Halfiriam | O Início. escrita por Incógnita


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Estou na praia, e é quase uma hora da manhã. Espero que fique bom. >3



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Sua voz era doce e me acalmava, por mais confuso que estivesse.

— Q-Quem é você?! — Gaguejei.

A expressão em seu rosto mudou completamente, ela parecia tão confusa quanto eu agora, e também estava brava.

— Como assim quem sou eu??! Floren! É claro!! Ou vai me dizer que não se lembra de seus sonhos?!

— Bom, me lembro que sonhei com você ontem, e disse para nos encontrarmos. Mas só isso.

Ela parecia decepcionada ao ouvir aquilo.

— Meu caneco!!! — Ela disse aquilo com raiva e bateu com o pé no chão, como se fosse um palavrão horrível, soltei uma risada abafada. — Ops, desculpe meus maus modos. Me comuniquei tanto com você nos últimos dias! Até conversamos sobre tudo... Já que não se lembra, suponho que não saiba o que seja Halfiriam?

— Halfi o quê? — Não, eu definitivamente não fazia ideia do que fosse aquilo.

— Halfiriam! É claro!! — Não era nada claro para mim. Ela respirou fundo, como se estivesse se acalmando. — Por onde começar... Halfiriam é como um outro mundo, uma outra dimensão. Fica muito longe da Terra, mas mesmo assim, é o mundo com que mantemos mais contato. Até aqui, entendeu tudo?

— Halfiriam. Outro mundo. Muito longe da Terra. Mantemos contato. —Falei como se fosse uma lista de compras. Apesar de confuso, entendi.

— Exato. Mas Halfiriam não é habitada por humanos. Você com certeza já ouviu falar em sereias, gnomos, elfos, ogros, bruxas etc. — Fiz um sinal com a cabeça, afirmando. — Pois então, são eles que habitam nosso mundo! Eu, por exemplo, sou uma ninfa.

Puxa, uma ninfa, bem em minha frente. Isso era espetacular!

— Entendi. Mas, desculpe a pergunta direta, o que isso tudo tem a ver comigo?

— Oba, minha melhor parte! — A sua animação do início estava de volta. — Você vai entrar para nosso mundo!! Se quiser, claro. Mas só um louco recusaria.

— Como assim entrar para seu mundo?

— Antes de lhe mostrar, você tem que dar sua resposta. Mas como diz a lei dos antigos, devo lhe avisar que Halfiriam é muito mais perigoso que a Terra, e que será muito diferente de um conto de fadas nos quais nossos seres estão. Se você escolhe ir, lá lhe será dada uma missão, e você só poderá voltar para Terra assim que ela for cumprida. Não posso dar certeza absoluta de que voltara. Mas se recusar, o portal nunca mais se abrirá para ti, e tens a opção de esquecer tudo o que aconteceu, e continuar vivendo sua vida pacata. — Um grande sorriso apareceu em seu rosto. — É agora ou nunca Kevin. Quer entrar para Halfiriam?

Acho que ela esperava um sim naquele momento, como se não houvesse muito para eu pensar. Minha mãe, Lucy. Não sei.

—Não precisa se preocupar com sua família, pois quando voltar vai estar aqui, nesse mesmo dia, nesse mesmo horário. Eles não sentirão sua falta. — Talvez ela lesse pesamentos, ou só tivesse notado a preocupação em meu rosto.

Mesmo assim, ainda tem muito para que se pensar. Mas eu não tinha tanto tempo assim para rever tudo com calma. Eu estava ignorando o fato de tudo aquilo parecer loucura, e focando na ideia de ir para outro mundo. Parece ser interessante... Quer saber?

— Aceito ir para Halfiriam! — Disse aquilo com uma confiança que até eu mesmo me surpreendi.

Ela deu um largo sorriso, fazendo com que aparecesse covinhas em suas bochechas, não havia percebido-as antes. Parecia muito animada com a ideia de eu partir da Terra.

— Isso é supimpa! Sensacional!! — Ela disse insegura. — É assim que vocês falam aqui né? — Então o sorriso voltou ao seu rosto, como se tivesse deixado aquilo de lado — Siga-me.

Ela correu dentre a trilha, chegou a quase tropeçar em seus longos cabelos. Tive que apressar o passo para não me perder dela. Enfim chegamos a uma clareira. Ela parou e vi que em suas mãos havia um pequeno saquinho, não reparei se já ela já estava segurando ele.

— Vamos começar o ritual para abrir o portal! Adoro essa parte.

Eu estava realmente surpreso com a sua felicidade, era como uma criança ganhando doce. Ela tirou do saquinho um pó semelhante a areia, mas era verde. Jogou um pouco no chão, e ele simplesmente flutuou antes de cair no chão. Estava parado no ar à poucos centímetros da grama. Ela foi pegando mais do tal pó e jogando no chão, até formar um círculo perfeito. Eu estava apenas observando sem dizer nada. Assim que terminou com o pó, foi até o centro do círculo e sentou com as pernas cruzadas. Fechou os olhos e disse algo bem baixo, do tipo 'utos'. Não ouvi direito.

Ela se levantou e abriu os olhos. Fez um oval com os dedos no ar. E por onde eles passavam, uma fina linha verde e brilhante surgia. Quando ela terminou o ato, no meio da forma apareceu algo semelhante a uma espiral, e como o resto, era verde. Brilhava muito, chegava a arder meus olhos. Ela se virou para mim e sorriu.

— Está na hora, Kevin!


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Notas finais do capítulo

Está menor do que eu esperava.
Espero que gostem, não sei quando vou escrever o próximo capítulo, aguardem. Se gostar favorite, acompanhe, comente, etc. Ajudaria bastante na divulgação, ou até mesmo para eu saber que alguém está lendo. ♡
PS: Desculpem qualquer erro ortográfico ou coisas do gênero.



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