Meu Doce Professor escrita por Margot


Capítulo 11
Just Give Me A Reason


Notas iniciais do capítulo

Olá! Feliz ano novo *--*
Vamos lá:
Agradecimentos: Mio Aisawa, AmandaPaiva, Blueberry, Larissa Jennyfer, Biannca, Maaayrah, S2SuAndSu, AkiBorbolinda LynnTrace, RaiChan, VicWalker. Obrigada! E obrigada a Maaayrah que recomendou a fic.
Música: Just Give Me A Reason - P!nk ft. Nate Ruess
03/01/2014



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POV – Castiel

Acordei sentindo um pouco de dor de cabeça, acho que era a ressaca. Comecei a me mexer, e senti algo, ou melhor, alguém em baixo de mim. Assim que abri os olhos, vi Elena em baixo de mim. Ela dormia tranquilamente. Percebi que em seu pescoço haviam algumas manchas... ESPERA, eu fiz isso?

Levantei da cama o mais devagar possível, para não acorda-la. Assim que fiquei de pé, comecei a pensar no que eu fiz. Até que ponto chegamos? Apesar de querê-la, deseja-la, ela ainda é minha aluna. Não posso querer isso. Isso tem que acabar.

Elena dormia tranquilamente, houve até um momento que ela virou de costas para mim. Ela usava um moletom meu... Acho que eu nunca mais o verei da mesma forma. Ele ficou incrivelmente sexy nela. Mas eu preciso de ajuda, não posso levar isso adiante.

Peguei meu óculos na cabeceira e o coloquei, depois, peguei o meu celular. Já eram quatro horas da manhã. Decidi ligar para uma amiga, Iris. Fui para fora do quarto e encostei a porta, deixando só uma brecha. Disquei o seu número e na segunda chamada ela atendeu.

Alô? – Disse Iris com a voz um pouco rouca.

– Iris? Oi, aqui é o Castiel – Eu disse, então um sorriso de formou em meus lábios.

Ah, oi Cast. Tudo bem? – Perguntou.

– Mais ou menos – Disse.

Ué, o que aconteceu? Espero que seja realmente importante para você me ligar a essa hora – Sua voz demonstrava preocupação.

– Bom... eu me envolvi com uma aluna – Suspirei, e ela também.

De novo? Você sabe que não pode! Se lembra do que aconteceu da ultima vez? – Me repreendeu – Mas já fez a cagada, até onde você foi?

– Eu fui até o ponto dela estar na minha cama. Acho que só não aconteceu nada mais sério, porque eu tinha bebido e acabei desmaiando praticamente – Ri um pouco.

– Pare já de rir! – Me repreendeu novamente – Castiel, o que você vai fazer agora?

Eu fui até o sofá e me sentei. Era uma decisão difícil.

– Eu vou terminar com ela – Disse, mesmo não querendo fazer isso.

Sabe, isso seria o certo. Mas, você pode acabar magoando-a. Ela não deixa de ser uma mulher. Alias, quantos anos ela tem? – Perguntou.

– Dezessete – Falei.

De certo modo, já não é uma criança. Ela sabia o que estava fazendo – Falou – Castiel, não se culpe tanto, ok? E seja gentil com ela, para nenhum dos dois se magoar.

– Iris, você sempre pensa nos outros – Sorri – É por isso que eu amo você.

Então, a porta do meu quarto foi aberta com força.

– “É por isso que eu amo você”? – Disse Elena – Você está me enganando?

– Castiel? O que está acontecendo? – Iris perguntava do outro lado.

– Depois eu te ligo, tchau – Disse então desliguei.

Levantei do sofá e a olhei. Seus olhos estavam semi-abertos, pelo fato dela ter acordado agora.

– Me responda Castiel! – Ela pedia.

Vou ter que terminar com ela do jeito mais difícil... Para o bem de Elena.

POV – Elena

– Não te interessa Elena – Castiel disse.

