Herdeiro Do Fogo! escrita por JL Yújó


Capítulo 9
Capítulo VIII - Final


Notas iniciais do capítulo


E chegamos ao último Cap desta história, Pessoas Amadas!
^_^


Tenham uma Boa Leitura!!



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Os meses foram passando, Sakura, Hinata e Haku estavam com cinco meses, cada um. A fase dos enjôos forte já havia passado, entretanto, os desejos bizarros continuavam, deixando seus respectivos esposos de cabelos em pé.

No mês anterior descobriram que Sakura e Hinata esperavam um menino, cada uma. E Haku estava esperando um casal de gêmeos. Desnecessário falar que Kiba ficou muito feliz, depois de acordar do desmaio.

A vida de todos transcorria na mais completa harmonia. Konan, vez ou outra, falava com Naruto por telefone. Ela comentou, com ar de surpresa e alegria, que seu irmão perdera o interesse por qualquer coisa relacionado à família Uzumaki e que estava envolvido num relacionamento com uma jovem chamada Pakura. Naruto alegrou-se com as notícias e deixou claro à prima que tanto ela quanto Nagato seriam bem-vindos a fazer uma visita.

Karin ao ficar sabendo do que seu pai fizera há quase duas décadas, sentiu-se envergonhada e abatida. Abordou ao primo um dia no corredor da escola e pediu perdão formalmente pela dor que seu progenitor causou, porém, com um tom de humildade, o que causou inúmeros acidentes entre os alunos. Os que caminhavam, estavam tão perplexos com a atitude da ruiva que não viam o que estava a sua frente, acabando por trombar em algo ou alguém. Quem comia ou bebia algo no momento, por pouco não sufocaram com um engasgo. Naruto, como sempre, demonstrou sua benevolência. Disse-lhe que ela não tinha culpa dos erros cometidos por seu pai, mas, se continuasse com sua atitude de “posso qualquer coisa, pois sou filha de um duque” acabaria igual a ele. Após esse episódio, a ruiva continuava a sentar-se com suas amigas, com a diferença que não fazia mais algazarras ou intimidava aos outros alunos.

O avô de Sai, realmente, aceitou um contrato de casamento para o neto. Há, mais ou menos, dois meses foi anunciado seu noivado com a segunda filha do Duque de Mizu do País da Água, Mei Terumi. Uma jovem bela, seus cabelos ruivos chegavam até a cintura e seus olhos verdes demonstravam amabilidade. Era, também, três anos mais velha que Sai e seus amigos, tendo já vinte anos de idade, mas, o grupo de amigos não ligava para isso e a aceitaram de braços abertos, pois tinha uma personalidade alegre e gentil, porém, determinada. Mei estava para iniciar sua faculdade de oceanografia, com a benção do noivo. Não iniciou antes, pois seu pai desaprova mulheres em faculdades, diz que o lugar delas é cuidando do lar. O jovem Shimura não compartilha da opinião do sogro, portanto, dá total apoio a noiva.

Tudo estava encaixando-se. Nada poderia interromper a felicidade daqueles jovens.

SSSSSOOOOSSSSS

Mais um dia tedioso de aula chegava ao fim. Naruto caminhava com os amigos e a esposa para o estacionamento da escola, engajados numa conversa animada. Não perceberam ao ruivo que estava parado a poucos metros deles, quando Sakura o viu, chamou a atenção do irmão e indicou o mais velho.

Naruto afastou-se alguns passos de seu grupo de amigos, indo em direção ao homem que estava com uma aparência deplorável: suas roupas estavam desalinhadas, o cabelo com aparência de que não via um pente há semanas e o mesmo poder-se-ia dizer de sua barba, quanto a uma gilete. Tinha uma garrafa de bebida numa mão, enquanto a outra estava dentro do bolso do sobretudo marrom. Muitos estudantes que estavam no estacionamento, também, pararam para ver o que aconteceria. Naruto parou há poucos passos dele.

– O que faz aqui, tio? – o loiro indagou, com pouca paciência para lidar com um bêbado. Olhou ao redor procurando a Karin, talvez, ela pudesse tirá-lo daqui antes que fizesse um escândalo, mas, não a viu. Voltou seu olhar ao ruivo e estacou surpreso. Ele apontava-lhe uma arma de calibre 38. – O que pensa que está fazendo, Kozo? – olhou ao tio nos olhos, falando com uma calma que não sentia. Podia ouvir sua esposa gritar apavorada, mas, não queria tirar a atenção do homem, aparentemente, desequilibrado a sua frente. Confiou que seu cunhado protegeria a Hinata e seu filho por nascer.

