Corujas Para Você escrita por Amanda


Capítulo 36
Trasgo!


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem ;)



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O dias passaram rapidamente, Hermione cada vez mais grudada em livros, pesquisando todas as formas possíveis de reverter o feitiço. George preocupava-se com a garota que mal comia, raramente dormia e mantinha uma conversa. Mais um final de tarde, e lá estava Hermione novamente, sentada na escrivaninha, devorando as páginas velhas e amareladas de um livro antigo.

George aproximou-se e tocou seu ombro.

—Hermione... —Sua voz saiu filme. —Precisamos conversar.

—Poderia esperar mais cinco minuto?

George virou a cadeira, deixando a garota cara a cara.

—Não posso! —Seu tom era cada vez mais firma e forte. —Você não fala com ninguém à dias, não come direito, não dorme! Você precisa parar um pouco com essa loucura, está lendo esse livro sem parar e não saiu do lugar ainda.

—Ao contrário de você que me importo com meu passado apagado. Quero lembrar o que aconteceu! —Hermione elevou a voz.

George negou com a cabeça.

—Acha que não quero saber o que aconteceu naquele ano? —Agora ficara em pé. —Quero saber tanto quando você, Harry ou Rony. Mas eu sei que, além disso, tenho outras coisas para fazer! —Andava de um lado para o outro, Hermione apenas o olhava. —Estávamos indo tão bem, consegui “superar” a morte de Fred com a sua companhia, mas agora... Parece que perdi mais que um irmão.

Entrou no quarto e fechou a porta. Hermione suspirou, passou a mão pela capa do exemplar e jogou-o no lixo, sabia que não conseguiria acha um jeito de reverter o feitiço. Foi até o quarto de Rose que agora já engatinhava alguns metros. A pequena ruiva dormia, acariciou o rosto da filha, vestiu o antigo pijama de Fred e deitou-se no sofá. Não demorou para que adormecesse, passara dias acordada lendo, tudo o que precisava era uma boa noite de sono.

.....

George acordou e percebeu que Hermione não estava do seu lado novamente, suspirou, tomou seu banho e foi ao quarto de Rose que para sua surpresa não estava lá. Andou pelo apartamento, Hermione já havia saído também, o livro de feitiços estava dentro da lixeira.

Caminhou até a cozinha e serviu-se de um suco de abóbora que estava sobre a mesa. Junto da xícara laranja, um bilhete dobrado.

“George, me desculpe pelo que fiz. Já levei Rose para a Toca, hoje voltarei no horário normal para casa e farei o jantar como havia prometido. Até logo.

Hermione Granger”

George sorriu, talvez finalmente a garota voltasse a ser a Hermione do sexto ano. Após tomar seu café da manhã, desceu e continuou suas vendas da loja.

.....

Hermione arquivava alguns pergaminhos novos quando recebe uma carta/bilhete de Harry.

“Encontrou alguma pista de como puxar nossas lembranças de volta?”

Como um estalo Hermione levantou-se, era óbvio e simples. Seu horário de trabalho havia terminado, colocou a bolsa no ombro e aparatou para a Toca.

—Querida! Como foi seu dia? —Molly pergunta como sempre preocupada.

—Maravilhoso! —Exclama Hermione sorridente. —Desculpe-me, mas prometi chegar mais cedo em casa hoje. E ainda preciso preparar o jantar.

Despediu-se, pegou Rose no colo e aparatou no Beco Diagonal. Adentrou no apartamento e para sua decepção, George havia saído. Sentia-se culpada com tudo o que fez naquelas semanas, mas o ruivo estava sendo infantil em ignora-la logo quando resolveu se redimir. O tempo passou e nada de George aparecer, sentou-se na poltrona ao lado do berço de Rose e ali adormeceu.

.....

George aproximou-se da poltrona onde Hermione dormia, acariciou seu rosto gentilmente e com muito esforço carregou a garota até sua cama. Deitou-se ao lado da castanha e adormeceu.

.....

—Mérlin! —O ruivo acordou com o grito de Hermione. —Você está ferido!

A garota levantou em um salto e pegou sua varinha. George rapidamente segurou a mão da garota.

—Acalme-se! —Suspirou enquanto deitava-se novamente. —Foi apenas um corte.

—No corpo inteiro?

—Certo, talvez alguns cortes!

Hermione cruzara os braços e mostrava-se irritada.

—São arranhões! Cuido disso de forma trouxa depois! —Virou-se de lado.

Hermione apontou a varinha para o alto e então pronunciou “Accio curativos”. Em seguida a caixinha de primeiros socorros estava em suas mãos.

—A nascida Trouxa sou eu, cuido disso para você! —Com as mãos pequenas e delicadas, limpou e cuidou de cada corte, do ombro e antebraço ao peito. Limpou por fim o corte acima de sobrancelha do ruivo, que observava com cautela todos os movimentos.

—Agora explique! —Seu rosto estava tenso, e podia-se ver claramente que estava irritada. —Como ganhou esses cortes?

—Antigos Comensais, por isso não cheguei a tempo para o jantar!

—Comensais? —Hermione andava de um lado para o outro. —Como é possível?

—Quando Harry misteriosamente voltou a vida alguns Comensais fugiram, lembra? —Seu tom era sarcástico.

Hermione o encarou como se fosse ataca-lo a qualquer momento.

—Por que está me tratando assim? —Não deixou o ruivo explicar. —Já me desculpei e quando eu marco um jantar de desculpas, você é atacado e não aparece!

—Queria que eu fizesse o quê? Convidasse-os para jantar? —Levantou-se com dificuldade, ficando cara a cara com Hermione. —Sinto muito se não correspondi a suas expectativas.

Hermione respirou fundo.

—Seu trasgo! —Saiu irritada do quarto, batendo a porta. Vestiu-se e aparatou para a Toca com Rose. George ouviu o som da aparatação e jogou-se na cama.

.....

Naquela tarde Hermione foi liberada mais cedo e passou a tarde na Toca, com Fleur e Molly que falava sobre os filhos e netos.

—Bem, acho que já está tarde o suficiente. Vou voltar para casa! —Disse pegando Rose e aparatando.

E aquilo se repetiu por semanas. Toda vez que chegava George já estava dormindo ou trancado no quarto.

.....

Hermione terminava de arrumar seu malão quando ouve passos atrás de si. Ao virar-se encontra George escorado na porta sem entender nada.

—Ainda vai? —Perguntou com um pouco de preocupação na voz, mas era orgulhoso de mais para demonstrar.

Hermione fechou o malão com suas iniciais e virou-se.

—Para a minha casa! —Respondeu.

—Londres Trouxa? —Agora George soltara os braços cruzados.

Hermione negou com a cabeça.

—Digamos que meu salário no Ministério, junto com o que eu tinha no Gringotes, dá perfeitamente para uma casa. —Balançou a varinha, que fez seu malão flutuar. —É um vilarejo Bruxo, se chama Austen Street.

George assentiu, Hermione segurou o malão e aparatou.


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Notas finais do capítulo

Não usem "Avada Kedavra" em mim, logo as coisas melhorarão... Ou não!



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