Born to Die escrita por Agatha, Amélia


Capítulo 13
Agradecer?


Notas iniciais do capítulo

Depois de um longo tempo, conseguimos a nova tomada do netbook chegou e pudemos recarregar o computador. Pedimos mil desculpas pela longa demora, e se depender da gente isso nunca mais acontece.
Para recompensar a pausa inesperada, nas notas finais colocaremos um spoiler dos próximos capítulos, uma coisa que vocês estão querendo muito.
O próximo capítulo será postado no dia seguinte, assim como o 14 e o 15.
Esperamos que nos perdoem! Nunca pensamos em abandonar essa fic.
E aproveitando o nome do capítulo, queremos agradecer a Natália e o ArturM pelas incríveis recomendações, vocês fizeram essas aspirantes a escritoras muito felizes(até nos fizeram prolongar um pouco mais a fic)!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/423724/chapter/13

*Narrado por Avery Dickens

Enquanto o pessoal tomava o café da manhã (enlatados, enlatados e mais enlatados) eu me concentrava. Estava sentada em uma pedra, em frente às mesas, com o violino apoiado no ombro. Respirei findo, fechei os olhos e comecei a tocar.

Gabriela sugeriu que eu tocasse para acalmar um pouco as pessoas, e isso foi bom para que eu voltasse a praticar. Quando acabei a 9ª sinfonia de Beethoven, abri os olhos e notei que todos sorriam enquanto aplaudiam a pequena apresentação.

De repente, Scott saiu de seu chalé gritando.

– Hoje é o Dia de Ação de Graças! – isso deixou todos surpresos. – Temos que dar graças ao Senhor!

Não gostei muito disso. O mundo estava acabando e deveríamos agradecer por estar vivos? Isso não era algo muito positivo, contando que os mortos voltaram para destruir a humanidade.

Mais tarde, o almoço improvisado estava pronto. Tentaram fazê-lo o mais próximo possível do tradicional, o que não deu muito certo, afinal só havia enlatados, que já estavam acabando. Até panos nas mesas eles colocaram. Era engraçado ver um menino de 10 anos regendo tudo, puxando a oração enquanto todos davam as mãos.

– Gabriela! – a chamei num tom de voz baixo.

– O que foi?

– Você acha isso certo? Agradecer por tudo que está acontecendo?

– Não importa. Isso é importante para o Scott, devemos nos importar com isso também. Nem todos aqui estão à vontade, mas estão fazendo isso por ele.

– Eu vou começar – Scott disse. – Eu quero agradecer ao nosso Senhor por essa refeição e por termos um lugar seguro.

–Quero dar graças a essas pessoas maravilhosas com quem posso compartilhar essa refeição - Molly continuou a dar graças.

–Bem – Elias começou, mas não sabia muito bem o que dizer e coçou a cabeça. – Eu quero agradecer por tudo que tive na vida, pelas oportunidades, por tudo.

–Pela minha saúde e a dos outros – Ashley falou.

–Pelas pessoas que conheci ao longo da minha curta vida – Jacob agradeceu mais para Kate do que para o Senhor – Eu ainda sou jovem, mas conheci muitas pessoas boas ao longo da minha curta vida.

– Sinceramente, eu tenho que agradecer por tudo que recebi nessa vida e pelo melhor irmão de todos – ela esticou o braço para tocar a mão de Josh. – Sou muito grata também pelo melhor namorado e companheiro de todos. – Agora eles são namorados? E antes eram o que então? – Bem, é só isso.

– Eu devo agradecer pela família que eu tive e estou tendo agora – ele olhou para a irmã, para Gabriela e para mim. – Por termos esse parque.

– Não só por essa refeição, mas por todas as outras que pudemos compartilhar e pelos momentos que tivemos – Emily agradeceu.

– Agradeço pela segunda chance que a vida me deu, a proteção e a companhia de todos vocês e dos que se foram – Gabriela falou e “passou a vez” para mim.

– Sou grata por estar viva. – O que mais eu poderia dizer? Gabriela me deu uma leve cotovelada e eu me esforcei para pensar em algo melhor. – Por estarmos vivos, seguros e pela sorte que tivemos. Por podermos continuar aproveitando a vida, que é o maior presente que Deus nos deu.

– Acho que agora podemos comer – Josh sugeriu.

– Até que enfim! – Kate falou.

– Pena que não podemos repartir com s necessitados... – Scott lamentou.

– Eu estou necessitada de uma refeição variada! – protestei. – E com fome.

*Narrado por Gabriela Hopper

– Que bom que tocaram no assunto da comida – Elias começou. – Eu sei que hoje é um dia especial, mas o nosso estoque não está muito bom, só sobraram enlatados, que também estão acabando.

– Fora que não dá pra fazer muita coisa com enlatados – Emily olhou para Avery, que sorriu com a afirmação.