– Você... nunca deveria ter... voltado! – falou numa voz um pouco arrastada devido ao álcool. – Arruinou minha vida! Num primeiro momento... fiquei feliz por minha irmã voltar a ter o... filhinho nos braços, mas, logo percebi que... você seria uma pedra no meu sapato, seu moleque desgraçado!

– Papai, o que pensa que está fazendo?! – Karin gritou angustiada. Estava despedindo-se de algumas amigas, quando um garoto chegou, gritando apavorado, que o Duque de Manji estava apontando uma arma para o Príncipe herdeiro. Saiu em dispara, rezando que fosse um mal entendido. Não era.

– Este desgraçado arruinou nossas vidas! – rosnou, sacudindo a arma para o lado do loiro.

– Isso não é verdade! Ele não fez nada! O senhor cometeu um erro de julgamento no passado, mas, com tempo e paciência, tenho certeza que a tia Kushina poderá vir a perdoá-lo. Não faça nenhuma besteira, por favor! – suplicava entre lágrimas.

O Duque olhava desesperado à sua amada filha, não queria vê-la sofrer. Já ia abaixando a arma, quando vários policiais entraram no estacionamento. Ao avistarem o homem com a arma na mão, não pensaram duas vezes e atiraram. Tudo aconteceu tão rápido que foi impossível impedir. O Duque, que ainda segurava a arma apontada para Naruto, apertou o gatinho, involuntariamente, antes de cair morto ao chão.

Naruto pôs uma mão sobre o impacto que recebeu na barriga. Seus amigos correram até ele, aos gritos, mas, ele aos poucos deixou de ouvi-los. Sasuke chegou bem a tempo de segurar o cunhado.

Naruto deu um sorriso, ou o que achou ser um sorriso, para tranqüilizá-los e desmaiou.

–--***---

A sala de espera do Hospital Geral de Konoha estava apinhada de gente. Naruto havia sido levado para fazer um raio-X assim que chegou, agora esperavam que o médico viesse dar-lhes notícias.

– Majestades? – pela expressão do médico, as notícias não seriam boas. – O Príncipe Naruto necessita de uma cirurgia de emergência para extrair o projétil da bala que ficou alojada próximo ao fígado...

– Então, faça! O que espera? Uma permissão? Você a têm! – Kushina falava frenética. Não era possível que tivesse recuperado ao filho, só para perdê-lo novamente, e agora de forma irremediável.

– Não é tão simples, minha Rainha. – o médico falou com pesar. – O Príncipe perdeu muito sangue e não temos o seu tipo sanguíneo disponível no momento!

Kushina e Minato sentiram que perdiam seu chão. O tipo de sangue de Naruto era raro. Os únicos da família que o tinha eram Kushina e sua, falecida, irmã. Mas, devido um problema que a ruiva tivera há alguns anos, não poderia doar. Tencionavam fazer uma reserva sanguínea para o filho, quando descobriram que ele tinha esse tipo raro, mas, como ele desaparecera quando ainda era muito pequeno não tiveram oportunidade e depois de reencontrá-lo, não pensaram ser tão urgente assim, terrível engano.

–-**--

Sakura afastou-se do grupo, levando consigo o celular do irmão. Hinata havia sido sedada. Caminhou até o banheiro feminino e trancou-se lá. Procurou na lista de contatos o nome que desejava. Ouviu que chamada uma, duas, três...

– Yo, Naruto! – cumprimentou a voz suave do outro lado.

– N-não é o Naruto. Quem fala é a irmã dele, Sakura! – respondeu com a voz abafada por segurar o choro. Não iria desabar, ainda não.

– Oh! E em quê posso ajudá-la? – indagou cortês.

– Eu...- respirou fundo. A vida de seu amado irmão dependia da resposta dessa mulher. – Eu quero saber se você possui o mesmo tipo sanguíneo raro dos Uzumaki!

– Eu, não! Mas, meu irmão sim! Por quê? – indagou desconfiada.

– O Naruto levou um tiro, hoje, no estacionamento da escola! – falou sentindo que algumas lágrimas desciam por seu rosto.

– Mas... Quem? Como? – indagou angustiada.

– Kozo! Ele estava desequilibrado e ameaçou Naruto com uma arma, mas, já estava desistindo, depois da filha dele suplicar, foi quando os policiais atiraram nele. A arma disparou involuntariamente.