Fiquei chocada.

– Oi? Como assim não me interessa? Quem está sendo enganada sou eu! – Gritei.

Castiel então olhou para mim, um olhar frio.

– E eu também não estava sendo? Eu sei que você estava me usando para esquecer o tal “Lysandre”! – Ele disse.

Que? Eu nunca o usei! Foi ele que pediu para ter uma chance comigo! Cruzei os meus braços e os abracei, eu não estava acreditando...

– Isso não é verdade...- Eu disse, então o olhei com raiva– Aposto que você deveria estar falando com alguma aluna puta que você dever ter pego e depois ter jogado fora, você já fez isso com quantas alunas, ein?

– Hã, você não é a especial aqui – Ele riu – Eu já fiz isso com algumas alunas sim, mas ela não é como você.

Parece que esse foi o golpe final para me magoar. Não acredito que ele disse isso. Eu só posso estar sonhando, ou tendo um pesadelo. Ah, como eu queria que fosse isso.

Ele quis dizer que eu sou uma puta? Uma vadia? Que só serviu para satisfaze-lo? Com toda a certeza do mundo, aquilo havia acabado comigo.

Só sei que então, senti o meu corpo dar uma leve fraquejada. Com a força e dignidade que me restava, sei correndo até a porta. Abri a mesma e sai. Eu não me importava com as minhas roupas.

Apertei o botão do elevador e esperecei o mesmo abrir. Olhei até o apartamento de Castiel, e o mesmo estava lá, parado, me vendo ir embora. Acho que para ele, era divertido.

Assim que a porta abriu, entrei correndo e apertei o botão do térreo. A porta ia se fechando, e tudo pareceu em câmera lenta. A porta fechando, e eu olhando para o Castiel, uma pessoa que me decepcionou muito. Mais uma razão para eu não me envolver com as pessoas.

Quando a porta se fechou, eu cai sentada dentro do elevador. Eu não esperava isso... Quer dizer, algo dentro de mim me dizia que ele ia falhar comigo, mas eu não pensei que seria agora... Desse jeito.

Abracei o meu corpo, e pensei: “Como deixei ele me tocar?” Pois é, você sempre espera que seja o romance perfeito, você nunca pensa que isso pode acontecer... Mas uma hora, a realidade volta.

Eu nunca estive realmente apaixonada por ele. Mas quem sabe, como o tempo, eu realmente gostasse dele? Eu estaria disposta a dar uma chance. De certa forma, ainda bem que isso aconteceu. Seria pior se eu tivesse dado um passo mais além, um passo que não daria para voltar atras.

A porta do elevador se abriu e eu sai, e fui para fora do prédio. A noite estava fria, e eu sentia muito frio nas pernas, afinal, nada as cobria. Lá estava eu, andando só de moletom até a metade das coxas, fraca, e sem ninguém por perto. Imagine se aparecesse um estuprador? Seria a chance perfeita.

– Ei, garota! – Disse uma voz masculina.

G-zuis! Não pode ser! Que não seja um estuprador!

Virei-me lentamente para trás, e vi, debaixo de um poste de luz, um garoto de cabelos castanhos e olhos azuis. Bem azuis. Eu o conhecia, era o Armin, mas aposto que ele não sabia quem eu era. Eu sei quem são, mas ninguém sabe quem eu sou.

– O quê você está fazendo aqui? Sair a essa hora é perigoso! – Disse se aproximando e viu como eu estava vestida – Ainda mais com essas roupas. Você pode ficar doente, aqui fora está muito frio.

Ao dizer isso, ele tirou o casaco que vestia e colocou em mim. Por baixo do casaco, Armin vestia um moletom de trico bege.

– Você é da minha classe do colégio, não é? – Disse, eu assenti – Desculpe, eu não me lembro o seu nome... – Riu levemente.

– Meu nome é Elena – Eu lhe respondi.

