Estávamos nos arrumando e já íamos sair, embarcar na nossa primeira missão. É claro que como aprendizes, mas mesmo assim Mei e eu estávamos muito animados.

Antes de sairmos da fortaleza fomos até a garagem, se é que uma fortaleza tem garagem.

– Vocês não acharam que íamos nadando por esse oceano, não é mesmo? – Disse Salomão bem animado.

Ele então apertou alguma combinação de botões num painel que estava no centro da grande “garagem” da fortaleza. E então um espaço no chão se abriu e como se estivesse num elevador vimos subindo um...

– Um robô gigante!!!! – Era muita emoção pra um dia só, parecia um megazord de tão grande que era. Eu estava loucamente animado com todas as coisas que estavam acontecendo.

– Sim, nada que meu dom não faça com um pouco de sucata... – Salomão estava falando com um tom de superioridade.

– Podemos entrar? – Mei também tinha gostado muito de ver aquilo.

– Façam as honras e coloquem os cintos crianças. – Disse Sasha.

– Não somos crianças! – Mei e eu dissemos juntos.

Entramos no robô, eu não conseguia ter uma boa noção do tamanho dele, mas era bem grande. Tinha até um pequeno elevador nele, que nos levou até a “sala de comando” onde sentamos, colocamos o cinto e Salomão disse:

– Preparem-se para decolar!

No lugar em que estávamos, o teto se abriu e então decolamos da fortaleza. Ao longe podíamos ver que o grupo do capitão Moris também tinha acabado de sair, na outra direção. Antony com sua estilosa moto fria (que eu acho que havia sido feita por Salomão), Inazuma e Moris estavam num carro de raios logo atrás, também passando pela estrada de gelo de Antony.

– E então, o que acharam do grupo 1 das tropas? – Disse Sasha.

– São mesmo muito legais, tem um sayajin, um ciborgue, uma Jean Grey da vida, um homem de gelo e o capitão Moris, pra dizer a verdade é o único que não vi em “ação”.

– Ele é um ótimo estrategista, não é a toa que é nosso capitão. Ele é capaz de conseguir achar a perfeita harmonia entre força e inteligência. Vocês verão quando for necessário. – Salomão dizia tudo aquilo com um sorriso no rosto.

– Fiquem com isso, nunca se sabe quando vamos precisar. – Salomão tirou de um compartimento do robô duas armas, mas eram diferentes.

– São armas tridimensionais, lembra quando você atirou no fantasma, Mei? Você usou uma arma normal, mas esse tipo de arma é capaz de afetar utilizadores. – Disse Sasha.

A noite caía, eu e Mei estávamos preocupados com o que poderia estar acontecendo com Eddie. Precisávamos chegar lá bem rápido.

Depois de uns minutos voando nós chegamos na casa de Eddie. Estava tudo muito silencioso. Podíamos sentir o clima tenso no ar. Descemos do robô e estávamos a caminho da casa de Eddie até que ouvimos um uivo bem alto.

AAAAUUUUUUHHHH!!!!!!

Foi assustador. Olhamos em volta, em todos os lugares. Até que vimos no alto de uma montanha bem longe, a sombra de um...

– É um lobisomem, deve ter sido criado por aquele cientista louco da DarkDeath, ele criou lobisomens que conseguem andar até mesmo na luz do dia... Mas hoje é noite de lua cheia e obviamente esse lobisomem deve estar com toda a força possível.

– Rápido Sam, Mei! Entrem na casa e procurem por Eddie, nós cuidamos disso. – Sasha estava bem séria.

Fomos em direção a casa.

– Está trancada. – Disse Mei após conferir a fechadura.

– Então terei que explodir. – Eu disse confiante, meu braço de tornou fogo e então queimei a porta, eu estava começando a aprender a controlar meu “dom”.

Entramos na casa, não encontramos ninguém no primeiro andar. Todos deviam estar dormindo. Fomos até o segundo andar que pelo que me lembrava eram os quartos. Entramos no quarto do Eddie, ele estava dormindo como um bebê.