– Aquele desgraçado! Estarei ai em 15 minutos! – falou e desligou.

A rosada reuniu o pouco de forças que, ainda, tinha e voltou à sala de espera, sendo imediatamente abraçada pelo esposo. Não diria nada até Konan chegar com o irmão.

Como prometido, a azulada chegou 15 minutos depois, acompanhada do irmão. Sakura correu até eles, surpreendendo aos demais na sala. Mas, antes que alguém se manifestasse, o médico entrou na sala.

– Receio que se não fizermos a cirurgia o quanto antes, o Príncipe não resista! – falou angustiado.

– Mas, não temos o sangue! – Kushina falou desesperada.

– Sim, nós temos! – Sakura corrigiu a rainha, sem desviar seu olhar do de Nagato. – Não temos?

– Sim! – respondeu curto. Não queria estar ali, mas, sua irmã dissera-lhe que, em parte, tudo era culpa deles. E, ainda, tinha a forma como o garoto portou-se com Konan, com nada menos que respeito e em nenhum momento os julgou.

– Você tem o mesmo tipo sanguíneo que o Príncipe? – indagou o médico.

– Sim!

– Acompanhe-me! – falou com certo tom de urgência, saindo apressado da sala, sendo seguido pelo ruivo.

–-**--

Várias horas já haviam se passado. Nagato aguardava ao lado da irmã, num canto da sala mais afastado dos outros, por alguma notícia sobre a cirurgia. Notou que sua tia levantou-se e se aproximou deles.

– Eu sei que você não tinha nenhuma obrigação de fazer o que fez, por isso, eu te agradeço, Nagato, com todo o meu coração! – a ruiva falou com a voz rouca pelo choro e angustia da espera.

O ruivo arregalou os olhos com as palavras da tia. Pigarreou.

– A senhora sabe... hum... que fomos nós quem o... seqüestrou? – indagou confuso.

– Sim!

– Então...

– Mas, essa foi uma conseqüência de um erro, que Kozo e eu cometemos primeiro, ao não cuidarmos dos tesouros que nossa irmã nos deixou! – começou a chorar novamente. – Eu sinto tanto pela perda de Yahiko! Por que vocês não recorreram a mim? Eu teria ajudado! – falou entre soluços.

Nagato não sabia o que fazer. Estava tão confuso. Na época em que seu irmão ficou doente, achou que seu tio seria mais acessível, afinal, Kushina era e é a Rainha do País do Fogo, após sua recusa em ajudar, sentiu-se perdido, logo Yahiko se foi e seu ódio começou. Suspirou. A vida é tão complicada.

Levantou-se calmamente e abraçou a ruiva mais velha. Surpreendendo a todos, até mesmo Konan.

– Espero que possamos recomeçar e deixar o passado no passado! – sussurrou no ouvido da tia. Ela se abraçou a ele e afirmou com a cabeça.

–-**--

Mais duas horas de espera angustiante sem notícias. Kushina e Tsunade já estavam prontas para pôr o hospital a baixo, quando o médico responsável pela cirurgia entrou na sala de espera. Foi prontamente abordado por um mundo de gente.

– Acalmem-se! – pediu a todos. Seu ar era de cansaço, mas, seu olhar demonstrava sucesso. – O Príncipe está se recuperando. Conseguimos extrair o projétil, houve uma pequena hemorragia no fígado, por isso, demoramos, mas, conseguimos estancar. Ele passará está noite na terapia intensiva, por precaução e amanhã poderá ser transferido para um dos quarto de recuperação.

– Quando ele poderá ter alta? – Sasuke indagou, enquanto abraçava a esposa que chorava aliviada. Ele, talvez, fosse o único, no momento, em condição emocional de fazer a pergunta.

– Se ele responder bem ao tratamento e não houver complicações, acredito que em uma ou no mais tardar duas semanas. – o médico respondeu. Após responder mais algumas questões, pediu licença e retirou-se. Esta cirurgia havia acabado com suas energias, tanto pela gravidade do caso, quanto pela pressão de saber que a vida do herdeiro do País estava em suas mãos.

Todos respiraram aliviados. Finalmente teriam um pouco de paz.

–-**--

Naruto abriu os olhos e tornou a fechá-los. Voltou a abri-los, só que de forma lenta, até adaptar-se com a claridade do local, estranhou o lugar. Era um quarto estéril, totalmente branco. Sentiu algo cutucando seu braço, olhou, um acesso conectado no equipo do soro. “Ouch!”

