Decode escrita por Julio Kennedy


Capítulo 7
Capitulo 6 - Nostalgia


Notas iniciais do capítulo

Foi mal pela demora, formatei meu pc porque ele deu pau e perdi todos os capitulos prontos, reescrever ne mole nao... espero que gostem... John disse que a ideia pode ate ser minha mas a escrita é dele ( ele praticamente digitou tudo de novo) mas eu que fiz o rascunho valeu galera?



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Luiz parou a moto em uma rua mais calma, eu desci da moto e logo em seguinte ele também desceu, assim que ele tirou o capacete já começou a gritar – Você ta louco? Seu idiota, se o Greymon tivesse aberto aquele canhão que tem na boca você sabe quantos policiais podíamos ter matado, nos estávamos ferrados, agora estamos condenados à prisão perpetua.

_Luiz não tem prisão perpetua no Brasil – respondi com um tom calmo na voz.

_Não quero saber – ele se sentou na calçada e começou a dizer baixinho – caramba, caramba, caramba.

Ele estava apavorado, mas nós não tínhamos saída. O que ele esperava que eu fizesse, eu tinha que nos tirar de lá. Que merda viu, e agora o que faremos? – pensei

Peguei meu celular e fui ligar para o meu primo, o celular chamou algumas vezes então ele atendeu.

_Ola – disse ele.

_Weverton, precisamos ir pra sua casa agora, temos que sumir das ruas – disse a ele agora já mais angustiado.

_O que vocês fizeram, não viriam só a tarde? A deixa pra lá, mas logo aviso que se você me colocar em alguma situação perigosa eu te mato, e conto seus segredos pra todo mundo e você sabe que eu não sei poucos – respondeu o garoto.

_Beleza, vou avisar a todos e chegamos ai em duas horas – disse mais calmo, adoro esse garoto, meu melhor amigo de infância.

_Ok, ate a vista baby – respondeu ele rindo.

Olhei para Luiz que ainda estava na mesma situação, conversei com ele cerca de uns quinze minutos e no final ele acabou concordando com a minha atitude de mais cedo, ele não queria ser preso também. Montamos na moto e fomos para o parque municipal, como de costume o transito estava uma loucura, mas a vida de moto é bem mais rápida, não demoramos muito a chegar, deixamos a moto alguns quarteirões antes em um estacionamento pago e fomos caminhando. Varias viaturas passaram por nos, mas para nossa sorte maior estava acontecendo uma feira, e por isso o lugar estava muito mais movimentado que o comum.

Entramos no parque e fomos para o ponto de encontro, que era em uma parte menos movimentada, uma lagoa que ficava nos fundos do parque, onde sempre estava cheio de patos. Mayara que estava sentada em um banquinho de madeira veio correndo e me abraçou forte, primeiro fiquei meio sem reação, mas respondi o abraço.

_Achamos que os policias tinham preso vocês, eles pegaram o Will – disse ela com os olhos já molhados.

_Eles nos cercaram, não tivemos escolha a não ser usar força bruta – respondi.

_Eu já imaginava – resmungou Luan, minha vontade foi de pular no pescoço dele naquela hora.

_Então vocês usaram mesmo o Greymon para fugir dos policiais, bom, fizemos bem de ter fugido da faculdade, provavelmente íamos ser presos lá mesmo – disse Lud.

_Vamos logo pra casa do primo do Jonas, fugir de policia duas vezes no mesmo dia é fogo – disse Luiz.

Seguimos para o apartamento do meu primo, resolvemos não ir com o carro do Luan, que foi deixado em outro estacionamento e fomos andando ate a casa do meu primo que não era nada longe do centro.

Enquanto isso havia alguém com problemas maiores.

__________Delegacia de policia _________

Will estava em uma sela junto com alguns presos quaisquer, ele estava desesperado, medroso do jeito que ele era estava segurando para não chorar, naquele momento um policial apareceu e abriu à sela, todos os presos olharam e então ele chamou Will, o coração dele parou quando ouviu seu nome só que ele logo percebeu que qualquer lugar fora daquela sala seria melhor do que continuar ali.

Ele foi levado ate uma sala onde havia apenas um armário de metal, uma mesa e algumas cadeiras, ele estava algemado e isso era o que deixava ele mais nervoso. Logo o capitão Tavares entrou na sala, puxou a cadeira e se sentou.

_Boa tarde senhor - ele puxou uma pasta que havia trago e olhou para ela – Willian, como vai o senhor?

Will respirou fundo, ele pensou com sigo mesmo que parecer seguro naquela situação seria muito mais prudente – Bem obrigado.

