Sempre | One -shot | Dramione escrita por Lily Einstein


Capítulo 1
Capítulo único.


Notas iniciais do capítulo

Cá estou eu novamente, jabuticabinhas ^^
Passei a madrugada inteira criando essa one-shot, e a manhã inteira lendo e relendo para edita-la com sucesso. Espero realmente que vocês gostem (e comentem!!!) Boa leitura, Kisses, Lily ♥



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Granger.

Sinto sua falta como nunca, espero que você esteja bem e peço perdão por não estar ai com você, você está certa, não temos chances nesse mundo bruxo. Espero você hoje a tarde, as seis horas mais precisamente, em minha casa, te amo.

D.M

A garota sentiu novamente o perfume adocicado que o bilhete trazia, possuía um leve tom de canela, assim como o remetente do papel, cujo a garota não via a mais de seis meses. Ela ainda se lembrava claramente da ultima vez que o vira. Ele havia a feito prometer que lutaria pela sua vida até o ultimo instante, e também a fez prometer que caso ele morresse, ela não iria se deixar abater, se havia uma coisa clara na mente de Hermione, é que sim, ela iria se abater.

Os olhos marejados da morena focalizaram-se no seu malão, pronto para partir. Ela lembrava como se fosse ontem o dia em que pisou pela primeira vez em Hogwarts. Era uma garota inocente e pura, porém extremamente teimosa, possuía cabelos de vassoura e dentes de coelho. Agora, era uma jovem bonita e indecisa. Hermione olhou pela janela de sua torre, uma guerra estava acontecendo lá embaixo, vários corpos distribuídos improvisadamente e sem cuidados no chão, enquanto raios de todas as cores saiam de varinhas por todos os lados. Se tudo desse certo, ela fugiria com o amor da sua vida para nunca mais voltar ao mundo bruxo, ela sabia que era muito a se pedir para um bruxo puro sangue, mas que outra escolha teria senão abandonar tudo que já viveu para uma nova vida com aquele que passou tantas noites de terror protegendo-a em seus braços fortes? A garota pensou em seus amigos, Harry Potter, Ronald Weasley, entre tantos outros que estavam lutando para se proteger e proteger sua escola lá embaixo. A morena sabia que era egoísmo de sua parte, abandonar tudo e ir embora com aquele que a atormentou por anos, mas, se não dessa maneira, ela sabia que jamais encontraria felicidade novamente. Hermione ousou pegar a mala e descer alguns lances de escada, até chegar à entrada do colégio. A cena que a garota viu chocou não só a ela, mas a todos que ali presentes estavam.

—Harry Potter, está morto! —Caçoava uma voz agourenta, cuja posse tinha aquele que causou todo esse sofrimento. Voldemort. A morena ficou na ponta dos pés para ver por cima das cabeças, e se arrependeu assim que o fez. Hagrid estava lá, com o garoto que sobreviveu nos braços. Os comensais riam e zombavam. —Será que mais alguém irá querer se juntar a nós? Pronunciem-se—Voldemort falou, a ironia evidente em sua voz. Todos os alunos ficaram em silêncio, um silêncio que torturou a todos ali presentes. Ninguém se pronunciou. Hermione viu os cabelos ruivos ali, observando tudo de cabeça baixa, quase como submissos. Voldemort e os outros comensais continuavam rindo dos rostos desesperados e do corpo inerte de Harry. A morena andou até os Weasley, ficando logo atrás dos mesmos.

—Eu amo vocês—Sussurrou, uma pesada gota de lágrima caiu dos olhos da garota, e antes que os ruivos se virassem para ver quem lhes sussurrara, a garota falou aquilo que tanto temia. —Obliviate. — Gina, Rony, Molly, Jorge, Carlinhos, todos voltaram a sua anterior posição.

A cena seguinte deixou a garota enjoada, os comensais andando em direção aos alunos de Hogwarts. A morena teve um pequeno deslumbre de Lúcio Malfoy andando até Luna Lovegood e pronunciando o feitiço “Crucio” Seguido pelo “Sectumsempra”. A loira caiu no chão, debatendo-se, e logo após esvaiu-se em sangue, logo a vida deixou os olhos esperançosos e alegres da garota, deixando-lhe apenas um olhar de súplica. Hermione sabia que era covarde, sabia que não fez juz a o que sua casa falava, sobre sangue-frio e coragem. A morena então segurou seu malão e aparatou até a mansão Malfoy, ela não queria estar lá para ver o que aconteceria com ela e com Hogwarts.

