O Conde escrita por Renata Ferraz


Capítulo 7
o fantasma da condessa


Notas iniciais do capítulo

Bom dia,
estou adorando ver que todos tem seus suspeitos e suas hipoteses, adorei todos os comentarios, vcs são ótimos detetives.

Não sei se postarei outro cap. hoje, se der eu posto.

Obrigada por tudo e continuem comentando...

beijosssss



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O delegado estava investigando as perfurações eram oito perfurações ao total e ele notou que algumas eram muito profundas e que outras feriam apenas a superfície da pele.

D. Merino: Esse caso está cada vez mais estranho, se foi o conde ele não fez isso sozinho, alguém está mentindo.

-

Rodrigo e Edmundo foram até a delegacia para tentar ajudar Carlos Daniel.

D. Merino: Senhores, quanta honra? Eu estava esperando mesmo que alguém aparecesse aqui para esclarecer algumas coisas.

Edmundo: Senhor delegado nós viemos aqui para contar o que aconteceu depois do brinde e provar que o conde é inocente.

D. Merino: Isso é muito cômodo para o conde, mas diga-me o que aconteceu?

Rodrigo: Nós percebemos que o Carlos Daniel estava embriagado e tiramos ele do salão, o levamos até seu quarto e ele praticamente desmaiou em cima da cama, nem tirou os sapatos.

Edmundo: É verdade senhor delegado, o conde dormiu devido ao efeito do álcool.

D. Merino: Se o que estão dizendo é verdade, então vocês dois acabam de se declararem suspeitos, pois estavam próximos ao quarto da condessa no momento da queima de fogos, a provável hora da morte.

Edmundo: Já falei que nunca gostei dela, ela era uma assassina, me confessou isso no dia em que me levou o convite de seu aniversario, mas eu não a matei.

D. Merino: Não temos como provar que ela tenha mentindo sobre a historia da jóia desaparecida, é a sua palavra contra a dela e ela está morta.

Rodrigo: Ela empurrou minha esposa da escada, Patricia perdeu nosso filho.

D. Merino: Isso pode ter sido acidentalmente.

Rodrigo: O que eu estou vendo aqui, é que o senhor não quer sujar as mãos, ela era um monstro, não lamento a morte dela, mas nem eu e nem meu irmão a matamos.

D. Merino: Eu poderia prende-lo por desacato, mas sei que está nervoso. Diga ao conde que amanhã o corpo será liberado para ele fazer o enterro.

Edmundo: Sim delegado, Rodrigo vamos embora, é inútil, eu te falei que seria.

Assim que os dois saíram o delegado ficou a pensar, se os dois se deram ao trabalho de irem até lá e ficarem como suspeitos, talvez o conde seja inocente mesmo, mas é claro que ele não descartava nenhuma possibilidade.

-

Dois dias depois.

Era o dia do enterro, todos da cidade foram dar seu ultimo adeus a condessa, os familiares e amigos, ficaram o tempo todo apoiando o conde, este estava desolado, ela podia ser o fosse, mas ele estava triste com a morte dela, enquanto o enterro seguia fúnebre e triste, os escravos comemoravam pareciam que haviam ganhado a liberdade.

-

Paulina não agüentava mais, a viagem era realmente muito demorada, mas para sua surpresa Alexandre disse que em uma semana chegariam ao México.

Paulina: Que bom , está muito entediante ficar aqui, para onde eu olho só vejo o mar.

-

Uma semana depois.

As investigações continuavam, o delegado tinha cada vez mais suspeitos, porém não conseguia chegar a nenhuma conclusão, ele percebeu que a condessa era muito odiada e resolveu investigar o passado de todos os convidados da festa e descobrir quem havia sido prejudicado por ela de alguma forma.

Um mensageiro foi até a mansão do conde avisar que o visconde havia chegado de sua longa viagem a Italia e que a noite iria jantar com sua noiva lá.

Carlos Daniel: Ele ainda não deve saber que fiquei viúvo, ao contrario não viria com sua noiva.

Mensageiro: Falo para ele?

Carlos Daniel: Deixa que eu falo assim que ele chegar, não deixe ninguém contar antes para ele.

Mensageiro: Sim senhor, vou cuidar disso.

