CAP 1 – Um estranho

Era uma tarde chuvosa, mas ela estava fora de casa, sem se importar com os pingos grossos da chuva que molhavam suas vestes, ela estava lá, em meio a floresta próxima a mansão, treinando para se tornar forte.

Tinha que ser assim, porque aquele era o jeito ninja dela, queria ser tão forte como ele... chega de ser aquela menininha fraca, a vergonha do clã principal.

Seus cabelos negros e longos eram balançados pelo vento, enquanto com movimentos graciosos ela girava no ar, como se aquilo fosse uma dança, seus olhos perolados estavam com o Byukagan ativados e Hinata acertava habilmente os pingos de chuva com o Jyuuken, quando o viu.

Do meio das árvores, uma figura alta surgia estava muito ferido, sangrava muito, e cambaleando caiu em sua frente.

Seus olhos se arregalaram, quem era aquela figura que estava desmaiada à sua frente?? Se aproximou e verificou o pulso e a respiração, estavam fracos.

Com dificuldade ela o apoiou em seu ombro e o levou para dentro da mansão Hyuuga que nesse momento estava vazia, pois Neji estava fora em missão e seu pai e Hanabi sua irmã mais nova foram para uma cerimônia em outro país.

(Oh-oh por Kami-Sama!! Quem é esse homem??) pensou, enquanto verificava os ferimentos do jovem a sua frente.

&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&&

Havia escuridão, era tudo tão negro e frio, estava em um vazio, será que havia morrido?

Sentia seu corpo pesado repousando em algo macio, um leve perfume feminino adentrava por suas narinas, e então seus olhos começaram a se abrir, lentamente como se visse a luz no fim do túnel, um clarão branco invadia suas pupilas.

Estava tudo embaçado, algumas piscadas depois conseguia enxergar bem o teto branco do local onde se encontrava.

(onde estou??) lentamente olhou para seu próprio corpo, estava todo enfaixado, se encontrava em uma cama de solteiro, olhou ao redor mas não parecia ser um quarto de hospital, era um quarto bem organizado, com um grande armário branco encostado na parede que ficava de frente para ele, à sua esquerda havia uma janela por onde ele pode observar que uma pesada chuva caía lá fora e à sua esquerda encontrava-se a porta que estava encostada, as luzes do quarto estavam acesas, alguém esteve ali há pouco tempo.

Passos pelo vindos do corredor indicavam que havia alguém vindo na direção daquele quarto, a porta lentamente se abria. Talvez por reflexo, seu corpo se mexeu bruscamente no colchão o que causou muita dor, mas ele não era homem de gritar ou reclamar disso, antes seus olhos fitavam a porta que se abria lentamente.

Uma silhueta delicada adentrava pela porta, que parou ao deparar-se com o visitante recém acordado.

- Ah j-já acordou...q-que bom.. – disse a jovem.

Era uma jovem em seus 15 anos ainda, de pele muito clara e cabelos longos de um negro azulado, suas feições eram bem delicadas e seus olhos perolados o olhavam com uma certa timidez, em suas mãos pequenas e delicadas ela segurava uma bacia com água e panos, parecia até um pequeno anjo que estava a frente dele.

Suas orbes negras continuavam a seguir a jovem enquanto esta caminhava para junto da cama, sentou-se ao lado do rapaz por fim quebrou o silêncio que reinava.

- C-Como se sente? – a pequena o encarava com expressão preocupada no rosto.

- Bem... Arigatou. – ainda se encontrava muito fraco e sem chakra, mas se sentiu seguro, aquela jovem não representava perigo para ele, era um tanto frágil demais para lhe causar algum dano. – a quem devo agradecer?

- Sou Hyuuga Hinata... e você? – disse mostrando um tímido sorriso.

- Hyuuga...hum...eu sou... - ele parou por um instante, sua cabeça doía, vários flashes apareciam, cenas de algo que ele não conseguia compreender, pensou e refletiu, mas nada surgia em sua mente era como se fosse um grande quebra cabeça que agora estava desmontado. – não sei... – por um momento ficou desnorteado. Quem era ele, de onde viera, o que fazia ali?

Hinata percebeu a confusão mental de seu hóspede, não querendo causar maiores incômodos.

- Não se preocupe... gomenasai... n-não queria incomodar.. descanse por favor... logo irá se lembrar. – e por fim calmamente levantou-se e saiu do aposento, ele apenas meneou com a cabeça concordando e voltando a face para cima pôs-se a fitar o teto.

Kuso, onde estou? Não consigo me lembrar de nada...é estranho...

Seu corpo estava cansado demais para que pudesse raciocinar, seus olhos pesavam e por fim adormeceu novamente.

CONTINUA...,

----