* * * * * * *

O garoto de olhos cinzas estava deitado em sua cama, vestindo um terno preto. Ao seu lado havia uma grande mala, que possuía algumas roupas masculinas e femininas para aquela garota e uma boa quantia de dinheiro trouxa, dinheiro suficiente para restaurar sua vida. A marca negra em seu braço ardia como nunca, chamando por atenção, pedindo que o loiro se levantasse dali, pedindo que ele matasse pessoas á sangue frio, assim como qualquer comensal faria, mas ele não. O loiro conferiu novamente seu relógio, desacreditando no horário que via, sem querer imaginar que sua Granger não iria ao seu encontro. Cada minuto lhe torturava cada vez mais, fazendo-o imaginar todos os fins que a sua morena poderia ter tomado, era-lhe repugnável a ideia de que talvez a garota estivesse morta, esticada em um chão frio, sendo pisoteada por centenas de comensais, tão monstros quanto ele, a cena lhe dava arrepios. O garoto conferiu novamente seu relógio, já se passavam de sete horas da noite, ele não podia esperar mais, devia partir. Os olhos marejados do garoto denunciaram-lhe sua dor, em seu corpo, a única coisa que lhe doía mais do que sua marca negra era seu coração, que parecia estar sangrando, mesmo que isso fosse impossível. O loiro andou pela mansão, agora solitária. Seu coração ficando cada vez mais acelerado e a respiração falha, o suor frio e as lágrimas já incontroláveis em seus olhos cinzas. Draco andou até o quarto de seus pais, e se perguntou se ambos estariam bem, passou-lhe pela cabeça que talvez eles tivessem descoberto tudo e matado a jovem Hermione, que aos olhos de Draco era frágil e inocente, intocável e delicada como uma pétala de rosas.

—Adeus—Sussurrou o garoto, para uma foto de seus pais. E deixando sob a cama um pequeno bilhete, que dizia apenas “Amo vocês”.

O garoto voltou, com os olhos marejados, para seu quarto, e segurou a mala, estava pronto para aparatar quando ouviu um barulho vindo da sala de estar da casa, alguns andares abaixo. Draco segurou sua varinha e desceu os andares silenciosamente, tão levemente que poderia ser comparado a um fantasma. Pisando no último degrau para a escada, o garoto começou a pronunciar o feitiço:

—Expellia... —Mas assim que viu o corpo feminino que lhe esperava logo ele parou, era Hermione Granger. Sua Hermione Granger. —Mione! —Gritou o garoto, correndo desastradamente até a garota, tropeçando e trocando seus próprios pés várias vezes, e por fim abraçando-a, aderindo ao seu cheiro de morango, enquanto a mesma deliciava-se com o aroma de canela que o loiro exalava. Ambos tentavam compensar aos mais de seis meses de distância. —Senti tanto sua falta... —Contou o garoto, novamente chorando, agora de emoção, um Malfoy não deveria chorar, mas pouco ele se importava. Hermione segurou a face do garoto enquanto o mesmo lhe acariciava os cabelos ondulados, Draco puxou Hermione para si, dando um beijo intenso e demorado, sentindo o sabor dos lábios da morena e apreciando-o como nunca. Não se sabe ao exato quanto tempo ficaram assim, porém separaram-se quando a necessidade de ar impediu-os de continuar o beijo.

—Foi tão horrível—Falou Hermione, desabando em lágrimas, e então o loiro notou o desespero no olhar da garota, que procurara aconchego em seus braços.

—O que aconteceu?... Quero dizer, quem venceu? —Perguntou Draco, temendo a resposta. A morena apenas olhou-o, com os olhos tristes e vazios, e então o garoto entendeu, envolvendo-a ainda mais com os braços e colocando seu queixo sobre a cabeça da garota. Que praticamente sumia quando o abraçava, graças a seu pequeno tamanho.

—Sinto muito pelo Harry—Lamentou Draco.

—E eu tive que... Eu tive que usar o obliviate nos Weasley, aquilo foi terrível da minha parte Draco, eu não podia eu não... Eu não devia fazer isso. —A garota falou desesperadamente, tão rápido e meio a tantos soluços que Draco teve que se esforçar para entender.

