Eu não estava conseguindo me mover, aquela não era uma faca tridimensonal qualquer, parecia que ela estava sugando meu poder, eu não conseguia me mover de jeito nenhum.

– Ops, acho que te machuquei... Que péssimo amigo eu sou não é Sam? – Disse aquele “clone” do Eddie com um sorriso sádico no rosto.

– Eu... V-Vou te... matar... – Eu disse com todas as forças que tinha, ainda com a faca em meu ombro, mas parece que todas as minhas forças só davam em sussurros.

– Eu não ouvi o que você disse. Enfim, mortos não falam néh?! – Ele tirou a faca do meu ombro e ia atacar direto no meu coração, como tinha feito com Moris. – Adeus. Hahaha

Quando a faca já toda ensangüentada estava pra chegar em mim. Uma bala tridimensional acerta a sua lâmina e muda um pouco a rota da faca, que ao invés de acertar em cheio meu coração acerta meu braço direito.

Quando olhamos para o lado, de onde veio a bala, era a Mei vindo com uma arma tridimensional (mas não entendi porque a faca não quebrou com o tiro, deveria ser de um material ainda mais forte que a bala.) E o Marcus transformado em cachorro.

– Achou que poderia fazer uma ronda assim sem mim? – Disse Mei com um ar de preocupação.

Na hora eu até esqueci que meu braço estava sendo perfurado, eu estava feliz de vê-los vindo me ajudar. – Gente, esse não é o Eddie, podem atacar ele.

Na mesma hora o “clone” retirou a faca do meu braço e como se tivesse sugado meu poder, ele transformou seu braço em fogo. Eu não estava entendendo o que tinha acontecido. Mas parecia que ele tinha o dom de capturar o dom dos outros.

– Fui descoberto, pra minha segurança é melhor eu não ficar aqui. – Disse o ser entranho ainda com a forma do Eddie.

Ele se transformou num corvo e fugiu por uma janela, Mei não acertou os 2 tiros que fez e eu não conseguia me mover, Marcus também estava longe ainda.

Ele foi voando pela janela, mas foi interceptado por um raio. Sim... Era Inazuma, e logo atrás dele vinha o verdadeiro Eddie, com seu cabelo ruivo.

– Que bom que você entendeu minha mensagem. – Eu disse com um sorriso. Enquanto tentava me levantar.

– Você achou que eu não entenderia, amigão? “A3 2Edd ref. Fast”, estou no terceiro andar, têm outro Eddie, traga reforços rápido. Hahaha - Ele disse me ajudando a levantar.

– Vamos lá! – Inazuma disse pulando da janela. Enquanto eu, Eddie e Mei fomos nas costas do Marcus transformado em águia. Nessa hora o corvo havia acabado de chegar no chão e com a queda, parece que ele tomou sua verdadeira forma.

Ele tinha uma faixa preta na altura dos olhos, era um homem magro, mas seu braço esquerdo era um tentáculo bem grande e roxo. Seu braço direito era um braço metálico e ao invés de uma boca normal, o que ele tinha parecia mais uma daquelas centrífugas bem macabras, como uma “boca de polvo” que parece que ia sugar o mundo inteiro.

– Eu sou na DarkDeath, Imperador da absorção, tenho o dom de sugar o poder dos outros e mais que isso, posso sugar sua aparência também. – Ele disse enquanto se levantava e enquanto todos nós fazíamos um cerco a ele. – Somente alguém no nível de Knight pode me deter. Por isso nem tentem hahaha.

Eu ainda não tinha me recuperado, mas já sabia que teríamos que lutar com ele. Ali estávamos eu, Eddie, Mei, Marcus e Inazuma. Será que o derrotaríamos?

Era inevitável não fazer barulhos ou chamar atenção, na verdade eu não sabia o que seria pior, que mais pessoas acordassem e viessem lutar e se ferissem na luta, ou se continuassem dormindo e nós fossemos derrotados.

