Zeus estava sentado em seu trono no Olimpo. Faltava poucos minutos para o Solstício de Inverno começar, e o deus dos deuses estava esperando impaciente para que o restante dos deuses maiores chegassem.

A sala dos tronos foi invadida por luzes tão fortes que queimariam um humano qualquer, e quando todas se apagaram, lá estavam sentados os deuses, cada um em seu trono.

[...]

Assim que Atena chegou ao Olimpo, pode perceber que estava acontecendo alguma coisa errada. A primeira coisa que percebeu foi o geito estranho de Zeus. Nos ultimos dias ele estava diferente, estava pensativo e rispido, mais até que o normal. Agora porem, enquanto ele olhava os deuses em sua frente, Atena pode perceber que no olhar de seu pai havia um pouco de um olhar maliaco. A mente de Atena trabalhava a mil por hora pra saber o que estava acontecendo.

 Fazia quatro meses que Gaia havia sido derrotada, que os sete semideuses compriram a Segunda Grande Profecia. Ela sempre iria se lembrar de tudo que aconteceu, apesar de que na epoca estava fora de si por causa do negosio de Atena/Minerva. Ela se lembrava de quando sua filha, Annabeth, e o filho de Poseidon cairam no Tártaro. Se lembrava de quando eles sairam e fecharam as portas da morte, mas o Filho de Poseidon, Perseu, ficou lá para fechar daquele lado. De quando os seis semideuses que restaram da profecia mais Nico Di Angelo continuaram seu caminho até o templo em que Gaia iriam resucitar. De quando Perseu conseguiu fugir do Tártaro pela fonte de agua que dava até o Labirinto de Dédalo, que tinha se reconstruido. Lembrava da felicidade de sua filha e dos outros ao ver o semideus vivo. Se lembrava de como os servos de Gaia sequestraram a filha de Plutão e o filho de Marte, usando o sangue deles para ressusitar Gaia. De como os gregos e os romanos formaram uma aliança, e partiram para a guerra contra os gigantes, junto com os deuses menores que concordaram em ajuda-los. Lembrava com todos os detales quando Annabeth e Perseu estavam derrotando Gaia, com sua arma secreta, e quando Perseu deu o golpe final, derrotando completamente a mãe terra.

Depois de tudo isso, muita coisa havia mudado. Os acampamentos para semideuses agoram eram apenas um, em Long Island, onde era mais perto do Olimpo. 

Mais Zeus tambem havia mudado. 

Ele não ofereceu recompenças aos semideuses como fez na outra guerra, apenas os agradeçeu de mal gosto. Atena achava que o ego de Zeus estava bastante ferido por saber que foi salvo por simples semideuses, e que não fez nada para ajudar a vencer.

- Gotaria de comunicar uma desisão minha. Uma desisão que tomei e que nenhum de voces fará eu voltar atrás. - Zeus falou fortemente, e todos os outros deuses o olharam com curiosidade. 

Todos os deuses tinham percebido o geito estranho de Zeus ultimamente (até mesmo Ares), eles perceberam que ele estava perturbado, até mesmo obcecado por alguma coisa.

- Eu tomei a decisão de mandar matar Perseu Jackson.

[...]

- VOCÊ O QUE? - gritou Poseidon.

A partir dai a sala dos tronos virou uma completa confusão. Todos gritavam com o deus dos céus, mesmo aqueles que não gostavam da cria de Poseidon, como Hera e Ares, pois sabiam que os semideuses iriam ficar revoltados com a morte da pessoa que eles consideravam um líder.

Poseidon era o que mais gritava. Como Zeus tem coragem de dizer isso?, era o que o deus dos mares pensava.

Poseidon estava feliz ultimamente. A guerra havia acabado e estava tudo bem com seu filho. Ele não entendia como Zeus poderiam ser tão cretino a ponto de falar que queria matar seu filho, aquele que havia salvado sua pele. A visão de Poseidon já estava vermelha de tanta raiva que se encontrava.