—Você fez o certo—O garoto falou, fechando os olhos, tentando expulsar as lágrimas teimosas que lhe incomodaram tanto.

—E seu pai ele... —A garota ameaçou falar, mas desistiu.

—O que meu pai fez Hermione? —Insistiu Draco.

—Nada eu não...

—O que meu pai fez Hermione? —Falou o loiro, ainda mais alto e agora segurando os ombros da garota e os sacudindo, quase que agressivamente.

—Ele torturou a Luna, jogou-a no chão e usou o feitiço Crucio, e depois a matou. —Hermione disse, tentando livrar-se da fúria de Draco. O loiro sentiu um ódio implacável de sua família, sentiu nojo de carregar o sobrenome Malfoy. Draco pegou um vaso caro e o jogou no chão, livrando sua raiva e gritando palavras baixas, aquilo não parecia o suficiente. O garoto então olhou para Hermione, encarando o olhar desesperado da morena e percebendo que assustara, e tentou se acalmar.

—Vamos embora daqui—Disse o garoto, pegando sua mala, enquanto Hermione puxava a sua.

—Para onde vamos? —Perguntou à morena.

—Um chalé, no Canadá.

—Talvez um dia nós voltaremos—Concluiu Hermione, com os olhos cheios de água.

—Sinceramente, não quero mais saber de magia—Concluiu o garoto, pegando na mão da garota e aparatando até uma estação ferroviária. Extremamente parecida com onde se encontrava o Expresso Hogwarts, como se para torturar ainda mais Hermione. Ambos embarcaram no trem e sentaram-se em uma cabine vazia. Antes de o trem tomar partida, uma coruja amarronzada pousou sob a janela e jogou um jornal até Draco.

—Deixe-me ver—Pediu Hermione, pedindo o jornal. Draco verificou a capa do jornal e logo após seu conteúdo, o garoto ficou vermelho e soluçou uma ou duas vezes, e então entregou o jornal para a morena.

O PROFETA DIÁRIO

A volta de você sabe quem ao poder.

Uma nova era se inicia em Hogwarts. O famoso bruxo das trevas Lord Voldemort, assume o poder do mundo Bruxo. Durante uma guerra, milhares de alunos foram mortos tentando proteger o famoso bruxo Harry Potter. Apesar de grande parte ter sido tomada como escravos ou domésticas. O lorde das trevas não se pronunciou ainda, porém ainda não sabemos o que esta por vir nessa nova era em Hogwarts. Uma lista dos alunos mortos e escravizados esta sendo providenciada para ser divulgada amanha no jornal matinal. Entre eles foram completamente aniquiladas a família Weasley, Lovegood, Patil e Malfoy, sobrando apenas o jovem bruxo das trevas, Draco Malfoy, cujo corpo ainda não foi encontrado. Ainda procura-se sinais de vida da notória amiga de Harry Potter, a senhorita Hermione Granger, uma Grifinória filha de trouxas. Temos apenas que torcer pela decisão de Voldemort não ser prejudicial.

Rita Skeeter.

—Sinto muito pelos seus pais Draco—Falou a garota, pousando sua cabeça no ombro do loiro.

—Sinto muito pelos seus amigos, Mione—Disse o loiro, escorando sua cabeça sobre a dela.

—Estaremos juntos a partir de agora—Perguntou Hermione, um sorriso irônico surgiu em seus lábios.

—Sempre—Concluiu Draco.

—Sempre—Repetiu à morena.

Uma intensa neve começou a cair do céu enquanto o trem começava a andar, lentamente. Grandes perdas lhes foram dadas naquele dia e um grande sofrimento proporcionado, porém assim que devia ser, para Draco, Hermione era seu final feliz. A neve ficava cada vez mais densa do lado de fora do trem. A morena deitou sua cabeça no colo de Draco, que lhe acariciou os cachos.

—Que horas vamos chegar?—Perguntou Hermione, sua voz evidentemente embargada.

—Ao amanhecer.

—Eu te amo—Sussurrou a garota.

—Eu te amo—Sussurrou Draco, tarde demais, a sua Hermione já havia pegado no sono.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham tido uma leitura proveitosa e que tenham gostado. Se quiserem, também, dêem uma lida nas minha outra one shot e na minha fic, que se encontram disponíveis para ler no meu perfil. Se gostaram, deixem reviews, eu não mordo ;D
Kisses,
Lily ♥