“Eu nunca pensei que tudo poderia ser assim" Essas foram as primeiras palavras de Jenny quando ela descobriu do que realmente era capaz.

Mas não haveria nexo começar uma história sem que ela tenha uma introdução, então que tal voltarmos um pouco no tempo para rever a história de Jenny?

Jenny era uma criança muito diferente das outras, ela tinha um tipo de mutação genética conhecida como albinismo, mas ela não considerava o que tinha como uma mutação.

Seus cabelos eram brancos e seus olhos tão azuis que você poderia se ver neles, como se fossem espelhos. Mas ao contrário dos outros albinos sua pele não tinha um aspecto avermelhado, ela era branca como a neve, porém se não fossem pelos cabelos brancos ninguém diria que ela era albina.

Nenhuma das crianças enxergava o albinismo de Jenny como um problema, pelo contrário, todos ficavam fascinados com seus cabelos brancos. Era incrível como ela chamava a atenção de todos sem um mínimo esforço. Sua beleza era notável, apesar de ser apenas uma criança.

Jenny nasceu com muitos problemas hospitalares, porém ela foi forte e os venceu, e quando criança, mantinha uma saúde estável, o que deixava os médicos perplexos, para eles ela era um pequeno milagre.

Durante sua adolescência não foi muito diferente, ela mostrou um bom controle hormonal, e uma saúde que a deixava ser comparada as pessoas que não possuíam nenhum tipo de mutação.

Os anos se passaram. Jenny já tinha 15 anos e uma adolescência consideravelmente tranquila, até que um dia sua mãe estava limpando seu quarto e achou um caderno no meio dos colchões da cama. Como qualquer outra mãe faria, ela vasculhou os colchões e retirou o caderno de lá.

Ficou surpresa ao notar que o caderno era bem antigo, suas páginas estavam amareladas e algumas até despedaçando, porém Jenny tinha feito muitas anotações no caderno, só tinham poucas folhas sem suas letras leves e arredondadas.

Ela começou a ler cada palavra calmamente, como se estivesse lendo um segredo, e passou a se desesperar com o que encontrou, ela não esperava que Jenny poderia esconder tantas coisas da própria mãe.

Ela se dirigiu rapidamente para a cozinha, seu rosto tinha expressões aterrorizadas, parecia que ela tinha visto um fantasma.

–Roberto! Temos que levar a Jenny para um psicólogo agora!- foram as palavras de Lucy, mãe de Jenny, após ler algumas páginas do que parecia ser o diário dela.

Lucy começou a chorar e a soluçar com a notícia, ela não poderia acreditar que sua filha poderia ter outro “problema”.

–O que aconteceu?- disse Roberto.

–Jenny tem psicose!”