Fernanda E Caio - O Político. escrita por Vanessa Carvalho


Capítulo 8
Capítulo 08


Notas iniciais do capítulo

Bom dia meu queridos amigos, desculpem a demora. Estive ocupada com outros afazeres, mas agora estou de volta e tentarei postar um capítulo toda sexta feira. Beijos.



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A medida que o dia da entrega da monografia ia se aproximando, mais Caio ficava nervoso. Fernanda ajudava-o o máximo que podia. Ajudava na redação da monografia, mas deixou a maior parte para seu marido. Ao final de dois meses, ele estava com um trabalho de pouco mais de 120 páginas. Explicando a forma como o complexo inovou na forma de administrar embarque e desembarque de cargas no país.

Fernanda e Cristina estavam orgulhosas de Caio. Secretamente, Fernanda preparou um jantar de comemoração para o marido, onde entregaria o presente de aniversário que comprara. Caio nunca gostava de comemorar o aniversário, o que era uma frustração para a filha que adorava cantar parabéns. Fernanda encomendou um bolo com o símbolo da administração para que a filha não ficasse tão triste.

Assim que chegou em casa, Caio foi surpreendido com Ana, Rui, Tião e Renata, Júlio e Amanda e Fernanda e Cristina que estavam com um pacote pequeno e elegantemente embrulhado nas mãos. Cristina correu para os braços do pai gritando parabéns e dando beijos no rosto. Fernanda, sorrindo chegou perto do marido.

– Não fique com raiva, sua filha insistiu. Você sabe como ela é.

– Claro. – Caio falou dando um beijo apaixonado e demorado na esposa com a filha no colo.

Os outros foram dar os parabéns tanto pelo aniversário quanto pela graduação. Enfim aquela faculdade estava no final. Ele agora teria mais tempo para curtir com a sua mulher e sua filha.

A noite passou tranquila. Maria fez um jantar digno dos melhores restaurantes, com entradas, prato principal e sobremesa. Rui e Caio ainda estavam combinando de fazerem uma viagem com suas mulheres para algum lugar nas montanhas, já que ambas adoravam o frio. Caio sempre fazia careta quando pensava no frio.

Depois que todos foram embora, e Cristina estava dormindo. Caio subiu para o quarto. Não havia tido tempo nem para se trocar. Tomou um banho quente e demorado preparado por Fernanda.

– Tenho que admitir, me diverti hoje. Obrigado, doutora.

– Agradeça amanhã, para a sua filha. Ela que não parou de falar no aniversário do papai. – Fernanda falou beijando Caio dentro do box.

– Quando você comprou aquelas abotoaduras? Como sabia que eu estava precisando de novas?

– Sou sua mulher, esqueceu?

– Jamais. Você foi a melhor coisa que aconteceu nessa minha vida. Hoje pareceu bem melhor. Tomou os remédios que o médico receitou?

– Sim, estou tomando, papai. – Fernanda falou repetindo o tom de voz da filha. Isso fez com que Caio sorrisse, pegasse sua esposa em seu colo.

Ele não se importou muito se ambos estavam molhados. Jogou sua mulher em cima da cama delicadamente e deitou ao seu lado beijando cada parte do seu corpo. Os beijos do marido, junto com o frio que estava começando a fazer, fizeram com que o corpo de Fernanda logo se arrepiasse. Passaram a noite se amando.

Caio acordou atrasado no dia seguinte. Teria uma reunião com Aguiar, mas não se importou muito. Tomou um banho demorado, se arrumou, tomou seu café e saiu para trabalhar. Fernanda acordou mais tarde. Caio desligara o despertador e avisara no cursinho que a mulher tiraria o dia para descansar. Cristina havia ido para o colégio com Júlio que passou para busca-la. Ele mesmo não estava com as feições descansadas e a dor de cabeça que estava sentindo, fazia qualquer barulho de um prego caindo no chão ser o equivalente a um terremoto. Ela e Julinho estavam eufóricos com a viagem que se aproximava. O que fazia Júlio repetir várias vezes antes de saírem que fizessem menos barulho. Caio e Maria apenas riam baixo com o desespero dele.

