I Hate That I Love. escrita por Vitória F


Capítulo 35
Capítulo 35.


Notas iniciais do capítulo

Olá, olha quem está aqui ?. A tica (obs: minha familia me chama de tica. Pode chamar eu deixo :3).
Como estão meu bijus preferidos ? - cof cof.- mas vocês são meus bijus preferidos :9*.
Boa leitura ?. Boa então ♥



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Minha cabeça parecia um martelo. Eu sentia uma adorável dor de cabeça. Adorável era minha ironia. Eu queria ficar na cama, mas não podia. Tudo estava me irritando, os pequenos raios de Sol que conseguia passar pela janela escura me irritava. O barulho do apartamento ao lado me irritava, ate mesmo minha pequena Laura chorando me irritava. Minha cama era tão confortável, tão perfeita que fiz uma grande luta para sair de lá.

– Acordada meu amor ?. - Neide me viu passar pela sala.

– Não. - respondi seco. - Ainda estou dormindo.

Ela riu e eu me desculpei. Eu estava ficando louca.

Tomei um banho bem rápido, fiquei um pouco com Laura e fui ate o quarto de Ricardo. Ricardo estava tão mal quanto eu. Seu amigo que já nem me lembro o nome estava um 'porré' só. Daiana era a melhor, a melhor de todos nós. Sentei em uma das cadeiras escandalosas do quarto e fiquei esperando Ricardo tomar seu adorável banho.

– Você não foi casada com o Bernardo Oliveira ?. - O amigo de Ricardo perguntava.

– Não. - respondi entre risos. - Fomos apenas namorados. Não durou nem três meses.

– E por que você largou aquele bofe maravilhoso ?.

O amigo de Bernardo parecia espantado.

– Por que ?. - pensei em uma resposta adequada. - Digamos que ele não aceitou a filha e nós terminamos.

– Nossa... pensei que aquele bofe era perfeito. - Ele riu.

É... eu também pensei. – olhei pro lado pensativo.

Mas era verdade, eu pensei que o Oliveira era perfeito, mas não ele não era. Talvez não chegava nem perto disso. Ele estava no nível vagabundo. Daquele bem vagabundo, vagabundo bom. Bom, nesse lugar ele era perfeito, tipo bom mesmo.

Nós dirigimos ao estúdio do amigo de Ricardo. Descobri que o nome dele era Danilo, ele era brasileiro e era hétero. Era hétero mas gostou de beijar bocas proibidas como ele mesmo disse. O caminho ate o estúdio era bem interessante, passamos pelo esgoto bem famoso, era perfeito. Eu não me importei muito, eu queria permanecer com os olhos fechados e curti o silêncio da minha mente. Só eu estava de ressaca.

– Você é perfeita já falei ?. - Danilo sorria.

– Acho que já. - sorri forçado que ate Danilo percebeu.

Estranhei Arthur não me ligar. Estranhei mesmo, mas deixei passar. Conheci outros amigos de Ricardo. Garanti fotos com eles, percebi que minha vida andava bem perfeito pelo visto. Tirei várias fotos, perfeitas.

– Você tem algo para fazer hoje a tarde ?.- Ricardo perguntava sem jeito.

– Não, não. - respondi. - Por que ?.

– Ótimo. - ele deu pulo de alegria. - Você fará um desfile meu. É sobre moda, vai ter muita gente famosa lá.

– Mas eu não... - tentei falar mas fui interrompida.

– Minha modelo preferida não recusa. - Ricardo ria. - Você vai e pronto.

Quis socar a cara de Ricardo naquele momento, mas deixei passar. Hoje estou deixando tudo passar, não quero ser rude com ninguém, vou colocar meu papel de boa moça e fazer tudo que mandam.

Cheguei no desfile. Logo fui fotografada por todos, todos me perguntando como sou, quem eu sou. Conheci uma mulher famosa, Ellen Roper. Ela fazia um programa de moda na tv francesa. Tirei várias fotos sem mesmo estar desfilando. Talvez estivesse ganhando fama. Era perfeito então, mas não era meu dia perfeito. A dor na minha cabeça tardava a aparecer e com todos aquelas 'flas' na minha cara, eu estava ficando ainda mais irritada.

– Vamos lá Cris se anime. - Ricardo aparecia bem ao meu lado. - É teu dia de sorte.

– É ?. - sorri. - Estou com uma adorável dor de cabeça, tenho que enfrente uma linda passarela e ter que sorrir. Dia de sorte ?.

– Adoro sua ironia. - ele beijou minha bochecha. - Tê deixa mais Cristiana.

Balancei minha cabeça negativamente e ri. Pela primeira vez do dia eu estava rindo. Daiana sabendo da minha dor de cabeça, entregou alguns comprimidos e me desejou sorte. Sorte é isso que eu preciso.

