The Girl Of Souls escrita por Monica Winchester


Capítulo 4
Cérbero




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– Como eu estava a dizer antes de alguém me interromper, criticar e me chamar de louca... - Lancei um olhar de ''Tu és bom, mas eu sou melhor'' a Dean assim que ele me encarou desafiadoramente e depois continuei - Mary era o espírito que estava no Elísio e que me pediu ajuda para transferir a alma de John do Inferno...

– Como raio é que tu...

– Eu já explicarei tudo, continuando, pedi auxílio a meu pai e...

– Mas como...

– Porra! Será que eu conseguirei acabar a porcaria de uma frase sem ser interrompida por algum de vocês para me fazer perguntas que eu iria responder calmamente se não me interrompessem a cada palavra que eu digo!? - Exclamei já cansada com todas as interrupções, Sam apenas sorriu envergonhado e eu sabia que isso era uma deixa para eu continuar - Então, pedi permissão ao meu pai que concordou e levei John para perto de Mary novamente, mas ele também me pediu um favor que eu concedi,e os trouxe junto á minha visita a Bobby, assim eu trataria de assuntos pendentes enquanto vocês estavam juntos... - Suspirei aliviada por não ser interrompida - Perguntas?

– Como consegues transportar as almas?

–Quem é o teu pai?

Hesitei, não sabia se lhes revelar isso seria uma das minhas decisões mais sensatas, afinal, á custa disso quase fui morta mais de uma vez. Pensei bem nos prós e contras, não precisava de mais alguns loucos á procura da minha morte os que ainda estavam á espera já me bastavam, e afinal, eles eram Winchester's se John tentou matar-me mesmo sendo sua amiga porque Sam e Dean não tentariam sem me conhecer!? Sem conseguir me controlar lançei um olhar a John que me olhou triste ao perceber a razão da minha hesitação, abanei de leve a cabeça revirando os olhos, e desta vez olhei Bobby que apenas acenou me encorajando lançei-lhe um olhar de: '' Tens certeza?'' mas ele apenas revirou os olhos para a minha desconfiança e acenou. E afinal que culpa tenho eu se desconfio até da minha própria sombra? Nada nesta vida é de confiança e afinal até os nossos melhores amigos nos podem apunhalar pelas costas.

– Sou... - hesitei novamente mas se o Bobby confiava neles porque não eu? - Sou Mónicka Di Angelo, filha de Hades, Deus do Submundo.

Parei uns segundos, e eles ficaram em silêncio absorvendo as informações.

– Submundo significa...

– Tudo lá em baixo - completei apontando para o chão. Eles se entreolharam desacreditados.

– Do Inferno? - Dean perguntou enquanto lançava um olhar ao irmão e apertava o punhal de prata com mais força.

– Não do Inferno mesmo, bem, deixa-me pensar numa maneira fácil de explicar, e enquanto isso vais guardar o punhal ou podes-te cortar ok bonitão? - Pisquei para Dean irónicamente e encostei-me na cadeira a pensar numa maneira de lhes dizer. - Já devem saber sobre as desavensas dos Três Grandes na mitologia Grega ou seja os meus tios e o meu pai certo? - Questionei enquanto eles acentiam - Tio Zeus ficou com os céus, Tio Poseidon com os Mares e meu pai com o Submundo, quando alguem morre a sua alma tem de passar pelos dominios de Hades, onde é feito o seu julgamento ou seja se deve ir para os Campos Elísios ou o Tártaro, mas há muito daqueles casos onde alma já estava tão currumpida que acaba caindo para o Inferno que fica muito mais abaixo que o meu palácio, praticamente no núcleo da Terra.

Eu não imaginava que eles fossem acreditar, e já estava á espera de todos os tipos de nomes que ele me pudessem chamar. Mas na realidade a opinião deles não me interessava, eu estava ali não só para ver Bobby mas também para ir á procura do monstro que matou a minha irmã, Nico, meu outro irmão estava á procura da sua localização e eu acreditava serieamente que andava nos arredores da cidade. Talvez, estivesse á minha espera.

– Esperas que acreditemos na tua palavra?

– Os vossos pais estão aqui não estão? - Respondi entre dentes enquanto tragava de novo o cigarro.

– Está bem... - Sam disse vagarosamente.

– E porque não haveríamos de te matar filhinha de Hades? - Provocou Dean e eu estava capaz de lhe arrancar a língua.

– Quero-te ver tentar. Além do mais, apenas eu posso permitir a presença de John e Mary, mata-me e nunca mais os vês; irrita-me e nunca mais os vês; provoca-me e nunca mais os vês; olha apenas por um segundo para mim e... espera o que era mesmo? - Fingi-me de confusa e depois bati com a mão na testa rindo irónicamente - Ah sim, nunca mais os vês! Estamos entendidos ou vou ter de repetir pequeno rockeiro?

Ri internamente quando o vi a ganhar uma tonalidade avermelhada e a morder a lingua para não me mandar para um sitio onde o sol não bate.

– Ainda bem que estamos conversados, Bobby deverá chegar aqui um (...) - Fui interrompida quando o chão tremeu ao som de passos fortes e a porta foi aberta com um estrondo. Sam e Dean pegaram nas armas mas eu apenas revirei os olhos enquanto Cérbero, o meu cão infernal de múltiplas cabeças vinha até mim, quase a chegar no teto. - Então garoto, noticias de Nico? - Perguntei fazendo carinho numa das suas cabeças enquanto as outras lambiam-me as mãos. Ele acenou e eu peguei numa carta dentro de um envelope preto preso á sua coleira.

"Cara Mónicka,

deves ter notado que me acabaram os Dracmas, senão, teria mandado uma Mensagem de Iris, todavia, não é sobre isto que quero falar. Irmã, consegui a localização do Minotauro, está numa cabana abandonada na cidade vizinha á que tu te encontras, o que eu achei realmente estranho, afinal, o que um monstro estaria a fazer ali? Informei-me um pouco, e Quiron disse-me que anda a desaparecer bastantes semideuses que ainda não foram reclamados (mas acho que a razão para estarem a desaparecer tantos é para o monstro que está por trás de isso tudo não ter problemas com um determinado tipo de Deus) e que nunca foram ao acampamento não só eles mas como todos os semideuses e sátiros que os haviam ido buscar, logo, presumi que é nessa mesma cabana que eles deverão estar a servir de refeição. Mandei Cérbero pois ele vai te levar por viagem das sombras até mim, e juntos iremos a caminho da nossa diversão.

Estarei á espera,

Nico Di Angelo, Principe do Submundo"

– Bobby, acho vamos ter que atrasar um pouco a nossa conversa. - Sorri maldosa, e tive a sensação que até Cérbero tremeu.

– O que vais fazer Mónicka?

Apenas mandei o cigarro ainda aceso para o cinzeiro, e bati os dois punhos, onde as sombras negras formaram duas espadas de bronze celestial. Prendi as espadas no corpete negro que apareceu e apoiando-me na coleira de Cérbero montei nele.

– Ajuste de contas. Vamos garoto! - Ele latiu, e correndo até um sitio escuro da cozinha desaparecemos como a neblina.


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Notas finais do capítulo

espadas: http://dragons-rpg-toop-hotel.weebly.com/uploads/1/3/7/3/13730624/4738306.jpg?1350856428

corpete: http://www.cinturadepilao.com/products/Corset-em-Couro-Sint%E9tico-Preto.html



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