_Tenho algumas perguntas para o senhor – disse Tavares – você conhece essas pessoas? – disse o homem puxando fotos de cada um de seus amigos da pasta.

_Sim conheço, eles estudam comigo na Platão – respondeu.

_E o senhor sabe o que é isto? – disse o capitão jogando uma foto capturada do sistema de segurança da universidade Platão de Greymon sobre a mesa.

_Se não me engano um dinossauro, o senhor gosta de Jurassic Park? – disse Will serio.

O homem bufou – Gosto,é um dos meus filmes preferidos, e sabe qual filme eu também gosto muito? Aquele que tem o policial malvado que tortura o interrogado ate tirar todas as informações que ele quer, esqueci o nome, qual é mesmo?

Will engoliu seco – Na verdade não sei, não gosto muito desse tipo de filme, é sempre a mesma coisa, o policial idiota fingi ser ameaçador para arrancar informações, mas no final o preso sempre consegue fugir e o policial fica com cara de de de – gaguejou Will quando viu a nova expressão de Tavares.

_Olha aqui garoto – disse em um tom bem alto Tavares se levantando e batendo na mesa – se acha mesmo que você e seus amigos vão sair limpos dessa esta enganado, eu vou prender cada um de vocês e usar os ossos daquele dinossauro pra palitar meus dentes.

_Ele não tem ossos – disse Will, mas antes que falasse mais do que devia a porta da sala se abriu, era um policial magrelo.

_Senhor, tem alguém querendo falar contigo – disse o policial.

_Não esta vendo que estou ocupado? – resmungou Tavares.

_Senhor, é peixe grande pelas autorizações – disse o policial.

Tavares olhou para Will que já suava frio e saiu da sala, o policial o levou para outra sala no final daquele mesmo corredor, assim que ele entrou lá deu de cara com uma linda mulher muito bem vestida socialmente. Tavares perdeu toda a raiva quando deu de cara com seu lindo cabelo cacheado.

_Ola senhor Tavares, eu sou a agente Albuquerque, e vim levar o prisioneiro que o senhor estava interrogando, agora isso é assunto do Rad. – disse a moça com mais firmeza do que Tavares pudesse esperar.

_Não, mas como? Que historia é essa? – o homem perdeu a postura.

Enquanto isso Pedro estava entrando na sala onde Will estava, ele passou pelo garoto e se sentou em sua frente – Só pra dar trabalho não é? O que eu te disse?

_Me tira logo daqui – disse Will estressado e virando o rosto, não queria olhar nos olhos do agente.

_Olha pra mim e presta atenção – agora disse monteiro cochichando chamando a atenção de Will – eu não estou sozinho, nos vamos te levar pra cede, se você mostrar resistência o protocolo diz que devemos te dopar.

_Eu não vou mostrar resistência – interrompeu Will.

_Se você quiser fugir vai, escuta bem o que eu estou te dizendo – continuou monteiro.

___________Apartamento de Weverton____________

Estávamos-nos acabando de entrar no apartamento, Weverton tinha comprado algumas pizzas e refrigerante, imaginando que nós chegaríamos morrendo de fome, as meninas levaram suas coisas para o outro único quarto que existia e eu e os outros levamos nossas coisas para o quarto do meu primo.

Assim que coloquei minha mochila no chão foi como se todas as forças do meu corpo desaparecessem, minha cabeça rodou e minha visão ficou turva, logo tudo escureceu e só dei por mim algumas horas depois já no fim da tarde com todos na sala.

_Por quanto tempo eu apaguei? – perguntei caminhando com dificuldade para a sala.

_Quatro horas, mais ou menos – respondeu Luan, mais uma vez ele estava com meu notebook na mão, mas desta vez junto de Luiz – estamos analisando os erros que ainda restam no código de Greymon.

Luiz sorriu e disse com os olhos brilhando – Descobrimos as variáveis que comandão os ataques de Greymon, ele tem um bem interessante, que funciona como um machado a laser na ponta da calda e um que se chama mega chama.

_Serio? - perguntei empolgado, mas antes que pudesse cair de cabeça no código May apareceu na minha frente.

_Nem pense nisso, você acabou de voltar de um desmaio, não vai mesmo pra tela de um PC – esbravejou ela.

Eu ri alto, e a abracei, não quis dizer, mas ela me lembrou a minha mãe naquele momento.

Lud estava sentada junto de Weverton com um notebook na mão, fiquei curioso e não hesitei em perguntar – E vocês dois, o que estão fazendo? Facebook nessas horas?

_Ela ta fazendo uma parada muito legal aqui – disse Weverton.