Maria deixou no quarto uma bandeja com o café da manhã enquanto Fernanda terminava de tomar seu banho. Havia tudo o que ela mais gostava e soube que fora Caio quem a preparou. Sorriu sentando na poltrona para poder apreciar melhor a refeição.

Mal havia tomado o primeiro gole quando seu celular começou a tocar insistentemente. Pensou em ignorar a chamada, mas viu que era Inês. Se Fernanda não atendesse, ela iria insistir a manhã inteira. Ainda não havia passado das nove. Inês queria saber onde ela estava. Disse que precisava conversar com ela e que Gustavo e Tiago estavam juntos. Fernanda concordou notando que o tom de voz da amiga não era dos mais tranquilos.

Os três chegaram por volta das nove e meia, dez horas na casa de Fernanda. Ela notou que os três estavam com rugas em suas testas. Aquela seria uma reunião muito pesada. No mesmo instante pediu que Maria preparasse um lanche e que levasse para o seu escritório.

Enquanto esperavam o lanche, os quatro começaram a falar sobre amenidades: como ela estava? Como Cristina estava? Se o complexo de Caio estava sendo um sucesso? Inês falou que soube que as lojas já estavam quase todas ocupadas e que estava feliz por ele. Gustavo aproveitou para contar a amiga que, enfim resolveu comprar um apartamento para que ele e o namorado pudessem oficializar a relação. Já estavam juntos havia quatro anos e estava mais que na hora de tornar o relacionamento mais sério. Depois de mais ou menos meia hora, Maria entra no escritório com sanduíches naturais, sucos e pequenos pedaços de doces. Deixou em uma mesa, pediu licença e saiu.

Foi quando Fernanda sentiu o clima mudar completamente. Gustavo sentou-se ao seu lado abraçando-a. Inês fechou a cara e ficou procurando palavras para contar seja lá o que fosse para ela. E Tiago, ficou apenas com um sorriso complacente no rosto olhando pra ela. Seja lá o que que eles tinham para contar, não era nada agradável. Foi Tiago quem quebrou o silêncio.

– Nanda, você sabe por que estamos aqui? – Tiago começou a falar cuidadosamente.

– Com certeza não foi pra comer os sanduíches da Maria.

– Não, não foi! – Ele falou depois de um sorriso. – Nós estamos aqui porque temos algo muito sério para contar pra você. Estamos preocupados com o Marcelo.

– Preocupados com o Marcelo? Por que? O que ele fez?

– Fê, ele não fez. Na verdade, esse é o problema, ele sumiu. A mulher dele já ligou para todas as pessoas que ela conhece e ninguém sabe nada dele. Nós queremos saber de você, é se ele falou alguma coisa pra você quando ele ligou pro seu celular. – Gustavo falou olhando dentro dos olhos da amiga segurando forte a mão dela. Suas mãos estavam suadas.

– Bem, nada demais. Ele falou que estava saindo para umas diligências rotineiras no porto São Cristovão. Por que?

– Ele não falou mais nada? – Tiago estava de pé olhando para o jardim da casa.

– Não. Ele não falou mais nada. Tiago, o que está acontecendo? O que é que vocês não estão me contando? – Fernanda sentiu um calafrio em sua espinha com medo da resposta a essa sua pergunta.

– Nanda... Nós achamos que ele... – Tiago começou a falar delicadamente.

– Que ele morreu. – Inês interrompeu-o. Ela não havia sido verdadeiramente rude, mas foi direta e clara.

– Co-como? – Fernanda não soltou nada mais que um sussurro. Seu corpo se arrepiou todo e ela voltou a se sentir completamente fraca.

– Que merda Inês. Eu falei que seria EU quem iria falar isso, NO MOMENTO CERTO pra ela. – Explodiu Tiago.

– Ela precisava saber e você só estava enrolando. Como você sempre faz quando se trata dela. Ela não é fraca.

– Sim, mas não precisava saber dessa forma.