- CHEGA! - grita Zeus se levantando de seu trono. - Eu já disse que nenhum de vocês irá fazer eu voltar atrás de minha decisão!

Esse era o limite para o deus dos mares. Poseidon se lentou e seu tridente apareceu em sua mão imediatamente.

- NÃO OUSE ENCOSTAR UM DEDO NO MEU FILHO, ZEUS! - Toda a sala do trono começou a tremer, mostrando a ira em que se encontrava Poseidon, que era tambem o deus dos terremotos.

- EU VOU FAZER O QUE QUISER! EU SOU O REI DOS DEUSES! - Zeus tambem já estava descontrolado, seu raio mestre apareceu em sua mão.

Atena achou que era hora de intervir.

- E qual seria o motivo para você querer punir aquele ao qual nos ajudou? - A deusa da sabedoria perguntou, tentando ficar calma. Geralmente ela não defenderia o filho de Poseidon, mais se Zeus realmente o matasse, os semideuses (até mesmo seus filhos) iriam se revoltar completamente contra os deuses. Disso ela não tinha duvida.

-Ele é perigoso. E se ele se ajuntasse a algum de nossos inimigos? - ele reponde. 

- Ele já nos provou muitas vezes que é leal a nós. - Artemis estava de pé agora, e parecia pronta para defender o semideus. - Já disse isso para você uma vez Zeus, e agora repito novamente. Se matar os herois que nos ajudam é a justiça olimpiana, então não quero ter nada a ver com ela.

Zeus não respondeu, mas dava para ver que as palavras da deusa da caça não o afetaram em nada sua decisão.

Apolo, Afrodite, Demeter, Hefesto, Hermes, Dioniso e até mesmo Hades estavam de pé agora, mostrando que defendiam o semideus. Zeus os olhou por um momento.

- Eu já disse que nenhum de vocês ira me impedir! - faltava bem pouco para Zeus gritar. 

- Então pode parar de contar com a ajuda dos meus monstros, Zeus. - diz Hades.

Zeus apenas o olha com nojo.

- Não preciso dos seus monstros, Hades. Posso mandar meus servos. Ou tambem posso mata-lo pessoalmente. - diz Zeus de um modo superior.

- Estou lhe avisando Zeus! Se você encostar em UM fio do cabelo de Perseu, pode considerar o Céu e o Mar em guerra! - Poseidon não iria deixar que Zeus matasse Percy, nem que para isso ele precise tomar medidas drásticas. E ele não estava pensando na guerra.

- Você não ira me impedir, Poseidon. Pode esconde-lo, mas eu vou acha-lo. E matarei todos aqueles que tentarem me impedir! - Zeus fala.

Os outros deuses estavam chocados. Zeus nunca tinha agido dessa maneira.

- ENTÃO PODE CONSIDERAR AGORA UMA GUERRA ENTRE NÓS! - grita Poseidon, já perdendo o controle, fazendo com que varias construções fora da sala do trono desmoronasse. Os oceanos tinham ficado tão violentos como não ficavam a anos.

- SE É ASSIM QUE VOCÊ QUER POSEIDON, ENTÃO ASSIM QUE SERÁ! MAS FIQUE SABENDO QUE NÃO DESCANSAREI EM QUANTO SEU FILHO ESTIVER VIVO! 

- EMTÃO SE LEMBRE BASTANTE DESSE DIA ZEUS! PORQUE FOI HOJE QUE VOCÊ ME FORÇOU A TOMAR MEDIDAS DRÁSTICAS PARA PROTEGER O MEU FILHO! E SAIBA QUE IREI FAZER DE TUDO PARA PROTEGE-LO, NEM QUE EU TENHA QUE PEDIR AJUDA PARA UMA PESSOA QUE VOCÊ COM CERTEZA NÃO GOSTARA DE CONHECER, QUE FARÁ VOCÊ SE ARREPENDER DE SUA DECISÃO!

Apenas dois deuses entenderam a quem Poseidon estava se referindo. Os gêmeos arqueiros empalideceram com a fala do deus dos mares e dos terremotos.