– Eu vou acabar com o mais debilitado primeiro. O imperador disse isso mirando um punho do meu próprio fogo contra mim.

Na mesma hora Inazuma se colocou na minha frente, levando todo o dano do fogo para me proteger. – Marcus, tire o Sam daqui. Mei, chame mais reforços, temos um inimigo de classe A aqui.

– Entendido! – Disseram Mei e Marcus ao mesmo tempo enquanto os dois agiam.

Subi nas costas do Marcus e fui levado até o andar mais alto, onde fiquei descansando lá. Mei tinha ido correndo em direção ao alarme, logo logo todos estariam acordados e em posição de ataque. Uma luta assim não teria como ser evitada.

Inazuma estava mano a mano com o imperador da absorção e Eddie estava de suporte para ele. Mas o Imperador, assim como o outro que derrotamos em outra missão. (O imperador das explosões) Era bem poderoso. Onde será que estariam os Knights?

– Você não pode comigo. – Disse o imperador enquanto levantava seu braço de metal e acertava em cheio o Inazuma na cabeça, que caiu desacordado no chão. Eddie estava sozinho com ele.

– Saia daqui seu vilão! – Eddie disse apontando sua arma tridimensional para ele. – Vai encarar? – Ele estava trêmulo.

– Você acha mesmo que isso pode me derrotar? Hahaha – Ele disse enquanto transformava seu braço em gelo e estava pronto para acertar Eddie.

Foi nessa hora que alguém inesperado apareceu. Parando o ataque de gelo. Era Antony, com seu corpo todo revestido de gelo. Já era evidente que ele não tinha culpa alguma naquela história e sim que, como o Eddie, ele tinha sido uma vítima daquele monstro.

– Chegou bem na hora... – Disse Eddie.

– Eu sei, teriam menininhas aqui precisando de mim. – Antony disse no seu mais glorioso tom. – E você, seu monstro. Quem pensa que é pra usar meu poder e minha linda imagem por aí?

– Eu sou seu maior pesadelo! – Ele disse isso sacando sua faca do bolso e acertando em cheio o ombro de Antony, que caiu de joelhos no chão. – Abaixou sua guarda herói. Hahaha

– Muito pelo contrário... Você que abaixou a sua. Quem pensa que é pra nos enfrentar na nossa própria casa? – Antony disse isso segurando o braço do imperador com todas as suas forças enquanto um raio de luz muito poderoso vinha na direção deles. Acertando em cheio a cabeça do monstro.

– Você já foi chutado na velocidade da luz? – Eu não podia acreditar, era um dos Knights, com seu óculos pretos (mesmo sendo noite, devia ser questão de estilo), Seu terno amarelo e cabelos curtos, pretos. O Knight da luz! Ele estava voando e bem perto dele estava Mei em cima do robô construído pelo Salomão (o mesmo que ela usou na nossa luta contra os lobos), o próprio Salomão estava lá também, e com eles também veio o Dr. Joffrey.

– Agora sim uma equipe de peso. – Disse Marcus, que ainda estava do meu lado vendo tudo la de cima.

– Isso foi desagradável. Acho que vou ter que parar de brincar contra vocês. – Disse o imperador enquanto se levantava e assumia o tamanho de um gigante, que tinha metade do corpo em chamas e metade em gelo.

– Isso só faz você ter mais lugares para ser acertado. – Disse o Knight da luz. – Rápido, garota no mecha. Pegue aqueles dois feridos e leve para um lugar seguro (estava se referindo ao Inazuma e ao Antony). – Pode deixar que vou derrotar esse aqui. – Assim como todo Knight, ele tinha sua pose heróica.

– Ok. – Mei passou por debaixo do gigante e pegou nossos amigos que haviam sido derrotados, Eddie também foi com ela.

Contra o Imperador estavam lutando o Knight e o Salomão apenas. E eu estava quase recuperado, não via a hora de entrar na luta também. Eu não queria deixar mais ninguém se machucar.