Fernanda ficou alheia a tudo que acontecia ao seu redor. Sabia que Tiago e Inês estavam discutindo novamente. Desde que ela se lembrava, eles sempre divergiam sobre algumas coisas. Tiago nunca concordou com a forma com que Inês lhe dava com situações de estresses e Inês nunca concordou com o fato de Tiago sempre querer proteger a Fernanda como se ela fosse feita da mais frágil porcelana. O problema era que Fernanda, por mais que visse os dois discutindo, não sabia exatamente sobre o que era a discussão. Olhou para Gustavo que também falava alguma coisa, mas ela não estava escutando.

Fernanda ficou repetindo a frase “ele morreu” em sua cabeça repetidas vezes. Uma frase que, para ela, não fazia sentido nenhum. Foi quando ela avistou, por trás de Gustavo a imagem de uma pessoa. Cristina estava lá. Os cabelos lisos, o sorriso encantador e os olhos verdes brilhantes. Ela estava sorrindo para Fernanda e com os braços abertos.

Ela se levantou e foi em direção a imagem de Cristina sorrindo. Sua amiga, sua querida e mais antiga amiga havia voltado. Era como se Fernanda estivesse acordando de um terrível pesadelo.

– Cris... Você... Você voltou! – Falou Fernanda estendendo o braço para tentar tocar em Cristina.

Assim que Fernanda se levantou e começou a falar para o nada e se encaminhar para perto de uma prateleira, Tiago e Inês pararam de discutir e chegaram perto dela. Era como se Fernanda estivesse em um transe. Ela ficava chamando por Cristina repetidamente. À princípio, Inês pensou que ela estivesse falando da filha, mas não demorou muito para entender que se tratava da sua amiga.

Fernanda deu três passos e começou a cair lentamente. O mais próximo a ela era Gustavo, que só teve tempo de se jogar no chão e evitar um belo galo na testa da amiga.

– Meu Deus, pessoal, ela está ardendo em febre.

– Já chamei uma ambulância. Nanda... – Tiago falou se abaixando e tocando na testa da amiga.

A ambulância chegou em menos de dez minutos. As coisas no país se tornam mais fáceis quando você é um promotor respeitado. Eles foram correndo para o hospital. Inês foi na ambulância sempre segurando a mão de Fernanda que não parava de delirar chamando por Cristina. A médica que a estava atendendo, estava tentando controlar a temperatura de seu corpo sem muito sucesso. Tiago e Gustavo seguiam logo atrás.

Ao chegarem no hospital, os médicos não souberam dizer o que havia de errado com ela, nem porque ela estava com uma febre tão alta. Internaram Fernanda que ficou em um quarto para a observação. Deram um antitérmico para poder baixar a temperatura do corpo dela e injetaram soro em sua veia.

Tiago, Inês e Gustavo estavam esperando impacientes qualquer notícia sobre a sua amiga. Inês já passara por isso uma vez e estava agradecida por ter os dois ao seu lado.

– Alguém tem que avisar ao Caio. Se ele chegar em casa e não encontrar a Fernanda, vai entrar em curto circuito.

– Pode deixar, Gustavo. Eu ligo pra ele. – Inês falou se levantando e saindo da sala de espera.

““““““

Caio chegou mais que atrasado à reunião. Já eram quase nove horas quando ele estacionou e viu a SVU de Henrique estacionada bem ao lado. Ainda no carro suspirou. Havia esquecido que antes de falar com Aguiar, teria que passar pelo cachorrinho de recados dele. Não seria fácil.

Saiu do carro e entrou em seu escritório. Deu bom dia a sua secretária que avisou com um aceno discreto de cabeça que havia visitas em sua sala. Ele agradeceu, pegou as correspondências e entrou. Encontrou um Henrique completamente mal humorado encarando-o sério. Olhou para o homem a sua frente e prometeu a si mesmo que nada estragaria o seu humor. Sentou-se em sua cadeira, colocou as correspondências em cima da mesa e olhou para Henrique.

– Bom dia. – Falou Caio com um sorriso no rosto.

– Bom dia. Achei que eu havia dito que a reunião seria às oito da manhã. – Caio notou que Henrique estava fazendo um esforço anormal para se controlar. Isso o divertia.