– E o armamento é fraco, precisamos admitir – Josh completou. – Precisamos de mais armas e munição. A única coisa que temos é uma pistola com três balas. Quando isso acabar, vai ser um grande problema. Por enquanto a prioridade é mesmo a comida. Alguém tem alguma sugestão?

– Eu! – Avery falou animada. – Podemos caçar. Devem ter alguns animais aqui, é um parque preservado e tem um rio limpo.

– Parece bom, mas ainda não é garantia. Quem estaria disposto a caçar? – Josh perguntou enquanto Avery levantava a mão, animada. – Fora a Avery – ela abaixou a mão.

– Eu posso ir – Jacob se ofereceu e Kate não gostou. Ela ainda estava traumatizada e não passava perto da cerca. – Hey, não fique com raiva, temos que fazer isso.

–Não estou com raiva, mas eu odeio ficar preocupada! – Kate protestou. – Isso dá rugas!

–É por isso que seu rosto anda abarrotado de rugas então! – Avery brincou colocando uma garfada na boca.

– Você é chata sabia? - Kate falou cruzando os braços.

– Faço o que posso - Ave disse dando os ombros.

– Eu vou também – Elias disse.

– Ótimo. Nós três podemos nos revezar para fazer isso – Josh sugeriu e todos concordaram. - Pessoas para tomar conta daqui de dentro não faltam. Gabriela, Emily, Ashley e Molly podem cuidar disso – ele começou a confiar mais em mim depois de um tempo, talvez porque precisasse se concentrar em cuidar de todos. – Todos de acordo?

–Tudo bem – Scott disse se rendendo ao instinto de sobrevivência.

Josh, Elias, Jacob e Avery saíram para caçar em direção ao oeste, do outro lado do lago. Logo depois, ouvimos um barulho que chamou atenção de todos. Dentro dos limites da cerca pudemos ver errantes andando em nossa direção, uns até se debatiam na grade na tentativa inútil de entrar.

– Como eles entraram? O que atraiu eles? - Ashley perguntou.

–Fomos nós – respondi pegando o meu machado.

– O que você vai fazer? – Scott perguntou assustado.

– Vou tirar eles daqui. Molly, você pode levá-lo para outro lugar? Se ele não quiser ver isso, é claro – Molly levou ele para o chalé e eu corri em direção aos walkers. – Vocês vão me ajudar?

– Vou tentar – Ashley falou me acompanhando com um facão na mão.

Era o Dia de Ação de Graças e, em tempos normais, nunca faria isso. Ninguém estaria caçando animais ou matando coisas, mas precisávamos proteger o que Deus nos deu, essa era a explicação para estarmos fazendo isso.

Chegando perto dos andantes, notei que havia mais de vinte deles. Como eles poderiam ter chegado lá se tomávamos todas as precauções para não emitir muito barulho?

– Como os atraímos? – Ashley perguntou enquanto enfiava o facão na cabeça de um deles.

– Não sei. Estou preocupada com a cerca – falei olhando para o aglomerado.

– Eu tenho uma hipótese. A comida deve ter acabado nas cidades e eles vieram para a floresta – Kate falou. – Por que eles não comem uns aos outros?

– Porque eles são carne morta. Por que a senhorita não nos ajuda? – perguntei.

– Não tem necessidade. Eu sou inútil, é assim que sou rotulada.

– Pelo menos você admite... – Ashley brincou. – O que você faz aqui então?

– Gosto de vê-los morrer. Parece estranho, mas eles merecem isso, pelas pessoas que mataram, pelo Jack. Assim eu me certifico que existe um a menos no mundo.

Todos os dias Kate levava flores para o túmulo de Jack. Ela passou a arrumar todo o “cemitério” para deixá-lo bonito. Como ele ficava do lado de dentro da cerca, ela não se incomodava de passar lá sempre que possível.

Depois de alguns minutos entediantes quebrando cabeças, a cerca estava livre, por enquanto. Depois disso, voltei ao chalé para descansar um pouco e esperar pelo retorno dos “caçadores”.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Esperamos que tenham tido um ótimo Natal!Mais uma vez nos perdoem pela demora e comentem o que acharam!
SPOILER:
“Mais ao fundo era possível se ver uma grande construção que possuía três cercas e muros. Aos meus olhos e aos dos outros ao meu lado aquele lugar era o paraíso. Depois de tantos meses sem abrigo, encontrar aquele lugar que aparentava ser seguro era como ganhar um prêmio na loteria.
Havia alguns guardas, pequenos pontos que se movimentavam nas grandes torres. Mas aquilo não me impediria de chegar ao meu novo destino, nada me impediria de chegar naquele lugar que seria uma espécie de porto seguro no mundo em que estávamos vivendo.”
Há uma pequena chance de mudarmos algumas palavras desse trecho, já que ainda não escrevemos essa parte e não sabemos o contexto exato. Mas isso é uma prévia do que vai acontecer no futuro próximo, e vocês já devem saber o que é.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Born to Die" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.