Ele então sorriu.

– Eu sou o Armin – Disse, mas eu já sabia o seu nome- Elena, é melhor você ir pra casa – Me aconselhou.

Foi a minha vez de rir.

– Que casa? Casa pra mim, seria o lugar onde você mora, se sente confortavel e, até as vezes, tem uma família que se preocupa e ama você. Então, definitivamente não tenho uma – Eu dei de ombros.

– Sabe, eu sei o que você sente – Eu olhei para Armin, e o mesmo estava sério – Eu não tenho uma família, pelo menos não uma verdadeira – Ele olhou para baixo.

– Como assim? – Eu estava confusa.

– Você sabe que eu tenho um irmão, o Alexy, não é? – Assenti – Ele não é meu irmão, eu sou adotado.

Hã?

– Vocês não são gêmeos? – Perguntei.

– Não... Acabei de descobrir que o Alexy realmente tinha um irmão gêmeo, mas o mesmo morreu. Mas como a nossa.. Quer dizer, mãe dele entrou quase em depressão, eles adotaram um menino, que no caso sou eu, e sempre nos consideram como gêmeos.

Ual, que história.

– E é por isso que você está aqui fora? – Perguntei.

– Sim... é muita coisa para absorver sabe – Riu – Nessas horas que eu queria viver no mundo virtual, a qualquer momento, eu poderia mudar a minha história, ser outra pessoa... Sei lá, acho que seria melhor.

– Armin, só porque você é adotado não quer dizer que você não tenha uma família – Ele me olhou – Vocês só não tem o mesmo sangue, mas eu aposto que sua família te ama.

– Isso não serve para você também? – Ele disse.

Olhei para baixo e dei uma rápida risada forçada.

– Não, isso não serve pra mim – Lhe respondi.

Por algum tempo, o silêncio se fez presente.

– Bom... – Armin quebrou o silêncio – De qualquer jeito, é perigoso ficar aqui fora... Vou te acompanhar até a sua casa.

Acho que isso não foi uma pergunta se ele podia ou não.

Armin veio até mim e fomos caminhando até a minha casa. Nenhum dos dois disse nada. Era como se o silêncio fosse tudo que precisassemos nesse momento. Bom, era disso que eu precisava e queria.

Assim que chegamos em frente da minha casa, Armin abriu o portão e já ia indo para a porta da frente. Eu tive que impedi-lo, eu não podia chegar nesse horário, pois eu sei que Erika ira me irritar com esse assunto.

Pedi ajuda ao Armin, pois meu quarto era no segundo andar, mas, tinha uma arvore que os galhos grossos iam até do lado da janela do meu quarto. Armin me ajudou a alcançar o galho mais baixo. Assim que eu consegui me segurar, Armin me empurrou e eu consegui escalar. Assim que cheguei do lado da minha janela, abri a mesma e consegui entrar. Quando entrei, coloquei a cabeça para fora da janela e acenei para o Armin.

– Armin, volte pra casa, os seus pais devem estar sentindo saudades – Gritei.

O mesmo sorriu e acenou de volta, e foi embora. Sumindo na triste, porém linda noite escura. Sorri.

A porta do meu quarto estava trancada, assim como deixei. Percebi que eu ainda estava com o casaco que o Armin colocou em mim. Amanhã eu devolveria para ele. Amanhã... Eu também teria aula com o Castiel. Como eu iria encara-lo, depois de tudo? Eu queria um motivo, apenas um, para não ter dado certo. Não apenas por sermos aluna e professor. Queria um motivo para isso não acabar. Mas ele me magoou.

Por agora, eu não quero saber mais de nada. Eu só dormir, para tentar esquecer a decepção que sofri, mas, ao mesmo tempo, quero lembrar de Armin. Confuso, não é?


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Notas finais do capítulo

Link da música: http://www.youtube.com/watch?v=OpQFFLBMEPI

Espero que tenham gostado '3'