– Marcou? Não lembro. Mas enfim aqui estou eu. – Falou sorrindo o que irritou mais ainda Henrique.

– O Senador não gosta...

– Onde ele está? – Caio interrompeu-o delicadamente.

– O quê?

– Onde está Aguiar? Eu não o vejo aqui.

– Ele logo estará aqui. O senador é um homem muito ocupado e...

– Bom, se ele é muito ocupado e ainda não chegou, não há motivos para a sua irritação perante meu atraso.

– Não há? Você acha que o Senador é homem de esperar qualquer empresariozinho de beira de estrada? – Henrique agora estava gritando. E quanto mais ele gritava, mais Caio se regozijava.

– Não Henrique. O Senador não esperou. Quem esperou foi você. O cachorrinho de recado dele. – Caio falou calmo, baixo e já perdendo a paciência com ele.

– Você não tem o direito...

– Eu tenho sim. Aguiar será atendido assim que ele chegar. Rita, minha secretária já está avisada para manda-lo entrar. Agora, se você não se importa, tenho coisas muito mais importantes para fazer do que ficar discutindo o tempo em Porto Alegre com você. – Caio falou educado abrindo a porta.

Assim que Henrique passou ao seu lado, Caio pode sentir o ódio brotando de cada poro do corpo dele. Em outros tempos, teria feito o que sua natureza estava gritando para ele desde o dia em que o conheceu. Já teria dado um chá de sumiço nele, mas agora? Com Fernanda em sua vida, ele aprendera que ser calmo e educado era muito mais prazeroso.

Ficou em sua sala analisando outros contratos de aluguel das salas quando Aguiar bateu à porta e entrou. Era gritante a diferença de comportamento entre o senador e Henrique. No que diz respeito ao trato com as pessoas, Aguiar estava treinado o suficiente com seus anos no Congresso Nacional.

– Caio, desculpe a demora. Soube que você teve problemas com Henrique.

– Problemas?

– Ele me ligou descompassado dizendo que havia discutido com você.

– Não que eu me lembre. Apenas falei que não havia necessidade do nervosismo dele com minha demora, pois você ainda não havia chegado.

– Preciso conversar seriamente com ele. Ele precisa aprender a controlar os nervos. – Aguiar falou sentando na poltrona oferecida por Caio.

– Então, o que de tão urgente você precisa falar comigo?

– Meu caro amigo, acredito que tenho ótimas propostas de negócios pra você. Vários amigos empresários meus que estão querendo mudar seus escritórios para um local mais afastado do centro da cidade, souberam, por mim claro, do seu complexo e ficaram interessados.

– Nossa, fico feliz em saber disso. Claro, temos muitas salas desocupadas ainda. Mas temo que você terá que falar direto com meu sócio. É ele que está com a lista das salas que ainda estão disponíveis.

– Entendo. Será que ele está na sala dele? Meus amigos estão querendo para o mais rápido possível.

– Verei o que posso fazer com isso. – Falou Caio enquanto mandava uma mensagem privada para a sala de Rui.

Caio se preparava para fazer uma ligação para o celular de Rui quando Rita bateu à porta. As feições dela eram preocupadas e Caio, de alguma forma, soube que era sobre sua mulher.

– Rita?

– Dona Inês. Na linha dois.

Caio não esperou nem Rita terminar de falar a frase e já estava com o telefone nos ouvidos. Do outro lado da linha, Inês estava com uma voz nada amigável.

– Caio eu...

– Cadê a Fernanda?

– Caio eu preciso que você se acalme. Ela... Nós estamos aqui no Hospital Municipal...

Antes mesmo de Inês terminar sua frase, Caio estava correndo para seu carro. Deixou Aguiar e quem quer que fosse no complexo e partiu para o hospital. Ficou nervoso quando pegou o trânsito corriqueiro do centro da cidade.

Desviava de qualquer carro que aparecesse em sua frente e não ligava se havia corujinha ou não. Queria mesmo chegar o mais rápido possível no hospital e saber o que havia acontecido com sua mulher. Estacionou de qualquer jeito o mais perto possível da porta do hospital, mas ainda assim correu alguns metros entrando completamente sem fôlego na recepção.