Virou a cabeça ao ouvir a porta sendo aberta. Sorriu ao ver sua mãe e seu pai entrarem.

– Meu bebê! – a ruiva correu para abraçá-lo, quando percebeu ele acordado. Afastou-se quando ele resmungou com um pouco de dor. – Oh! Perdoe-me!

– Não foi nada! O que aconteceu e porque estou em um hospital?

– Você não se lembra do que aconteceu? – Minato indagou, com seu tom sereno de ser.

O loiro mais novo franziu o cenho e puxou pela memória. Lembrava-se de estar indo para o estacionamento da escola quando... arregalou os olhos.

– Os policiais atiraram em Kozo e ele acabou atirando em mim! – falou, expressando sua perplexidade por seu tio ter apontado uma arma para si, mas, logo se lembrou que ele também estava ferido. – Como ele está?

Seus pais não sabiam se olhavam tristes ou surpresos, mas, como era o Naruto, optaram pela tristeza.

– Ele não resistiu, filho, faleceu no estacionamento mesmo! – Minato falou.

– A Karin e a tia Taji devem estar péssimas! – comentou com pesar na voz.

– Sim! – sua mãe concordou. Vira a sobrinha quando esta veio perguntar como o loiro estava e ela estava muito abatida. E pelo o que conhecia da cunhada, não deveria estar em melhor estado.

– Já sabem quando será o enterro?

– Eu acho... que amanhã! – Kushina respondeu incerta. Naruto ergueu uma sobrancelha inquiridora. Sua mãe suspirou. – Não estamos tendo muito contato com Karin e sua mãe. – confessou e recebeu um olhar reprovador do filho, corando imediatamente.

– Desde quando estou aqui?

– Bem, o incidente foi há três dias. Você passou uma noite e um dia na terapia intensiva por que teve uma pequena complicação, mas, conseguiu estabilizar-se e voltar para nós. Está manhã trouxeram você para este quarto. – Minato explicou. Também, ficou sem jeito com o olhar do filho.

– E onde está minha esposa e o resto da família? – sentia sua garganta arranhando, pediu algo a sua mãe para aliviar a irritação e ela começou a dar-lhe algumas raspas de gelo, que estava na mini geladeira do aposento.

– Devido o estresse desses últimos dias, pedimos ao médico que receitasse um calmante para elas. Quando saímos, ficaram dormindo e o Sasuke disse que as traria assim que acordassem! Jiraya e Tsunade estão na lanchonete tomando um café! – Kushina indicou o roteiro de cada um.

– Hum! – o loiro mais novo ficou pensativo por um momento. Sua garganta já estava melhor, então, agradeceu a sua mãe, que deixou o copo na mesa de cabeceira. Encarou aos pais. – Eu quero estar no enterro de Kozo e apoiar a Karin e a tia Taji!

– Mas, filho...

– Eu quero ir! – falou determinado.

– O médico disse que você precisa ficar pelo menos uma semana em repouso, Naruto! Seja razoável! – Minato tentou impor um pouco de bom senso no filho.

– Nem que seja numa cadeira de rodas, mas, estarei presente! Elas não precisam passar por isso sozinhas!

– Nós podemos ir em seu lugar...

– Não, kaa-san, vocês irão por vocês mesmos! – e o loirinho não estava pedindo. – Qualquer outra coisa poderá ser visto como uma exclusão pela sociedade e eu não permitirei isso! Esta família já sofreu muito por decisões tomadas de formas erradas e no que depender de mim, não voltará a acontecer!

– Tudo bem, filho! Faremos de seu jeito, então! – Minato cedeu. Estava orgulhoso de seu garoto.

Pouco depois, uma morena-azulada e uma rosada entraram de forma intempestiva no quarto, sendo seguidas por um Sasuke tranqüilo. Os três pararam quando viram o loiro acordado.

– N-Naruto? – Hinata indagou trêmula e com olhos lacrimejantes.

– Oi, linda! – falou com um sorriso, estendendo uma mão para que a amada se aproximasse. Ela deu um passo, depois outro, logo correu para os braços em espera do marido. – Sshh... está tudo bem, meu amor!

– Eu fiquei com tanto medo! – choramingou contra o pescoço do loiro.