-

Alexandre: Hoje nós vamos jantar com meu afilhado, o conde Carlos Daniel Bracho.

Paulina: Sim estou ansiosa para conhecer seus familiares e amigos.

Alexandre: Você gostará de todos, são amigos muito queridos.

Paulina sempre se vestiu de forma simples mas a ocasião pedia algo mais requintado, então ela colocou em belo vestido lilás com detalhes em pérolas e rendas, prendeu os cabelos em um belo coque, Alexandre ficou encantado com a beleza de sua noiva, arrumada daquele jeito podia ser confundida facilmente com Paola.

-

Carlos Daniel não estava se sentindo bem para ficar fazendo companhia para Alexandre e nem para a noiva dele, resolveu que só depois que ele chegasse ia falar com ele em particular sobre Paola e voltaria para seu quarto, Rodrigo ficaria fazendo companhia junto com Patricia e os demais que sempre estavam juntos.

-

Os convidados chegaram Alexandre entrou na frente, Paulina não estava acostumada a usar espartilhos e não estava se sentindo bem, ela pediu para entrar pela cozinha ir até um dos quartos para tira-los e depois se apresentaria a todos.

Rodrigo: Pensei que você viria com sua noiva.

Alexandre: Logo, logo ela vai chegar.

Todos ficaram confusos com a declaração de Alexandre, mas resolveram deixar para lá e ficaram conversando, Carlos Daniel estava se preparando para descer.

-

Paulina chegou até a porta da cozinha.

Paulina: Por favor, tem algum problema se eu entrar por aqui, eu estou com um pequeno problema com meu espartilho.

Escrava Jurema: SOCORRO, FANTASMA.

A escrava saiu correndo assustada e Paulina não entendeu nada, ela aproveitou que a porta estava aberta e adentrou a casa e saiu andando procurando um lugar onde pudesse tirar o espartilho ela viu um quarto com a porta fechada e resolveu bater para ver se tinha alguém lá dentro.

Paulina: Tem alguém aqui?

Carlos Daniel abriu a porta e sua face mudou imediatamente.

Carlos Daniel: Paola?

Paulina: O que? Não entendi!

Carlos Daniel: Depois de tudo você vem me assombrar? Sai daqui ou dessa vez eu é que vou te matar.

Paulina: Deve estar acontecendo algum engano, eu não o conheço, acabei de chegar e não me chamo Paola.

Carlos Daniel se deu conta da confusão que tinha feito e resolveu desculpar-se.

Carlos Daniel: Desculpe Milady, eu a confundi.

Paulina: Tudo bem, não tem problema, eu só queria ajeitar meu espartilho, se não for nenhum incomodo.

Carlos Daniel não parava de observá-la ela era tão parecida com Paola, Mas ao mesmo tempo era tão doce e meiga, não tinha aquele ar de superioridade como Paola tinha, sempre se impondo e sempre irônica.

Carlos Daniel: Sim claro senhorita?

Paulina: Paulina Martinez.

Carlos Daniel: Eu sou o conde Carlos Daniel Bracho ao seu dispor nobre dama.

Paulina: agradecida.

Carlos Daniel não conseguia tirar os olhos de Paulina, assim que ela entrou no quarto ele resolveu descer para receber seu padrinho e a noiva misteriosa.

Alexandre: Carlos Daniel, quanto tempo?

Carlos Daniel: Oi padrinho, como foi a viagem? Senti falta.

Alexandre: O Rodrigo me contou sobre sua esposa, eu sinto muito.

Carlos Daniel: Foi uma fatalidade, apesar de tudo não queria que terminasse assim.

Alexandre: Vão pegar o assassino logo, fique tranqüilo.

Carlos Daniel: Não vamos falar sobre isso, cadê sua noiva?

Alexandre: Ela disse que ia ajeitar o vestido deve estar lá em cima.

Carlos Daniel: A senhorita Paulina?

Alexandre: Vejo que já conheceu minha noiva.

Carlos Daniel: Ela é...

Carlos Daniel nem terminou de falar e Paulina estava descendo as escadas, todos pararam para olhar, as duas escravas que estava na sala servindo o chá saíram correndo gritando e os demais ficaram espantados e boquiabertos.

Todos: Paola?


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