Assim que entrou perguntou por sua mulher. A recepcionista avisou que ela estava num quarto no terceiro andar. Saiu correndo subindo o mais rápido possível as escadas até achar a entrada do terceiro andar. Seus quase 40 anos pesaram em suas pernas e costas, mas ele estava mesmo preocupado com Fernanda.

Encontrou Inês sentada em uma poltrona lendo um livro. A cena irritou Caio profundamente. Como aquela mulher, que dizia amar como uma filha Fernanda, poderia estar calma lendo enquanto sua mulher estava passando por sabe-se lá o quê.

– Inês? – Caio tentou falar o mais normal possível, mas quase sem fôlego.

– Caio, Meu Deus, venha, venha se sentar. – Falou Inês preocupada, levando-o até a poltrona que estava sentada. – Aqui, tome um pouco de água.

– Eu... Não quero...

– Tome logo. Posso cuidar de uma pessoa doente, mas duas, é impossível.

Caio aceitou o copo de água. Admirou-se ao notar o quanto a água o estava fazendo bem e o estava acalmando. Lembrou-se que aquele era seu primeiro copo. Já havia prometido à Fernanda que passaria a tomar mais água, mas com a vida corrida que estava levando era quase impossível.

– O... O que aconteceu? – Ele perguntou entre um gole e outro.

– Bem, aparentemente, Fernanda está com uma infecção intestinal grave.

– Como... Como é?

– Por isso que ela vem tendo todos esses problemas de saúde. É uma nova bactéria. Os médicos ainda não sabem muito bem como ela surgiu, mas ela tem afetado muitas pessoas ultimamente. A sorte é que ela é fácil de detectar. Assim que chegamos aqui, os médicos começaram o tratamento imediatamente. Ela agora está medicada.

– O que aconteceu?

– Eu, Tiago e Gustavo fomos até a sua casa para conversar com ela sobre o desaparecimento do Marcelo e...

– Desaparecimento do Marcelo?

– Meu Deus, você ainda não sabe?

– Saber o quê, Inês?

– Provavelmente o Marcelo está morto.

– COMO? – Caio falou entre uma tosse e outra engasgado.

– Depois eu lhe conto com mais detalhes. O fato é que ao contarmos isso para ela, Fernanda começou a delirar chamando pela Cristina. Dizendo que ela havia voltado. Eu e o Tiago, que estávamos discutindo, paramos ao notar que ela não estava interagindo mais com ninguém. Então ela desmaiou e se não fosse Gustavo, agora ela estaria com um belo roxo na testa.

Caio não falou nada. Abriu a porta do quarto. Da porta avistou sua mulher com um tubo de soro enfiado em uma veia dormindo calmamente. Somente quando a viu foi que seu coração se acalmou, mas mesmo assim, quis saber de todos os detalhes do seu estado de saúde. Não poupou o médico de perguntas e mais perguntas e quis saber todo tipo de tratamento para cuidar melhor de sua esposa.

Depois que o médico saiu do quarto e que Inês fora pra casa, ele ficou ao seu lado vendo-a dormir. Estava sedada para que não corresse o risco da febre aumentar. De hora em hora, uma enfermeira entrava no quarto para acompanhar a temperatura de seu corpo. Não voltara a ter febre e o médico resolveu diminuir os sedativos gradativamente.

Com esse problema ignorou todas as ligações tanto de Aguiar quanto de Rui sobre o complexo. Avisou, via mensagem para que Rui tomasse a frente disso, pois não estava com cabeça para lidar com esse tipo de problema. Já quase perdera Fernanda uma vez e faria de tudo para que esse número não aumentasse.

Com esse comportamento, Aguiar ficou profundamente irritado. Não poderia admitir que fosse ignorado por qualquer pessoa. E Caio estava com o nome um pouco sujo demais para que tivesse esse tipo de comportamento. Avisou a Rui que os contatos estavam momentaneamente interrompidos, pois o mesmo deveria cuidar pessoalmente de um assunto que já havia ignorado tempo demais.

Foi com certo medo que Rui ficou olhando aquele homem sair pela porta de seu escritório.


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