Halfiriam | O Início. escrita por Incógnita


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Ok, vários motivos resultaram a demora desse cap. Provas, feriado, problemas médicos na família, mas confesso também que desanimei por um tempo com a fic, mas i'm back! haha
Desculpem de verdade a demora, foi mais de um mês, prometo evitar isso.



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– Nada, pai – Ela me afastou com um empurrão – O humano apenas estava me ensinando como usar o arco.

Não quero arranjar encrenca justo no meu primeiro dia, por favor!

– Então, Kevin, esse é Durde, o líder de Pashe – Argus interferiu, percebendo que aquilo não ia dar em nada bom.

Durde era velho, alto e magro. Usava uma longa capa verde, e várias correntes com diferentes pedras e símbolos nos pingentes.

– Olá, senhor! É um prazer conhecê-lo! – Ok, espero que isso não tenha soado com tom de nervosismo, porque é o que estou sentindo.

– O prazer é todo meu, Kevin! Os Deuses me falaram sobre sua vinda, eu estava à sua espera. – Ele apertou minha mão. – Vamos, não temos tempo a perder. Depois lhe mostro a vila.

– Onde está Floren? – Perguntei à Argus.

– Ah, deve estar no meio de alguma floresta por aí.

Ele e Durde foram na frente, eu e garota do arco, filha de Durde, os seguimos poucos passos atrás.

– Então, não cheguei a perguntar seu nome...

– Thyara, e o seu é Kevin. – Ela pulou em minha frente, fazendo com que eu fosse obrigado a parar – Como é ser um humano?!

– Sei lá... É normal, dormimos, comemos, essas coisas...

– Disso eu sei, babaca. – Então ela voltou ao meu lado e continuamos a andar – Mas o que você faz quando acorda, por exemplo.

– Eu acordo de manhã, arrumo minhas coisas, e vou para a escola. – Estou me sentindo em um questionário, espero que eu também tenha minha vez de fazer as perguntas.

– Escola?! O que é isso?

– Escola é um lugar onde você vai para aprender as coisas, vocês não tem isso aqui?

– Woow! Aqui aprendemos o básico com nossos pais, e o resto a vida ensina. Queria tanto ir para a escola, os mais velhos sempre nos escondem as coisas, temos que correr atrás para descobrir, ou guardar a dúvida.

– Acredite, escola não é um lugar tão bom assim. – Dei um passo e esbarrei em Argus, que estava parado em minha frente.

– Chegamos! – Disse Durde, antes que desse tempo de Argus me xingar.

Chegamos onde? Esse tempo todo estávamos andando e eu não tive nem a decência de perguntar onde ia? Acho que me distrai com Thyara. Estávamos em frente ao que me parecia uma cabana feita de galhos e folhas interligados, lá dentro parecia escuro, sem nenhum tipo de iluminação, sem nenhuma janela, apenas uma pequena porta, não passava de 1 metro e meio.

– Vamos entrando, Kevin. – Durde foi na frente, tendo que se abaixar para entrar.

Depois foi Argus, que não houve necessidade de se curvar.

– Primeiro as damas. – Ok, talvez eu esteja forçando um pouco a barra com Thyara.

Ela passou tendo que que se abaixar só um pouco, pois tem em torno de 1 metro e 55 cm. Logo após eu entrei. Como havia previsto, era um lugar escuro, eu conseguia ver apenas algumas formas borradas, mas nada concreto. Até que uma vela se acendeu, e vi o rosto de uma velhinha. Ok, admito que aquela velha me deu um pouco de medo, sua íris era branca, assim supus que era cega. Pelas rugas e seus cabelos grisalhos também deduzi que era muito velha, chutando lá pelos 90/100.

– Kevin, querido. – Sua voz era áspera e rouca – Você demorou.

Sei que a tal "fofoca" de que tem um humano na vila já deve ter se espalhado, mas eu sentia que ela não soube daquilo a partir de boatos. Era como se ela me conhecesse. E eu estava em desvantagem, pois não sabia nada sobre ela.

– Quem é a senhora?
– Quem sou eu? – Ela deu uma gargalhada que ecoou em meus ouvidos. – Ninguém menos que Rivca, a Anciã. A única capaz de conversar com os mortos e vivos, se comunicar com os Deuses e demônios, que tem o poder de escolher quem morre e quem fica.

Ok, agora é oficial, essa velha me dá arrepios. Por que diabos estamos aqui?

– Ela está exagerando um pouco. – Sussurrou Thyara no meu ouvido – Ela é nossa Anciã, e é capaz de fazer tudo o que falou, mas não é a única, qualquer um que estude magia negra e alquimia por anos consegue isso.

