O Conde escrita por Renata Ferraz


Capítulo 12
na chuva... ou numa casinha de sapê...


Notas iniciais do capítulo

Boa tarde...

Hoje o capitulo está muito especial primeiramente porque estou inspirada e de muito bom humor e segundo porque hoje é meu aniversário então resolvi compartilhar esse capitulo fofo e meigo, acho que estou amolecendo, sem mais delongas vamos ao capitulo e espero que vcs gostem, comentem, favoritem e recomendem rsrs.

Beijosssssss.............................



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/422181/chapter/12

Paulina não sabia o que pensar, por um lado era uma moça respeitável, estava prometida a casamento, mas por outro não conseguia suportar a angustia de estar ao lado de Carlos Daniel e ter sempre que se controlar e manter a compostura, a noite anterior havia sido ápice de seus desejos e medos, ambos se fundiram causando uma explosão de sentimentos, sempre que fechava os olhos o beijo vinha em sua mente, porém ela era orgulhosa demais para admitir, estava tão distraída em seus devaneios que nem viu um escravo que adentrava seu quarto.

Paulina: Bom dia, eu não estou precisando de nada.

Escravo: Não vim aqui para servi-la.

Paulina: Então?

Escravo: Você pensa que pode enganar a todos nessa casa, mas eu te conheço e você vai me pagar pelo que fez, sempre que olho para essa cicatriz (levantando a camisa e mostrando a queimadura que Paola tinha feito com ferro quente no escravo) eu tenho vontade de matá-la.

Paulina: Mas eu nunca te fiz mal.

Escravo: A mim você não engana você não morreu coisa nenhuma e está fazendo isso para continuar humilhando todos, você é mesmo um monstro.

Paulina: Pense, você é bom não faça algo de que vá se arrepender.

Escravo: Você acabou com minha vida, estou marcado e humilhado para sempre a única coisa que me resta é vingança.

O escravo pegou Paulina nos braços e conseguiu sair da mansão sem que ninguém os visse, Paulina gritava por socorro, mas nem assim ninguém apareceu.

Carlos Daniel estava voltando de suas obrigações matinais, tinha ido ver os estragos da tempestade da noite anterior, algumas pessoas ficaram desabrigadas e ele sempre fora justo e bondoso com as pessoas, gostava de ajudar assim como Paulina também gostava.

Carlos Daniel decidiu não ir ao quarto de Paulina, sabia que ela poderia rejeitá-lo depois da noite anterior.

Carlos Daniel: Jurema, diga aos outros para terminarem seus afazeres e voltarem para casa, porque vai chover novamente a qualquer momento.

Jurema: Sim senhor.

Carlos Daniel: a senhorita Paulina já desceu para tomar café?

Jurema: Agora que o senhor falou estou notando, estranho, ela ainda não desceu, ela sempre desce cedo, diz que não gosta de ficar trancada, vou chamá-la.

Carlos Daniel: Sim, por favor.

Carlos Daniel estava pensativo acerca de Paulina, será que ela está trancada porque está me evitando? Pensava ele, até que Jurema desceu branca que nem um papel.

Jurema: Senhor Conde.

Carlos Daniel: O que aconteceu Jurema?

Jurema: a senhorita Paulina sumiu, não a encontro em lugar nenhum e no quarto dela eu encontrei isso.

Carlos Daniel: Isso é um pingente o que ele tem ver com Paulina?

Jurema: esse pingente é do Eraldo, herança que a mãe dele deixou.

Carlos Daniel: e onde está o Eraldo?

Jurema: Não o vejo desde hoje cedo.

Carlos Daniel demorou alguns instantes até assimilar que Eraldo era o escravo que estava com Paola no dia em que ele descobriu tudo.

Carlos Daniel: Vou procurá-los, Jurema mande todos os escravos procurarem o Eraldo e a Paulina imediatamente.

Jurema: Sim senhor.

-

Eraldo e Paulina estavam em uma casinha abandonada nos arredores das terras do conde. Paulina estava com os braços amarrados nas grades da janela.

Paulina: O que você vai fazer comigo?

Eraldo: Marcar-te tal como a senhora fez.

Eraldo acendeu a lareira e pegou um ferro com o brasão do conde e colocou no fogo para esquentar.

Paulina: Não faz isso, por favor, eu não sou a condessa, ela está morta.

Eraldo: Já falei que você não me engana.

Eraldo pegou o ferro e estava se aproximando de Paulina.

Eraldo: Agora a senhora vai saber o que eu senti.

Paulina: NÃO, SOCORRO.

-

Carlos Daniel estava andando a cavalo a procura de Paulina, até que ele avista a casinha abandonada, saindo fumaça da chaminé, sem pensar em mais nada, ele dispara em direção a casa e escuta os gritos de Paulina.

-

Paulina: POR FAVOR, NÃO FAZ ISSO, EU TE IMPLORO.