– Eu sei e sinto muito! – murmurou e a segurou pelo queixo, fazendo-a olhá-lo e a beijou. Um beijo breve, porém, apaixonado. Separaram-se ofegantes. Naruto puxou-a para um novo abraço, enquanto erguia o olhar para a irmã, que estava abraçada ao marido, com um grande sorriso nos lábios e lágrimas descendo pelo rosto. Fez sinal para ela aproximar-se pelo outro lado da cama e a abraçou, também.

– Nunca mais nos dê um susto desses, seu baka! – repreendeu a rosada. Sua voz saiu abafada, tanto pelo choro de alivio quanto pelo fato de estar com a face contra o pescoço do irmão. – Não ouviu falar que mulheres grávidas não podem passar por situações de estresse?!

– Hum! Desculpe, também, não estava em meus planos levar um tiro, mas, prometo evitar os outros no futuro! – respondeu irônico e recebeu um par de olhares assassinos das gestantes. Engoliu em seco. – Estou brincando e... vocês não podem se zangar comigo, pois estou ferido! – fez bico. As duas riram.

– Tudo bem! Por esta vez passa! – Sakura resmungou de brincadeira. O que fez todos rirem.

SSSSSSSOOOSSSSS

No dia seguinte, e depois dos protestos de todos, Naruto chegou ao enterro do tio, acompanhado dos familiares e amigos. Havia um bom número de pessoas presentes já, pois ficaram sabendo que a Família Real estaria presente. Konan e Nagato, também, foram.

Taji e Karin olharam agradecidas e envergonhadas, ao mesmo tempo, para a família de Kozo, em especial, Naruto que estava numa cadeira de rodas para evitar esforço excessivo.

Tudo transcorreu bem. No final a Duquesa de Manji e a filha foram falar pessoalmente com a Família Real.

– Majestades! Altezas! – Taji cumprimentou Minato, Kushina, Naruto, Hinata e Tsunade com uma reverência. E sorriu docemente para os outros presentes.

– Não precisa de formalidades, tia, estamos entre família! – Naruto comentou, dando um leve aperto na mão da morena. Desde que a conhecera, gostou dela. Sabia que era uma mulher amável, mas, seus olhos demonstravam que era forte, também, e iria passar por tudo isso de cabeça erguida, com a ajuda da família.

– Obrigada, querido! O que você fez, o que todos vocês fizeram, hoje, eu nem sei como agradecer! Depois da atitude de Kozo, com vocês dois e com você, Naruto... – falou referindo-se a Konan e Nagato, também.

– Como Naruto costuma falar: Deixemos o passado, no passado! – Konan cortou as palavras da duquesa.

– Obrigada! – Karin murmurou. Nunca imaginou que depois de tudo o que fizera na escola e, logo em seguida, a descoberta das coisas que seu pai fizera, ainda, teria o apoio de alguém, mas, felizmente, estava enganada. E agradeceria a Kami-sama todos os dias por isso.

– Precisamos ir! – Naruto disse desconversando a prima.

– Mas, já? Não querem ir lá para casa? – Karin convidou.

– Na verdade o loiro aqui, precisa voltar para o hospital! – Sasuke disse, apontando o cunhado.

– Por quê? – a Duquesa indagou surpresa.

– Por que o médico só irá dar alta depois de uma semana, mas, hoje ou vinha ao enterro ou vinha! Foi liberado com a condição de sair com uma cadeira de rodas e voltar o mais rápido possível para o hospital! – Sasuke, praticamente, resmungou a explicação.

– Aquele médico é um exagerado! – Naruto bufou, arrependendo-se em seguida, quando uma pontada o acertou na barriga, fazendo-o gemer.

– Humpf! Estou vendo! – Hinata comentou com um misto de preocupação e irritação. – Vamos! Até mais, Karin! Duquesa! – a morena-azulada se despediu e saiu sendo seguida pelo marido, a cadeira dele era automática.

Após todos se despedirem, os membros da Família Real voltaram ao hospital. Devido o esforço de ir ao enterro do tio, Naruto acabou arrebentando dois pontos da sutura na barriga e contraiu uma pequena infecção. Como conseqüência sua permanência no hospital durou duas semanas.

Sua volta para casa foi tranqüila, aos poucos, tudo foi voltando ao normal. Os irmãos Nakamura aproximaram-se ainda mais da família materna e Karin e a mãe continuam com um posto de respeito na sociedade.

SSSSSSSSSSOOOOOOSSSSSSS

Três meses e meio depois...

– Empurre Sakura! – a obstetra ordenou.