_Na verdade eu invadi de novo o sistema da rede de energia e cruzei de novo com as informações do Google mapas. – respondeu ela seria – não sei o que achar mais, eu quero monitorar a área do meu apartamento para vigiar minha família.

_Você acha mesmo que um digimon pode aparecer por la? – perguntou May.

_Não só la May, em qualquer outro lugar – respondeu Lud.

_Ela esta certa, já vimos do que o Greymon é capaz uma vez, talvez possamos impedir outros incidentes – disse eu parecendo mais serio do que sou.

_Vocês perdem muito o foco, a policia esta atrás de nós, sem falar daquele pessoal do Rad. o Will esta preso e nós somos fugitivos procurados – disse Luan raivoso como sempre – quando vocês vão entender que não se trata de herói e mocinho pronto pra salvar o dia, estamos no mundo real não no digital...

_Digi-mundo – interrompi ele.

_Viram só, esse garoto ainda devaneia com digi-mundo, cadê seu Digivice? Galera, estamos com um código de mais de um bilhão de dólares nas mãos e tenho certeza que meu pai nos tira dessa rapidinho – disse Luan com uma entonação incrível na voz – não precisamos ficar nessa apartamento imundo...

_Eiii, veja como fala do lugar que te abriga – gritou Weverton.

_Podemos sair milionários dessa, me escutem. – terminou o garoto.

Todos pararam e olharam para Luan, eu tive que me segurar para não pular no pescoço dele, ninguém respondeu nada, May foi a primeira a ir para o quarto logo seguida de Lud ainda com o Notebook e o meu primo, Luiz resmungou algo que não pude entender, mas pelo que conheci dele muito provavelmente estava xingando Luan baixinho, eu sairia do apartamento naquele momento se pudesse.

Tudo se passou tranquilo na medida do que era possível o resto do dia, conversamos bastante, eu Luiz e Luan continuamos analisando o código de Greymon, eu podia dizer o que quisesse, mas Luan era o melhor que eu já tinha visto, reconheceria uma cadeia de comandos ate de trás para frente se prestasse realmente atenção. Lud e May se juntaram no programa da empresa de energia, elas começaram a recriar o programa de uma forma que fosse mais útil pra gente, onde não tivessem tantas opções desnecessárias e começasse a mostrar realmente o que nos interessava que eram os picos súbitos de energia de forma mais leve e precisa, era bom ver todo mundo trabalhando junto, mas o Willian estava fazendo falta.

Quando a noite caiu o programa de Lud estava bem adiantado, o código de Greymon estava a quase “cem por cento”, e a tensão já havia baixado.

_A essas horas minha mãe já deve ter me ligado um milhão de vezes – disse Mayara saindo do banho.

_To tentando não pensar nisso – disse Lud – não podemos nem pensar em ligar os celulares, seria arriscado de mais.

_O que faremos com o Will? – perguntei preocupado.

_Espero que não esteja pensando em invadir a prisão com o Greymon e tira-lo de la – indagou Luan.

_Não sou tão prepotente assim, eu e Luiz não tínhamos escolhas, ou era aquilo ou estarmos presos agora – respondi quase me alterando.

_Olha, foi desesperador, eu fiz coisas que nunca imaginei fazer - indagou Luiz – qualquer um na mesma situação faria o mesmo.

_Esse Greymon, ele é realmente um digimon? – perguntou meu primo meio acuado.

_È sim – respondeu Luiz – e ele obedece ao Jonas, ao que tudo tem indicado.

_Caramba, e eu achando que aquela historia de sereias do Discovery era foda, e agora me aparecem digimons – indagou meu primo.

_Amm... pessoal! – exclamou Lud – um pico de energia muito parecido com o do Greymon.

Corremos para a tela do computador, era em um bairro muito perto do centro, o pico de energia não era muito intenso, exatamente em um bairro próximo ao centro, como sempre acontecia.

_Será que? – supôs May.

_Eu vou lá ver, se for um digimon esta em uma área bem popular, varias pessoas vão se machucar – falei ansioso.

_Não se precipitem – indagou Luan – estamos sendo procurados.

_Olha da ultima vez eu fiquei em casa, dessa vez eu vou – disse May pegando a bolsa que estava em cima do braço do sofá.

Eu sorri, e olhei para Luiz que estava com a mesma expressão – Você pode nos levar Weverton?

_Claro, borá, eu estava muito a fim de conhecer esse tal digimon e de qualquer forma o carro de vocês esta muito manjado – respondeu ele indo pegar as chaves.

