P.O.V. Narrador

O jogo de futebol, e a festa na casa de Nick seriam na sexta, e chegou o grande dia, Nick e os companheiros treinaram duro, e ficaram o dia na escola acertando os ultimos detalhes, e foram juntos para a escola rival, onde seria o grande jogo.

Miley estava super anciosa, não sabia por que, ela só queria ver o jogo com o Taylor, e olha que ela nunca gostou de jogo, mas isso não importava.

Hanna por sua vez não queria nem saber de ir ao jogo, muito menos na festa, teria que ver Nick de novo, e toda aquela confusao de sentimentos a respeito do moreno voltaria assim que botasse os olhos nele, ela se conhecia, e sabia que o melhor era ficar em casa, mas Miley não entendeu nem aceitou essa decisão, e é claro, levou a amiga arrastada com ela e Taylor para o jogo.

P.O.V. Miley.

– Hanna vamos, desça do carro! – eu e Taylor já estavamos fora do veiculo, mas ela ficou lá dentro sentada. – pare de agir como uma crinaça.

– Mas eu não queria vir, você que me obrigou! – ela responde emburrada enquanto Taylor gargalhava.

– HANNA MASON SE VOCÊ NÃO SAIR DESSE CAR...

– Já sai, já sai – ela saiu do carro com as mãos para cima em sinal de rendição.

– Ótimo, vamos – Taylor trancou o carro e entramos.

A faculdade era enorme, corredores e mais corredores, só conseguimos achar a saída para o campo de futebol porque várias pessoas estavam indo para lá, então a seguimos.

Sentamos bem no meio da arquibancada, Taylor, eu e Hanna, que do nada acena para um dos jogadores do outro time.

– Eii, quem é aquele gato que você acenou? – digo.

– Ah, ele se chama Adam, nos pegamos essa semana no parque – ela diz seria enquanto bebe o refrigerante.

– E você só me conta isso agora? Valeu em!

– Vocês são sempre assim? – Taylor entra na conversa, o olhamos sem entender – ficam brigando, gritando uma com a outra.

– Pensei que já tivesse se acostumado meu amor – Hanna responde e volta sua atenção para o copo de refrigerante.

Não dissemos mais nada, ficamos em silencio, pois o jogo havia começado, e enquanto as torcidas gritavam alucinadas, eu e Taylor conversavamos entre nós, sobre coisas aleatórias.

– Você não costuma ir a festas né? – pergunto comendo uma pipoca.

– Não, na verdade acho que nunca fui, preferia ficar em casa lendo alguns livros – sorriu da sua cara de inocente.

– Nerd – o empurro de brincadeira – Mas agora você gosta então?

– É claro, você vai comigo, não tem como não gostar...

Sinto minhas bochechas queimarem de vergonha, e a minha salvação é Hanna, que nos interrompe.

– Ei galera – ela se levanta – Isso aqui ta muito chato, eu vo anda por ai, nos vemos na festa ok?

– Ok, mas como vai pra casa do Nick? – ela da de ombros e sai sem me responder.

– O que ela tem? – Taylor pergunta.

– Ela e o Nick brigaram, eles são um rolo, você nem imagina.

– Entendo – nesse momento a torcida do nosso time se levanta e começa a gritar, haviamos marcado ponto.

Pra entrar no clima, puxo Taylor e nos levantamos juntos, começamos a gritar e pular junto com a torcida, e do nada ele me abraça.

Um abraçado que durou um segundo, ou menos, mas que me deixou paralisada,e depois que o soltei, voltei minha atenção para o jogo.

O jogo acabou rápido, e como esperávamos, nosso time ganhou, e depois da torcida inteira invadir o estádio e abraçar os jogadores, todos foram saindo e indo para a festa, mas é claro, era só para o nosso time.

Eu não vi a Hanna na saída, tentei ligar, mas acho que o celular dela acabou a bateria, então desisti de tentar, ela já é bem grandinha, sabe se cuidar, eu espero.

Então eu e Taylor fomos para a festa, e de longe já dava pra ouvir a musica e ver a movimentação das pessoas, nós tivemos que estacionar um pouco longe, mas chegamos logo na casa, que estava lotada.

– Ei Miley – me virei para Taylor – vamos dançar?

– Acabamos de chegar! – eu olhei a pista de dança – Olha aquilo, esta lotada!

– Quem se importa? – ele sorriu maroto e segurou meu braço – Vamos.

Estava tocando Summer do Calvin Harris, eu amo essa musica, e não foi dificil para mim e Taylor nos enturmarmos com a galera.

Não sei quanto tempo se passou, mas foram horas, a musica me dominava por completo, e com a bebida alcóolica, que Taylor insistiu em não aceitar, eu estava completamente alucinada, não bebada de cair, mas eu não estava bem.

– Ei Taylor – eu o puxei e colei meu corpo no dele, senti o perfume, e foi como se eu fosse de bebada para “alguém me segura vou cair”, mas não me importei apenas me apoiei nos braços fortes do ruivo que me segurava e sorri.

– Mi você ta bem? – ele dizia enquanto eu aproximava meu rosto ao seu.

