A escola fora devidamente apresentada a todos os novatos, e não demorou para que ela se encontrasse vazia novamente. Não houveram muitas conversas revelantes sobre nada, os alunos apenas tentaram se conhecer melhor. Mizu fora perguntando coisas a respeito de Light, já Ever gritou o caminho todo com Matt.

No dia seguinte, todos voltaram às aulas — alguns já atrasados — e logo na entrada, Watari barrava a porta. Os alunos se entreolharam.

Um adolescente estava atrás do senhor; um garoto bonito, moreno e alto. Todos os estudantes formaram uma roda em volta de Watari. Por que ele estava bloqueando a porta da escola?

Gilbeth chegou correndo, apressado por achar que iriam fechar os portões da escola, mas ao chegar e ver o aglomerado de pessoas, estranhou. Localizou Tsuna ali próxima a Light e andou até ela.

— Tsuna. - a garota virou para Gilbeth, logo sorrindo minimamente.

— Oi, Gilbeth! Onde estava ontem?

— Ontem?

— É, quando bateu o sinal…

— Eu fui pra minha casa. Não era pra ir? - Mizu olhou para o nada por um momento, piscando um par de vezes. Como ela não havia pensado naquilo?

— Ah, claro, eu já sabia… - disse, ainda meio sem graça pelo ocorrido. Gilbeth logo foi ao que interessava no momento:

— O que está acontecendo?

— Ah, não sei. Chegamos e o diretor já estava barrando a porta…

Watari olhou em volta. Em um tom alto e claro, perguntou aos jovens:

— Estão todos aqui?

Eles olharam em volta e concluíram que todos estavam ali, até mesmo quem normalmente chegava atrasado. O idoso suspirou e cerrou os olhos pacientemente, logo continuando.

— Pois bem. Vocês devem estar se perguntando o motivo de eu estar impedindo que vocês entrem na escola. - todos ficaram em silêncio. Watari fez um sinal para o adolescente atrás de si se aproximar dele, e ele logo o apresentou: - Primeiramente, gostaria de apresentar o senhor Joe Makino, do 2º ano. Ele chegou na escola hoje e eu gostaria de pedir para que todos o tratassem bem. - Joe deu alguns passos para frente e se juntou a multidão de alunos, sendo cumprimentado por alguns, para ouvir o restante do discurso. - Mas vamos a notícia principal. - novamente, um momento de silêncio. Todos encararam o velhinho de novo. - Vocês terão hoje a primeira prova como detetives.

Nicki, ao ouvir aquilo, disse por impulso:

— Prova?! Mas já?! Estamos no segundo dia de aula e—

— Nicki, deixe-o terminar! - repreendeu Karen, também confusa com as palavras do diretor.

— Obrigado, Karen. - Watari limpou a garganta, para dar continuidade ao que dizia. - Hipoteticamente, ocorreu um assassinato na escola. Quero que me sigam. - o diretor abriu a porta da escola, adentrando a mesma junto com os alunos, que seguiam os passos de Watari.

Um pouco depois do corredor principal, haviam faixas amarelas com letras negras dizendo “fique longe”, e elas contornavam o que parecia ser uma cena de um crime. O contorno do corpo no chão, e o número das provas ao lado de cada uma. Os alunos ficaram impressionados com a cena, que parecia muito realista. O diretor continuou:

— Leila Mirieh, uma estudante do 3º ano foi encontrada morta nesse corredor e parece ter sido assassinada entre às quatro e cinco horas da manhã. Vocês coletarão informações sobre esse assassinato com os seus professores e supostas amigas da garota Leila Mirieh. É como uma gincana.

Nicki levantou o braço, com uma dúvida. Watari olhou para a garota, como se dissesse pra ela perguntar o que queria.

— Leila Mirieh também é uma personagem fictícia dessa situação?

— Exatamente, Nicki. - a loira sorriu de canto. - Não se esqueçam de que vocês só conseguirão dicas de quem é o assassino conversando com os professores e meus ajudantes como eu acabei de dizer. Desejo boa sorte a todos. Quem tiver a resposta, por favor vá até minha sala e apresente a sua teoria. - dito isso, o diretor deixou o local e todos começaram a observar a “cena do crime”.

Um garoto de cabelos azulados se aproximou de Nicki, Karen e Ever, cutucando o ombro da garota mais nervosa do grupo.

— Ei, vocês são as novatas do 3º ano? - as três olharam para o garoto, e a primeira a responder fora Nicki.

— Somos sim!

— Ah, bem-vindas! Eu não vim ontem, mas gostaria de me apresentar. Sou o Akira Shinekii, muito prazer. - sorriu.

— Você é veterano? - perguntou Ever.

— Sou sim, e sou da classe de vocês. Já conheceram meu pai? Ele é professor do 3º ano junto com a Alice. O nome é Akihito Shinekii.

— Hm, acho que ele ainda não deu nenhuma aula para nós. - comentou Nicki. Akira alargou um pouco o sorriso.

— Ah, então assim que essa gincana acabar, ele provavelmente se apresentará para vocês.

— Eles sempre fazem um caso assim logo nos primeiros dias de aula? - o de cabelos azulados ficou em silêncio por alguns segundos, mas logo voltou a sorrir.

— Não, acho que não. Eu não me lembro de fazerem isso, acho que essa é a primeira vez.

Nicki sorriu também para o mesmo, logo perguntando mais algumas coisas.

Do outro lado da multidão, Joe analisava a cena do suposto assassinato cuidadosamente até que um garoto de cabelos negros esbarrou em si. O moreno olhou para o mesmo e logo exclamou:

— Ei! Cuidado! - disse, como se o repreendesse. O jovem sorriu amarelo, sem graça.

— Opa, desculpe! Você é o novato, certo? Como é mesmo o seu nome?

— É Joe.

— Ah, sim. Bem-vindo, Joe. Meu nome é Touta Matsuda, muito prazer! - estendeu a mão para o jovem, que hesitante a apertou, franzindo o cenho.

— Obrigado.

Logo ao lado dos adolescentes, estava Evanecer junto a L e BB. Ela pronunciava:

— Hm… isso parece bem realista, não?

— Watari é muito competente. Acho que é justo. - respondeu BB.

— Concordo com Beyond. - pronunciou L. Evanecer se aproximou do local, logo dizendo:

— Bom, então que comecemos a investigar. E que o melhor vença!

Danny encontrava-se ao lado de Mello, ainda discutindo.

— Eu vou vencer você. - ela dizia com toda certeza do mundo, fazendo com que Mello bufasse.

— Eu vou descobrir quem é o assassino primeiro! - Matt, ouvindo a conversa, logo comentou baixo por impulso:

— Isso se o Near estiver dormindo, porque…

— O que você disse, seu desgraçado?! - Mello puxou o ruivo pela gola da camisa, enquanto ele tentava acalmá-lo.

— H-hey, calma, Mello!

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