– Calada, mocinha! – Interferiu Rivca – Quando arrancaram de mim a visão, melhoraram meus outros sentidos. Agora você, rapazinho. Será que será capaz de derrotar as trevas?

– Que? Derrotar as trevas?

Ela riu baixinho, e estalou os dedos. Com esse ato o quarto se iluminou.
Pude ver o cômodo, haviam algumas mesas com vários frascos de vidros de diferentes formatos e tamanhos. Alguns continham líquidos ou gosma dentro, outros estavam cheios de pó ou pelos. Cheguei a ver alguns com partes de animais. Também vi um caldeirão. Sim, daqueles pretos com uma grande colher de madeira para misturar as "poções". Parecia realmente um cenário de filme. Alguns ossos e galhos estavam pendurados no teto. Percebi que o quarto parecia muito maior quando se estava dentro dele.

– É lindo, não é? – Disse Rivca. – Não saio daqui há 300 anos, e espero morrer nesse lugar.

Olhei tanto por volta de esqueci de reparar na Anciã. Ela tinha longos cabelos grisalhos que tocavam o chão, usava uma capa preta comprida e suas unhas passaram do prazo de serem cortadas.

– Agora, vamos ao que interessa – Ela continuou – As trevas.

Lá vamos nós com mais um assunto em que o Kevin não entende nada. Eba!

– Sobre isso. – Durde começou – Esperávamos que você pudesse tentar ver o que vai acontecer no futuro. Não podemos jogar o garoto assim sem saber se ele será o maior fracasso.

Me jogar? Onde?

– Poder, eu posso. Mas não quero. Vai ser divertido ver no que esse menino vai dar. Agora com licença, tenho muita coisa para fazer. – Dizendo isso, ela se levantou. Não passava de um metro e meio, o que explicava o tamanho da porta. – Vão indo. – E fez gestos com a mão, apontando a saída.

Nós quatro saímos, e percebi que as luzes se apagaram em seguida.

– Não gosto dessa velha. – Disse Argus. Bom, pelo menos não fui o único que não achou ela muito simpática. – Ela nunca pareceu estar do nosso lado, para que negar prever o que vai acontecer? Será que ela não percebe que se o pior ocorrer, ela vai morrer também?

– Acalme-se, Argus. – Falou Durde – Ela é instável, quem sabe depois ela mude de ideia.

– Será que dá para alguém me explicar alguma coisa aqui? – Disse, impaciente.

– Filha, querida. – Disse Durde se dirigindo a Thyara. – Pode esclarecer as coisas para ele? Eu e Argus temos assuntos importantes para tratar.

– Claro, pai. – Ela respondeu, com voz de desânimo. – Venha, Kevin.

Eu a segui, enquanto Durde e Argus foram para o outro lado.

– Então, para começar, o que ela quis dizer sobre eu derrotar as trevas?

– Vou tentar resumir. No nosso mundo existem Deuses, muitos Deuses. Mas antes deles, houve uma raça de seres tão horrível, que ninguém ousou nomeá-los. Eram criaturas que viviam para o mal, e se alimentavam da destruição. Eles viajavam entre as dimensões, causando caos em qualquer lugar que parassem. Mas um dia, nosso planeta se cansou desses seres, e os engoliu, aprisionando-os no centro de Halfiriam. Então, ela criou os Deuses, e eles criaram todos os sers que se encontram aqui nos dias de hoje.

– E onde eu entro nisso? – Perguntei, apressando-a.

– Já estou chegando lá. Existe um Bruxo, chamado Armagan, que pretende libertar esses seres, pois acredita que com isso eles lhe considerariam seu rei, mas ele não percebe que se eles forem soltos, vão matar todos e destruir tudo, eles não estão nem aí para quem os libertou ou deixou de libertar. Para libertá-los, é preciso fazer um ritual que envolve 13 cálices. É preciso encher todos eles com sangue de um dragão do Fogo. Armagan já possui 9 taças, mas o seu maior obstáculo é conseguir o sangue. O único lugar onde os dragões de fogo ainda vivem é totalmente isolado, demorariam anos para chegar lá do seu reino. Fora que, nenhum dragão vai ceder seu sangue para tais fins. Mas de todo modo, Armagan é uma grande ameaça para nosso mundo...

– E vocês esperam que eu possa detê-lo?! – A interrompi.

– Não esperamos que você o detenha, você VAI detê-lo.


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Notas finais do capítulo

Ok, na minha humilde opinião esse capítulo ficou A+. hahaha Espero que achem isso também! Olha, eu realmente adoraria um review, nem que seja só um 'estou lendo'.


Não sei quando vou escrever o próximo capítulo, aguardem. Se gostar favorite, acompanhe, comente, etc. ♡
PS: Desculpem qualquer erro ortográfico ou coisas do gênero.
xx



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