Peguei o notebook e Lud o dela, e logo já estávamos na garagem, Weverton destravou as portas do seu Golf preto e caiu na direção, eu sentei no banco da frente, Luiz, Lud e May nos bancos de trás e Luan pulou no colo das meninas.

Meu primo arrancou. Ele cortou vários carros no percurso, o transito estava uma merda, mas ele era bom motorista. Assim que chegamos ao bairro pedi que ele parasse o carro e expliquei porque não seria seguro seguir com ele, não queríamos a mesma experiência de antes.

Essa era uma parte da cidade onde haviam varias mansões, nada de prédios muito altos e varias pracinhas espalhadas em pontos estratégicos, para a nossa sorte não estava muito movimentada, apenas por um pequeno fluxo de carros e algumas pessoas que saiam do trabalho naquele hora.

_Como vamos encontra-lo? – perguntei.

_Eu trouxe meu notebook, e de acordo com as novas especificações que eu e a May fizemos, conseguimos seguir o distúrbio no fluxo de energia mesmo fora do esquema dos fios de alta tensão – disse Lud.

_Ela ta querendo dizer que agora podemos ver onde há variação de energia anormal mesmo se não estiverem acontecendo nos fios, nos acreditamos que... – May parou de falar por ter se surpreendido com a luz que começava a voltar nos postes – nos acreditamos que o distúrbio de energia não acaba depois que a luz cai, nos achamos que os digimons geram uma distorção que pode ser reconhecida, por enquanto apenas de perto, o sistema só esta instalado no PC dela, não esta na nuvem ainda.

_Nossa, elas são incríveis – indagou meu primo.

_To gostando desse menino – brincou May dando aquele sorriso lindo.

Lud então colocou seu programa para rodar, apareceu o mapa topográfico da região onde estávamos, depois um sinal de rastreador verde que marcava nossa posição, em seguida um ponto vermelho apareceu onde estava o nosso o fazendo desaparecer.

_Ué, não to entendo, de acordo com o programa ele esta bem aqui com agente – disse Lud.

_Não esta funcionando – afirmou Luan.

_Gente, acho que não – disse Weverton olhando pra cima.

Todos nós olhamos automaticamente, havia algo voando sobre nós, tinha um brilho metálico, mas sua cor era azul, uma águia? Que digimon era aquele?

_Jonas, o que você esta esperando? – perguntou Luiz me fazendo cair à ficha, abri o notebook que já estava pronto e então dei o comando.

As luzes se apagaram novamente, e então alguns poucos segundos depois e o enorme dinossauro azul estava diante de nós novamente, meu primo gritou de excitação.

Então a criatura desceu cortando os céus, Greymon rugiu e começou a correr em direção ao digimon, a criatura era rápida e com ajuda da gravidade o choque fez com que greymon fosse jogado a vários metros de distancia com um estrondo enorme levantando consigo uma nuvem de poeira, as pessoas começaram a correr, o enorme dinossauro parou quando bateu em um ônibus que estava estacionado mais a frente, sem passageiros por sorte.

Corremos também para sair da linha de fogo, Greymon se levantou e então sua boca ganhou um brilho vermelho, uma rajada de fogo foi emitida em direção à criatura alada que não teve muita dificuldade em desviar.

_Mega Chama – gritou Luiz.

O brilho novamente apareceu na boca de Greymon, mas dessa vez varias rajadas foram lançadas contra o digimon que desviava fazendo manobras aéreas incríveis, o calor dos ataques podia ser sentido por nós que nem tão perto estávamos. Havia algo como uma turbina nas costas do digimon, ele era realmente incrível.

Eu estava preocupado, nenhum dos ataques de Greymon chegava perto de acertar aquele digimon, ele já estava ficando sem energia, os ataques começaram a diminuir o ritmo.

O digimon parou, olhamos para ele extasiados quando o peito dele começou a brilhar branco, era algum ataque carregando – Greymon – gritei, mas ele continuou parado, a boca dele voltou a brilhar, era obvio o que o idiota ia fazer.

Ludmila analisava nesse momento as variações de energia dos dois digimons, Luan ficou ao lado dela dando apoio, meu primo estava ao meu lado e Luiz e May ficaram um pouco mais afastados.

Um barulho como de um canhão foi emitido, seguindo de uma grande rajada de luz branca e logo outra vermelha, os ataques se chocaram no ar. A principio o ataque de Greymon era mais intenso e crescia em relação ao outro digimon, me senti um pouco zonzo, e segurei o notebook com o Maximo de força que pude, mas o digimon tinha uma carta na manga, ele não tinha usada seu poder por inteiro desde o começo, foi quando ele liberou sua verdadeira energia.