Era chegada, minha hora. Entrei no 'palco' iluminado com várias câmeras, fotógrafos e pessoas muito importante. Desfilei feito uma deusa, de longe dava para se ver Ricardo pulando de alegria e falando 'agradeça a Flávio'. Dava para ler em seus lábios miúdos com gloss. Voltei da passarela e tinha que ser rápida. São vários figurinos e tudo isso em tempos de 30 segundos. Eu tinha um anjo chamado Daiana, ela me ajudava em tudo, com as roupas, o cabelo e a ansiedade.

– Vamos lá. Você consegue. - ela me incentivava.

– Eu sei. - ri sarcástica.

Desfilei mais uma vez. Desta vez deu para ler nos lábios de todos como eu era bonita. Aos olhos deles eu era a perfeição feita por Deus. Curti aquilo eu realmente curti. Minha dor de cabeça foi parar bem longe, agora eu estava melhor com tudo aquilo.

– Você fará sucesso aqui. - Ricardo entrava no camarim depois do desfile ter acabado. - Tenho certeza que você fará muito sucesso.

– Agradecerei você por isso. - me levantei já arrumada. - Quando eu estiver no meu castelo, sendo entrevistada por alguém bem famoso, eu falarei de você.

– Que seja. - ele beijou minha mão. - Vamos ? Vai rolar uma festinha e quero que você participe dela. Nada de bebida, só alguns champanhe.

Assenti com a cabeça. Seria legal ir para lá. Conhecer pessoas, me interagir ainda mais.

Cheguei lá e mais uma vez foi fotografada por todos. Todos queriam me conhecer, inclusive pessoas muito famosas. Não foi uma chegada que eu imaginei, foi ainda melhor. Foi tudo que não vinha a minha cabeça, todos se perguntando quem seria aquela modelo ou quem é dono de um corpo tão perfeito quanto ele. Aquilo me agradava e cheirava dinheiro. Não seja louca Cristiana.

Então você é a famosa Cristiana ?. - Um francês maravilhoso aparecia com duas taças de champanhe.

– Bom, acho que sou. - segurei minha taça.

– Prazer Collet. - ele sorriu sedutor. - Gostando de Paris ?.

– Não é de se jogar fora. É interessante, tem coisas interessantes aqui. - Encarei o francês de cima a baixo.

– Tem uma filha certo ?.

– Sim. - respondi. - Por que ?.

– Tenho um filho. - ele bebeu o restante do champanhe do seu copo. - 8 meses.

– Interessante. - joguei um olhar provocante nele.

– Bom, eu tenho que ir embora. Tô meu cartão. - ele me entregou. Collet Produtor. – Espero que ligue.

– Também espero. - sorri maliciosa.

Depois de taças de champanhe decidi ir embora. Falei com Ricardo que me disponibilizou seu motorista. Fui morta para casa, mas tinha que fazer muitas coisas. Ligar para Arthur, descobri aonde ele está. Ficar com Laura, na verdade tentar ficar.

Agradeci o motorista pelo viagem e entrei no hotel. Subi a escada encarando meu estado no espelho, era horrível. Eu estava horrível. Parei no meu corredor e procurei área. Eu parecia aquelas menininhas desesperadas procurando por sinal. Quando encontrei liguei para Arthur.

Você vai vir ?. - perguntei baixo.

Não sei, está tudo meio complicado aqui. - ele respondeu. - Vou fazer de tudo para ir. Beijos.

Ele desligou. Desligou completamente. Eu fiquei brava, brava por que não precisava ser assim. Ele sabia que não precisava.

– Idiota. - exclamei.

– Idiota quem ?. - Bernardo surgia atrás de mim.

– Você. - respondi brava.

– Chata. - ele retrucou.

– Chata eu ? Você é chato. - retruquei.

– Idiota. - ele se aproximava.

– Idiota é você. - retruquei feito uma garotinha, mas também me aproximava.

Não percebi o quanto estava próxima de Bernardo Oliveira, em segundo ele estava parado na minha frente, me encarando com aquele antigo olhar de vagabundo. Em um ato completamente louco, puxei Bernardo pela nuca e o beijei.

Era um beijo bom. Ele explorava minha boca como nunca. Tinha gosto de saudades. Eu estava curtindo aquilo, aquilo proibido. Tenho que admitir, eu estava curtindo. A pegada dele era bem melhor que a de antes, talvez a vadia da Débora tenha ensinado a ele todos os passos. Era bom demais.

De repente me bateu alguma coisa. O que é isso Cristiana ? Você está louca. Me soltei de Bernardo ofegante e pude ver seu sorriso vitorioso.

– Eu te odeio Bernardo Oliveira. - exclamei e entrei dentro de casa.

Bati a porta. Quero mata-lo.


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Notas finais do capítulo

terminei assim porque ta tarde demais :3 beijos.
#BEIJOSCRISEBER.



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