– O Eddie baba! Eca... – Com tanta coisa pra falar naquela hora, foi isso que saiu da minha boca.

– Precisamos acordá-lo logo. Mei apontou a arma na direção da cabeça de Eddie.

– O que você vai fazer, vai matá-lo?! – Eu disse um pouco assustado, enquanto ela o chutava.

– A melhor forma de acordar é com um susto assim. – Mei estava com um sorriso cínico, mas não deixava de ser um sorriso lindo.

– O.. O que?! Mãe? – Eddie estava sonolento, ainda não tinha percebido a situação.

– O que estAAARGH!!!!! O QUE É ISSO?? Vocês querem me matar? – Disse Eddie, agora sim ele tinha acabado de acordar.

– Se acalme Eddie, estamos aqui pois você está em perigo. Não temos tempo, venha conosco. – Falei num to sério.

Os pais de Eddie tinham acordado com a gritaria toda, eles vieram até o quarto do filho enquanto estávamos quase saindo.

– Filho o que está acontecendo a...

A mãe do Eddie estava falando quando apareceu uma faca sendo cravada nas suas costas, o pai do Eddie tinha apunhalado sua própria mulher.

– PAI!!! POR QUE FEZ ISSO??? – Eddie estava a ponto de explodir.

– Porque está na hora... Eddie, você é apenas uma isca para pegarmos o Sam. Vou matar vocês dois e levarei Sam comigo.

O corpo da mãe do Eddie caiu no chão, ensangüentado, ela estava com um semblante assustado no rosto, eu não queria olhar muito pra ela, me fazia lembrar do que tinha acontecido com meus pais.

– Não se eu puder evitar. – Mei sacou novamente sua arma tridimensional e atirou no pai de Eddie, enquanto eu fiz um buraco na parede com meu dom, mas percebemos que ele estava se transformando em alguma coisa, parecia...

– Um lobisomem! Meu pai é um lobisomem?! – Achei que Eddie ia desmaiar de tão tenso que ele estava. – Minha mãe está morta e meu pai é um lobisomen que matou a própria esposa...

Estávamos numa situação crítica, não sabíamos da situação lá fora da casa, não poderíamos contar com ajuda dos veteranos lá de fora.

Mei fez mais 3 disparos, e parece que a criatura estava sentindo dor. Porém não foi o suficiente para o impedir. Ele veio pra cima de mim e do Eddie, com suas grandes garras afiadas e ia dar um golpe final na cabeça do meu amigo. Eu apenas coloquei o braço na frente, era tudo que eu podia fazer naquela hora.

– SAAAM!!! SEU BRAÇO!!! – Mei estava desesperada, meu braço havia sido decepado naquela hora.

Com aquilo eu havia parado o monstro, estava doendo muito. Mas quando olhei para o meu braço, da ferida aberta, ainda cheia de sangue saiu fogo, e o fogo consumiu as garras do monstro que ainda estavam cravadas em mim, o fazendo recuar. O fogo assumiu o exato tamanho do meu braço e quando fui olhar de novo, a dor tinha parado e o fogo tinha feito com que meu braço regenerasse.

– Não temos chance com ele, vamos pular. – E então nós três pulamos pelo buraco na parede, eu ainda estava desacreditado, não sabia que meu “dom” também podia fazer aquilo, mas que bom que eu não perdi meu braço.

Olhamos em volta e Salomão estava no “mano a mano” com o Lobisomem, quando o outro pulou da casa do Eddie, estávamos cercados.

AAAAUUUUUHHHH!!!

Olhamos em volta e vimos, lá na mesma montanha. Mais uma alcatéia vindo. Tinham mais cinco lobisomens a caminho.

– Pessoal, estamos com dificuldades agora, terei que pegar pesado. – Disse Salomão, animado com aquilo tudo. Parecia que nada abalava ele.