Quando Eraldo ia encostar o ferro nas costa de Paulina, Carlos Daniel entra e o derruba.

Carlos Daniel: O QUE VOCÊ PENSA QUE ESTÁ FAZENDO?

Eraldo: Não sei como o senhor ainda fica do lado desse demônio.

Carlos Daniel mesmo tendo percebido que o escravo pensava que aquela era Paola, não lhe deu trégua e o escravo tomou uma surra.

Carlos Daniel: Paulina, você está bem?

Paulina: Sim, obrigada Carlos Daniel.

Carlos Daniel: eu vou te soltar.

Carlos Daniel desamarrou as mãos de Paulina e esta o abraçou agradecidamente.

Paulina: Não sei o que teria acontecido, se você não tivesse aparecido, sou muito grata mesmo.

Carlos Daniel apenas a abraçava estava aliviado dela estar bem, nunca se perdoaria se não tivesse chegado a tempo.

Carlos Daniel: Vamos voltar milady?

Paulina: Sim.

Carlos Daniel: Eu queria me desculpar por ontem a noite...

Paulina: Não precisa Carlos Daniel, se aconteceu foi porque eu também permiti que acontecesse.

Os dois ficaram mudos um não sabia o que dizer ao outro, Paulina não esperava uma aproximação dessas tão cedo com o jovem conde a sua frente.

Carlos Daniel: Eu quero que você saiba de uma coisa, sei que devo ser o homem mais canalha, mas eu não me importo, eu não consigo parar de pensar em você, todas as horas do dia, é seu sorriso que vejo em meus pensamentos, é sua doce voz que ouço em meus sonhos madrugadas afora, me apaixonei por ti desde a primeira vez em que ti e não pense que é pela sua semelhança com a condessa, eu era um cego, eu era um tolo, ela me dominava, mas com você é diferente, não me sinto mais dono de minhas vontades.

Paulina escutava a tudo muito emocionada, lagrimas de contentamento descia por sua face, seu semblante era sereno, Paulina também queria dizer muitas coisas nesse momento, mas apenas se calou, não queria se denunciar, Carlos Daniel também se calou, disse tudo o que tinha para dizer e ficou desolado com o silencio da bela duquesa a sua frente, pensava que era insano por se apaixonar assim e não ser correspondido. Paulina fez menção de afastar-se e o jovem conde nada disse apenas lhe deu passagem, quando abriu a porta percebeu que começara a chover novamente.

Carlos Daniel: Acho melhor esperar a chuva ir embora.

Paulina: Tudo bem.

Paulina e Carlos Daniel sentaram no chão um de frente ao outro e um silêncio perturbador tomou conta do lugar nesse momento, Paulina apenas abaixou a cabeça e começou a chorar.

Carlos Daniel: O que aconteceu?

Paulina: Você não entenderia.

Carlos Daniel: Pode me contar.

Paulina: Eu sempre fui uma pessoa muito sonhadora, acreditava na liberdade, na justiça e acima de tudo no amor, foram com esses conceitos em que eu cresci e moldei meu mundo, mas este foi destruído quando fiquei sabendo que me casaria com alguém que nem conhecia, mas nunca desonrei meus pais e o Alexandre é um herói, ele salvou minha vida quando eu era apenas um bebe, com esse conceito e esse sentimento de agradecimento eu me conformei com o casamento, ele é um homem bom e nós nos daremos bem juntos, mas...

Carlos Daniel: Mas?

Paulina: Eu me apaixonei pelo afilhado dele, eu não consigo controlar chega a doer aqui dentro do meu peito, eu não posso abandonar Alexandre ele não merece isso, mas também não posso matar esse sentimento que corrói minha alma , é mais forte do que razão, é mais forte do que eu.

Nesse momento Carlos Daniel se aproximou de Paulina e a beijou novamente e ela não fugiu do beijo, as lagrimas teimavam em descer, Paulina queria esse beijo, mas pensar em Alexandre a fazia sentir-se a mulher mais impura do mundo, mas não podia mais lutar contra seus sentimentos e ter seu amado conde assim tão próximo fez com que a razão se evaporasse e o jovem conde sentia a mesma coisa em relação ao seu padrinho, mas a razão já não existia naquele lugar dando espaço para um beijo que começou calmo e carinhosamente, mas que aos poucos foi ficando urgente, como se eles dependessem disso para sobreviver, era uma urgência de sentimentos, toques e caricias, quando estavam prestes a se entregarem Paulina buscou um pouco da razão adormecida em seu interior e afastou-se de Carlos Daniel, este a fitava com os olhos marejados de emoção e alegria e ambos se encaram durante alguns instantes, lá fora a chuva já havia passado, mas isso não importava o que realmente era relevante era a aproximação e a renuncia que ambos teriam que fazer daqui para frente, matariam seu amor por conta de uma pessoa que não merecia tal traição de ambas as partes ou seguiriam em frente sem se importarem com os obstáculos que a vida iria presentear o jovem e apaixonado casal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!