– Mil focos de luz. – Disse o Knight enquanto, com sua velocidade da luz, atirava no gigante de todos os pontos possíveis. Ele é mesmo bem forte.

– Eu só precisava ter contato com uma boa quantidade do seu poder. Hahaha. – O imperador disse isso enquanto voltava ao seu tamanho normal e seu corpo se revestia de luz. Tínhamos caído no truque dele.

– Na verdade você caiu no meu truque. – O Knight tinha feito uma espada de luz e estava indo acertar o inimigo.

Foi quando o inimigo desviou usando a velocidade da luz e o Knight começou a persegui-lo também com o dom. A luta estava muito agitada e rápida, mal podíamos vê-los lutando.

Salomão também não podia fazer nada.

– Nossa, então esse é o poder de uma luta das mais poderosas patentes dos lados do bem e do mal? – Disse Marcus abismado.

– D-Deve ser... – Eu disse ainda mais boquiaberto.

A luta tomou proporções cada vez maiores. Eles estavam brigando no céu. Só víamos os flash’s de luz. Ninguém ali poderia ajudar em nada. Tudo que podíamos fazer era observar.

Barulhos cada vez maiores e luzes mais violentas apareciam a cada momento e em todos os lugares, logo no céu podíamos ver uma esfera de luz, que era o que delimitava o espaço de luta deles. De repente alguns raios caiam na fortaleza e causavam estragos.

– Rápido, entrem!!! – Disse Mei a todos que estavam no pátio. E todos se abrigaram. Menos eu e Marcus que estávamos lá olhando aquele show de luzes.

– Você sabe qual é o ponto fraco do seu dom? – Disse o Knight, num dos momentos que bloqueava o ataque do inimigo com sua espada.

– Não sei, qual é? - O Imperador estava usando sua faca para bater de frente com a espada de luz do Knight.

– É que você pode até utilizar o dom de outra pessoa, mas em alguns segundos de adaptação... – A espada do Knight ficou ainda mais brilhante, se tornou uma luz muito forte que causava até dor nos olhos se ficássemos de olhos abertos. – ...você não fica melhor usando o dom, do que a pessoa que já o utiliza a muito tempo!!!

Nessa hora a luz que emanava do Knight não era mais uma luz amarela, havia se tornado branca, sua espada dobrou de tamanho e com apenas um corte, o imperador foi cortado ao meio pelo Knight. Vitória da Tropa de ordem. Logo os raios de luz foram se acalmando e o dia estava nascendo também.

As duas metades do imperador caíram no pátio da fortaleza e logo estava se regenerando, ele ainda não tinha morrido.

– Ah não! – Salomão pegou sua espada tridimensional e acabou com o trabalho. – Posso dizer que não fui inútil nessa luta hahaha.

Era o segundo Imperador que tínhamos enfrentado e o segundo que havíamos matado, mas isso me fez questionar... Era certo matar um inimigo em luta? Eu fiquei com isso na cabeça, mas não refleti muito. Subi nas costas do Marcus e fomos para a ala médica ver como estavam nossos amigos.

Chegando lá pudemos ver Mei e eu logo perguntei a ela...

– Como eles estão? Diga-nos... – Falei bem desesperado...

– Bom, Antony e Inazuma estão bem e não passam riscos. – Ela disse num tom sério.

– Mas e o capitão Moris, como ele está? – Essa tensão toda estava me matando.

– Então... Sam... Sente-se aqui. – Mei estava com uma aparência muito fria.

– Ah não... Não me diga que... – Eu estava trêmulo.

– É claro que ele está bem, seu bobo! – Ela disse me dando o maior sorriso de confiança que eu já tinha visto na vida, juntamente com um caloroso abraço. - Você me preocupou quando foi apunhalado por aquele Imperador. - Disse ela para mim, eu pude notar um lágrima saindo dos seus olhos.