– Aaahhhh... Sasuke seu desgraçado... aaahhhh... isso é tudo culpa sua! – a rosada gritava e acusava ao esposo, que tinha a mão esmagada no processo.

– Eu sei, meu amor! Respire fundo e empurre! – tentou acalma-la.

– Eu to empurrando, PORRA! – com mais alguns empurrões, um choramingo pôde ser ouvido na sala de parto 01.

– Nasceu! E é um lindo garotinho! – o médico informou animadamente. Pondo-o sobre a mamãe.

– Olhe para ele, Sasu! É tão lindo! – a rosada comentou com lágrimas nos olhos e um enorme sorriso.

– Sim! – concordou com um sorriso tão grande quanto o da esposa. Não ligou pela mudança de humor, já estava acostumado.

O garotinho tinha os cabelos tão negros quanto os do pai e, ao abrir os olhos para conhecer seus pais, puderam ver que eram verdes como os da mãe.

–-**--

– Está vindo! Só um pouco mais de força, Hinata! – a morena-azulada encarou a médica com um olhar raivoso.

– DE ONDE CARALHO EU VOU TIRAR MAIS FORÇA! – Naruto arregalou os olhos, nunca vira a esposa xingar desse jeito. Melhor não comentar.

– Vamos, amor, falta só um pouquinho para termos nosso filhinho em nossos braços! – a incentivou.

– EXPERIMENTE VOCÊ PARIR UM ELEFANTE!

– Eu tenho certeza que será apenas um bebê humano, querida!

– NÃO ME CONTRADIZA! QUEM TÁ PARINDO NESTA POCILGA SOU EU! – Naruto ficou com uma gota na cabeça. “Por acaso ela estava se chamando de porca?” melhor não comentar.

– Vamos, Hinata! Está quase lá! – a Princesa iria falar algo, mas, foi interrompida por uma nova contração. Com mais alguns berros e empurrões, o novo herdeiro do País do Fogo nasceu e foi colocado sobre o estômago da mãe.

– Olhe para ele, Naruto! É tão lindo! – falou emocionada e com a voz rouca de tanto gritar e xingar.

– É perfeito! – concordou, segurando uma mãozinha do filho.

O pequenino tinha os cabelos loiros e arrepiadinhos, apesar de estarem sujos do parto. Seus olhos curiosos eram perolados, iguais os da mãe.

–-**--

Sakura e Hinata optaram por dividir um quarto. Ambas haviam acabado de amamentarem seus pequeninos, quando o quarto foi invadido por familiares e amigos. Apenas Haku e Kiba não vieram, pois o menor havia dado à luz há uma semana e estava de resguardo e o marido, lógico, não arredava o pé do lado de nenhum deles. Os nomes de seus filhos era Yuki e Kaito.

– Eles são tão lindos! – Kushina falou com os olhos brilhando para os netos.

– Afinal, qual é o nome dos meus bisnetos? – Jiraya indagou, olhando tão encantado quanto todos.

– O nome de nosso filho é Yahiko Minato Uzumaki! – Naruto respondeu, estufando o peito com orgulho. Nagato e Konan abriram sorrisos de felicidade.

– E o nome de nosso filho é Kizashi Fugako Uchiha! – Sasuke disse tão orgulhoso quanto Naruto.

Todos babaram e mimaram os bebês por mais algum tempo, até uma enfermeira entrar no quarto e, primeiro ficar surpresa pela quantidade de gente amontoada dentro, em seguida, colocar todos para fora, afirmando que as mamães precisavam descansar, bem como os pequeninos. Apenas os maridos ficaram.

–-**--

O tempo fez bem a todos eles, em especial, aos irmãos Sakura e Naruto. Quem diria que dois adolescentes normais, sem laços sanguíneos, cuja única família que tinham era um ao outro e um homem que os criou e amou como um verdadeiro avô, tornar-se-iam uma Duquesa e, em seguida, uma esposa e mãe. E ele descobriria que tinha uma família biológica que o amava e o queria de volta, além de tornar-se o Herdeiro do País do Fogo, também, apaixonando-se e casando-se rapidamente, para logo tornar-se pai! Ambos passaram por muita coisa, mas, nunca deixaram de serem irmãos!


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Notas finais do capítulo




Bem, Pessoas, como diz meu pequeno sobrinho de 1 ano e meio "Bou-se!"

^_^


Rsrsrsrs...



Espero que tenham gostado!!


Xerim!!