Perfeitamente Imperfeitos escrita por Danny Winchester


Capítulo 37
O Nascimento


Notas iniciais do capítulo

Heeey, pessoas.
Apenas mais três capítulos até o final. Eu espero que vocês gostem desse capítulo e eu quero ver mais comentários. São os capítulos finais, me façam feliz.
Beijos.



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Pietro entra correndo comigo no colo, na emergência do hospital. O trânsito estava horrível, demorou quase uma hora para chegarmos aqui e eu estava morrendo. As contrações vinham em poucos intervalos, o que perturbava o Pietro com os meus gritos. Ele me olhava aterrorizado e parecia estar sentindo mais dor do que eu. Sophie e as meninas ficaram na função de avisar aos nossos pais. Eu sabia que doeria, só não sabia que seria tanto. Parece que tem um elefante tentando sair do meu útero. E eu imaginava que não havia nada pior que cólica.

–Minha esposa tá tendo bebê! – Pietro grita desesperado na recepção, enquanto eu me encolho no colo dele, sentindo outra contração. Acho que ele só conseguiu me pegar no colo por causa da adrenalina que estava nele. A mulher fala ao telefone pedindo uma maca e mandando avisar a médica.

Um enfermeiro se aproxima com uma maca e o Pietro me coloca nela. O enfermeiro me leva até um quarto e com a ajuda de outra enfermeira, eu troco o vestido que eu estava usando, por uma bata de hospital. Eles me deitam na cama, mais confortável do que a que eu estava e a enfermeira me liga em um aparelho.

–Você está com seis centímetros de dilatação. Mais quatro e o bebê estará pronto para sair. – Ela sorri para mim e depois sai do quarto, me deixando a sós com o Pietro.

–Como você está, anjo? – Pietro puxa a cadeira do canto para o lado da cama.

–Sofrendo! – Suspiro e ele faz careta de dor.

–Anjo, eu não sei o que fazer. – Pietro choraminga.

–Você poderia ter começado não me engravidando. – Respiro fundo e fecho os olhos.

–Você poderia não ter me tentado quando estávamos em lugares que o acesso a camisinha é nenhum. – Ele retruca e eu o fuzilo com o olhar.

–Não está ajudando, Pietro! – Eu rosno e sinto outra contração vindo com tudo. Eu mordo meu lábio para reprimir um grito e cravo minhas unhas na mão do Pietro. -

–Outch! Vou pensar seriamente antes de tentar de engravidar de novo. – Pietro fala e beija minha testa.

–Você nunca mais vai tentar! Você não vai nunca mais chegar perto de mim depois de hoje. – Eu choro.

–Mel! – Minha mãe entra gritando no quarto, acompanhada do Andrei.

–Mãe! – Eu olho para ela, fazendo careta.

–Como está indo, querida? – Andrei pergunta e me dá um beijo na testa.

–Se eu não amasse o desgraçado do seu filho, eu poderia matar ele por ter feito isso comigo. – Falo.

O resto do povo entrou no quarto, junto com a Penny e tentam me distrair. O Pietro está tenso ao meu lado, nas duas horas que se passam até que eu finalmente dilatei os dez centímetros e eu estou pronta pra empurrar a Kate pra fora de mim. A médica pede pra todo mundo sair da sala e deixar apenas o Pietro e eu.

–Okay, Mel. Vamos lá, você vai contar até 10 e empurrar, tá? – A médica fala e eu assinto com a cabeça. Seguro forte a mão do Pietro e empurro com todas as forças que eu tenho, quando a médica manda.

–Argh! Por que você fez isso comigo, Pietro? – Eu grito e ouço a médica rir.

–Você não tava reclamando na hora que NÓS fizemos isso. – Pietro fala. – Pelo que eu lembro você tava gostando demais.

Eu empurro de novo e solto um grito.

–Isso mesmo, Mel! Vamos lá, com mais força dessa vez. – A médica me fala.

Eu aperto mais a mão do Pietro e empurro com mais força, dessa vez. Eu tenho que me esforçar pra não dormir exausta ali mesmo.

–Vamos, Mel! Só mais um empurrão. Ela já está saindo. – A médica diz alegre.

Abro olhos e encontro o Pietro me olhando com um sorriso. Eu sorrio de volta, solto um gemido alto quando empurro com toda a força que eu tenho, enquanto ele beija minha bochecha.

–Aqui está ela! – Dra. Cecilia exclamou.

A médica levantou a Kate que estava cheia de sangue e chorando alto, para que eu e o Pietro pudéssemos vê-la. A Kate é linda, mesmo ainda toda suja de sangue, ela é a coisa mais linda que eu já vi e choro dela a coisa mais melódica que eu já ouvi.

–Posso pega-la? – Pergunto.

–Claro, mas temos que cortar o cordão antes. – A médica sorri e enrola a Kate em uma manta. – O papai quer fazer as honras?

–Sim. – Pietro diz bobo, olhando para a Katherine, enquanto vai até a médica.

A médica entrega a tesoura cirúrgica para o Pietro e ele corta cuidadosamente. Depois a Dra. Cecilia, entrega a Kate para ele, que mantém os olhos presos nela, enquanto anda até mim. O Pietro me entrega a Kate.

–Ela é tão pequena e linda. – Pietro fala sorrindo.

–É, ela é. – Eu sorrio para a coisinha pequena no meu colo, que para de chorar quando eu a pego.

–Okay, papais, eu tenho que levar a Katherine para limpar e fazer o teste do pezinho. – A médica fala para mim e eu relutantemente entrego a Kate para ela. Minha vontade é de segurar ela para sempre.

–Como você tá, agora? – Pietro pergunta e eu sorrio para ele.