- Poseidon... você está pensando mesmo em... em chama-la? - Por incrível que pareça o deus do sol não estava sorridente e brincalhão como sempre, agora estava serio e preocupado.

- Sim, irei chama-la. - ele fala fortemente. - Lembre-se que eu lhe avisei, Zeus. - E com isso ele some, apenas deixando cheiro de maresia e a tensão na sala.

[...]

Poseidon estava em seu reino aquático, trancado na sala em que estava seu trono. Ele segurava um pequeno colar feminino que tinha como pingente uma concha azul escura. 

O deus estava segurando a concha com força, ele precisava chama- la direito. Com um suspiro, ele chamou o  nome que ele mesmo tinha escolhido.

- Tálassa.

Ele esperou por alguns instantes, até que vê uma luz forte no meio da sala. Assim que a luz desaparece, Poseidon pode ver uma menina que aparentava ter 17 anos.A menina tinha cabelos negros e olhos verde mar, iguas aos seus, mas os dela estavam circulados com lapis preto. Seu cabelos eram lisos e seus traços eram incrivelmente lindos. Ela estava vestida com uma saia antiga, ela era longa o suficiente para cobrir seus pés e tinha um rasgo em cada lado, que ia até metade de sua coxa. Usava uma regata tambem antiga, mas se chegasse perto perceberia que ela era tão dura quanto ferro. Em seu sinto estava pendurado um espada de prata. 

- Quanto tempo, pai. Faz tempo que a gente não se vê. - ela diz. Poseidon percebe a felicidade de sua filha e sorri.

- Faz muito tempo mesmo, Tálassa. - ele diz. Ele sempre quiz ter visto sua filha mais vezes, mas onde ela morava não dava para ele ir. Sua filha morava nun lugar que estava longe do alcanço do deus.

Tálassa estava feliz por ver seu pai depois de anos. Ela sempre quiz vir visita-lo, mas tinha que ficar se lembrando o tempo todo que ela não tinha permição para ficar aqui na Terra por muito tempo, a não ser que seja chamada ou que esteja numa missão. Ela olha para seu pai e percebe que alguma coisa estava errada.

- Pai, qual foi o motivo de você ter me chamado? - ela perguntou. Viu tristeza e raiva passarem pelo rosto de seu pai.

- Caos... ele não te contou o que aconteceu no Solstício de Inverno? - Poseidon perguntou com uma sobrancelha levantada. 

Ta, agora Tálassa estava ficando preocupada de verdade. Ela negou com a cabeça e se aproximou de seu pai.

- O que aconteceu? - ela perguntou com cuidado.

Poseidon deu um longo suspiro.

- Zeus está paranoico. Ele... ele quer matar seu irmão. 

Tálassa ficou em silencio. Ela não sabia o que dizer. Ela nunca gostou muito de Zeus, mas agora ele estava querendo matar Percy. Ai já era demais para ela.

Tálassa nunca falou com seu irmão, na verdade, ele nem sequer sabe que ela existi. Mas ela sempre o ajudou um pouco, e sempre o ficava assistindo da Cidade de Caos. 

- Zeus só pode ter ficado maluco. Ou melhor, mais maluco do que já é. - ela diz, não se importando de estar falando mau do rei dos deuses.

- Tálassa... - Poseidon a repreende em um tom de aviso. 

- Eu não tenho que ter respeito por ele, pai, e você sabe disso. - ela responde. E era mesmo verdade, Zeus não merecia respeito algum dela, e ela tambem não era obrigada a respeita-lo.

- Sim, eu sei disso. - O deus responde com um suspiro. 

Cai um silencio desconfortável entre eles. 

- Mais então pai, porque me chamou aqui? - ela pergunta, quebrando o momento desconfortável.

- Eu gostaria de pedir a você para... para... para levar Percy com você. É o único jeito de ele sobreviver, Zeus não descansará. Eu quero que você o chame para ser um igual a você, um Soldado de Caos.