– Estou ótima! – ergui os braços – Ainda mais com você aqui comigo – sussurei em seu ouvido, beijiei seu pescoço e infelizmente, ele não teve reação.

– Eu vou buscar uma água pra você – ele me olhou nos olhos, mas eu não o deixei sair.

– Eu quero um beijo primeiro – mordi os labios e o beijei sem esperar permissão.

Não sei se foi o efeito da bebiba, mas só de relar meus lábios ao dele, fiquei com as pernas bambas e me agarrei mais a ele para não cair. Eu arfava durante o beijo, e puxava seus cabelos na tentativa de trazê-lo para mais perto, era como se nossas bocas se encaixassem perfeitamente, o beijo doce e calmo, mas ao mesmo tempo veroz e viciante, como uma droga que eu me apego e não consigo soltar.

Ele segurava forte minha cintura pra não me deixar cair, e ao mesmo tempo acariciava meu rosto, deixando a sensação daquele beijo cada vez melhor, e depois de minutos, que pareceram segundos, o beijo foi sessando devido à maldita falta de ar, ele me deu um selinho molhado, sem me soltar, sorriu e disse:

– Eu vou pegar a água – beijou minha bochecha e foi em direção a cozinha me deixando no meio daquela mulditão com um sorriso idiota no rosto.

Suspirei frustada por ter que solta-lo, então uma dor de cabeça terrivel começou e eu tive que sair daquela pista de dança. Fui andando sem rumo até chegar a um quarto, a porta estava aberta, então me sentei na ponta da cama e coloquei as mãos na cabeça, em uma tentativa frustante de fazer aquela dor parar. Fechei os olhos e segundos depois ouvi alguém entrando no quarto.

Abri os olhos, e lá estava àquele canalha, Jack, o garoto idiota que eu já fiz questão de beijar, mas até que agradeço, ele foi o garoto que me fez perceber a garota que eu era.

Me levantei, ainda meio tonta, é eu acho que estou bebada.

– Onde pensa que vai mocinha? – ele cheirava a cerveja e estava claramente mais bebado que eu.

–Não te interessa amorzinho – o empurrei, mas ele me segurou pelo braço.

– Você é muito gostosa sabia? E eu não vou te deixar escapar como da última vez.

– Me solta! – ele me segurou ainda mais forte e me jogou na cama, subiu em cima de mim e começou a passar a mão pelo meu corpo.

– Fica quetinha ok? – ele me encarou - Parece que nem vai precisar, você esta tão bebada que nem consegue se levantar daqui.

Eu o bati, mas em vão, ele me beijou antes que eu pudesse gritar ou coisa do tipo, ele me beijava rapida e verozmente, passava a mão pelo meu corpo, e sem saber o que fazer eu me deixei levar, talvez pela bebida, ou porque eu queria que ele me beijasse.

Ele me soltou e disse no meu ouvido.

– Parece que você gostou não é? – sorriu cafageste e mordeu meu pescoço.

– Me beija de novo idiota – eu segurei seu rosto e permiti que ele me beijasse, sem me dar conta de que tinha alguém nos observando.

Jack parou de me beijar e olhou em direção a porta.

E lá estava Taylor, com o copo de agua na mão, não sei dizer o que seu rosto dizia, ele apenas riu e disse irônico.

– Desculpa, eu não sabia que aqui tinha virado puteiro – Eu empurrei Jack de cima de mim e o olhei sem saber o que dizer.

– Taylor eu...

– Sai daqui cara, você nos atrapalhou – Jack disse me abraçando.

– Foi mal, desculpa ai – ele joga o copo de agua, que cai e quebra molhando o chão, e bate a porta.

– Onde estávamos? – Jack me olha.

– SEU IDIOTA! – eu começo a dar socos nele, que me segura.

– TA LOUCA MENINA?

– EU TE ODEIO? – sem pensar dou um tapa no seu rosto, minha mão doeu, mas não demonstrei, apenas me levantei e fui atrás do garoto que realmente importava.

Sai correndo, aos tropeços pela casa, gritando e perguntando pelo Taylor com qualquer pessoa que eu via, algumas me disseram que o viram saindo da casa.

Ao chegar do lado de fora o vi sentado na calçada, jogado.

– Taylor – meu olho já estava cheio de lágrimas – Me desculpa, e-ele me agarrou e eu...

Ele me olhou, sem dizer nada, e eu desabei a chorar.

– Não precisa mentir Miley, eu ouvi o que você disse... – ele se levantou e ficou na minha frente, seco e frio, nunca pensei que o veria daquele jeito. - “me beija de novo”...

Ele sorriu, virou as costas e saiu andando, mas se virou antes de entrar no carro.

– Talvez você realmente seja aquela vadia que todos dizem – e saiu com o carro.

Me joguei na calçada, chorando e me xingando de burra, idiota, vadia, sim eu sou essa vadia que todos dizem, porque sempre que eu tenho a oportunidade de gostar de um cara de verdade, eu vou lá e estrago tudo!

Parabéns Miley, você conseguiu, de novo.