–Eu me sinto melhor. Eu não acredito que ela nasceu no seu aniversário. – Eu ri.

–Ela já chegou ofuscando o meu brilho, não sei se gosto disso. – Ele brinca rindo e eu faço careta.

–Espero que a Kate, não tenha o enorme ego que você tem. – Eu falo.

–É meu aniversário, então você não pode implicar comigo hoje. – Ele faz careta.

–Eu esqueci de comprar o seu presente. – Suspiro. – Desculpa.

–Você me deu o melhor presente que eu já ganhei na vida, Mel. – Ele sorri e me beija.

...

Horas mais tarde, depois que nossos pais vieram aqui. Eu já havia tomado banho, alimentado a Kate e dormido um monte. O povo veio nos visitar e trouxeram um monte de balões rosas em diferentes desenhos e ursinhos, muitos ursinhos.

–Awn, meu Deus, ela é a coisa mais linda que eu já vi! – Sophie fala manhosa, olhando para a Kate no meu colo.

–Nós fizemos um bom trabalho, obrigada. – Pietro fala rindo e eu faço careta pra ele.

–Eu não consigo saber com quem ela parece mais. – Livie comenta.

–Ela só dorme! Eu quero ver os olhos dela. –Sarah suspira. – Mas olhar pra ela me dá vontade de ter um desses.

–Isso foi uma indireta? – Eu pergunto sorrindo.

–Foi? – Eric sorri para ela.

–Não! Muito cedo. – Sarah ri. – Tá ficando tarde, é melhor nós irmos.

–Tem razão. – Kaio fala. – Nós vamos fazer uma viagem de família, vamos sair as quatro da manhã.

–Boa sorte, cara. – Pietro ri.

–Minha família é legal. – Sophie retruca.

–Nunca falei que não era. – Pietro sorri.

–Eu também já vou. A Jullie quer dormir lá em casa, então eu vou buscar ela e nós vamos assistir Barbie. – Livie fala.

–Quando você e minha irmã, ficaram tão amiguinhas? – Nick pergunta indignado.

–Bom, sabe, depois daquela última vez que eu fui na sua casa, há alguns meses, depois de você ter quebrado a porra do meu coração, como sempre acontece quando eu resolvo me entregar realmente para alguém. A Jullie me ligou e me chamou para ir ao shopping com ela, nós assistimos filme, eu levei ela no Play Kid e depois nós saímos mais e nos tornamos amigas. –Livie fala e eu vejo que o Nick fica triste quando ela fala sobre ele ter partido o coração dela.

–Ela tem oito anos. – Kaio fala.

–E? Ela tem uma mente mais adulta do que a do irmão dela. – Livie fala e se inclina para dar um beijo na Kate, que se mexe no meu colo, mas não acorda. – Eu já vou. Até amanhã, pessoas. Até sabe-se lá quando, Nick.

Livie sai do quarto correndo e o Nick respira fundo. Ele olha para nós se despedindo e saí correndo atrás da Livie.

–Eles tem que se acertar. – Kaio bufa.

Kaio, Sophie, Eric e Sarah se despedem e vão embora. Pietro se senta comigo na cama e me abraça pela cintura. Eu encosto a cabeça no seu peito e olho para a Kate. Os olhos dela começam a se mexer e a ela abre os olhos. São tão verdes como os do Pietro. Ela é muito parecida com ele.

–Ela é mais parecida com você do que comigo. – Falo e o Pietro me dá um beijo na bochecha.

–Ela tem a sua boca. – Ele diz e me dá um selinho. – E ela vai ser linda. Tem genes poderosos.

–Sim, ela tem. – Eu ri. – Você quer segurar, ela?

–Eu tenho medo de quebra-la. – Pietro franze a testa e eu rio.

–Ela não é de vidro. Você já pegou ela, hoje. – Falo.

–Okay. – Ele sorri.

Eu entrego a Kate para ele, que fica tenso quando pega ela. A Kate olha para ele com os seus olhos verdes idênticos aos dele e a sua mãozinha salta de dentro do cobertor e pega o dedo dele. Pietro olha para ela sem piscar, como se estivesse hipnotizado por ela. A cena é linda e eu sorrio para eles.

–Eu queria que a minha mãe conhecesse a Kate. Queria que ela me visse assim. – Ele sussurra e levanta os olhos para mim.

–Sei que ela tá olhando vocês de algum lugar. – Sorrio e o dou um beijo no rosto. – E tenho certeza que ela tá orgulhosa do homem que você se tornou.

A enfermeira entra no quarto e sorri para nós.

–Mel, que tal você alimentar a Kate de novo, para ela ir dormir? – Ela fala.

–Tudo bem. – Digo.

Pietro me entrega a Kate. Eu abaixo a bata horrível e amamento a Kate, que acaba dormindo e é levada pela enfermeira, até o berçário.

–Você não vai pra casa? – Pergunto para o Pietro.

–Não! Eu vou embora com vocês amanhã. – Ele fala e me puxa para deitar no peito dele. Abraço sua cintura e dou um beijo no alto do seu pescoço.

–Te amo. – Eu murmuro e fecho os olhos.

–Também te amo. – Pietro beija me beija e sua boca tem gosto de jujuba.

–Você comeu as jujubas! – Eu rio.

–Você que não ia comer, né? – Ele ri e me beija de novo.

–Idiota! – Sorrio.

–Obrigada, anjo – Ele beija minha testa e me olha.

–Por quê? – Eu o olho.

–Por tudo. – Ele sorri. – Agora vamos dormir.

–Obrigada, você também, Pie. – Sorrio.

Fecho os olhos e caio no sono, logo em seguida.


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Notas finais do capítulo

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