho.

– Tá, você sabe que não somos disso. – Victoire disse.

Mesmo meio desconfiada, eu iria contar, elas eram minhas únicas amigas, e eu não deveria esconder nada delas.

– Eu e Tiago nos beijamos, e eu acho que ele vai me pedir em namoro. – as duas começaram a gritar.

– Shiiiiiiiii. Não gritem. Ajam como se não soubessem de nada, por favor. – pedi.

– Tudo bem. Vamos, entre. – Sofia chamou e Victoire concordou.

Mais tarde comemos quase tudo que havia naquela casa comestível, e depois nos deitamos na grama e olhamos o céu. A vista das estrelas não era uma das melhores, já que a cidade ocupava o que havia de mais bonito no mundo.


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