A rajada branca cresceu rapidamente, seguida da queda de energia do Greymon que havia dado tudo de si desde o começo, o pulso de energia que o acertou criou uma onde que destruiu todas as janelas que estavam próximas, de casas, carros e afins, eu fui ao chão ao mesmo tempo que os outros.

Quando me dei por mim o notebook estava no chão junto de mim, levantei a cabeça e pude ver a criatura descendo em um rasante e acertando greymon que tentava se levantar. A energia agora voltava a funcionar, iluminando a terrível cena.

Me levantei e vi todos fazendo o mesmo, deixei o notebook ali mesmo e sai correndo em direção ao Greymon, Lud era a que estava em melhores condições e saiu correndo atrás de mim. Parei na frente de Greymon com os braços abertos, ele rugiu atrás de mim, o digimon que agora eu via perfeitamente estava parado carregando seu canhão, desta vez no chão, Lud me agarrou pelo braço e tentou me puxar, ela havia cortado a testa e sangue escorria em sua testa.

_Eu não vou – disse em um grito. A luz aumentou, e então senti o calor nas minhas costas, varias bolas de fogo voando sobre nossas cabeças.

Greymon estava de pé de novo, abracei Lud e Greymon passou por cima de nos, indo o mais depressa que podia em direção ao digimon que ainda estava no chão atordoado pelos ataques que acabara de levar, pude sentir pedrinha caindo no meu rosto e o cheiro de queimado, foi então que Greymon o acertou com uma cabeçada o jogando a alguns metros.

Mas a situação piorou ai, foi quando bolas de energia branca começaram a acertar o digimon. Eram os Raders, meu coração parou, eles seguravam armas que eu nunca tinha visto, o digimon gritava de dor e seus dados começaram a ficar distorcidos. Greymon desapareceu nesse momento, Luiz segurava meu notebook a alguns metros de distancia.

A criatura tentou voar e veio em nossa direção, mas antes que pudesse fugir um tiro a fez cair na nossa frente, muita poeira e fumaça se levantou, olhei pra Lud e vi seu Notebook.

_LUDMILA – gritei olhando para ele, o barulho das armas era extremamente alto, ela não teve dificuldade em entender, era difícil manter os olhos abertos com a fumaça e poeira no ar. Ela pegou o note e o abriu, com o ultimo tiro dado os dados do digimon foram para o PC de Lud, vários pontos de luz entrando pela tela.

Pude ver que alguém vinha correndo mais a frente, provavelmente um Rader, peguei o braço de Lud e comecei a puxa-la, ela estava meio tonta. A fumaça e a poeira nos serviu como cortina de fumaça, nos puxei para o primeiro arbusto que vi, aqueles de cerca viva que cercam em grande maioria pracinhas, nós nos deitamos atrás deles o mais depressa que conseguimos.

Era o agente Monteiro e outro cara que era monstruosamente grande.

_Droga os perdemos, a general vai ficar irada, olha só os estragos nessa área – disse Monteiro nervoso.

_Pelo menos pegamos o Mail Birdramon, se tivéssemos deixado esse digimon escapar ai sim estaríamos fritos – disse o outro.

_Não seu idiota, isso não é menos que nossa obrigação – respondeu Monteiro, nesse momento tive a impressão de que ele tivesse nos visto, porque ele olhou fixamente para o lugar que estávamos, para nossa sorte ele chamou o cara e foram de volta aonde a batalha havia acontecido.

_Meu Deus – disse Lud em um sussurro – isso foi incrível, será que o digimon esta comigo?

Eu gostaria muito de sorrir e parar pra conferir, mas estava tão assustado que mal pude me levantar.

_Vamos embora logo – disse meio tremulo.

_Jonas, se apoie em mim – disse ela passando meu braço pelo ombro dela, acho que era nítida minha situação.

_Sua cabeça Lud – passei a mão no cabelo dela, o afastando e mostrando a ferida.

_Não se preocupe, eu vou sobreviver – respondeu ela com um sorriso.

Nunca tinha reparado no quando ela era segura ate então, a única fora o Luan “que é um monstrinho” que consegue se manter firme em meio a isso tudo. Fomos o mais rápido que conseguimos de volta ao carro.

May correu e me abraçou – Como vocês estão? Achei que seriamos presos hoje.

_A cabeça da Lud, vamos embora logo – respondi, todos já estavam dentro do carro, a Lud foi no banco da frente e May no meu colo, Weverton foi voando para casa, aquela noite marcava finalmente nossa entrada nas batalhas, contra os digimons descontrolados e contra o Rad.


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